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As
atividades da Igreja Universal do Reino de Deus e outras seis igrejas
evangélicas foram suspensas em Angola.
As autoridades angolanas
interditaram os cultos e demais atividades das denominações religiosas
não legalizadas, por um prazo de 60 dias.
A medida é uma das conclusões
da Comissão de Inquérito (CI) nomeada pelo Presidente José Eduardo dos
Santos, na sequência da morte de 13 pessoas, por asfixia e esmagamento,
no último dia 31 de dezembro, na capital angolana, durante o culto “A
Vigília do Dia do Fim”.
A
suspensão foi divulgada em um comunicado enviado neste sábado (02) à
agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
No comunicado enviado à
Lusa, o governo anuncia que a Procuradoria Geral da República vai
"aprofundar as investigações e a consequente responsabilização civil e
criminal".
A Comissão de Inquérito concluiu ainda que as mortes
ocorreram devido à superlotação no interior e exterior do Estádio da
Cidadela, causada por "publicidade enganosa".
As
seis igrejas proibidas de levarem a cabo qualquer tipo de atividade são
as igrejas Mundial do Poder de Deus, Mundial do Reino de Deus, Mundial
Internacional, Mundial da Promessa de Deus, Mundial Renovada e Igreja
Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém.
Dia do Fim – O
culto, denominado "Vigília do Dia do Fim", concentrou dezenas de
milhares de pessoas que ultrapassaram, em muito, a lotação autorizada do
Estádio da Cidadela.
Dias antes da cerimónia, a Universal espalhou em
Luanda publicidade sobre o evento, que chamou de "Dia do Fim".
A
propaganda convidava todos a "dar um fim a todos os problemas: doença,
miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família,
separação, dívidas".
Para
a CI, esta publicidade criou nos fiéis, "uma enorme expectativa de
verem resolvidos os seus problemas". No entendimento da Comissão, de
acordo com a legislação em vigor no país, a difusão do evento é
"criminosa e enganosa".
A igreja também é acusada de não ter suspendido a
cerimônia, mesmo depois de ter tido conhecimento da existência de
vítimas mortais.
Outras igrejas –
Quanto à interdição de cultos e a outras atividades de seis igrejas
evangélicas, a justificativa foi o fato de não estarem legalizadas.
“Realizam cultos religiosos e publicidade, recorrendo às mesmas práticas
da Universal”.
O comunicado pede aos fiéis destas igrejas e a toda a
população em geral, para que se mantenham "serenos", e a cumpram
"cabalmente as decisões tomadas".
A
Comissão de Inquérito, criada em 02 de janeiro pelo Presidente José
Eduardo dos Santos, foi coordenada pelo ministro do Interior, Ângelo
Tavares com auxílio da ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, e
integrada pelos ministros da Administração do Território, Bornito de
Sousa, da Justiça, Rui Mangueira, da Saúde, José Van-Dúnem, e da
Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, além do governador da
província de Luanda, Bento Bento.
As informações são da Lusa e do Público.pt.
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