quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Mercenários latino-americanos operam nos Emirados Árabes Unidos, Golfo Pérsico a serviço de monarquias petrolíferas déspotas.

Foto - http://www.voltairenet.org
Iémen – 450 Mercenários latino-americanos no total foram enviados, após serem treinados em segredo. Os Emirados Árabes Unidos (EAU), enviou secretamente 450 mercenários da América Latina para o Iêmen para combater a serviço dos sauditas contra o exército iemenita.

Entre as tropas recrutadas incluem-se ex-membros das Forças Armadas Colombianas, além de Panamá, El Salvador e Chile, embora a maioria são colombianos, preferidas pelos recrutadores por considerar "que os colombianos já foram capacitados em combate com a guerrilha."

Este é o primeiro destacamento militar de um exército estrangeiro dos Emirados Árabes Unidos como parte de um projeto mantido em segredo durante quase cinco anos, em que o Exército do país árabe treinou uma brigada de cerca de 1.800 militares em diferentes países em regiões desérticas do sudoeste da Ásia.

Conforme publicado na quarta-feira nos EUA pelo diário The New York Times, o programa foi dirigido em algum momento por uma empresa privada que teve ligações com o fundador da empresa americana Blackwater Worldwide Militar, embora tenha terminado anos atrás e desde então tem sido gerido pela o Exército dos Emirados Árabes Unidos.

A missão específica destes soldados no Iêmen não foi especificado, mas de acordo com fontes envolvidas no programa, o treinamento de militares latinos demoram semanas antes de serem envolvidos em um "combate regular."

No início deste mês, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos pagaram ao país Africano da Eritreia para ajudar na sua luta no Iêmen, e os Emirados Árabes Unidos enviaram 400 combatentes eritreus, o que poderia ser uma violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).

A presença de tropas da América Latina é um segredo oficial nos Emirados, e o Governo local não fez nenhuma menção pública do seu destacamento para o Iêmen. O embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Washington, Yousef Otaiba, se recusou a comentar.

Em março, a Arábia Saudita lançou uma agressão militar contra o Iêmen, sem o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), mas a luz verde dos Estados Unidos, em uma tentativa de eliminar a esfera política do movimento popular e restaurar o poder do fugitivo presidente iemenita Abdu Rabu Mansour Hadi, Ansarolá, fiel aliado de Riad.


Desde então, a ofensiva Arábe matou 32.200 pessoas no Iêmen, a maioria civis, como noticiou terça-feira a ONU. Países árabes ricos-especialmente a Arábia Saudita, Qatar e os Emirados Árabes Unidos, disse o diário, deram início a uma estratégia militar mais agressiva na Ásia Ocidental.


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