Um sonho que deveria se transformar em realidade. Era o fim da greve tão almejada por eles e, principalmente, pela sociedade, e uma derrota da insensibilidade do governo.
Mas a intransigência falou mais alto. Faltou raciocínio lógico e maturidade para que a manifestação paredista chegasse ao final vitoriosa. A tropa não tem culpa. Ora, quem quer negociar não pode impor 100% do que pretende. Negociação, em hipótese alguma, significa imposição. Do contrário, melhor seria nem sentar à mesa.
O Governo do Estado, após relutar, flexibilizou e cedeu. Primeiro
acatou as propostas de anistia, de não retaliações ou punições aos
grevistas. Já era uma vitória. Agora, já no início da noite de hoje, conforme informações prestadas
ao blog por um deputado verdadeiramente oposicionista, o governo
aumentou de 10% para 19% o reajuste de 30% das perdas salarias
reclamadas pelos grevistas. E mais: 10% em 2012 e 10% em 2013. Quem luta por um reajuste salarial de 30% não pode radicalizar se os índices não chegam aos pleiteados. É uma negociação.
Seria o grande momento de fechar o acordo já, com mais da metade da
conquista almejada. Para quem pretendia punir com deserções (expulsões),
descontos na folha dos dias parados, o não recebimento do décimo
terceiro salário.
Mas a questão salarial emperrava o acerto. Pior se o outro lado oferecesse apenas menos ou a matede do que queriam os grevistas.
Mas existe uma explicação para o caso. O comando da greve local virou
nacional. Existe um movimento, que começou exitoso no Tocatins,
desembocou no Piauí e agora deve se alastrar em diversos outros estado
para pressionar a presidente Dilma Rousseff a colocar na pauta do
Congresso a PEC 300, que unificará os salários dos militates em todos o
país, com soldos de até R$ 3,9 mil.
Nada contra. O militar tem, sim, que ganhar, bem. Afinal, exerce uma
função fundamental; até porque mantém a segurança do nosso lar e de
nossas vidas, expondo sua própria existência.
Mas querer que a PEC 300 seja logo implantada no Maranhão, antes de
ser aprovada no Congresso Nacional – até que seria um grande avanço –
pode resultar inicialmente em prejuízos para manifestações locais.
Creio que o movimento perdeu o time de devolver, hoje à noite,
militares cansados, estressados, ansiosos e impacientes, aos seus lares,
ao convívio familiar, e manhã ao trabalho. Mas nada que não possa ser
reavaliado os próximos passos.
E o blog, assim como tem se colocado desde o início da greve, que tem
sido ordeira e pacícifa, continuará registrando e analisando as
manifestações favoráveis à luta por melhores condições de vida e de
dignos salários.
MATÉRIA COPIADA: http://www.luiscardoso.com.br
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