A presidente se reuniu com o atual chefe da Casa, José Sarney, e com seu
provável sucessor, Renan Calheiros; apesar de resistências localizadas e
da eventual candidatura de Jarbas Vasconcelos, senador alagoano deverá
conseguir retornar à presidência em 2013.
Por Jeferson Ribeiro.
BRASÍLIA (Reuters) - A sucessão na presidência do
Senado foi discutida pela presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira
com os dois principais protagonistas do PMDB, o atual presidente da
Casa, José Sarney (AP), e seu provável sucessor, senador Renan Calheiros
(AL), disse à Reuters nesta quarta-feira uma fonte do governo.
Sarney deixa a presidência em fevereiro e pelas regras do Senado a maior bancada tem o direito de indicar o sucessor.
A fonte, que pediu para não ter seu nome revelado, afirmou que na
conversa a presidente ouviu um relato de que os problemas internos da
bancada peemedebista para apoiar Calheiros são pontuais e podem ser
resolvidos internamente.
Uma segunda fonte do governo, que também falou sob condição de
anonimato, confirmou o encontro e disse que a ministra das Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, também participou da conversa.
Renan confirmou à Reuters que esteve com a presidente, mas disse que a
encontrou rapidamente pouco antes de uma cerimônia no Palácio do
Planalto e não comentou o conteúdo da conversa.
A candidatura de Calheiros é vista com resistência por alguns
peemedebistas que temem uma avalanche de denúncias na imprensa retomando
o escândalo de 2007 que o obrigou a renunciar à presidência do Senado
para evitar a cassação do mandato.
Nas últimas semanas, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) tem se
reunido com senadores do PMDB e da oposição para analisar a viabilidade
de uma candidatura alternativa à de Calheiros.
A primeira fonte do governo avaliou que é difícil o PMDB ficar
dividido a ponto de ter dois candidatos, mas lembrou que Calheiros
poderá ter "dificuldades externas" mencionando as prováveis denúncias na
mídia.
Inicialmente, Dilma tentou convencer o PMDB de que a melhor
alternativa para sucessão de Sarney era a volta do ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão, para o Senado. Essa ideia, porém, foi descartada
depois que o próprio Lobão resistiu à tentativa publicamente e com os
recentes problemas de saúde do ministro.
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