domingo, 30 de abril de 2017

Rio Branco/AC. Vídeo mostra PM's espancando três homens algemados.

Momento em que policial militar bate em homem já algemado com um pedaço de madeira
– Foto: Reprodução
Comando da corporação repudiou ação, afastou e prendeu os policiais envolvidos na prática de tortura.

Imagens captadas por um celular mostram três policias militares agredindo três homens que estavam deitados ao chão e já algemados, em Rio Branco, a capital do Estado do Acre.

O flagrante ocorreu à luz do dia e na frente de diversas pessoas que passavam pelo local. Além de chutes e tapas, as vítimas receberam diversas pauladas, principalmente nas pernas e nas costas.

Os homens gritavam de dor e, por diversas vezes, pediam para que as agressões parassem. A suspeita é de que os PMs abordaram os três homens durante investigações de um roubo de carro.

Confira o vídeo, abaixo:


O vídeo viralizou na internet na última quarta-feira (26/4). Não se sabe, no entanto, a data ao certa do ocorrido. O que se sabe é que o Comando da Polícia Militar do Acre teve ciência recentemente.

Em nota, o Comando da PM afirmou à Ponte Jornalismo que os envolvidos foram identificados e presos, e que um inquérito policial está em aberto. 

O órgão disse, ainda, que a ação “é completamente repudiada pelo comando, oficiais e praças e vai contra a missão constitucional e princípios de Direitos Humanos”.


A reportagem tentou localizar as vítimas das agressões, mas não conseguiu contactá-las.

sábado, 29 de abril de 2017

É grave estado de saúde do estudante de ciências Sociais da UFG, agredido por policial militar.


Foto: Luiz da Luz.  Flagrante da agressão ao Estudante Matheus Ferreira da Silva, 33 anos, curso de Ciências Sociais da UFG .
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

É grave o estado de saúde do estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos. Agredido por um policial militar durante manifestação no centro de Goiânia (GO), ontem (28), Silva sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.
Segundo o boletim médico que o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) divulgou na manhã de hoje (29), o estudante está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado e respirando por aparelhos. Sua família é de Osasco (SP) e deve chegar à capital goiana esta tarde.
Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais registrou o exato momento em que Silva foi atingido por um policial portando um cassetete. 
Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo quando um policial militar o atinge na cabeça, empunhando o cassetete com as duas mãos.

Foto facebook. Matheus Ferreira da Silva, 33 anos, do curso de Ciências Sociais da UFG 
Em nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) repudiou a violência contra o estudante de Ciências Sociais e cobrou das autoridades goianas a adequada apuração dos fatos e punição aos responsáveis.
Chefiada pelo ex-secretário nacional de Segurança Pública Ricardo Balestreri, um especialista na área de direitos humanos, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás instaurou um procedimento investigatório para apurar a atuação policial, esclarecer se houve abusos e identificar os eventuais responsáveis.
Invasão de domicílio e homicídio de adolescente
O caso ocorre uma semana após outra grave denúncia contra policiais militares goianos vir a público. Na noite do último dia 17, o estudante Roberto Campos da Silva, 16 anos, foi morto dentro de sua própria casa, durante uma ação policial. 
Três soldados autuados em flagrante foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio (contra o mecânico Roberto Lourenço da Silva, 42 anos, pai do estudante), invasão de domicílio e abuso de autoridade.
Os policiais afirmaram que foram à casa da família do estudante averiguar uma denúncia feita por um homem não identificado que afirmou que o pai de Robertinho estaria armado. 
Segundo depoimento do mecânico e de parentes das vítimas à Delegacia de Investigação de Homicídios, os policiais desligaram o fornecimento de energia elétrica da casa e não se identificaram. 
Ao sair acompanhado pelo filho para ver o que estava acontecendo, Roberto teria percebido a presença dos homens em um carro não caracterizado como pertencente à polícia. 
Temendo serem assaltantes, o mecânico atirou. Segundo ele, com a intenção de assustar os supostos ladrões. Os policiais reagiram e acertaram pai e filho, que ainda conseguiram correr para dentro casa. Segundo as testemunhas, os policiais invadiram a casa e voltaram a disparar contra pai e filho.
Ao determinar a prisão preventiva dos soldados Cláudio Henrique da Silva, Paulo Antônio de Souza Júnior e Rogério Rangel Araújo Silva, o juiz apontou que os policiais violaram o domicílio, sem mandado judicial e sem se identificar.
Em nota em que afirma que uma “família teve sua dignidade violada” durante um “evento que representa o completo aviltamento do sentido de justiça, de garantia de segurança e de defesa da vida”, o Núcleo de Estudos Sobre Criminalidade e Violência cobrou punição aos responsáveis pelo governo de Goiás, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público estadual e Poder Judiciário.
Edição: Valéria Aguiar


Meliantes tentam assaltar Sargento da PM, houve confronto, um bandido morreu e policial foi baleado.

Foto - Whats app.
Circula no whats app, fotos dos acusados e informe que hoje no inicio da manhã, por volta das 6hrs, "A GUARNIÇÃO FOI INFORMADA VIA CIOPS QUE NA AVENIDA O2 DA CIDADE OLÍMPICA HAVIA OCORRIDO VÁRIOS DISPAROS DE ARMA DE FOGO.


A GUARNIÇÃO DESLOCOU-SE ATÉ O LOCAL E  ENCONTROU UM ELEMENTO BALEADO AO SOLO. DE IMEDIATO FEZ-SE O PROCEDIMENTO DE CONDUÇÃO AO HOSPITAL, NO ENTANTO ESTE ELEMENTO VEIO A ÓBITO.

NESSE ÍNTERIM, TOMOU-SE CONHECIMENTO QUE ESTE ELEMENTO QUE FOI SOCORRIDO, EM COMPANHIA DE MAIS OUTRO, TENTARAM ROUBAR UM POLICIAL APOSENTADO QUE TRANSITAVA PELA CIDADE OLÍMPICA. ESTE REAGIU,  TEVE TROCA DE TIROS, ONDE O POLICIAL FOI ATINGIDO NA REGIÃO DO ABDÔMEN E OS DOIS SUSPEITOS FORAM BALEADOS. 

O SEGUNDO SUSPEITO, MESMO BALEADO, HAVIA EVADIDO-SE. O POLICIAL FOI CONDUZIDO AO HOSPITAL. EM SEQUÊNCIA VÁRIAS VIATURAS PASSARAM A REALIZAR BUSCAS NA REGIÃO COM O FITO DE ENCONTRAR O ELEMENTO BALEADO.

O PROCURADO FOI LOCALIZADO EM SUA RESIDÊNCIA, EM POSSE DO REVÓLVER CALIBRE 38 UTILIZADO NO CRIME.  O MESMO HAVIA SIDO BALEADO NO BRAÇO. FOI CONDUZIDO AO SOCORRAO 2 PARA PROCEDIMENTOS EMERGÊNCIAIS E EM SEGUIDA APRESENTADO NO PLANTAO DECOP ONDE FOI AUTUADO EM FLAGRANTE POR ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA, NA FORMA TENTADA."

Foto - CLAUDIO FILHO ALVES DE SOUSA.
*APOS TENTATIVA DE ROUBO COM TROCA DE TIROS E VÍTIMA BALEADA,  POLICIAIS DO 6° BPM PRENDEM AUTOR DO CRIME COM REVÓLVER CALIBRE 38mm NA CIDADE OLÍMPICA.*

VTR CIDADE OLÍMPICA

VTR SÃO BERNARDO.

*VTR: 16-073*

GUARNIÇÃO:  SG:SAMPAIO; CB:RUBEM; SD:ARLISSON

*VTR:16-005*

GUARNIÇÃO: CB:CESAR; SD:GEOVANE


*DATA:* 29/04/2017 

*HORA:* 06:00h

*SIGO:* 3442 - 2017

*OCORRENCIA:* M4179817
*LOCAL:* AV: 02 CIDADE OLÍMPICA. PRÓXIMO FIBROCARNES.


*VÍTIMAS:*
B DA C M M.(SGT POLICIA MILITAR).


*CONDUZIDOS*:
*1*° AUTOR (DESCONHECIDO).
Em óbito.


*2*° CLAUDIO FILHO ALVES DE SOUSA

DATA NASCIMENTO:03/10/1991

RUA 09 QD 103 CASA 08 - CIDADE OLÍMPICA.


*MATERIAL APREENDIDO:*

- 01 (UM) REVÓLVER CALIBRE 38mm DE NUMERAÇÃO
SUPRIMIDA).


- 06 (SEIS) ESTOJOS DE MUNICAO, SENDO 04 DEFLAGRADAS E 2 INTACTAS.

- MOTO HONDA VERMELHA FAN. PLACA(KEE 2561).

- PORTA CÉDULAS COM DOCUMENTOS.

Noite violenta em São Luís, perseguição a assaltantes resulta em quatro mortes.


Fotos Whats app.
Segundo matéria publicada no blog do Eduardo Ericeira, constando inclusive o link do vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=b9NkhNpAd5E), ontem a noite, sexta-feira 28/04, três elementos suspeitos de praticarem assaltos em São Luís envolveram-se em um grave acidente, não ficando claro se o taxista, era cúmplice ou vítima dos demais quadrilheiros. 

Fotos Whats app.
Segundo relatos de terceiros, os assaltantes teriam iniciado sua noite de crimes no Bairro de Fátima, onde os acusados assaltaram várias pessoas, tomando celulares, e "tomaram de assalto o táxi" para fugir.

Fotos Whats app.
Logo após serem informados dos crimes, alguns homens, que seriam policiais à paisana, que estavam numa caminhonete hilux prata, iniciaram uma perseguição ao táxi ocupado pelos assaltantes e o taxista.

Fotos Whats app.
Na Estrada da Vitória, foram disparados vários tiros. Moradores relatam que o tiroteio foi intenso. 
 
Fotos Whats app.
Um dos disparos teria atingido a pessoa que dirigia o táxi, o motorista perdeu o controle da direção, o veículo então capotou, e só parou quando se chocou contra um muro. 

Fotos Whats app.

Três ocupantes do carro teriam morrido na hora, mas as informações dão conta que ninguém resistiu aos ferimentos. Entre eles, os três bandidos e o taxista.

Fotos Whats app.
Populares dizem que  o taxista, teria sido colocado no porta-malas do carro, porém, estranhamente os números da placa do táxi estavam cobertos por fita adesiva. 

Fotos Whats app.
Veja mais algumas fotos divulgadas no whats app desta noite trágica em nossa São Luís.

Fotos Whats app.
Fotos Whats app.
Atualização: Os mortos foram identificados como: Kevin Sousa Cutrim, 26 anos; Gabriel dos Santos, 16 anos; e Flávio Mesquita, 17 anos. Apenas um dos corpos ainda não foi identificado.

A Polícia Civil esteve no local e encontrou apenas um simulacro de arma de fogo com os ocupantes do veículo capotado. Os corpos foram levados para o Instituto Medico Legal (IML), que confirmou que todos morreram vítimas de projéteis de arma de fogo.

Em nota, a SSP informou que “durante a perseguição policial, o carro dos assaltantes capotou, na Estrada da Vitória, no João Paulo, e as quatro pessoas que estavam no veículo vieram a óbito, incluindo o condutor do veículo, que era taxista e conforme apuração da polícia fazia parte da quadrilha”.


A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP) informa que durante a noite de sexta-feira (28) foi realizada uma perseguição policial, iniciada no Bairro de Fátima, a uma quadrilha que assaltou quatro pessoas nessa região. 

As vítimas chamaram a polícia e um policial que mora na região atendeu à diligência imediatamente. Durante a perseguição policial, o carro dos assaltantes capotou, na Estrada da Vitória, no João Paulo, e as quatro pessoas que estavam no veículo vieram a óbito, incluindo o condutor do veículo, que era taxista e conforme apuração da polícia fazia parte da quadrilha. 

Com o taxista foram encontrados documentos, dinheiro, e o número do chassi do veículo estava adulterado com fita adesiva. As vítimas do assalto já prestaram depoimento sobre o caso, e o policial que conduziu a perseguição irá depor nos próximos dias.

Uma greve geral e um 1º de maio precedidos por outra chacina de camponeses (por Jacques Távora Alfonsin).

Divulgação: Secretaria de Cultura do MT.
Os assassinatos praticados contra agricultoras/es sem terra, acampadas/os ou assentadas/os no Brasil, mesmo repetidos com tanta violência e aumento progressivo do número das suas vítimas, não provocam nos Poderes Públicos responsáveis pela segurança das pessoas, nem na maior parte da mídia, a repercussão que toda violação do direito à vida poderia e deveria suscitar.
Faz prova disso mais uma chacina praticada contra agricultoras/es no noroeste do Estado de Mato Grosso. Como resumiu El Pais em sua edição de 25 deste abril, tanto as vítimas, os mandantes, os executores e a motivação deste crime parece não serem muito diferentes tudo quanto a Comissão Pastoral da Terra denuncia, há mais de 30 anos, em suas publicações relativas aos permanentes conflitos fundiários acontecidos no Brasil, sem que providências efetivas sejam tomadas pelos Poderes Públicos:
Na última quarta-feira, nove homens foram mortos com sinais de tortura no vilarejo de Taquaruçu do Norte, uma área rural de difícil acesso, distante 250 km por uma estrada de terra do centro do município de Colniza, a maior cidade da região. Segundo a Polícia Civil, testemunhas afirmam que eles foram alvejados enquanto trabalhavam na terra por homens encapuzados. 
A área era ocupada por cerca de 100 famílias desde os anos 2000, segundo a CPT. Elas já plantavam arroz, feijão, criavam galinha e porco e havia uma pequena vila, com uma mercearia. Segundo a Pastoral da Terra, no domingo os moradores do local sofreram novas ameaças e começaram a abandonar a terra.   {…} 
Segundo o relatório da CPT, que há 32 anos documenta os conflitos e violências no campo, no ano passado 61 pessoas foram assassinadas no país em áreas rurais neste contexto de disputa de terra, 11 a mais do que no ano anterior. 
Também houve um aumento de 86% nas ameaças de morte e de 68% nas tentativas de assassinato. Entre 1985 e 2016 1.834 pessoas perderam a vida em conflitos no campo, mas apenas 31 mandantes desses assassinatos foram condenados. A maior parte dos conflitos, de acordo com a instituição, acontecem na Amazônia legal.
A nota de repúdio ao crime, contudo, assinada pela Prelazia de São Felix do Araguaia, preocupou-se em não deixar dúvidas sobre o contexto político responsável pela indiferença e pela apatia com que barbaridades como essas seguem ocorrendo no país a revelia de enfrentamento condizente. Por sua extraordinária avaliação do contexto passado e atual dessa responsabilidade, entendemos conveniente transcrevê-la na íntegra:
“A Prelazia de São Félix do Araguaia, em reunião com suas/seus agentes de pastoral, seu bispo dom Adriano Ciocca Vasino e o bispo emérito dom Pedro Casaldáliga, na cidade de São Félix do Araguaia – MT, manifesta sua dor, indignação e solidariedade com as famílias assassinadas na Gleba Taquaruçu, município de Colniza – MT, no dia 20 de abril. 
Este massacre acontece num momento histórico de usurpação do poder político através de um golpe institucional, com avanços tão graves na perda de direitos fundamentais para o povo brasileiro que coloca o governo do atual presidente Temer numa posição de guerra contra os pobres, isso refletido de forma concreta nos projetos, como as Medidas Provisórias 215 e 759, que violam direitos dos povos do campo e comunidades tradicionais, como também no acirramento do cenário de violações contra as/os defensores de direitos humanos. Diversos políticos expõem abertamente seus discursos de ódio e incitação à violência contra as comunidades que lutam pelos seus direitos. Vivemos um clima de “Terra sem lei”, uma verdadeira guerra civil em nosso país.
Como consequência, o ano de 2016 foi o mais violento dos últimos 13 anos, apontando para uma perspectiva desoladora no campo. E esta situação de Colniza, onde assassinaram inclusive crianças, nos expõe diante dos objetivos de ruralistas que não temem nada para conseguir as terras que buscam.
As famílias de agricultores da Gleba Taquaruçu vêm sofrendo violência desde o ano de 2004. Neste período, em decisão judicial, a Cooperativa Agrícola Mista de Produção Roosevelt ganha reintegração de posse concedida pelo juiz de Direito da Comarca de Colniza, como anunciada na Nota da Comissão Pastoral da Terra, de 20 de abril deste ano. 
Em 2007, ao menos 10 trabalhadores foram vítimas de tortura e cárcere privado e, neste mesmo ano, três agricultores foram assassinados.Como estão, neste momento, as famílias que vivem em Colniza? O município já foi considerado o mais violento do país. Sabemos que na região existem outros conflitos de extrema gravidade, como o da fazenda Magali, desde o ano 2000, e o conflito na Gleba Terra Roxa, desde o ano de 2004. A população teme que outros massacres possam acontecer.
Clamamos justiça e que os autores desses crimes sejam processados e punidos. A conseqüente impunidade no campo, fruto da omissão dos órgãos públicos, perpetua a violência. Na semana em que lamentamos o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1997, que vitimou 19 lutadoras e lutadores do povo, somos surpreendidos por outro massacre no campo, que quer amedrontar, calar as vozes e submeter a dignidade do povo brasileiro. Temos a certeza que o massacre ocorrido jamais roubará os sonhos e as esperanças do povo.  E jamais calará a voz das comunidades que lutam. O sangue dos mártires será sempre semente de JUSTIÇA e VIDA!
Pouco importa que a nota tenha identificado a PEC 215 (projeto de emenda constitucional) como se ela se constituísse medida provisória. O efeito que mais interessa extrair-se dessa oportuna e conveniente manifestação é a adequação e a coragem ali expressas para dizer o que, de fato, precisa ser dito: a chacina se insere em ambiente no qual está “havendo usurpação do poder político através de um golpe institucional”, refletido concretamente na perda de direitos fundamentais do povo, colocando o governo do presidente Temer “numa posição de guerra contra os pobres”, abrindo chance aos discursos de ódio contra “comunidades que lutam pelos seus direitos.” Por que o Ministério da Justiça e, ou, o dos Direitos Humanos não têm nada a dizer sobre isso?
A pauta de reivindicações inspiradora da greve geral de sexta-feira que vem, e das comemorações de 1º de maio deste, tem de inscrever mais esse ponto de lamentável lembrança: são indispensáveis e urgentes as medidas a serem tomadas pelo Estado e a  sociedade civil  para se barrar o crescimento progressivo, no Brasil,  dos crimes de ameaça e de violações dos direitos humanos fundamentais do povo trabalhador e pobre, que estão retirando da Constituição e das leis –  de todos os seus efeitos,  consequentemente –  conquistas históricas deste mesmo povo.
Contra os poderes políticos e econômicos hoje voltados contra elas, ainda não são suficientes mobilizações massivas como as planejadas para o dia 28 deste mês e 1º de maio. Com a ressalva de melhor juízo sobre nossa realidade atual, urge um esforço diuturno de conscientização e ação da população vítima desses poderes, organizando e reunindo força ético-política bastante para barrar-lhes a macabra modalidade da sua ação a serviço da morte, até aqui impune, como costumeiramente acontece no Brasil. 
Que o custo do sangue e de vidas como as dos agricultores assassinados em Colniza, não nos amedronte, não nos cale, nem submeta a nossa dignidade, como diz muito bem a nota da Prelazia de São Felix do Araguaia.
.oOo.
Jacques Távora Alfonsin é Procurador do Estado aposentado, Mestre em Direito pela Unisinos, advogado e assessor jurídico de movimentos populares.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Em defesa dos direitos dos trabalhadores, greve geral paralisa a Rodovia BR-135 na entrada de São Luís.

Foto - Francisco Barros.
A mobilização popular iniciou “com o raia do dia”, sendo este ato de protesto construído com a aglutinação de dezenas de sindicalistas, trabalhadores de diversas categorias, educadores e servidores do IFMA/Maracanã, estudantes, populares e religiosos.

Foto - Francisco Barros.
Não podemos ignorar que o sucesso desta greve geral foi construído com  união de todas as Centrais Sindicais e por todos os Sindicatos Trabalhistas de São Luís, e contou com a participação imprescindível do Sindicato dos Rodoviários que teve uma paralisação de cem por cento dos seus associados, motoristas e cobradores, etc. Paralisando o transporte publico na Capital.

Foto - Francisco Barros.
Usando o carro de som, todos os presentes tinham livre acesso a palavra, e permanentemente a população era informado do motivo do protesto, explicando que o mesmo se dava, em defesa dos direitos da classe trabalhadora e na manutenção ao direito à aposentadoria, algo que fica quase impossível se for alterado as regras atuais da previdência.

Foto - Francisco Barros.
O movimento grevista trabalhou em sintonia com as Polícias Militar e Rodoviária Federal. Ficando acordado que as lideranças do movimento a frente do bloqueio, liberariam a cada vinte minutos, a passagem de veículos de passeios, ambulâncias, sendo que as  viaturas policiais tinham transito livre.

Foto - Francisco Barros.
Vale ressaltar que apesar da espera na fila, inúmeros motoristas ao passarem pelo cordão de bloqueio saudavam o movimento com gestos de apoio a greve geral.  

Foto - Francisco Barros.
SINASEFE/Maracanã - Inúmeras lideranças sociais participaram da realização do ato na Rodovia BR-135, destacamos a participação do Professor Jean Magno, Coordenador do SINASEFE/Maracanã. Segundo o Professor Jean, 20 (Vinte) Campi do IFMA na Capital e no continente aderiram à greve geral deste dia 28 de abril.

Foto - Francisco Barros.
Ainda segundo o professor Jean, os Campi do IFMA/Maracanã operam conjuntamente nos eventos sociais da Comunidade, alunos e professores, interagem com a comunidade em diversos eventos, a exemplo deste, cito este protesto contra a retirada de direitos da classe trabalhadora, a terceirização dos serviços públicos e a malfadada reforma da previdência.

Foto - Francisco Barros.
Jean Magno informou ainda que o Sindicato irá participar da 13ª Romaria do Trabalhador, no próximo dia 1º de maio, que está sendo organizada pela Paróquia da Vila Itamar.

Foto - Representantes do Sinasefe/Maracanã.
CUT/MA – Entrevista aos dirigentes da CUT/MA. Valter Cezar (Diretor Sindsep), que nos relatou que as informações iniciais que chegam a coordenação é que a greve está ocorrendo em várias cidades do Maranhão, assim como em todas as Capitais Brasileiras, “o Brasil está parado”. 

Foto - Diretores da CUT/MA Nivaldo e Valter Cezar.
Já Nivaldo atual secretário da CUT/MA, afirma que, “como prevíamos a greve é um sucesso, e já ocorre simultaneamente em vários municípios do Estado”. E continua, “agradecemos a compreensão das pessoas presas no transito neste momento, mas, fazemos isto pela garantia dos nossos direitos trabalhistas e por nossas conquistas previdenciárias”. Digo mais: “Se o Temer não recuar a greve vai continuar.”

Foto - Tainnan com a Bandeira preta e demais integrantes do Levante Popular da Juventude.
LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE – Dando continuidade as entrevistas. Converso com o Tainnan, integrante do Levante Popular da Juventude no Maranhão, segundo Tainnan, o grupo de militantes sociais está hoje se desdobrando em quatro eventos simultâneos, que ocorrem em São Luís, estando presente nos atos da Cidade Operária, Rodovia BR-135/Maracanã, UFMA/Barragem do Bacanga e na Praça Deodoro. Apesar de ter distribuído seus integrantes a disposição de luta é a mesma.

Foto - Ao fundo Integrantes do Levante Popular da Juventude com seus instrumentos em ação.
Segundo Tainnan, “o levante é totalmente contra a reforma da previdência, a retirada dos direitos dos trabalhadores e a terceirização do trabalho. Agredindo a qualidade de vida dos trabalhadores e suas famílias, sendo motivo de sobra pra sermos contra o ilegítimo governo de Temer”.

Foto - Padre Nairton de camisa vermelha e comunitários da igreja de São José - Vila Itamar.
Participação da comunidade da Igreja São José dos Migrantes da Vila Itamar .

Novas lideranças surgiram neste evento, destacando-se o padre Nairton, da congregação Redentorista, ligado à Basílica de Aparecida em São Paulo. Com 35 anos de idade, e pároco da paroquia da Vila Itamar que se estende até o Maracanã, há 1 ano e 4 meses.

Foto - Bloqueio de veículos na Rodovia BR 135.
Segundo padre Nairton, “a igreja está pregando e aplicando a palavra de Deus, procurando compreender e aplicar os ensinamentos de Jesus de acordo com nossa realidade.”

Padre Nairton, relata que em sua paróquia estão estabelecidos 4 missionários redentorista, responsáveis pela evangelização de todos os bairros que compreendem à área de atuação de sua prelazia.

Foto - Helicóptero da Secretaria de Segurança observa o protesto.
O Pároco em suas palavras fez questão de ressaltar o nome dos Deputados Federais do Maranhão que votaram contra os trabalhadores aprovando a aprovação do PL N° 6787/2016, retirando os direitos da classe trabalhadora garantidos na CLT. Abaixo a relação nominal destes 12 deputados.

Alberto Filho
PMDB

Sim
Aluisio Mendes
PTN
PpPtnPTdoB
Sim
André Fufuca
PP
PpPtnPTdoB
Sim
Cleber Verde
PRB

Sim
Hildo Rocha
PMDB

Sim
João Marcelo Souza
PMDB

Sim
José Reinaldo
PSB

Sim
Junior Marreca
PEN

Sim
Juscelino Filho
DEM

Sim
Pedro Fernandes
PTB
PtbProsPsl
Sim
Victor Mendes
PSD

Sim
Waldir Maranhão
PP
PpPtnPTdoB
Sim

Romaria do Trabalhador. Aproveitando a oportunidade o Pároco convida a população em geral a participar no dia 1° de maio (segunda-feira) da 13ª Romaria do Trabalhador, realizada pela Forania São Cristóvão.   

A romaria terá como referência de concentração o Amarelinho na Rodovia BR-135, iniciando a concentração às 13:00hs, e o trajeto será em direção a igreja de São José dos Migrantes na Vila Itamar. Participam deste evento religioso todas as igrejas que compõem a Forania de São Cristóvão. 

Texto de Francisco Barros.