segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Comerciantes da praça do Anel Viário pedem ajuda aos políticos e a imprensa.


Texto de Alterê Bernardino.

Conforme haviam deliberado em reunião, os vinte (21) comerciantes que têm estabelecimentos na praça do Anel Viário decidiram neste último final de semana fazerem apelo para a Câmara Municipal e para a imprensa, no encontro que terão com subprefeito do Centro Histórico, Fábio Henrique Carvalho, nesta terça-feira, (17), a partir das 10 horas, na sede da Blitz Urbana.

O apelo daquelas pessoas aos vereadores e aos órgãos de imprensa, decorre da convocação do auxiliar da Prefeitura de São Luís ter convocado essa reunião para tratar da retirada dos comerciantes da área para a construção de uma pista de skate no local, a mando do governador Flávio Dino, segundo ele mesmo afirmou na noite de sexta-feira, (13), no encontro mantido com os comerciantes.

Os proprietários das barracas existentes na localidade estão preocupados com a iminência de perderem seus locais de trabalho, e sem terem onde desempenharem suas atividades para prover o pouco sustento que mantêm para o sustento de suas famílias e de suas barracas. “Este é o único local que nós temos para trabalhar, e querem nos retirar para ficarmos desempregados, e sem ter para onde ir”, afirma a comerciante Raimunda Januário.

Já o presidente do Sindicato dos Comerciantes do Anel Viário, Ribinha, tem mantido conversa com os comerciantes que serão prejudicados, além de ter confirmado presença na reunião marcada para a sede da Blitz Urbana nessa terça-feira, reforma o pedido de apelo dos seus colegas de ajuda dos vereadores da Câmara Municipal e da imprensa, para que também se mantenham informados e busquem melhores informações sobre a questão.

“Se o governador está com essa ideia de construir uma pista de skate aqui no local, o que vai implicar em um grande gasto de dinheiro, porque ele não aproveita para executar um projeto de reurbanização da área, o que certamente gastaria muito menos” Indagou a comerciante Maria de Jesus, para dizer, “e não vir com a resposta de que o projeto de reurbanização entregue na prefeitura o subprefeito diz que o governador mudou tudo. 

É bom que a gente se lembre que esse projeto foi entregue ao prefeito Tadeu Palácio e também na época foi entregue na Câmara Municipal aos vereadores Pereirinha, Marília Mendonça e Rose Sales, e agora aonde foi parar esse projeto?” finaliza ela com essa interrogação.



domingo, 15 de outubro de 2017

Africa. Ataque com caminhão-bomba mata mais de 200 na Somália.

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Edifício destruído pelo ataque com bombas na capital somali, Mogadíscio.
Atentado mais mortal da história do país africano deixa ao menos 237 mortos e mais 350 feridos. Nenhum grupo reivindica autoria, mas autoridades culpam milícia Al Shabaab. 

O ataque com um caminhão-bomba ocorrido neste sábado (14/10) em Mogadíscio, na Somália, matou ao menos 237 pessoas e deixou outras 350 feridas, segundo autoridades somalis e serviços médicos.  Trata-se do ataque mais mortal da história dessa nação africana. 

O número de mortos deve aumentar ainda mais nas próximas horas. Serviços médicos nos hospitais lutam para salvar as vidas das centenas de pessoas feridas, muitas delas com queimaduras tão graves que impedem até mesmo a identificação.

O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, declarou três dias de luto e apelou à população para que vá aos hospitais, que estão lotados de feridos, para doar sangue para as vítimas. Ele próprio doou sangue.

Somalia Mogadischu Bombenanschlag
Explosão de caminhão-bomba numa rua movimentada deixou rastro de destruição

Segundo a imprensa somali, a maioria dos mortos eram civis, principalmente vendedores ambulantes. Ao menos cinco voluntários da organização humanitária do Crescente Vermelho da Somália morreram no atentado, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

No ultimo sábado, um caminhão-bomba explodiu numa rua movimentada da capital somali, nas proximidades do hotel Safari, muito frequentado por estrangeiros, destruindo veículos e edifícios das imediações. Serviços médicos afirmam que ao menos 237 pessoas morreram e 350 ficaram feridas.

O comandante da polícia de Mogadíscio, Mahad Abdi Gooye, afirmou à agência de notícias Efe que um segundo caminhão-bomba explodiu perto da antiga sede da companhia aérea nacional Somali Airlines, no distrito de Wadajir. Segundo a BBC, duas pessoas morreram nessa segunda explosão.

O hotel Safari se localiza nas proximidades do Ministério do Exterior da Somália. A explosão deixou um rastro de destruição num ponto muito movimentado da cidade, com vários corpos ensanguentados expostos. Janelas de prédios próximos ficaram destruídos e carros queimaram na rua.

Até agora nenhum grupo assumiu a autoria dos atentados, mas o ministro da Informação, Abdirahman Yarisow, afirmou que o ataque provavelmente foi realizado pela milícia Al Shabaab, um grupo islâmico que se filiou em 2012 à rede terrorista Al Qaeda e que costuma escolher seus alvos em Mogadíscio.

Somalia Mogadischu Bombenanschlag
Veículos incendiados pela detonação de bombas na capital somali.
Ao longo de toda a noite, grupos de resgate vasculharam os destroços do hotel Safari e de outros edifícios das proximidades em busca de sobreviventes. "Em dez anos de experiência nos serviços de emergência em Mogadíscio, nunca vimos algo como isso", escreveu o serviço de ambulâncias da cidade no Twitter.

Neste domingo, os sentimentos dominantes entre a população eram o luto, a perplexidade e a revolta. "Não há nada que eu possa dizer. Perdemos tudo", disse Zainab Sharif, que é mãe de quatro crianças e perdeu seu marido.

A milícia Al Shabaab controla parte do território no centro e no sul do país e tenta instaurar um Estado islâmico wahabista na Somália. O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi destituído, o que deixou o país sem governo efetivo e em mãos de milícia radicais islâmicas.

FC/AS/efe/dpa/afp/dpa.

UFMA. Sediará nos dias 24 e 25 de outubro seminário sobre "Comunicação e Poder no Maranhão".

O Referido Seminário esta sendo organizado por militantes sociais ligados a comunidade acadêmica, sindicatos, entidades religiosas  e também aos movimentos sociais.

Foto - SEMINÁRIO COMUNICAÇÃO E PODER NO MARANHÃO.
SEMINÁRIO

COMUNICAÇÃO E PODER NO MARANHÃO
  
Dias: 24 e 25 de outubro.

Local: Auditório Central da UFMA.

Organização:

·         Jornal Vias de Fato;
·         Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço-MA),
·         Coletivo Nódoa,
·         Apruma SS,
·         Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão,
·         CSP-Conlutas,
·         Sindicato dos Bancários,
·         Blog Buliçoso,
·         Movimento de Defesa da Ilha de São Luís,
·         Carabina Filmes,
·         Casa 161 (residência artística).


Dia 24/10 - Terça-feira.

8h – Credenciamento

8h e 30 - Abertura da exposição fotográfica: “Tentaram nos enterrar, mas não sabiam que somos sementes”, da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão.

9h e 30min - Saudação dos organizadores.

10h - Mesa de debate com o tema: Mídia empresarial, concentração de poder, patrocínio governamental e cooptação da imprensa.

Mediadora:
- Flávia Regina Mello – Jornalista, trabalhou em TV e jornal. Fez assessoria no setor público e privado. Foi Secretária de Estado da Comunicação no Maranhão. Foi uma das fundadoras da Revista Parla. Hoje edita o Blog Buliçoso.

Debatedores:
- Gustavo Gindre - Jornalista e integrante do Coletivo Brasil de Comunicação Social (Intervozes) de São Paulo. Especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual. Foi membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil.

- Gil Quilombola – É um dos articuladores do Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom). Em 2012, recebeu, no Rio de Janeiro, o Prêmio João Canuto de Direitos Humanos, entregue pelo Movimento Humanos Direitos (MHuD).

- Emilio Azevedo – Jornalista, autor de livros-reportagem. Em 2006, em São Luís, foi um dos organizadores do Vale Protestar, movimento que associou teatro popular e comunicação alternativa. Foi um dos fundadores do Vias de Fato.

14h - Sorteio de livros.

14:30 - Mesa de debate com o tema: Participação social, orçamento público e democratização da comunicação.

Mediador:
- Cláudio Mendonça - É professor do Colégio Universitário (Colun/UFMA) e atual diretor de relações sindicais da Apruma, o sindicato dos professores da Universidade Federal do Maranhão.

Debatedores:
- Claudia Santiago – Jornalista e historiadora, integra a coordenação do Núcleo Piratininga de Comunicação (Rio de Janeiro), instituição que é referência no estudo da comunicação popular e sindical, no Brasil.

- Wagner Cabral da Costa – Historiador, professor da Universidade Federal do Maranhão, pesquisador da estrutura oligárquica maranhense. Foi presidente da Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos (SMDH).

- Saulo Arcangeli – É sindicalista. Um dos coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU do Maranhão (Sintrajuf) e membro da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular.

19h - Exibição de filmes:

·         Tocar fogo no mudo – linchamento Gamela, de Andressa Zumpano, Ana Mendes e CIMI.

·         Em busca do bem viver.  Murilo Santos, com produção das Pastorais Sociais.  

  
Dia 25/10 - Quarta-feira.

8h - Sorteio de livro

9h - Oficina. Esta oficina será realizada por dois jornalistas, Caio Castor e Pedro Ribeiro Nogueira, da Agência Pavio (São Paulo). 

Será uma atividade voltada para vídeos reportagens (inclusive com o uso do celular), utilizando teorias e técnicas do cinema popular, do jornalismo de guerrilha e do documentário; com o objetivo de fortalecer o surgimento de novas/os comunicadoras/os populares, ajudando a desconstruir a figura vertical do comunicador, propondo a ação audiovisual como ferramenta de mobilização e transformação social.

14h - Sorteio de livros.

14h e 30 min - Mesa de Debate com o tema: Os desafios de uma comunicação popular.

Mediadora – Marivania Furtado – Cientista social e professora. É coordenadora do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Lutas Sociais, Igualdade e Diversidade (LIDA) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Coordenadora da Licenciatura Intercultural Indígena.

Debatedores:
- Rosenilde Gregório (Rosa) – É Quebradeira de Coco, foi uma das fundadoras do Movimento Interestadual das Quebradeira de Coco Babaçu (MIQCB) e hoje faz parte da coordenação desta organização. Na década de 1980, esteve entre as primeiras mulheres a entrar no sindicalismo rural do Maranhão, se impondo diante do machismo vigente.

- Kum`tum Akroá Gamela – Agente pastoral, foi coordenador da Comissão Pastoral da Terra no Maranhão (CPT-MA). Indígena Gamela, vive hoje, novamente na Baixada maranhense, lutando ao lado do seu povo, pela retomada das terras que lhes foram roubadas.

- Pedro Ribeiro Nogueira - Jornalista, foi um dos fundadores da Agência Pavio (São Paulo). Trabalhou, entre outros, para o Portal Terra, Plataforma Cidades Educadoras, jornal Le Monde Diplomatique e nas revistas Sem Terra e Caros Amigos.

- Ed Wilson Araújo – Jornalista e professor do Curso de Rádio e TV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). É o atual presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias no Maranhão (Abraço-MA).

18h - Leitura da carta do I Seminário de Comunicação e Poder no Maranhão.

Inscrição para monitoria: (98) 98408-8580 (zap)

Apoio Pedagógico:

- Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Lutas Sociais, Igualdade e Diversidade (LIDA) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Núcleo Piratininga de Comunicação (Rio de Janeiro) e

- Sociedade Maranhense de Mídia Alternativa e Educação Popular Mutuca.

Apoio:
       Cáritas Brasileira,
·         Conselho Indigenista Missionário (CIMI),
·         Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA,
·         Comissão Pastoral da Terra (CPT-MA),
·         GEDMMA (UFMA),
·         GEPES (UFMA),
·         Irmãs de Notre Dame,
·         Justiça nos Trilhos,
·         MIQCB,
·         MOQUIBOM,
·         NERA (UFMA),
·         NURUNI (UFMA),
·         Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação (ObEEC/UFMA),
·         QUILOMBO URBANO,
·         Rádio Boa Notícia (Balsas),
·         Rede Amiga da Criança,
·         SINASEFE/MARACANÃ,
·         SINASEFE/MONTE CASTELO,
·         SINDSALEM,
·         SINDSEP,
·         SINTSPREV.

Coordenação Executiva:
Andressa Zumpano, Ed Wilson Araújo, Igor de Sousa, Leandro Augusto dos Remédios Costa, Rejane Silva Galeno, Taynara Castelo Branco.



Deputado Wellington apresenta proposta de prevenção e combate às queimadas no Maranhão.


O deputado estadual Wellington do Curso (PP) apresentou, na Assembleia Legislativa do Maranhão, proposta que tem por objetivo prevenir e combater as queimadas no Maranhão. 

A solicitação do deputado Wellington foi motivada por denúncias de maranhenses que passaram por rodovias e puderam constatar que as queimadas caracterizam as vias do Maranhão, vez ou outra.

Ao justificar a solicitação, Wellington, que é membro do Parlamento Amazônico, destacou a necessidade de ações conjuntas.

"Para combater as queimadas, não basta que o município, Estado ou União aja de forma isolada. É necessário que se articulem ações conjuntas, de prevenção e combate. Por isso, encaminhamos a proposta, a fim de que os entes atuem de forma efetiva. 

O Governo do Estado precisa agir e, assim, evitar que as rodovias continuem tendo as queimadas como realidade, já que com isso, temos uma perda significativa tanto na flora quanto na fauna", pontuou Wellington.

Texto: Ascom/ Dep. Wellington do Curso.

O Brasil nas mídias sociais, por Rodrigo Dora.

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Nas vilas do Pará, nas profundezas da floresta amazônica, a água tratada é um luxo e estradas pavimentadas são poucas e muito distantes entre si. 
Facebook, no entanto, é uma realidade muito perto. Um dado expressivo dessa realidade surge com o fato de que no início do ano ficou demonstrado o quanto as redes sociais tornaram-se o canal escolhido até mesmo para que grupos indígenas que lutam contra a construção da usina hidrelétrica ao longo do rio Xingu desabafassem suas frustrações. Ou seja, como a mídia social é um instrumento essencial para todos os grupos sociais. O “Xingu Vivo” – página no Facebook, registrou suas queixas contra o projeto, mantendo os ativistas da luta a par dos acontecimentos, bem como das suas posições.
Hoje, em tempos de ilusão de que não há censura no país, a mídia social é uma instituição excepcionalmente democrática no Brasil. Enquanto o país ainda preserva uma notória, expressiva e profunda divisão entre ricos e pobres, os telefones móveis conseguem dar às comunidades urbanas carentes e até mesmo nas remotas áreas rurais o acesso a sites de redes sociais. Além disso, o potencial de crescimento desse setor continua forte, tendo em vista haver apenas 23% desse público utilizando smartphones e as quatro maiores operadoras do país lançaram o mais moderno serviço de 4G apenas no início do verão do ano passado (2012), ou seja, perto de dezembro.
O Brasil já conta com mais de 65 milhões de usuários do Facebook, perdendo apenas para os EUA, sendo também vice-líder no consumo do Twitter (com 41,2 milhões de tweeters) e o maior mercado fora os EUA do YouTube.  Assim, no país mais populoso da “América do Sul”, o Brasil, também emergem as mídias sociais. Setenta e nove por cento dos usuários de Internet no Brasil (cerca de 78 milhões de pessoas) estão agora em mídias sociais, de acordo com um relatório de analistas eMarketer, com as taxas de adesão se aproximando rapidamente as dos EUA.
Ao que tudo indica, o Brasil está apenas ajustando suas passadas. O tempo médio gasto no Facebook entre os brasileiros aumentou 208 por cento no ano passado, indo para 535 minutos por mês. Em comparação, o uso global diminuiu 2 por cento durante o mesmo período no mundo. Dessa forma, com a saturação de mídia social nos EUA e na Europa e com os chineses restritos por seu grande Firewall (sem acesso legal ao Twitter e Facebook), com Índia ainda relativamente em estágios iniciais da revolução da Internet, o Brasil, entre os BRICS, aparece como a capital de “social media”.
O governo, através dos recentes planos, tem liderado um esforço progressivo para ampliar o acesso à Internet em todo o país, resultado este expressado pelos quase 100 milhões de brasileiros com acesso a internet. Nesta toada, estima-se que até 80 por cento da população terá acesso à Internet em 2016. Curiosamente, a maior parte do tempo on-line do brasileiro (36%) é gasto em mídias sociais.
A publicidade digital, no entanto, permanece em sua infância no Brasil, sendo apenas 10% do mercado de publicidade, enquanto no resto do mundo abrange 20%. As grandes marcas já se atentaram a esse fato e têm lançado campanhas agressivas no Facebook para capitalizar sobre a influência das mídias sociais, acumulando alguns milhões de seguidores poucos meses. Isso reforça a previsão de que o país deverá aumentar os gastos com anúncios em mídias sociais em US $ 5,6 bilhões no próximos três anos, mais do que a Índia , a Rússia ou a Indonésia por exemplo.
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Fontes consultadas:

sábado, 14 de outubro de 2017

São Luís. Flávio Dino quer transformar área de praça do Anel Viário em pista de skate, os pais de família que la trabalham que se virem.


Texto de Altere Bernardino.
Depois de terem suas barracas interditadas pela Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros Militar, os comerciantes instalados na área de uma praça do Anel Viário foram pegos de surpresa na última sexta-feira, (13), com a notícia que procurem outro local para trabalharem, pois ali será construída uma pista de skate por determinação do governador Flávio Dino.

O anúncio foi feito pelo subprefeito do Centro Histórico Fábio Henrique Carvalho, que se apresentou como representante da Blitz Urbana, durante uma reunião com os comerciantes. Na ocasião, ele convocou uma reunião com os vinte e um (21) barraqueiros que trabalham na área, marcada para a próxima terça-feira, (17), na sede da Bliz Urbana.

Questionado sobre um projeto de reurbanização do Anel Viário que existiria na Prefeitura de São Luís, Fábio Henrique afirmou de maneira enfática que “o governador mudou tudo”. Os comerciantes indagaram como ficaria a situação deles para continuarem trabalhando, o auxiliar da prefeitura disse que cada um procurasse um local em uma feira ou mercado de sua preferência, que o governo disponibilizaria a instalação dos mesmos.

Fábio Henrique falou ainda que a medida estava sendo tomada diante de reclamações sobre o local ser um ponto de comercialização de drogas, prostituição, entre outros casos. “Então o governador deveria mandar fechar muitos outros locais, pois é do conhecimento do povo e das autoridades que fazem vista grossa para determinadas localidades, onde existem registro de casos piores”, reagiu uma comerciante.

Mais adiante Fábio Henrique deixou claro que as autoridades de segurança já tinham a intenção de lacrar o local, e citou como um dos últimos exemplos o homicídio cometido por um motorista contra um taxista, há mais de uma semana, cujo motivo foi a desavença entre ambos por disputa de passageiros, conforme foi amplamente noticiado.

“Com essa atitude o governo está tirando o nosso trabalho, o pouco que ganhamos para o sustento de nossas famílias”, conforme desabafou a comerciante Maria de Jesus e acrescentou : “vão colocar aqui um monte de garotões e até marginais mesmo, podendo piorar mais a situação, no que se refere a violência, roubos, consumo e venda de drogas, e quem sabe lá até estupros”.

A conclusão é que todos os presentes ficaram insatisfeitos com o que foram informados, mas concordaram em participar da reunião para a qual foram convidados, mas procuraram deixar patente que irão lutar para garantir seus trabalhos. “Nós não podemos é ficar sem saber para onde ir, sem trabalho, e aumentar mais o contingente de pessoas desempregadas e sem renda para o sustento de nossas famílias”, finalizou um comerciante insatisfeito, completando que “iremos buscar a ajuda das autoridades, da imprensa e de quem mais for necessário”.     

Link: Comerciantes da praça do Anel Viário pedem ajuda aos políticos e a imprensa. https://maranauta.blogspot.com.br/2017/10/comerciantes-da-praca-do-anel-viario.html

UNICEF: homicídios de adolescentes batem recorde; Nordeste registra índices mais altos de violência.

Imagem capturada de vídeo: Allan.
ONU
Em municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, a taxa de assassinatos de jovens chegou a 3,65 por mil adolescentes — ou seja, para cada mil adolescentes que completam 12 anos, mais de três são vítimas de homicídios antes de chegar aos 19 anos. Se nada mudar, 43 mil jovens poderão ser mortos até 2021.
No Nordeste, o índice é de 6,5, número que representa um aumento maior que o dobro desde 2005. Dados são do Índice de Homicídios na Adolescência 2014, divulgado nesta semana pelo UNICEF e parceiros.
Em municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, a taxa de assassinatos de jovens chegou a 3,65 por mil adolescentes — ou seja, para cada mil adolescentes que completam 12 anos, mais de três são vítimas de homicídios antes de chegar aos 19 anos. Divulgado nesta semana pelo Índice de Homicídios na Adolescência 2014 (IHA), o número é o mais alto já registrado pela pesquisa, elaborada desde 2005. 
Levantamento alerta para a situação do Nordeste, que concentra sete das dez capitais brasileiras mais perigosas para a juventude.
Realizado pelo governo brasileiro em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o estudo alerta que, se as condições que prevaleciam em 2014 não mudarem, 43 mil adolescentes poderão ser mortos, entre 2015 e 2021, nos 300 municípios analisados. 
A estimativa diz respeito somente às cidades com mais de 100 mil habitantes. O IHA é calculado para cada grupo de mil pessoas entre 12 e 18 anos.
Fortaleza tem o maior índice, com 10,94 homicídios para cada grupo de mil jovens na faixa etária visada pelo relatório. Na lista com as dez capitais mais violentas, a cidade é seguida por Maceió (9,37), Vitória (7,68), João Pessoa (7,34), Natal (7,10), Salvador (6,87), São Luís (6,68), Teresina (6,59), Belém (5,32) e Goiânia (4,76). As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo ocupam, respectivamente, a 19ª e a 22ª posição entre as capitais, com IHAs 2,71 e 2,19.
Segundo a pesquisa, em quase todos os estados do Nordeste, com exceção de Pernambuco, há pelo menos dois municípios com índices superiores a 6. A região apresenta o IHA médio mais elevando — 6,5. Se a situação não melhorar, 16,5 mil jovens nordestinos poderão ser mortos de 2015 a 2021.
O cenário alarmante é sintoma do acúmulo de altas no IHA regional — de 2005 a 2014, a taxa do Nordeste passou de pouco menos de 3 para quase 7. A segunda região mais violenta do Brasil, o Norte, tem um índice de homicídios contra adolescentes de 3,9.
Desde 2012, o número dos adolescentes entre 12 e 18 anos morrendo por agressão é proporcionalmente mais alto do que do resto da população brasileira — 31,6 para cada 100 mil adolescentes em 2014 comparados com 29,7 para cada 100 mil pessoas no geral.
“O que temos visto hoje no Brasil é que a falta de oportunidades tem determinado cruelmente a vida de muitos adolescentes”, afirma a representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer.
“Enquanto o Brasil nas últimas décadas conseguiu reduzir a mortalidade infantil significativamente, o número de mortes entre os adolescentes cresceu de uma maneira alarmante. É primordial que o país valorize melhor a segunda década de vida e dê à adolescência a importância que ela merece”, acrescentou a especialista.
As mortes de crianças menores de 1 ano foram reduzidas de 95.938, em 1990, para 37.501, em 2015. Durante o mesmo período, o número de adolescentes de 10 a 19 anos assassinados aumentou de 4.754 para 10.290, segundo o DATASUS.
O IHA é elaborado em parceria entre o UNICEF, o Ministério dos Direitos Humanos (MDH), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ). Acesso ao relatório sobre 2014 clicando aqui.

Questão racial e de gênero

Os cálculos do IHA também abordam parâmetros de gênero, cor, idade e meio utilizado no homicídio. Em 2014, os adolescentes do sexo masculino tinham um risco 13,52 vezes superior ao das adolescentes do sexo feminino, e os adolescentes negros, um risco 2,88 vezes superior ao dos brancos. As chances de ser morto por arma de fogo é 6,11 vezes maior do que por outros meios.
Outro estudo conduzido pelo UNICEF, em colaboração com a Assembleia Legislativa do Ceará e o governo do estado, traz uma análise de homicídios ocorridos em Fortaleza e em outros seis municípios cearenses, com conclusões semelhantes. As vítimas eram, na maioria, meninos (97,95%) e negros ou pardos (65,75%), moradores das periferias.
Os adolescentes assassinados eram, em sua maioria, pobres – 67,1% viviam em lares com renda familiar entre um e dois salários mínimos – e 70% estavam fora da escola há pelo menos seis meses. Em Fortaleza, metade dos homicídios de adolescentes aconteceu em média a 500 metros da casa da vítima.