segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Hildo Rocha revela ter feito através do governo do estado, mais de 700 convênios, que estão ajudando o Maranhão.

Secretário Hildo Rocha


Hildo Rocha começou sua carreira política em Cantanhede, município há 165 km de São Luís. Lá foi vereador (1992-96), presidente da Câmara Municipal (1994-96) e prefeito por dois mandatos (1997 a 2004). Foi também presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (FAMEM) de 2003 a 2004 e dirigiu em 2005 o escritório regional da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

No ano seguinte foi para Brasília no cargo de assessor especial da liderança do governo do estado e desde 2009 acompanha a governadora em seu governo, primeiramente como secretário de estado da Coordenação Política e Articulação Política, hoje secretaria de Estado de Assuntos Políticos, e mais recentemente, dezembro de 2012, como secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano.

O administrador que começou a carreira na área de comunicação, faz nessa entrevista exclusiva a O Imparcial uma avaliação dos avanços do estado durante sua gestão nas duas secretarias que acumula; fala de sucessão para governo do estado; dos seus planos para 2014, onde revela o desejo de disputar as eleições para Deputado Federal; a derrota da esposa no pleito municipal de Cantanhede e até de sua presença nas redes sociais.

O Imparcial – Quais os principais avanços do Estado nesses dois anos passados de governo, sobretudo nas áreas de cidades e desenvolvimento urbano e articulação política?
 
Hildo Rocha – Os avanços foram muitos: Em 2011 começamos com uma coleta de dados pela demanda da população representada pelos seus segmentos através de seminários regionais com palestras, oficinas e mesas de debate que foram incorporadas ao PPA (Plano Plurianual). Fizemos mais de 700 convênios com municípios em diversas áreas. São parcerias que julgamos importantes porque a obra sai muito mais barata quando ela é realizada através dos municípios.

A governadora já disse que sua pasta tem a responsabilidade de "resolver os pepinos" com as alas contrárias e as que apóiam o governo nos municípios. Além disso, a secretaria é responsável pela relação do executivo com o legislativo. Nesse sentido, seu trabalho no interior do estado e na capital tem sido complicado?
 
Não tem grande dificuldade porque os municípios, assim como os deputados apresentam diversas demandas para várias secretarias e o nosso trabalho é sensibilizar, fazer a aproximação e executar essas demandas. Além do acompanhamento dos projetos de lei que são encaminhados para o legislativo sem deixar perder a sua essência. Temos conseguido êxito nesse relacionamento.

Qual sua avaliação sobre o surgimento de vários projetos industriais no Maranhão. O que tem se viabilizado nas suas secretarias para efetivar esses novos projetos?
 
Foram várias parcerias realizadas em Santo Antônio dos Lopes e municípios vizinhos para que o desenvolvimento não ocorra somente na capital, como acontecia há algum tempo atrás por causa do Porto do Itaqui. Está sendo construída toda uma infraestrutura de energia naquela região. Em Açailândia temos a construção de uma siderúrgica que emprega muita gente e uma aciaria que irá fabricar o primeiro aço verde do mundo e adquirir matéria prima de toda a região, para não depender exclusivamente do capital internacional. Açailândia deixou de ser um pólo madeireiro, para ser um pólo do aço. Ela possui uma localidade muito boa por conta da logística de transporte ao longo da ferrovia Itaqui e a Norte-Sul que brevemente será interligada com o Porto de Santos.

As mudanças nas secretarias estaduais de governo, com Luis Fernando (PMDB) num cargo com maior visibilidade, secretaria de Infraestrutura, onde há inaugurações de um grande volume de obras públicas, já significa uma articulação do governo para as eleições de 2014?
 
Max Barros (PMDB) comunicou à governadora que voltaria a Assembleia com o projeto futuro político dele. O Luís Fernando é bastante competente que substitui a altura Max Barros e que irá tocar as grandes obras do Viva Maranhão com construção e recuperação de grandes estradas, como o Anel da Soja no sul do Maranhão, Via Expressa e sua interligação com a 4º Centenário e urbanização do espigão. A determinação é fazer com que o Maranhão não tenha mais nenhuma sede de município que não seja ligada a estrada asfaltada. Fazendo com que nenhuma sede de município não tenha asfalto. Por ser técnico e político, a governadora achou por bem utilizá-lo nessa pasta.

Luís Fernando será o candidato do grupo?
 
Eu acho que isso será definido mais na frente. Nós temos além de Luís Fernando outros nomes bons, assim como Lobão (PMDB) que já foi governador e hoje é ministro, Gastão Vieira (PMDB) que já foi secretário de educação e hoje é Ministro do Turismo, além do João Alberto (PMDB) que é um senador de grande atuação. Temos muitos maranhenses do nosso grupo que estão em evidência. Nosso grupo político o que não falta são bons nomes. Enquanto que no outro lado só se fala em um nome, o nosso tem vários para ser falado e escolhido pelo grupo.

Com nome cogitado para a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e a proximidade das eleições para Deputado Federal em 2014, quais os seus planos futuros?
 
Eu recebi com alegria os comentários que foram feitos a meu respeito pelos conselheiros do Tribunal de Contas, fiquei lisonjeado. Mas é uma vaga que a Assembleia tem que escolher, e eu sou um homem de grupo. Com relação à candidatura a Deputado Federal eu estou a disposição do meu grupo político. Logicamente que eu desejo ser candidato, mas isso quem vai decidir é a governadora Roseana Sarney e o nosso grupo político lá em 2014.

Sua esposa Mirian Rocha (PMDB) foi derrotada no último pleito municipal em Cantanhede pelo atual prefeito que se reelegeu. Houve apoio da governadora para a candidatura dela?
 
Na verdade a governadora não entrou no caso dessa eleição em Cantanhede, como em nenhum município. Ela ficou neutra. O prefeito que ganhou as eleições é aliado da governadora e é do grupo político ligadíssimo ao irmão da governadora (Sarney Filho do PV). Logicamente que concorrer com o prefeito na reeleição é muito complicado e ela mostrou que soube fazer política melhor que nosso grupo político. Eu não pude me dedicar integralmente à eleição da minha esposa porque eu estava trabalhando em outros municípios.

O senhor está presente na internet com contas no facebook e twitter. Como o senhor lida com as novas tecnologias e redes sociais?
 
Sou um homem de comunicação onde tive meu primeiro emprego. Trabalhei na TV e Rádio Difusora. Portanto sou sempre antenado e não vejo nenhuma dificuldade em relação a isso. O relacionamento na rede social é muito bom porque você fica sabendo o que pensam outras pessoas em relação a vários assuntos. Eu acho importante está nas redes sociais, lendo, ouvindo, assistindo e se comunicando com os amigos. Alimento, posto fotos e pensamentos. Tenho cerca de cinco mil amigos, alguns concordam com o que eu digo, outros discordam, mas isso é normal na democracia. 
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