–26 de novembro de 2012Posted in: Geral
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Estudo do Ipea relaciona aumento da produção e consumo de
alumínio a maior demanda por energia, com a construção de hidrelétricas e
pressão da mineração.
Analisando a produção de alumínio na Amazônia pela
perspectiva da sustentabilidade, o Boletim Regional, Urbano e Ambiental
divulgado ontem (14) pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea)
identificou que atualmente a produção de alumínio não conseguiu atingir o
seu objetivo, estipulado no início de sua exploração no bioma: “o
desenvolvimento regional e a integração regional”.
O relatório aponta
que houve um caminho inverso, principalmente com a ligação direta da
região com o mercado internacional, quando houve um agravamento das
desigualdades intrarregionais, na medida em que é o estado, e não os
municípios, o principal beneficiário da exportação do metal.
O estudo
aponta que a atividade intensiva em capital e tecnologia, associada ao
comércio internacional e grandes empresas transnacionais, ainda “não se
demonstrou capaz de contribuir para a redução das desigualdades sociais e
regionais que colocam os índices de desenvolvimento humano da região
abaixo dos índices nacionais”.
Para que haja uma produção sustentável
deveria se considerar o fato de que a atividade intensiva consome
recursos e serviços naturais e traz grandes impactos ambientais.
A
preocupação aumenta quando o local onde está sendo produzido é “um dos
biomas mais importantes do planeta”, conforme define o estudo. E
deveria levar em consideração o desafio de promover tanto o
desenvolvimento local e regional como a preservação e conservação da
floresta.
Consumo de energia
Um dos maiores problemas para a produção do alumínio na Amazônia é o consumo de energia. Inicialmente o governo brasileiro participou diretamente da produção do metal em associação com grandes empresas do setor, por meio da construção da usina hidrelétrica de Tucuruí e da oferta subsidiada de energia, e também pela Companhia Vale do Rio Doce.
Um dos maiores problemas para a produção do alumínio na Amazônia é o consumo de energia. Inicialmente o governo brasileiro participou diretamente da produção do metal em associação com grandes empresas do setor, por meio da construção da usina hidrelétrica de Tucuruí e da oferta subsidiada de energia, e também pela Companhia Vale do Rio Doce.
O
estudo aponta que aumentar os atuais padrões de consumo do alumínio
significaria o aumento da demanda por energia, “no que se insere mais o
projeto da usina de Belo Monte e outros projetos no Rio Madeira, além do
próprio aumento acelerado das áreas de mineração sobre a floresta”.
A produção sustentável só existiria com a preservação e conservação
da floresta, “o que exige novas políticas e arranjos institucionais
capazes de promover o desenvolvimento sustentável na região”, aponta o
relatório. De acordo com ele, isso só aconteceria com a cooperação
institucional, com mudanças nos seus atuais padrões de produção e
consumo, com a valorização dos recursos naturais, especialmente na
internalização dos impactos sociais e ambientais de sua exploração.
Um modelo autêntico de desenvolvimento sustentável para o Brasil e
para a Amazônia, como explica o boletim, “além da integração do mercado
interno e a substituição de importação de produtos acabados de alumínio
deve ainda ser capaz de garantir a coexistência dos diferentes modos de
vida e a diversidade cultural da Amazônia”.
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Fonte: http://ponto.outraspalavras.net/2012/11/26/vale-pena-tanto-esforco-para-produzir-aluminio/
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