Após o mapeamento do crime organizado, o inimigo agora é a banda podre
das polícias.
A cúpula da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo
quer ter acesso aos dados e áudios recolhidos pelo Ministério Público
Estadual (MPE) em três anos e meio de investigações sobre o Primeiro
Comando da Capital (PCC) para desferir um duro golpe contra policiais
corruptos.
As interceptações telefônicas mostram um cotidiano de achaques
feitos por policiais civis e militares contra bandidos importantes da
facção, que são sequestrados e mantidos em cárcere em delegacias.
Até
mesmo parte do material apreendido na mega investigação do MPE era posta à
venda aos criminosos.
Ao todo, 175 integrantes do PCC foram
denunciados, conforme revelou o Estado. “Temos inúmeras investigações em
andamento. Aguardamos que o Ministério Público compartilhe conosco as
provas para que possamos tomar providências”, afirmou ao Estado o
secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.
Em um dos grampos mais graves, agentes do Departamento Estadual de
Investigações Criminais (Deic) são flagrados oferecendo arquivos de
computadores e pen drives apreendidos na operação que terminou com a
morte de Ilson Rodrigues de Oliveira, o Teia, em 2011. As informações
são do jornal O Estado de S. Paulo.
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