terça-feira, 15 de agosto de 2017

Estados Unidos e Coreia do Norte já estão em conversações na ONU.

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11/8/2017, Alexander Mercouris, The Duran.

Traduzido por Vila Vudu.

Onde se aprende que os veículos da mídia-empresa ‘ocidental’ existem EXCLUSIVAMENTE para pautar para a discussão social só os temas que nada significam e levam a coisa alguma que não seja mais do (velho pervertido e corrupto) mesmo.


Para conhecer a posição do governo golpista do Brasil sobre a ‘questão’ da Coreia do Norte ver “Decreto de Michel Temer reforça medidas contra a Coréia do Norte – A Resolução 2.321″, Revista Sociedade Militar, 24/4/2017; e o discurso do deputado-bispo Marco Feliciano “Que se feche a representação diplomática da Coreia do Norte” (vídeo).
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Já estão operando canais diplomáticos entre diplomatas de segundo escalão de EUA e Coreia do Norte estabelecidos em New York, abrindo o caminho para uma recomposição nas relações, semelhante à que se realizou entre EUA e China, nos anos 1970s.


Por mais que pareça que a batalha retórica entre EUA e a Coreia do Norte ameace escapar de qualquer controle, matéria da Associated Press sugere que os diplomatas já começaram a conversar.

Ao que tudo indica, os contatos diplomáticos entre EUA e Coreia do Norte estão acontecendo nas instalações da ONU em New York, onde diplomatas de segundo escalão dos dois países iniciaram conversações já há alguns meses. Eis o que noticiou a agência Associated Press:

Os contatos têm acontecido regularmente entre Joseph Yun, enviado da ONU para temas da política da Coreia do Norte, e Pak Song Il, veterano diplomata norte coreano da representação do país na ONU, segundo funcionários dos EUA e outros consultados sobre o processo. Não estão autorizados a discutir os assuntos examinados, tratados como confidenciais, e falaram à AP sob a condição de que seus nomes não seriam divulgados.


Os funcionários referem-se àqueles contatos como “o canal New York”. Yun é o único diplomata dos EUA a manter contato com qualquer diplomata norte-coreano. As comunicações servem sobretudo para permitir troca de mensagens, de modo que Washington e Pyongyang recebam informação confiável.

Embora tudo sugira que esses contatos têm-se concentrado em conseguir a libertação de cidadãos norte-americanos detidos na Coreia do Norte, Yun e Pak também têm discutido o estado geral das relações EUA-Coreia do Norte.


Mais que isso, parece que embora tenha havido contatos diplomáticos esporádicos nesse nível entre EUA e Coreia do Norte, o diálogo tornou-se mais frequente e mais sustentado – agora praticamente já em nível de ‘canais diplomáticos internos’ – desde que o governo Trump assumiu a Casa Branca “Trump, em certo sentido, tem sido mais flexível no modo de abordar a Coreia do Norte que o presidente Barack Obama."

Embora diferentes formatos do canal New York tenham sido usados frequentemente por governos anteriores, não houve praticamente contato algum durante os últimos sete anos do governo Obama, depois que Pyongyang interrompeu todos os contatos em retaliação às sanções que os EUA impuseram ao presidente norte-coreano. Obama pouco se esforçou para reabrir essas linhas de comunicação. Depois da posse de Trump, os contatos foram imediatamente reiniciados, dizem outras pessoas informadas sobre o andamento das discussões.


“Ao contrário do que sugerem o tom corrosivo de tudo que se publica atualmente, os norte-coreanos manifestaram disposição para reabrir o canal New York logo depois de eleito o presidente Trump, quando seu governo sinalizou uma abertura para iniciar ‘conversações sobre conversações’ – disse Keith Luse, diretor executivo do Comitê Nacional para Coreia do Norte, um grupo com sede nos EUA que promove a reaproximação entre os EUA e a República Popular Democrática da Coreia. Não é difícil ver aí, por trás desses movimentos, a influência de Rex Tillerson – o realista secretário de Estado do governo Trump."


O diálogo Yun-Pak é por enquanto pouco além de troca de informações. Mas se se decidir a favor do início de conversações formais, aquele diálogo pode servir como veículo para dar andamento a elas.

Bom precedente seria o canal que Henry Kissinger abriu para a China, com a ajuda de diplomatas romenos e paquistaneses em 1971, e que levou à primeira viagem secreta de Kissinger à China para conversações com o primeiro-ministro Xu Enlai em julho de 1971. Aquela visita levou depois à surpreendente viagem do presidente Nixon dos EUA à China, em fevereiro de 1972.

Os contatos de Kissinger com a China em 1971 tiveram de ser iniciados e conduzidos sob absoluto sigilo, por causa da forte oposição que havia a qualquer normalização nas relações dos EUA com a China, e oposição ativa nos EUA, na China e também internacionalmente. Na verdade, as relações entre EUA e China naquele momento eram tão precárias que o primeiro sinal de um provável degelo diplomático entre os dois países foi uma visita à China, de uma equipe de jogadores de tênis-de-mesa norte-americanos, em abril de 1971.

Não se pode afirmar que nos anos 1950s e 1960s as relações entre EUA e China seriam realmente tão tensas quanto, hoje, as relações entre EUA e Coreia do Norte. Mas a retórica que EUA e China usavam uns contra os outros era exatamente tão dura quanto o que se ouve hoje dito entre EUA e Coreia do Norte.

Importante que, naquele momento, os EUA tentavam derrubar o regime chinês, para substituí-lo por um ‘governo chinês’ que teria sede em Taiwan – exatamente como, hoje, até recentemente ainda tentava derrubar o governo da Coreia do Norte, especialmente durante o governo de George W. Bush; e também fazia o possível para impor um bloqueio à China, exatamente como os EUA tentam hoje forçar bloqueio de todos os países contra a Coreia do Norte.

Quando o presidente Nixon foi à China, em visita que surpreendeu os norte-americanos, e reuniu-se em Pequim com Mao Tse Tung – tão extraordinariamente demonizado então, quanto Kim Jong-un hoje –, o que se viu foi a maior e mais espetacularmente bem-sucedida manobra diplomática dos EUA desde o final da 2ª Guerra Mundial.

Evidentemente, a Coreia do Norte não é tão importante hoje quanto a China dos anos 1970s, embora, com o rápido avanço de seu programa de armas atômicas, pode-se dizer que seja ainda mais perigosa que a China de então. Mas não há razão, hoje, para o sigilo ao qual Nixon e Kissinger foram obrigados pelas circunstâncias em 1971.

Todo o mundo – exceto alguns políticos recalcitrantes nos EUA [e o deputado pastor Marco Feliciano, além do governo golpista de Michel Temer do Brasil] –, inclusive os governos de China, Rússia, Coreia do Sul e Japão receberiam com entusiasmo quaisquer passos que os EUA deem para normalizar as relações com a Coreia do Norte.

Se o presidente Trump deseja garantir para si um lugar honrado na história, bem poderia copiar o exemplo de Kissinger e Nixon, e usar o canal diplomático já existente e acessível para ele em New York – e a ajuda que chineses e russos já lhe ofereceram – para conseguir que Pyongyang o convide para uma visita de paz.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Tragédia em Guaraci/SP, agente penitenciário mata a esposa, a filha e comete suicídio no dia dos pais.

Anna Victoria Corrêa e Rosicléia foram mortas pouco depois de um post da jovem
Anna Victoria Corrêa e Rosicléia foram mortas pouco depois de um post da jovem.
Um crime ocorrido no ultimo domingo, Dia dos Pais, chocou a região e principalmente a pacata cidade de Guaraci, que possui pouco mais de 10 mil habitantes e que fica a 180 km de Votuporanga.
O Agente Penitenciário, Ronaldo da Silva Correa, de 49 anos matou a filha de 18 anos, a mulher, e depois deu um tiro em sua cabeça, foi socorrido, mas morreu na noite deste domingo. O filho do casal de 5 anos conseguiu escapar e nada sofreu. As informações foram apuradas pela Policia Civil daquela cidade.
Foto - Agente Penitenciário Ronaldo da Silva Correa.
O crime aconteceu no bairro São Vicente, em Guaraci (SP), na manhã deste domingo.  O Agente Penitenciário foi internado em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Barretos, mas não resistiu. O corpo de Ronaldo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Barretos.
Minutos antes do crime a filha teria postado em sua página nas redes sociais uma homenagem ao pai: “Feliz Dia dos Pais meu negão!”.  A filha e mulher de Ronaldo morreram na hora.
Os corpos da mãe e da filha devem chegar ao Velório Municipal de Guaraci na manhã desta segunda-feira (14), mas ainda não existe uma previsão do horário do enterro. A polícia está investigando o caso.
Danilo Camargo/Diário de Votuporanga.

Chapadinha sedia nos dias 15 a 17 de agosto, oficina Interlegis de revisão de Marcos Jurídicos.

por Débora Silva Barroso Pais — publicado 14/08/2017.

Suporte para atualização dos textos é dado gratuitamente pelo Programa Interlegis.
De 15 a 17 de agosto, a Câmara de Chapadinha (MA) irá sediar a Oficina Interlegis de Marcos Jurídicos promovida pelo Interlegis – Programa vinculado ao Instituto Legislativo Brasileiro, do Senado Federal.  O treinamento será realizado pelos servidores do Senado, Tairone Messias Rosa e Rafael Inácio de Fraia e Souza.
Os chamados Marcos Jurídicos são documentos importantes que regem o funcionamento das câmaras e a organização dos municípios. A grande maioria, de acordo com vários levantamentos feitos, inclusive pelo próprio Interlegis, está desatualizada e, muitas vezes, em desacordo com outras leis e até com a Constituição Federal.
A programação compreende uma palestra sobre a importância do Regimento Interno e da LOM e orientações a respeito de organização do município; políticas públicas municipais; competências e funções do vereador entre outros tópicos. O curso terá duração de 24 horas-aula.
Durante a oficina, o Regimento Interno da Câmara e a Lei Orgânica do município de Chapadinha servirão de base para que os especialistas discutam a importância da atualização desses textos, dentro de parâmetros constitucionais e atentos às necessidades locais. Mais de 50 pessoas de municípios vizinhos já fizeram sua inscrição.
Tanto o Regimento Interno da Câmara quanto a Lei Orgânica de Chapadinha são da década de 90, evidenciando a necessidade das casas olharem com atenção para esse aspecto jurídico que impacta todo do trabalho legislativo e do suporte para sanar estas dificuldades, oferecido gratuitamente pelo Interlegis.
O evento de Chapadinha tem o apoio do senador do estado, Roberto Rocha (PSB-MA).

MPF/MA propõe ações de improbidade contra ex-prefeitos de São joão Batista e Marajá do Sena que não prestaram contas da aplicação de recursos da Educação.

Foto - Manoel Edivan Oliveira da Costa, ex-prefeito do município de Marajá do Sena (MA).
Em 2016, os municípios de Marajá do Sena e São João Batista receberam milhões em recursos do Fundeb, mas não prestaram contas da aplicação da verba. O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) propôs ação civil por ato de improbidade administrativa contra Manoel Edivan Oliveira da Costa, ex-prefeito do município de Marajá do Sena (MA), e Amarildo Pinheiro Costa, ex-prefeito de São João Batista (MA), por não prestarem contas da aplicação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) em 2016. 
Foto - Amarildo Pinheiro Costa, ex-prefeito de São João Batista (MA)
Também é alvo da ação proposta pelo MPF o ex-vice-prefeito de São João Batista, Fabrício Costa Correa Júnior, que assumiu a gestão municipal em 18 de setembro de 2016, após afastamento do prefeito à época, e permaneceu até 31 de dezembro de 2016.
Em abril de 2017, o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) enviou ao MPF/MA uma relação com nomes de gestores municipais que deixaram de prestar contas do exercício financeiro de 2016, na qual constam os nomes dos ex-gestores já mencionados. Em consulta realizada ao sítio eletrônico do Portal da Transparência do Governo Federal, verificou-se que os municípios de Marajá do Sena e São João Batista receberam quase R$ 2,5 milhões e cerca de R$ 6 milhões, respectivamente, em recursos do Fundeb durante o ano de 2016 – verbas cuja aplicação não foi relatada ao TCE/MA, sendo os referidos municípios considerados inadimplentes.
De acordo com o procurador da República Juraci Guimarães Júnior, o dever de prestar contas a ser observado por todos quanto usem, arrecadem ou gerenciem dinheiro, bens e valores públicos é necessário na administração de um Estado de bases republicanas. “Não por outro motivo, a Constituição Federal de 1998 estatuiu de forma explícita que o gestor público promova a prestação de contas […], sob a censura de órgãos de controle interno e externo”, argumentou o procurador. Segundo ele, conforme previsto em lei, a omissão na prestação de contas configura-se ato de improbidade administrativa.
Diante dos fatos, o MPF/MA pediu à Justiça Federal que Manoel Edivan Oliveira da Costa, ex-prefeito de Marajá do Sena, Amarildo Pinheiro Costa, ex-prefeito de São João Batista, e Fabrício Costa Correa Júnior, ex-vice-prefeito do município, sejam condenados a ressarcir integralmente os valores do Fundeb cuja aplicação não foi devidamente declarada por eles, a pagar multa civil de até cem vezes o valor de sua remuneração e sejam proibidos de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual sejam sócios majoritários, pelo prazo de três anos. Além disso, quer a aplicação das sanções de perda da função pública que porventura exerçam e suspensão de seus direitos políticos pelo período de três a cinco anos.
Assessoria de Comunicação - Procuradoria da República no Maranhão - Tel: (98) 3213-7161 - E-mail: prma-ascom@mpf.mp.br - Twitter: @MPF_MA.

Tragédia em Minas Gerais. Policial Militar mata a sogra, a namorada, a mãe e suicida-se.

Reprodução/TV Globo - 23/4/2015
Foto - Soldado deu entrevista para TV sobre caso em que atuou como policial (foto: Reprodução/TV Globo - 23/4/2015).

Corpos de soldado da PM e de três vítimas do policial são sepultados neste domingo. Militar matou a namorada e a sogra, em Divinópolis, viajou até Rio Pomba, tirou a vida da própria mãe e se suicidou, indicam primeiras investigações de tragédia que chocou Minas. 

Foram enterrados na manhã deste domingo os corpos do soldado da Polícia Militar Igor Quintão Vieira, de 23 anos, e das três vítimas assassinadas por ele nas cidades de Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas, e em Rio Pomba, na Zona da Mata.

Segundo a Polícia Militar, Igor, que se preparava para se tornar sargento da PM, foi até Divinópolis e matou a namorada, a também policial militar Aline Rodrigues, de 34 anos, e a mãe dela, Elisabete Guimarães Rodrigues, 66. Em seguida, ele se deslocou para Rio Pomba, onde morava sua mãe, Eloiza Santa Quintão Vieira, de 48, e tudo indica que atirou duas vezes contra a cabeça dela antes de se matar.

Igor e a mãe foram enterrados no Cemitério Municipal de Tabuleiro, na Zona da Mata, cidade a 10 quilômetros de Rio Pomba, às 9h. Os enterros de Aline e da mãe ocorreram às 10h no Cemitério Parque da Serra, em Divinópolis.

A tragédia envolvendo duas famílias de policiais militares chocou Minas Gerais neste sábado. As primeiras investigações apontam que o soldado, prestes a ser promovido a sargento, assassinou a mãe, a sogra e a namorada, que já tinha a patente de sargento. O praça encerrou as mortes com um tiro contra si. Tudo indica que a motivação dos três homicídios e do suicídio foi passional, mas a conclusão oficial dependerá dos laudos dos peritos da Polícia Civil, que têm prazo de 30 dias para concluí-los.

O soldado Igor Quintão Vieira tinha 23 anos e cursava a Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, em Belo Horizonte. Segundo as apurações iniciais, no início da madrugada de ontem ele chegou à casa da namorada, em Divinópolis, no Centro-Oeste, e atirou contra a sargento Aline Guimarães Rodrigues, que tinha 34. No mesmo imóvel, o jovem disparou contra a sogra, Elisabete Guimarães Rodrigues, de 66.

Em seguida, o militar viajou 350 quilômetros até Rio Pomba, na Zona da Mata, onde morava a mãe, Eloiza Santa Quintão, que tinha 48. O major Flávio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da corporação na capital mineira, informou que o soldado confessou as mortes da companheira e da sogra por meio de uma mensagem enviada ao Whats app do irmão.

O oficial acrescentou que, na mesma mensagem, o praça adiantou que pretendia ceifar a vida da mãe para evitar o sofrimento dela. “Ele confessou a morte da sargento Aline e a da mãe dela e disse que não aguentaria ver o sofrimento da (própria) mãe. Por isso, também teria que matá-la. Ambos eram bons policiais e sem histórico de problemas. O caso será investigado”, resumiu o major.

De acordo com a PM, parentes não informaram nenhum problema prévio entre mãe e filho. Colegas de turma do futuro sargento também foram consultados e afirmaram desconhecer eventuais problemas que justifiquem os crimes.

Já o capitão Leonardo Tagliate, comandante da 293ª Companhia do 21º Batalhão, unidade responsável pelo policiamento em Rio Pomba, deu mais detalhes sobre o enredo. Segundo o oficial, a corporação foi acionada, ainda na madrugada de sábado, após parentes, alertados pela mensagem enviada ao WhatApp do irmão de Igor, encontrarem mãe e filho deitados na cama. O militar segurava um revólver calibre 38.

Tagliate disse que, aparentemente, cada corpo apresentava uma perfuração do projetil: “Inicialmente, o que dá para entender na cena é que o rapaz teria matado a mãe e cometido autoextermínio”. Oficialmente, entretanto, a afirmação depende do laudo da perícia. A investigação vai revelar se o gatilho realmente foi apertado pelo militar ou se havia, numa hipótese por enquanto remotíssima, uma terceira pessoa na cena do crime.

Após encontrarem os corpos em Rio Pomba, militares de lá acionaram os colegas em Divinópolis. Uma guarnição foi à casa de Aline e da mãe dela e constataram os dois homicídios. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML).

CURSOS: O casal estava matriculado num curso na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, na Academia da Polícia Militar, no Bairro Prado, Região Oeste de BH. Em razão disso, ambos não estavam no serviço operacional do dia a dia. O soldado foi lotado no 22º Batalhão, responsável pelo policiamento de parte da Zona Sul da capital.


domingo, 13 de agosto de 2017

Entenda a crise dos ovos contaminados na Europa.


Perguntas e respostas sobre o contágio provocado pelo pesticida fipronil, que já afeta 17 países.
Por Isabel Ferrer, El País Brasil.
A crise provocada pela fraude dos ovos contaminados com fipronil – um pesticida comumente utilizado tanto em cães e gatos no controle de pulgas, carrapatos e piolhos, mas cuja utilização é proibida em aves de granja –, já afeta 17 países, segundo a Comissão Europeia. E vem gerando, além disso, atritos entre Holanda e Bélgica, em função de dados essenciais supostamente não compartilhados sobre o uso do produto entre esses países. Entenda o que está acontecendo:
O que é fipronil? É um inseticida de amplo espectro que ataca o sistema nervoso central dos insetos. Descoberto pela empresa farmacêutica Rhône-Poulenc, é usado como antipulgas para animais domésticos porque acaba com elas em 48 horas. Proibido na Europa para os animais que entram na cadeia alimentar humana, a Organização Mundial da Saúde o considera “moderadamente perigoso”. O consumo de um produto contaminado pode causar náuseas, dores de cabeça e estômago. Em casos graves, afeta o fígado, rim e tireoide.
Como começou a crise? Supostamente importado da Romênia pela empresa belga Poultry-Vision, o pesticida foi misturado a outros inseticidas legais para melhorar seus efeitos. Chickfriend, a empresa holandesa que supostamente desinfectou as aves com o composto ilícito comprado da Bélgica, diz que não trabalhou em granjas de frangos destinados ao consumo. No entanto, a Holanda, que tem mais de 100 milhões de aves de granja e exporta milhões de ovos, desaconselhou no início de agosto sua ingestão pela população. O Serviço de Segurança Alimentar tinha encontrado fipronil em diversas concentrações, uma delas muito alta, em 28 amostras. Qualificou os ovos de nocivos para as crianças e o alarme nacional foi dado.
Como se descobriu a contaminação? A Bélgica garante que a Holanda recebeu em novembro de 2016 informações anônimas sobre o uso do produto em granjas, mas não investigou. Mesmo admitindo o alarme, os ministérios da Saúde e Agricultura holandeses destacam que não havia indícios de que a substância fosse chegar aos ovos. Só se falava da limpeza de aves e instalações. Os ministérios da Agricultura e da Saúde admitiram que não informaram o Parlamento em 2016 “porque na época havia uma investigação em andamento”. Alertaram, por sua vez, o Serviço de Segurança Alimentar quando a presença do fipronil foi constatada nas amostras de ovos de suas granjas este verão. Publicou-se, além disso, os códigos dos ovos considerados tóxicos. Os movimentos de 138 instalações foram bloqueados, e as investigações incluem até agora 180.
Todos os produtos contaminados foram retirados? Os ovos suspeitos foram retirados de lojas e supermercados, mas continua havendo doces, molhos e saladas que podem contê-los. Agentes da vigilância sanitária repassam agora todos os produtos, inclusive alimentos infantis, para elaborar uma lista exaustiva.
O que acontece se for consumido um ovo com fipronil? Como em outros casos, os especialistas afirmam que o consumo continuado pode ser perigoso, mas não o esporádico. Isso se deve à concentração do pesticida, que só seria daninha em grandes quantidades. É aconselhável descartá-los, sobretudo para evitar que crianças e grávidas se exponham desnecessariamente a possíveis perigos.
Como é o uso de fipronil no Brasil? Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o ativo é autorizado para uso inseticida, formicida e cupinicida especialmente para aplicação no solo no cultivo de batatas, cana-de-açúcar e milho. Além da aplicação nas folhas das culturas de algodão, arroz, eucalipto e soja, dentre outros. Em junho de 2012, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), soltou um comunicado  restringindo a pulverização aérea de fipronil, bem os agrotóxicos imidacloprido, tiametoxam e clotianidina, no controle parasitário agrícola, pois essas substâncias seriam nocivas às abelhas.
Imagem: Uma caixa de ovos em Dresden (Alemanha). FILIP SINGER EFE.

Estados Unidos. Casa Branca define como terrorismo protestos racistas na Virgínia.

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Foto - Acusado James Fields.
Da Agência Ansa
Os confrontos entre supremacistas brancos e pessoas que militam contra o fascismo em Charlottesville, na Vírgínia, nos Estados Unidos, foram definidos neste domingo (13) pelo conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, H. R. McMaster, como atos de "terrorismo".

"Cada vez mais se cometem ataques contra as pessoas para incitar o medo, o terrorismo", disso Mc Master, em entrevista ao canal ABC. "Condenamos os supremacistas brancos, os racistas e os grupos nazistas", acrescentou o conselheiro, após o presidente norte-americano, Donald Trump, ser duramente criticado, por republicanos e democratas por seus comentários e sua inação em relação ao ato.  

A manifestação, que reuniu mais de mil pessoas, provocou a morte de três pessoas: uma mulher, que foi atropelada por um carro, e duas que estavam a bordo de um helicóptero da polícia, que caiu na região. Em entrevista coletiva, Trump culpou "vários lados" pela violência, sem condenar explicitamente os grupos neonazistas.  

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"Condenamos, nos termos mais firmes possíveis, essa exibição atroz de ódio, fanatismo e violência procedente de vários lados. O ódio e a divisão devem parar agora. Temos que nos unir como norte-americanos, com amor à nossa nação". O presidente não respondeu às perguntas de jornalistas que questionaram se ele considerava o atropelamento de manifestantes antirracistas um ato de terrorismo.
 
"Não vou poupar palavras. Atribuo grande parte da culpa do que está acontecendo hoje no país à Casa Branca e ao entorno do presidente", afirmou o prefeito de Charlottesville, o democrata Michael Signer.  

No Twitter, o senador republicano pela Flórida Marco Rubio afirmou que é "muito importante para o país que o presidente descreva os eventos em Charlottesville como eles são: um ataque terrorista de supremacias brancos".  

Centenas de nacionalistas iniciaram um protesto na noite de sexta-feira (11) contra a remoção de uma estátua de Robert E. Lee, um general confederado da Guerra Civil norte-americana. Entre os grupos estavam neonazistas, que entraram em confronto com manifestantes antifascistas e antirracistas.  

Durante o ato, um motorista, identificado como James Fields, de 20 anos, atropelou diversos ativistas antirracismo, matando uma mulher e deixando ao menos 15 feridos. O homem foi detido, sob suspeita de homicídio. O caso é investigado pelo FBI (Federal Bureau of Investigation, a Polícia Federal norte-americana).


Edição: Nádia Franco.