quinta-feira, 20 de abril de 2017

Fortaleza/CE. Em 24 horas, criminosos fizeram 22 ataques a ônibus e metralham delegacias.

Um dos ônibus incendiados na Barra do Ceará
Foto - br.sputniknews.com

Uma onda de violência aterroriza os moradores da grande Fortaleza. Em menos de 24 horas, foram registrados pelo menos 22 ataques a ônibus, que foram incendiados, incluindo um ônibus escolar. 

Os criminosos também queimaram dois carros da Cia de Água e Esgoto e três da empresa de energia elétrica, além de metralharem um banco e delegacias na cidade de Maracanaú e Fortaleza entre a noite de quarta (19) e a madrugada desta quinta-feira (20).

Uma carta entregue pelos criminosos a um motorista de um dos ônibus incendiados, em um dos ataques diz que os crimes estão sendo cometidos em represália as transferências de presos e mudanças nos presídios.

O Secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, que está há pouco mais de quatro meses no cargo, não confirmou a relação dos ataques com a situação nos presídios. 

André Costa disse que a Polícia está investigando as motivações dos crimes e prometeu responder a onda de violência com firmeza. "Nós não vamos deixar que isso fique impune. Estamos com a atuação da Polícia Civil, com toda a nossa inteligência, para que todas essas pessoas possam sim responder pelas condutas praticadas."

Por conta dos ataques, a população ficou sem transporte para voltar para casa desde ontem (19) à noite e na manhã desta quinta-feira (20), poucas pessoas se arriscaram a sair de casa para o trabalho, com medo de novos ataques.
O Secretário de Segurança do Ceará, afirmou que a cidade não pode parar e disse que o trabalho vai ser o de garantir a segurança do transporte público em Fortaleza, assegurando que a população possa sair de casa,  ir trabalhar com segurança e voltar para casa com segurança. "A Cidade não pode parar, a gente vai acompanhar para que as pessoas saiam de casa, vão ao trabalho e voltem para suas casas."
Segundo a Secretaria de Segurança, pelo menos oito pessoas suspeitas dos crimes já foram presas. Durante os ataques, um motorista e um cobrador deficiente físico ficaram feridos. O caso mais grave é do cobrador  José Nunes de Sousa Neto, 56 anos. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do estado do Ceará (Sindiônibus), ele teve 90% do corpo queimado e segue hospitalizado.

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