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Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, comemora fim da greve, que atingiu mais de 30 categorias do serviço público.
BRASÍLIA, 28 Ago (Reuters) - O secretário de Relações do
Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, anunciou nesta
terça-feira que 90 por cento dos servidores da ativa, dos quais a
maioria estava em greve, aceitaram a proposta do governo de reajuste
salarial de 15,8 por cento parcelado em três anos.
Desses 90 por cento, o Ministério do Planejamento informou que 44 por
cento já assinaram o acordo. Os outros 46 por cento sinalizaram a
aceitação da proposta, mas ainda devem assinar o documento, o que deve
acontecer até a manhã de quarta-feira. Os servidores que estavam em
greve devem retornar ao trabalho na próxima segunda-feira.
"A imensa maioria, 90 por cento, dos servidores sinalizou que aceita o acordo", afirmou Mendonça a jornalistas.
Entre as categorias que aceitaram a proposta estão funcionários do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Tesouro
Nacional, da Controladoria Geral da União e dos ministérios de Saúde,
Previdência, Trabalho, Cultura, Agricultura, Justiça, Transportes, além
dos órgãos de Arquivo Nacional, Imprensa Nacional, Embratur e fiscais
agropecuários.
Parte desses funcionários públicos, representados pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), já
havia decidido aceitar a oferta do governo mais cedo nesta terça-feira.
"Consideramos o acordo uma vitória. No começo das negociações o que a
gente tinha era zero e agora conseguimos os 15,8 por cento. Precisamos
aceitar este acordo para garantir também outras questões como a
gratificação por desempenho", disse o coordenador-geral da Condsef,
Josemilton Costa, à Reuters por telefone. A confederação informou que 18
categorias aceitaram a proposta.
O movimento por reajuste salarial dos servidores públicos federais
começou em maio, quando os professores federais cruzaram os braços, e
desde então o movimento ganhou força e prejudicou diversos serviços,
como a divulgação dos dados de emprego apurado pelo IBGE.
Agentes da Polícia Federal e funcionários do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Banco Central e os auditores
da Receita Federal devem rejeitar a proposta do governo, enquanto os
servidores de agências reguladoras ainda não tomaram uma decisão.
"Até o final da noite vamos assinar mais acordos", afirmou uma fonte
envolvida nas negociações que pediu anonimato. A fonte acrescentou que
apesar da sinalização de rejeição dos funcionários do BC, ela espera que
a posição seja revertida e o acordo seja assinado até a manhã de
quarta-feira.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que o governo não irá alterar a proposta.
"Isso está definido (percentual de reajuste), e depende agora só da
resposta dos servidores", disse a ministra a jornalistas nesta
terça-feira.
O reajuste dos servidores deve ser incluído na proposta de Orçamento
para 2013, que tem que ser enviada ao Congresso Nacional até o fim da
semana.
Fonte:http://brasil247.com/pt/247/CanaldoServidor/77872/Greves-acabam-com-ades%C3%A3o-de-90-ao-aumento-de-158.htm
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