http://www.viomundo.com.br/denuncias/roberto-messias-2.html |
As máscaras estão caindo. A editora do blog Viomundo, Conceição Lemes, arrancou
a do secretário-executivo da Secom, Roberto Messias.
Agora entendemos
porque a Secom andou cortando patrocínios para jornais, revistas e sites
progressistas e concentrou tanto dinheiro na Globo e seus satélites.
Messias é um reacionário tucano instalado num dos lugares mais estratégicos do governo federal.
A matéria da Conceição Lemes, embasada em documentos, mostra que Messias, além de reacionário, é um mau caráter.
Seu erro, porém, foi abrir a boca na frente de uma das repórteres mais atentas da blogosfera.
Durante a entrevista, Conceição Lemes menciona o Bônus de Volume
milionário que a mídia paga às agências para fidelizá-las. No julgamento
do mensalão, o STF considerou o BV recebido pela DNA Propaganda uma
propina, desconsiderando que se trata de uma prática comum,
regulamentada no país. É absolutamente imoral, concentrador, mas legal.
Funciona assim: o anunciante contrata uma agência para veciular uma
campanha; a agência escolhe um veículo, a Globo por exemplo; a Globo dá
um prêmio em dinheiro à agência pela gentileza de tê-la escolhido. A
Globo usa um pouquinho do dinheiro que recebe dos anunciantes para
fidelizar a agência. É um verdadeiro jabá pró-monopólio, bancado
inclusive com as verbas da Secom.
Em dado momento, Lemes cita Pizzolato, que pode ser preso pelos bônus
de volume recebidos pela DNA Propaganda. Messias não resiste a um
impulso de ódio ideológico e interrompe a entrevistadora para defender a
prisão do petista.
A entrevista continua, mas a repórter, intrigada,
foi pesquisar mais tarde a razão da implicância de Messias contra
Pizzolato. E acabou descobrindo algumas importantes peças do
quebra-cabeças que a mídia montou para forjar essa peça de ficção que se
tornou a Ação Penal 470.
Messias foi subordinado durante muitos anos a Claudio Vasconcelos,
dentro do Banco do Brasil. Ambos pertenciam à ala tucana até hoje
majoritária do banco. Messias ascendeu na carreira sempre na base da
indicação política. Pizzolato é um dos raros petistas que ocuparam
posições importantes no BB e ascendeu na instituição eleito pelos
próprios funcionários.
A prova do incrível mau caratismo de Messias é que ele sabe que o
Fundo Visanet jamais foi “dinheiro público”, conforme o STF, enganado
por Joaquim Barbosa, tentou provar para balisar a tese do mensalão. Mais
ainda: Messias sabe que a função de Pizzolato era subalterna no BB.
Quem decidia sobre os contratos de publicidade com a Visanet e outros
era a vice-presidência e a gerência-executiva do departamento de
Propaganda e Marketing.
Só estas instâncias tinham poder de avalizar
transferências de recursos e davam a palavra final sobre as campanhas de
marketing. E quem era o gerente-executivo de Propaganda e Marketing do
Banco do Brasil, desde 2001, nomeado pelo governo Fernando Henrique
Cardoso, até a época de Pizzolato? Ele mesmo, Claudio Vasconcelos, o
querido ex-chefe de Roberto Messias!
A decisão que deliberou a última prorrogação do contrato com a DNA,
de Marcos Valério, foi tomada em 4 de fevereiro de 2003, assinada por…
Claudio Vasconcelos. Pizzolato só assumiria a função de diretor de
marketing em 14 de fevereiro do mesmo ano.
Pizzolato foi condenado pelo STF porque sua assinatura consta em
pareceres internos do Banco do Brasil que falam da DNA. Nenhum desses
documentos é deliberativo. São documentos de uso doméstico. Nestes
documentos, aparecem outros executivos do banco, como Claudio
Vasconcelos.
Contudo somente Pizzolato foi “sorteado” pra Cristo pela
Procuradoria e pelo STF. Nos documentos realmente deliberativos que
tratam da relação entre o Banco do Brasil, o Fundo Visanet e a DNA
Propaganda, não aparece o nome de Pizzolato, mas o de Claudio
Vasconcelos.
Há um laudo, o 2828, contendo uma investigação pedida pelo
próprio Joaquim Barbosa, que prova a inocência de Pizzolato, mas que foi
criminosamente ocultado por Barbosa porque desconstruía a narrativa
fantástica que eles conseguiram impor ao Brasil.
A presença de Roberto Messias como “homem-forte” da Secom ajudou a
dar suporte ao massacre midiático sofrido pelos réus. Com seus critérios
~técnicos~ a Secom concentrou a maioria dos recursos federais em
veículos conservadores, e cortou verbas para aqueles que poderiam
exercer uma contraponto às posições hegemônicas da grande mídia.
Messias sabe que Pizzolato é inocente, e que sua prisão é uma
arbitrariedade e uma injustiça. Mas seu ódio ideológico é maior que
tudo.
Conforme diz o Viomundo, ao nomear Helena Chagas e Roberto Messias
para chefiar a Secom, Dilma ajudou a CIA a receber em seus quadros dois
agentes da KGB.
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