No ano passado, mais de 153 mil pessoas foram internadas vítimas de acidentes de trânsito. Internações geraram gasto de R$ 200 milhões aos cofres públicos.
Foto: AE. Acidente de trânsito na Av. Paulista, em São Paulo |
13. set. 2012.
Levantamentos feitos pelo Ministério da Saúde sobre internações hospitalares e gastos com tratamento mostram que o Brasil enfrenta “uma epidemia” de acidentes de trânsito, segundo a coordenadora da Área Técnica de Vigilâncias e Acidentes da pasta, Marta Maria Alves da Silva.
Levantamentos feitos pelo Ministério da Saúde sobre internações hospitalares e gastos com tratamento mostram que o Brasil enfrenta “uma epidemia” de acidentes de trânsito, segundo a coordenadora da Área Técnica de Vigilâncias e Acidentes da pasta, Marta Maria Alves da Silva.
Em 2011, foram internadas em hospitais da rede pública 153.565
vítimas de acidentes de trânsito, o que gerou um gasto de R$ 200
milhões aos cofres públicos.
A agravante é que, do total das internações, praticamente a metade – 48% – envolveu motociclistas
. “Isso caracteriza uma situação epidêmica, e as causas mais comuns são:
direção perigosa e condução das motos por pessoas alcoolizadas”,
destacou Marta Alves, ao participar hoje (13) do seminário Políticas
para o Trânsito Seguro de Motos, promovido pela Comissão de Assuntos
Sociais do Senado.
A técnica disse que o governo como um todo e não apenas o
Ministério da Saúde tem desenvolvido uma série de ações para reduzir os
números de acidentes no trânsito. Os investimentos são destinados
principalmente à reestruturação dos centros de saúde e hospitais do
Sistema Único de Saúde (SUS), além da preparação dos profissionais de
saúde.
Pela primeira vez: Mortalidade de motociclistas passa a de motoristas e pedestres
O problema, segundo Marta Alves, é que apesar dos
investimentos feitos as estatísticas demonstram crescimento no número de
acidentes e principalmente de óbitos ano a ano. “É preciso inverter
essa tendência com investimentos maciços em prevenção, especialmente
para conscientizar sobre o perigo do excesso de velocidade e de dirigir
alcoolizado”, frisou a técnica. Segundo ela, 30% dos leitos dos
prontos-socorros são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito, e
25% dos condutores que dão entrada nos hospitais morrem.
Os dados da Associação Brasileira de Medicina no Tráfego
(Abramet) corroboram os levantamentos feitos pelo Ministério da Saúde. O
presidente da entidade, Dirceu Rodrigues Alves Júnior, ressaltou que a
cada dez leitos ocupados nas unidades de terapia intensiva (UTIs),
quatro são por acidente de trânsito, especialmente condutores de motos.
“O que acontece, não temos lugar para internar na UTI
pessoas vítimas de outras ocorrências, como infarto e doenças crônicas. O
que fazemos é transferi-los para enfermarias”, disse o presidente da
Abramet. Para ele, o problema só vai ser revertido com a melhoria dos
serviços de qualificação dos motoristas, especialmente motociclistas.
Dirceu Rodrigues destacou que os cursos oferecidos hoje são “pobres” e,
na maioria deles, não têm profissionais capacitados para preparar o
cidadão que adquire um veículo de duas ou quatro rodas.
O presidente da Associação Brasileira de Motociclistas
(Abram), Lucas Pimentel, defendeu o melhor preparo dos centros de
formação de condutores – autoescolas – com prioridade na direção
defensiva.
Ele ressaltou que existem recursos específicos para o Estado
desenvolver programas de educação no trânsito. “Infelizmente o que vemos
todos os anos são esses recursos contingenciados pelo governo e, na
realidade, não chegam às escolas.”
Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2012-09-13/brasil-enfrenta-epidemia-de-acidentes-de-transito-diz-ministerio-da-saude.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário