sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Pastor Silas Malafaia é alvo da Polícia Federal na Operação Timóteo deflagrada hoje e que investiga esquema de corrupção em cobrança de royalties.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag�ncia Brasil
Foto - http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/270875/Malafaia-e-alvo-da-PF-em-operacao-contra-fraudes-em-royalties-de-mineracao.htm.

Brasília/DF – A Polícia Federal deflagrou hoje (16/12) a Operação Timóteo, com o objetivo de desarticular organização criminosa investigada por um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral (65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM – tem como destino os municípios). 

Cerca de 300 policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão em 52 diferentes endereços relacionados com o grupo criminoso. Além das buscas, os policiais também cumprem, por determinação da Justiça Federal, 29 conduções coercitivas, 4 mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária, sequestro de 3 imóveis e bloqueio judicial de valores depositados que podem alcançar R$ 70 milhões. 


O Juiz do caso determinou ainda que os municípios se abstenham de realizar quaisquer atos de contratação ou pagamento aos 3 escritórios de advocacia e consultoria sob investigação. As ações acontecem nas seguintes unidades da federação: BA, DF, GO, MT, MG, PA, PR, RJ, RS, SC, SE e TO. 

As provas recolhidas pelas equipes policiais devem detalhar como funcionava um esquema em que um Diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral, detentor de informações privilegiadas a respeito de dívidas de royalties, oferecia os serviços de dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria a municípios com créditos de CFEM junto a empresas de exploração mineral. 

Até onde a Polícia Federal conseguiu mapear, a organização criminosa investigada se dividia em ao menos quatro grandes núcleos: o núcleo captador, formado por um Diretor do DNPM e sua esposa, que realizava a captação de prefeitos interessados em ingressar no esquema; o núcleo operacional, composto por escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria em nome da esposa do Diretor do DNPM, que repassava valores indevidos a agentes públicos; o núcleo político, formado por agentes políticos e servidores públicos responsáveis pela contratação dos escritórios de advocacia integrantes do esquema; e o núcleo colaborador, que se responsabilizava por auxiliar na ocultação e dissimulação do dinheiro. 

Entre uns dos investigados por este apoio na lavagem do dinheiro, está uma liderança religiosa que recebeu valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. A suspeita a ser esclarecida pelos policiais é que este líder religioso pode ter emprestado contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores. 

A Operação Timóteo começou em 2015, quando a Controladoria-Geral da União enviou à PF uma sindicância que apontava incompatibilidade na evolução patrimonial de um dos diretores do DNPM. Apenas esta autoridade pública pode ter recebido valores que ultrapassam os R$ 7 milhões. 

Timóteo - O nome da operação é referência a uma passagem do livro Timóteo, integrante da Bíblia Cristã: 9 "Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição." 

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Atualização 1: "Entre um dos investigados, segundo a PF, está uma liderança religiosa que teria recebido valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. Uma fonte da PF disse que o líder religioso em questão seria o pastor evangélico Silas Malafaia, suspeito de ter usado contas correntes de uma instituição religiosa com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores." [http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/270875/Malafaia-%C3%A9-alvo-da-PF-em-operacao-contra-fraudes-em-royalties-de-mineracao.htm

Atualização 2: "A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira, 16, mandado de condução coercitiva contra o pastor Silas Malafaia, do Ministério Vitória em Cristo. Ele é suspeito de apoiar lavagem do dinheiro de esquema de corrupção no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Os investigadores alegam que o líder religioso pode ter “emprestado” contas correntes de uma instituição sob sua influência com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores."  [http://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-estadao/pastor-silas-malafaia-e-alvo-da-operacao-timoteo-por-lavagem-de-dinheiro/].

Atualização 3: "A Operação Timóteo contra um esquema de corrupção que fraudava os valores de royalties de mineração devidos por mineradoras a municípios. Estão sendo cumpridos mandados no Distrito Federal e em 11 estados. A Vale está entre as companhias que serão vasculhadas pela corporação. O esquema teria participação de um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que procurava prefeitos para oferecer envolvimento no esquema de corrupção. Também é alvo da operação o líder religioso Silas Malafaia, suspeito de lavagem de dinheiro, por supostamente ter emprestado contas correntes da igreja sob sua influência com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores. O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo foi levado para depor coercitivamenteO diretor do DNPM investigado é Marco Antônio Valadares Moreira. A mulher dele, Lilian Amâncio Valadares Moreira, o filho do governador do Pará, Simão Jatene, e outros dois advogados também estão entre os investigados." [http://www.metropoles.com/brasil/silas-malafaia-e-alvo-de-operacao-da-pf-contra-fraude-em-royalties].

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