Gedalya Tauber, um ex-oficial do Exército israelense de 77
anos e chefe de uma rede internacional de tráfico de órgãos humanos
desde outubro de 2010, foi detido na quinta-feira no Aeroporto Leonardo
da Vinci de Roma, anunciou na sexta-feira a polícia italiana.
Tauber, que era procurado pela Interpol, foi identificado no
aeroporto por dois agentes, incluindo o responsável da Polícia de
Fronteiras da Itália, Rosario Testaiuti.
Geldalya Tauber, um israelense residente no Brasil, foi preso em 2010 por traficar órgãos humanos junto com seu sócio, o também israelense Eliezer Ramon, e outros seis brasileiros residentes no Refife, capital do estado brasileiro de Pernambuco, ao nordeste do Brasil.
Tauber recolhia os órgãos de brasileiros, alguns deles de crianças, e organizava as operações de trasplante no hospital de San Agustina de Durban, na África do Sul.
“As autoridades judiciais o acusam de pelo menos 19 crimes”, explica
Antonio Greco, chefe superior da polícia italiana. “Sempre operava
igual, levava suas vítimas a um hospital da África do Sul e lá lhes
extraía os órgãos que necessitasse para oferecer aos cidadãos
israelenses que podiam pagar por eles”.
Seu grupo buscava brasileiros que viviam em bairros pobres do Recife e pagava de 3.000 a 10.000 dólares por um rim, que era transplantado ao comprador no hospital sulafricano.
Os receptadores desses órgãos eram todos israelenses. Segundo os meios, uns 35 israelenses foram beneficiados com órgãos de pessoas brasileiras através da rede de Tauber.
http://caminhoalternativo.wordpress.com/2013/06/08/rede-israelense-traficava-orgaos-de-brasileiros/
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Israelense Gedalya Tauber é preso em Roma
Polícia Federal de Pernambuco já solicitou a extradição do acusado, que aliciava vítimas no Recife e estava foragido. Publicação: 07/06/2013 19:33
Atualização: 08/06/2013 01:29.
Gedalya Tauber teve seu grupo desarticulado em 2003, mas e estava foragido. Foto: Alejandro Zambrana/Esp.DP/D.A Pr |
No
dia 23 de setembro de 2012, o israelense Gedalya Tauber, de 77 anos,
estaria livre da sua condenação por ter chefiado o esquema internacional
que foi responsável por aliciar pessoas no Recife para venderem seus
rins na África do Sul. A organização criminosa foi desarticulada pela
Operação Bisturi da Polícia Federal, em dezembro de 2003.
Gedalya,
autorizado pela Justiça, deixou o Brasil em janeiro de 2009 e deveria
retornar em 30 dias. Não voltou. Mas nessa quinta-feira (07), o poderoso
chegão do tráfico de órgãos foi preso em Roma, Itália. A Polícia
Federal de Pernambuco já comunicou ao Tribunal de Justiça a detenção e
solicitou a extradição para que o israelense responda pelos crimes no
estado.
O Diario de Pernambuco denunciou o caso com exclusividade em 2011 e revelou os detalhes da atuação da quadrilha, bem como a situação das vítimas. O israelense teria aliciado cerca de 30 pernambucanos.
O acusado, ex-oficial do Exército israelense, Gedalya Tauber, foi preso no Aeroporto de Fiumicino, mas somente nesta sexta (07) a polícia divulgou a informação.
Fuga
Tauber estava em liberdade condicional quando conseguiu o benefício. Como não retornou no prazo previsto, teve o livramento condicional revogado e a prisão decretada em 29 de outubro de 2010 pelo juiz Abner Apolinário da Silva. Desde então, estava sendo procurado em todo o mundo, inclusive pela Interpol. Não fosse a fuga de Gedalya, o episódio que teve grande destaque na imprensa internacional seria apenas mais um registro no submundo do tráfico de órgãos.
O Diario de Pernambuco denunciou o caso com exclusividade em 2011 e revelou os detalhes da atuação da quadrilha, bem como a situação das vítimas. O israelense teria aliciado cerca de 30 pernambucanos.
O acusado, ex-oficial do Exército israelense, Gedalya Tauber, foi preso no Aeroporto de Fiumicino, mas somente nesta sexta (07) a polícia divulgou a informação.
Fuga
Tauber estava em liberdade condicional quando conseguiu o benefício. Como não retornou no prazo previsto, teve o livramento condicional revogado e a prisão decretada em 29 de outubro de 2010 pelo juiz Abner Apolinário da Silva. Desde então, estava sendo procurado em todo o mundo, inclusive pela Interpol. Não fosse a fuga de Gedalya, o episódio que teve grande destaque na imprensa internacional seria apenas mais um registro no submundo do tráfico de órgãos.
Depois de ser preso pela primeira vez,
Gedalya passou por várias unidades prisionais até ir parar na
Penitenciária Agro-industrial São João, em Itamaracá, em março de 2007,
quando obteve a progressão de regime para o semiaberto. Em dezembro do
mesmo ano, conseguiu a liberdade condicional, o que o obrigava a se
apresentar à Justiça uma vez no mês. Inicialmente condenado a uma pena
de 11 anos e nove meses, Gedalya conseguiu a comutação (redução) da pena
em novembro de 2008 para oito anos e nove meses. Ele estaria
respondendo pelos crimes de remoção e venda de órgãos e formação de
quadrilha.
O alvará de autorização de viagem do israelense foi assinado pelo juiz Adeildo Nunes, em 16 de janeiro de 2009. O documento determinava que um oficial de Justiça fosse com Gedalya até o Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes/Gilberto Freyre e o embarcasse no voo 0154 da TAP Portugal, às 19h15 no dia 20 de janeiro de 2009 para a cidade de Lisboa. O destino final seria a cidade de Tel Aviv, em Israel, com escala em Frankfurt, na Alemanha.
O alvará de autorização de viagem do israelense foi assinado pelo juiz Adeildo Nunes, em 16 de janeiro de 2009. O documento determinava que um oficial de Justiça fosse com Gedalya até o Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes/Gilberto Freyre e o embarcasse no voo 0154 da TAP Portugal, às 19h15 no dia 20 de janeiro de 2009 para a cidade de Lisboa. O destino final seria a cidade de Tel Aviv, em Israel, com escala em Frankfurt, na Alemanha.
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