Protestos e adesão de outras categorias do funcionalismo federal visam pressionar o governo a decidir reajustes.
Junta orçamentária do governo se reúne hoje para discutir a situação; centrais sindicais criticam "autoritarismo".
13 Ago 2012 - DE BRASÍLIA. À espera de uma definição do governo sobre a política de reajuste salarial, servidores federais prometem subir o tom das manifestações e aumentar o número de adesões ao movimento grevista.
A
Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal),
que reúne mais de 30 categorias, programou um "acampamento da greve" na
Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
De
amanhã até quinta, os servidores ficarão instalados em barracas, numa
espécie de vigília. A entidade espera reunir mil servidores.
Para quarta, uma marcha com 5.000 servidores busca pressionar o governo a dar uma resposta nesta semana.
"É
inaceitável que o governo, às vésperas do envio da lei orçamentária ao
Congresso, diga que não tem que ter reajuste", afirma o diretor da
Condsef e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) no DF Ismael Cesar.
Ele rebate a justificativa do governo de que a prioridade é investir em infraestrutura. "O maior investimento para o governo é o reajuste dos salários dos servidores", diz.
APOIO
Em
nota emitida ontem, cinco centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical,
Nova Central e UGT) afirmaram que a paralisação dos servidores é
"legítima" e atribuíram o "descontentamento generalizado" dos
trabalhadores à "falta de negociação entre as partes - postura adotada
pelos governos passados".
As
entidades criticam o corte de ponto e a substituição dos grevistas.
"Repudiamos todas as formas de autoritarismo no trato com reivindicações
legítimas dos trabalhadores", diz a nota.
Nesta
semana, as paralisações devem ser ampliadas no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) e no STF (Supremo Tribunal Federal). A ideia é parar setores
que afetam a tramitação de processos.
Até
quarta, o Judiciário deve enviar ao Executivo a proposta orçamentária
de 2013 com o pedido de reajuste para ministros e servidores.
Hoje,
a presidente Dilma Rousseff e a ministra Miriam Belchior (Planejamento)
se reúnem com os integrantes das chamada "junta orçamentária" para
discutir a situação.
O
governo deve fechar nesta semana as carreiras que serão contempladas. A
Folha apurou que um reajuste unificado não está descartado.
Se
acatasse todas as reivindicações, o governo federal teria que
desembolsar R$ 92 bilhões - metade da folha atual de pagamento -, o que já
foi rejeitado.
Fonte: http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha
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