quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Igreja Universal do Reino de Deus e mais seis igrejas são suspensas em Angola.

Crédito : Reprodução
As atividades da Igreja Universal do Reino de Deus e outras seis igrejas evangélicas foram suspensas em Angola. 

As autoridades angolanas interditaram os cultos e demais atividades das denominações religiosas não legalizadas, por um prazo de 60 dias. 

A medida é uma das conclusões da Comissão de Inquérito (CI) nomeada pelo Presidente José Eduardo dos Santos, na sequência da morte de 13 pessoas, por asfixia e esmagamento, no último dia 31 de dezembro, na capital angolana, durante o culto “A Vigília do Dia do Fim”. 

A suspensão foi divulgada em um comunicado enviado neste sábado (02) à agência pública de notícias de Portugal, Lusa. 

No comunicado enviado à Lusa, o governo anuncia que a Procuradoria Geral da República vai "aprofundar as investigações e a consequente responsabilização civil e criminal". 

A Comissão de Inquérito concluiu ainda que as mortes ocorreram devido à superlotação no interior e exterior do Estádio da Cidadela, causada por "publicidade enganosa".

As seis igrejas proibidas de levarem a cabo qualquer tipo de atividade são as igrejas Mundial do Poder de Deus, Mundial do Reino de Deus, Mundial Internacional, Mundial da Promessa de Deus, Mundial Renovada e Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém.

Dia do Fim – O culto, denominado "Vigília do Dia do Fim", concentrou dezenas de milhares de pessoas que ultrapassaram, em muito, a lotação autorizada do Estádio da Cidadela. 

Dias antes da cerimónia, a Universal espalhou em Luanda publicidade sobre o evento, que chamou de "Dia do Fim". 

A propaganda convidava todos a "dar um fim a todos os problemas: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas".

Para a CI, esta publicidade criou nos fiéis, "uma enorme expectativa de verem resolvidos os seus problemas". No entendimento da Comissão, de acordo com a legislação em vigor no país, a difusão do evento é "criminosa e enganosa". 

A igreja também é acusada de não ter suspendido a cerimônia, mesmo depois de ter tido conhecimento da existência de vítimas mortais.

Outras igrejas – Quanto à interdição de cultos e a outras atividades de seis igrejas evangélicas, a justificativa foi o fato de não estarem legalizadas. “Realizam cultos religiosos e publicidade, recorrendo às mesmas práticas da Universal”. 

O comunicado pede aos fiéis destas igrejas e a toda a população em geral, para que se mantenham "serenos", e a cumpram "cabalmente as decisões tomadas".

A Comissão de Inquérito, criada em 02 de janeiro pelo Presidente José Eduardo dos Santos, foi coordenada pelo ministro do Interior, Ângelo Tavares com auxílio da ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, e integrada pelos ministros da Administração do Território, Bornito de Sousa, da Justiça, Rui Mangueira, da Saúde, José Van-Dúnem, e da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, além do governador da província de Luanda, Bento Bento.

As informações são da Lusa e do Público.pt.
 
 
 

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