sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Sociólogos divergem sobre criação de Conselho Federal de Ciências Sociais.

Sociologia

Enquanto a Federação Nacional dos Sociólogos defende um órgão único para acompanhar o exercício profissional de sociólogos, antropólogos e cientistas políticos, alguns sindicatos discordam da necessidade de um conselho interdisciplinar. 

Tema foi discutido em audiência pública na Comissão de Trabalho.

Para o presidente da federação dos sociólogos, Ricardo Antunes, a luta por um conselho voltado às Ciências Sociais tem mais força política do que um eventual encaminhamento por categoria. 

Antunes argumenta que a criação de um órgão único poderia auxiliar, inclusive, a regulamentação das profissões de antropólogo e cientista político. Hoje apenas os sociólogos têm o exercício profissional regulamentado e, mesmo assim, enfrentam problemas, segundo Antunes.

"Com a criação do nosso conselho, a gente quer a garantia e ampliação do nosso mercado de trabalho. Existe muito trabalho hoje de pesquisa e diagnóstico que está sendo feito por outros profissionais que não têm a competência, que não estudaram as disciplinas que orientam nosso curso e que nos permitem coletar dados, analisar informação, criar indicadores sociais."

Mas o presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado do Rio de Janeiro, Nilton de Souza Neto, discorda. Ele avalia que a criação de um Conselho Federal de Ciências Sociais diluiria a identidade profissional de cada categoria.

"A área de Ciências Sociais é uma área temática do conhecimento dentro da universidade. 

Não está identificada como profissão. (...) Você tem um momento em que a Sociologia está se consolidando como profissão no meio privado e estatal e não meramente universitário. E, nesse momento de consolidação, que seria uma oportunidade de discutir uma proposta de criação de seu próprio conselho, vem uma proposta sem base de discussão ampliada, em que se pode prejudicar e diluir a identidade da Sociologia para uma abstração chamada Ciências Sociais, que nem a Antropologia e acredito que a Ciência Política se veem representadas nessa proposta."

As associações brasileiras de Ciências Políticas e de Antropologia foram convidadas para o debate, mas não mandaram representantes.

O presidente da Comissão de Trabalho, deputado Sebastião Bala Rocha, do PDT do Amapá, informou que o colegiado tentará ajudar na construção de um consenso entre sociólogos, antropólogos e cientistas políticos. Ele avalia que a criação de conselhos não apenas fortalece as profissões como traz benefícios à sociedade, ao fiscalizar e cobrar o correto exercício profissional.

A criação de conselhos profissionais deve ser feita por projeto de lei encaminhado ao Congresso pelo Executivo. Ainda não há proposta nesse sentido. A Federação Nacional dos Sociólogos faz uma abaixo-assinado virtual para encaminhar ao governo a reivindicação.

De Brasília, Ana Raquel Macedo
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Tirando Duvidas
Bacharelado e Licenciatura - Perguntas Freqüentes:
Devo optar entre Licenciatura ou bacharelado?
Sim, ao ingressar no curso de Ciências Sociais, o calouro deve, no ato da matrícula optar por uma habilitação. É aconselhável que o aluno já tenha sua opção definida nesse momento.
Qual a diferença entre licenciatura e bacharelado?

O diploma de licenciado em Ciências Sociais habilita o aluno para o magistério no ensino médio na disciplina de "Sociologia", que se tornou obrigatória em 2006, e está sendo introduzida gradualmente nas rede pública e privada de ensino.
O diploma de Bacharel em Ciências Sociais, possibilita o aluno que ele tenha registro profissional no Ministério do Trabalho como "Sociólogo", profissão que foi regulamentada por legislação específica (Lei nº 6.888, de 10 de dezembro de 1980 - Dispõe sobre o exercício da profissão de Sociólogo e dá outras providências, e Decreto nº 89.531, de 5 de abril de 1984 - Regulamenta a Lei nº 6.888/80, que dispõe sobre o exercício da profissão de sociólogo e dá outras providências).
O curso de licenciatura e o de bacharelado tem a maior parte das suas disciplinas em comum.
A diferença entre os cursos reside no fato da licenciatura ter ao longo das suas etapas, disciplinas específicas voltadas para a formação de professores, como didática, psicologia da educação, sociologia, história e filosofia da educação, bem como a realiza cão de estágios de docência em escolas. No bacharelado, o aluno tem uma maior concentração de disciplinas teóricas e uma formação maior em pesquisa. Além disso no final do curso o aluno o aluno desenvolve uma monografia de conclusão do curso, que é um trabalho prático que envolve a realização de uma pequena pesquisa, análise de dados e a defesa deste trabalho em uma banca de professores.

Posso me formar nas duas habilitações?
Pode, e isso é altamente aconselhável. Além de ampliar as opções profissionais do egresso, a habilitação nas duas áreas possibilita uma formação mais completa do cientista social.
Posso fazer as duas habilitações ao mesmo tempo?
Não, o aluno só pode fazer uma habilitação de cada vez. Após a conclusão de uma habilitação, o aluno pode solicitar permanência no curso e concluir a outra habilitação.
Mas atenção, pelo regimento da universidade, isto só é permitido para alunos que ingressaram no curso via vestibular. Os alunos que ingressaram por transferência voluntária, ingresso de diplomado, transferência externa, ou extra-vestibular, só podem concluir a ênfase na qual eles ingressaram. Para fazer a outra ênfase é necessário prestar um novo vestibular.

Posso mudar de habilitação ao longo do curso?
Pode, mas o aluno deve estar ciente que ao mudar de habilitação ele pode ser prejudicado no ordenamento de matrícula, ou seja pode não ter a mesma prioridade na escolha de horários e turmas que ele tinha na ênfase de origem. Isto ocorre pois o andamento dos dois cursos é diferente. Por exemplo: se no quinto semestre um aluno resolver mudar de bacharelado para licenciatura, ele vai entrar na nova ênfase com disciplinas de semestres anteriores não feitas, o que pode prejudicar também a compatibilização de horários de oferecimento de disciplinas.
Portanto muitas vezes não vale a pena mudar de ênfase no meio do curso.

  

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