O deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B/SP) enviou
requerimento de CPI para investigar as denúncias documentadas no livro A
Privataria Tucana.
Segundo Protógenes, até o momento, já assinaram
Ubiali (PSB/SP), Paulo Foletto (PSB/ES), Dr. Aluizio (PV/RJ) e Romário
(PSB/RJ).
CÂMARA DOS DEPUTADOS
REQUERIMENTO DE CPI
(Do Sr. Delegado Protógenes)
Requer a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito com a
finalidade de investigar as denúncias de irregularidades e lavagem de
dinheiro apresentadas pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior em seu
livro, “A Privataria Tucana”.
JUSTIFICATIVA
Está na Carta Magna brasileira, em seu artigo 3º, incisos I e II, que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil “construir uma sociedade livre, justa e solidária” e “garantir o desenvolvimento nacional”.
O livro “A Privataria Tucana”, lançado no
último dia 09 de dezembro, revela, com uma farta documentação, um
esquema do uso de dinheiro das privatizações, ocorridas nos anos de
1990, para beneficiar políticos e seus apadrinhados. Estas denúncias
configuram real ameaça à realização da República nos seus moldes
constitucionais.
Em reportagem de capa, a revista Carta Capital, em edição do dia 14
de dezembro de 2011, debruça-se sobre as principais denúncias elaboradas
pelo autor do livro, o jornalista Amaury Ribeiro Jr.
Segundo o autor, os documentos secretos da CPI do Banestado
demonstram a existência do “maior esquema de lavagem de dinheiro já
detectado no Brasil” cujo personagem principal é o ex-governador de São
Paulo e candidato presidencial derrotado em 2002 e 2010, José Serra, e
mentor o seu ex-tesoureiro de campanha, Ricardo Sérgio de Oliveira.
O livro-reportagem apresenta ainda documentos da Secretaria de
Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda que comprovam o
envolvimento de parentes de políticos à época, como o irmão do
ex-senador Tasso Jereissati, o empresário Carlos Jereissati, no repasse
de 2 milhões de reais da suposta propina para a campanha de José Serra
ao Senado, no ano de 1994. Segundo Ribeiro Jr., o próprio empresário
confirmou a doação, mas o candidato só declarou ao tribunal Regional
Eleitoral R$ 95 mil.
O livro também mostra a sociedade entre o ex-Governador paulista e o
espanhol Preciado, marido da sua prima, na compra de um terreno na
capital paulista. O espanhol também movimentava a mesma conta do MTB
Bank, usada para lavar o dinheiro das privatizações. O jornalista
Ribeiro Jr. lembra que o esquema foi desmontado, em 2004, pela Polícia
Federal, na operação farol da Colina. Neste caso, mais uma vez os
documentos da CPI do Banestado comprovam a ligação entre José Serra e os
apadrinhados na lavagem de dinheiro, ao demonstrar que o espanhol
depositou 2,5 bilhões de dólares, entre 1998 e 2002, na conta de Ricardo
Oliveira, seu ex-tesoureiro.
A ampla documentação exibida no livro mostra que o ex-tesoureiro da
campanha de Serra movimentou 1,9 milhões de reais em 2002, data da
disputa presidencial entre o ex-presidente Lula e o então candidato José
Serra. Também se verifica a participação da filha de Serra, Verônica,
que entre 2000 e 2002, véspera da campanha presidencial, trouxe para o
Brasil cerca de 7 milhões de reais procedentes do Caribe.
A reportagem evidencia a ligação entre a filha de José Serra com o
banqueiro condenado pela justiça Daniel Dantas em investimentos de 15
milhões de dólares entre as empresas de Verônica Serra e Verônica
Dantas, irmã de Daniel Dantas. Os investimentos levaram a filha de Serra
a comprar casa de luxo na Bahia e casa em bairro de classe média alta
em São Paulo, no valor de 475 mil, onde o pai mora hoje.
As denúncias que no presente requerimento destacamos e que
exemplificam a calamidade da situação que aqui temos a intenção de
averiguar, vem a público após 12 anos de extensa pesquisa do renomado
jornalista Amaury Ribeiro Jr.
Respaldadas por vasta documentação, constituem ameaças reais a
democracia brasileira e por isso são, sem dúvida alguma, preocupações
atuais de todos brasileiros. Não são denúncias de mero cunho eleitoreiro
e não se referem a fatos apagados pelo tempo. Pelo contrário,
referem-se a acontecimentos que ainda repercutem na atual política
brasileira pondo em risco nosso projeto de democracia e que continuarão a
repercutir caso não tomemos as devidas providências.
Sala de Sessões, 12 de dezembro de 2011.
DELEGADO PROTÓGENES
Deputado Federal – PCdoB/SP
Atualização 14/12/2011
Deputado Protógenes informou que já tem mais de 100 assinaturas para a CPI da Privataria Tucana. Segundo o Portal Vermelho, Marco Maia garantiu que a CPI será instalada assim que o deputado tiver o mínimo de 171 assinaturas.
Marco Maia instalará a CPI da Privataria, proposta por Protógenes — Portal Vermelho
Atualização 15/12/2011
Vai sair a CPI da Privataria!!! Deputado Protógenes informou hoje pela manhã no Twitter que será ultrapassada a marca de 200 assinaturas.
https://twitter.com/#!/ProtogenesQ/status/147269793798569984
Atualização 15/12/2011 [2]
CPI da Privataria Tucana tem 173 assinaturas, eram necessárias 171. O 171º deputado a assinar foi Juliano Rabelo (PSB/MT); foi o 172º, Brizola Neto (PDT/RJ).
A casa caiu: Protógenes cria CPI!
DEPOIMENTO DO JORNALISTA AMAURY JR. NA CÂMARA DOS DEPUTADOS ESTA MARCADO PARA AS 14:00 HORAS DO DIA 20 DE DEZEMBRO DE 2011.
Matéria copiada de : http://tatianeps.net/?subscribe=success#blog_subscription-3
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