terça-feira, 15 de maio de 2012

Greve continua nesta quarta-feira. Rodoviários e empresários não fecham acordo no TRT.

50% da frota deve permanecer em circulação. Uma nova rodada de negociação será realizada na tarde desta quarta-feira, na sede do TRT
 
Gilberto Lima - Editor do blog (http://gilbertolimajornalista.blogspot.com.br).
 
A primeira rodada de negociação entre os rodoviários e representantes do SET, com a intermediação do TRT, não apresentou solução para a greve, iniciada na madrugada desta terça-feira (15). Comandada pela presidente do TRT, Ilka Araújo, a reunião, realizada na tarde de hoje, tinha o objetivo de se fechar um acordo que possibilitasse o término do movimento paredista.
Sem acordo, a greve continua por tempo indeterminado, causando transtornos à população que encontrou muitas dificuldades de deslocamento no primeiro dia da paralisação. Continua valendo a determinação judicial de manutenção de 50% da frota em circulação. Serão apenas 640 ônibus para atender a demanda enquanto durar a greve.
As partes envolvidas voltarão à sede do TRT, às 15h desta quarta-feira (16), para mais uma tentativa de acordo.
A Prefeitura, através da SMTT, confirmou uma reunião com os representantes do Sindicato das Empresas de Transporte, na manhã desta quarta-feira. No entanto, o prefeito João Castelo já teria reafirmado que não concederá nenhum reajuste de tarifa. Os empresários alegam que não tem condições de conceder aumentos de salários, pois a tarifa média de R$ 1,90 seria uma das mais baixas do país.

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Empresários do transporte coletivo são os maiores interessados na greve dos rodoviários


O aumento de tarifa é o principal objetivo dos empresários
Gilberto Lima - Editor do blog (http://gilbertolimajornalista.blogspot.com.br).

Ônibus no prego é uma constante nas ruas de S. Luís
A greve dos rodoviários, que se inicia logo mais à meia-noite, interessa, principalmente, aos empresários do transporte coletivo. Os trabalhadores decidiram pela paralisação por tempo indeterminado depois de duas tentativas de acordo para aumento salarial. Os empresários alegam que sem reajuste das tarifas não existe condições de conceder qualquer aumento. 
 
Portanto, a greve servirá de instrumento para que os empresários exijam aumento das tarifas. Tentam justificar afirmando que a tarifa média de R$ 1,90 seria uma das mais baixas do país.
Temendo cair, ainda mais, em desgraça com a opinião pública, o prefeito João Castelo já disse que não concederá nenhum reajuste nas tarifas de transporte coletivo. Será que o prefeito tem força de peitar os empresários, que sempre demonstraram comandar todo o sistema, sem intervença da prefeitura? Uma mostra está na frota sucateada que continua circulando normalmente sem nenhuma fiscalização da SMTT. Em outras capitais, essas sucatas já estariam fora de circulação. Diariamente, deparamo-nos com esses ônibus velhos no prego, contribuindo para os constantes engarrafamentos no trânsito de São Luís.
Informações de pessoas com trânsito livre nos bastidores do sistema de transporte dão conta que, nos últimos dias, os empresários teriam determinado a redução de 30% da frota em circulação, contribuindo, ainda mais, para os transtornos aos usuários. Isso tudo acontece com a conivência da SMTT. Os empresários não aceitam ter os interesses contrariados.
Eles estariam chateados com a licitação das linhas de transporte coletivo que eliminará muitas empresas sem condições de continuar operando no sistema, além de poder quebrar monopólios, como o da Taguatur, na área Itaqui/Bacanga.
Além disso, os empresários são os maiores fornecedores de transporte para candidatos a prefeitos e a vereadores. A fatura é sempre cobrada depois, com o aumento de tarifas. E aí, Castelo, vai encarar os empresários?

FONTE:http://gilbertolimajornalista.blogspot.com.br/2012/05/os-empresarios-do-transporte-coletivo.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

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