Foto - Imagem de Arquivo. |
Terror à sociedade pode ter sido uma ''grande armação''. Dúvidas sobre os mandantes; presos sorteados para morrer?
Apesar das dúvidas, delegado diz que todas as denúncias estão sendo investigadas. Delegado Stringueta desconhece SORTEIO DE MORTES.
O terror espalhado em Cuiabá e Várzea Grande neste final de semana pode não ter passado de uma “grande armação”. Um preso teria confessado que foi forçado a gravar as mensagens que causaram pânico na sociedade.
Em depoimento à Polícia Civil, ele acusou membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), o que também pode não ser verdade. Um policial teria falado para um grupos de pessoas para que não se assustasse, pois tudo não passava de mera encenação para pressionar o Governo do Estado a pagar a Revisão Geral Anual – RGA -, de 11,28%, que motivou a greve geral no funcionalismo público estadual. A Polícia também investiga os boatos de uma matança nas cadeias públicas e nas penitenciárias do Estado.
O presidiário Evandro Luz de Santana, o "Fumaça", de 32 anos, que cumpria pena na Mata Grande, em Rondonópolis (Sul, a 220 quilômetros de Cuiabá) e foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE para cumprimento de pena por crime de tráfico de drogas, teria sido o preso escolhido para gravar as mensagens de “terror”.
“Fumaça” foi descoberto no Raio 5 da PCE nesta terça-feira, 14, pelo delegado titular Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO),como autor das gravações das mensagens. No celular do presidiário, localizado na em sua cela, segundo o delegado, continha mensagens no aplicativo WhatsApp, com membros da facção Comando Vermelho.
Só que, nas investigações, o delegado titular Flávio Stringueta, descobriu que “Fumaça” pode ter sido o escolhido e obrigado a ler as mensagens que foram repassadas, incentivando os ataques que viriam a causar pânico e terror, não apenas nas autoridades, mas principalmente na sociedade de Cuiabá, Várzea Grande e do interior do Estado.
O delegado foi bem claro ao afirmar “que sempre o mais fraco é coagido pelo mais forte. Informou ainda que a participação dele não gera dúvida, porque ele (o Fumaça) confessou que leu as mensagens, mas que foi obrigado, e teme pela vida", pondera o delegado.
Mesmo assim, “Fumaça” foi interrogado na GCCO, onde foi autuado em crimes de incêndio, organização criminosa e tentativas de homicídios. O temor agora, segundo a reportagem do Portal de Notícias 24 Horas News apurou, é que o preso seja alvo de “queima de arquivo” dentro da penitenciária, para onde voltou logo após ser autuado.
A Polícia também está apurando, se é realmente verdade, ou se não passa de boatos, as supostas ordens impostas pelo Comando Vermelho (CV), para “colocar fogo na cidade”, ou se existem outras pessoas envolvidas.
Ordens que geraram uma série de incêndios a ônibus, a viaturas da Polícia e a colocação de bombas em bases da Polícia Militar, uma delas no bairro Pedra 90.
SIMPLIFICANDO - Segundo ainda a reportagem apurou, existem dúvidas sobre as acusações impostas ao CM. Dúvidas, inclusive se as ordens se originaram de outras fontes, até mesmo ligadas a outras organizações criminosas, dentro e fora do Estado.
BOMBA - A reportagem conversou com uma fonte ligada ao Sistema Penitenciário, que garantiu que um policial teria falado na frente de várias pessoas, entre elas um paramédico, que “todos ficassem tranquilos por que tudo não passava de encenação”. A conversa aconteceu durante os ataques em frente a uma unidade prisional.
EXCLUSIVA – O delegado Flávio Stringueta, conversou agora a pouco com a reportagem, quando foi questionado sobre essa suposta encenação para pressionar o Governo. “Não acredito, mas posso garantir que tudo está sendo investigado. Estamos realizando perícias que podem nos ajudar nas investigações”, prossegue.
Sobre a conversa de um policial pedindo “calma que de que tudo não passava de encenação” em frente de uma unidade prisional no dia dos ataques, o delegado Stringueta foi taxativo: “Já disse que nada está descartado, mas eu acredito que o policial deva ter falado isso sobre as encenações dos presos, e não numa armação. Séria uma coisa absurda”.
Também questionado sobre uma notícia bombástica sobre uma possível matança dentro das cadeias públicas (locais de presos provisórios) e nas penitenciárias do Estado (locais de presos condenados). Notícia, inclusive de que alguns presos já teriam sido sorteados para morrer caso as visitas não voltassem ao normal, o delegado titular do GCCO também foi muito claro:
- “Desconheço. Ainda não tive essa informação. Aliás, nem todas as informações que nos chegam através de mensagens, principalmente via celular são confiáveis. Agora é claro, todas, como eu já disse, são investigada”, concluiu.
AÇÃO RÁPIDA – Mesmo assim, com o sem armação, as Polícias Civil e Militar agiram muito rápido em suas investigações, identificando quase todos os envolvidos nos atentados, principalmente os acusados como líderes dos incêndios a veículos neste final de semana na Grande Cuiabá.
Quatro homens apontados como líderes dos ataques já foram transferidos da PCE para outras unidades prisionais federais: cada um foi para um Estado diferente. São eles: João Luiz Baranosk, Reginaldo Silva Rios, Carlos Alberto Vieira Teixeira e Reginaldo Aparecido Moreira.
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