quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dilma deve apoiar Renan no comando Senado em 2013.

A presidente se reuniu com o atual chefe da Casa, José Sarney, e com seu provável sucessor, Renan Calheiros; apesar de resistências localizadas e da eventual candidatura de Jarbas Vasconcelos, senador alagoano deverá conseguir retornar à presidência em 2013.

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22 de Novembro de 2012 às 07:41.

Por Jeferson Ribeiro.

BRASÍLIA (Reuters) - A sucessão na presidência do Senado foi discutida pela presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira com os dois principais protagonistas do PMDB, o atual presidente da Casa, José Sarney (AP), e seu provável sucessor, senador Renan Calheiros (AL), disse à Reuters nesta quarta-feira uma fonte do governo.

Sarney deixa a presidência em fevereiro e pelas regras do Senado a maior bancada tem o direito de indicar o sucessor.

A fonte, que pediu para não ter seu nome revelado, afirmou que na conversa a presidente ouviu um relato de que os problemas internos da bancada peemedebista para apoiar Calheiros são pontuais e podem ser resolvidos internamente.

Uma segunda fonte do governo, que também falou sob condição de anonimato, confirmou o encontro e disse que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, também participou da conversa.

Renan confirmou à Reuters que esteve com a presidente, mas disse que a encontrou rapidamente pouco antes de uma cerimônia no Palácio do Planalto e não comentou o conteúdo da conversa.

A candidatura de Calheiros é vista com resistência por alguns peemedebistas que temem uma avalanche de denúncias na imprensa retomando o escândalo de 2007 que o obrigou a renunciar à presidência do Senado para evitar a cassação do mandato.

Nas últimas semanas, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) tem se reunido com senadores do PMDB e da oposição para analisar a viabilidade de uma candidatura alternativa à de Calheiros.

A primeira fonte do governo avaliou que é difícil o PMDB ficar dividido a ponto de ter dois candidatos, mas lembrou que Calheiros poderá ter "dificuldades externas" mencionando as prováveis denúncias na mídia.

Inicialmente, Dilma tentou convencer o PMDB de que a melhor alternativa para sucessão de Sarney era a volta do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para o Senado. Essa ideia, porém, foi descartada depois que o próprio Lobão resistiu à tentativa publicamente e com os recentes problemas de saúde do ministro.


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