domingo, 16 de dezembro de 2018

Paulo Amarante alerta: Frente parlamentar da saúde mental visa aos interesses privados dos mercadores da vida e não à saúde da população; veja vídeo.


O sanitarista Paulo Amarante, pesquisador do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), analisa no vídeo acima os prejuízos à democracia com a instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Nova Política Nacional de Saúde Mental e da Assistência Hospitalar Psiquiátrica.
Criada em novembro de 2018, a frente é inicialmente composta por 228 deputados e 4 senadores.
Paulo Amarante alerta que a ameaça não está apenas no campo da Reforma Psiquiátrica, nos avanços na atenção psicossocial e no SUS.
“É um retrocesso geral na política brasileira, na democracia, na cidadania, nas práticas sociais mais avançadas e parcipativas”, afirma o pesquisador.
Ele observa que há um retorno da política privatizante, da mercantilização da vida, tomando-se a saúde e as doenças como mercadorias, alvo de interesses específicos.
“Esses interesses não visam à saúde da população, visam à ganância e à obtenção de lucros com as doenças da sociedade”, completa.
Para Paulo Amarante, a criação da frente  representa uma ameaça não só para a luta antimanicomial, como para a democracia.
A medida faz parte de uma política maior, diz Paulo, de defesa de interesses privados e mercantilização da vida.
“A ideia é canalizar recursos para hospitais e comunidades terapêuticas, que de terapêuticas nada têm”, observa Paulo.
“Não há epidemia de depressão como dizem. O que há é uma epidemia de diagnósticos”, analisa.

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