domingo, 8 de setembro de 2013

UEMA - Bolsista do Ciências Sem Fronteiras recebe estágio de empresa coreana de aeronaves.

João Luis é bolsista de graduação sanduíche em engenharia mecânica da Hanyang University, por meio do Programa Ciências Sem Fronteiras (O programa oferece bolsas em ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e da saúde).


O programa oferece bolsas em ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e da saúde

Divulgação / EBC - João Luis de Meneses Barros.
O estudante brasileiro João Luis de Meneses Barros, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), conseguiu uma oportunidade de estágio no Applied Aerodynamics Laboratory (Aerolab), o laboratório de Aerodinâmica da Hanyang University, da Coreia do Sul. 

A universidade é um dos mais importantes centros de pesquisa da Coreia do Sul, e tem como foco de pesquisa o projeto conceitual e preliminar de aeronaves de asa fixa, helicópteros, turbo máquinas e demais sistemas que façam uso de análise de Dinâmica de Fluidos. 

João Luis é bolsista de graduação sanduíche em engenharia mecânica da Hanyang University, por meio do Programa Ciências Sem Fronteiras. Com duração de dois meses, o estágio foi realizado em um laboratório e o estudante participou principalmente da fase do projeto conceitual de aeronaves.

O conceito do projeto é o de uma aeronave não-convencional, que os cientistas acreditam ser o modelo promissor nas próximas gerações de aeronaves, mas hoje encontramos basicamente apenas modelos em fase de testes. “A configuração chama-se Blended Wing-Body (comumente conhecido como BWB), em que o corpo e a asa da aeronave tem formatos aerodinâmicos semelhantes, agindo em conjunto para gerar força de sustentação de voo. 

Pesquisas neste seguimento apontam que aeronaves comerciais desse modelo poderiam comportar de 450 a 800 passageiros, sendo em média 20% mais econômicas em combustível do que aeronaves convencionais de mesma classe”, explica o aluno.

Anteriormente, o aluno já havia participado de estágio na STX Corporation (Divisão de Plantas e Máquinas) e também foi voluntário na Unesco, apresentando projeto sobre a realidade brasileira em colégios coreanos por meio do Programa de Conscientização Cultural (Cross Cultural Awareness Programme).

Estágio
Segundo o estudante, ele participa da construção e análise de um modelo de jato executivo, com capacidade de 14 a 19 pessoas. Devido a este conceito ser bem menor que os primeiros protótipos neste seguimento, o estudante ressalta que o projeto acaba se tornando bastante delicado, em que a viabilidade ainda está em estudo. “No estágio, fiquei responsável por fazer um levantamento de dados de aeronaves tradicionais da mesma classe, fazer estudo de estimativa de peso que a aeronave teria para decolagem, bem como o estudo de aerofólios (design que dá forma aerodinâmica à aeronave, fazendo-a gerar força de sustentação) para condição de voos transônicos. 

Acompanhei as simulações mais complexas que meus superiores faziam, que é a parte que mais consome tempo, devido à enorme capacidade computacional requerida”, relata João.

Resultados - João destaca que o estágio neste laboratório foi uma excelente oportunidade de acompanhar de perto o início de um projeto de uma aeronave real, que encerra em si todas as competências em engenharia, e a mais alta tecnologia disponível no mercado. 

“Esta experiência foi uma ampliação dos horizontes de potencialidade do setor. Fiquei bastante feliz pelo feedback positivo dos meus superiores, principalmente pela minha adaptação à cultura de trabalho e vivência coreana, o que me rendeu um convite para estudar o nível de Mestrado e PhD em Aeronáutica pelo laboratório”, destaca o bolsista.

Laboratório
Sob coordenação do professor PhD, Jin-Soo Cho, presidente da Sociedade Aeroespacial da Coreia do Sul e um dos mais importantes pesquisadores do país, o Applied Aerodynamics Laboratory é mantido na Hanyang Universit. 

Este faz parte de uma rede de laboratórios de pesquisa diretamente ligados à Korean Aerospace Industries (KAI), equivalente a Embraer no Brasil, e com faturamento de US$ 1,9 bilhão em 2012. Reconhecido como “Laboratório de Excelência” pela companhia coreana, participou de projetos tal como o desenvolvimento do caça supersônico de treinamento T-50. 

Fontes: CNPq

Link original desta matéria: http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2013/09/06/bolsista-do-ciencias-sem-fronteiras-recebe-estagio-de-empresa-coreana-de-aeronaves

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