23 Jan 2012
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Nova presidente da Petrobras, que tomará posse dia 13, deve reestruturar diretoria da estatal e atuar mais alinhada ao governo Ramona Ordoñez, Mônica Tavares e Gerson Camarotti Maria das Graças Foster, que toma posse na presidência da Petrobras no próximo dia 13, deverá dirigir a estatal com mão de ferro e vai promover uma arrumação geral, na opinião de executivos do setor ouvidos pelo GLOBO. Atual diretora de Gás e Energia da companhia e um nome de absoluta confiança da presidente Dilma Rousseff, Graça - como é conhecida - assumirá o lugar de José Sergio Gabrielli, há quase sete anos no cargo, em mudança que será anunciada na reunião do Conselho de Administração da Petrobras, prevista para o dia 9 de fevereiro. Segundo uma fonte do setor, uma das primeiras ações de Graça será alinhar a atuação das diretorias, que atualmente trabalham de forma independente. Com seu estilo duro e exigente, que cobra resultados de seus subordinados, Graça deverá ter uma posição mais afinada com o governo federal, principalmente em relação aos preços dos combustíveis, que vêm sendo usados na estratégia de controle da inflação. Gabrielli sempre teve sérios atritos com Dilma ao ter seus pedidos de reajustes sistematicamente negados. - Hoje, cada diretoria é um verdadeiro feudo, cada uma vai para um lado, conforme o partido político que tem apoio. Acredito que com Graça as diretorias vão voltar a trabalhar juntas, mais alinhadas - disse um executivo. Gabrielli, por sua vez, deve assumir uma secretaria no governo de Jaques Wagner (PT-BA), seu padrinho político, depois de passar por uma quarentena. Ontem, Gabrielli disse apenas que cabe ao Conselho nomear a diretoria, assim como cabe ao governador nomear seu secretariado. - A pauta da próxima reunião do conselho ainda não está definida. Não tenho nada a comentar - afirmou Gabrielli ao GLOBO, por telefone. Gabrielli acirra disputa na Bahia Nos bastidores, Dilma já tinha manifestado o desejo de fazer essa mudança desde a transição de governo, no fim de 2010. Mas recuou na ocasião, depois de uma pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A presidente só bateu o martelo depois de consultar Wagner. Os dois se encontraram no início deste ano na Base Naval de Aratu, na Bahia, onde ela passou o feriado de Ano Novo. O governador baiano também esteve em Brasília recentemente. Wagner já vinha defendendo que Gabrielli deveria se incorporar ao seu governo para ter uma presença mais constante na política baiana - para tentar consolidar uma candidatura ao Palácio de Ondina, sede do governo estadual, em 2014. A gestão de Gabrielli é bem avaliada no setor sob o ponto de vista de relações públicas, tanto no país quanto na área internacional, mas foi muito criticada pelo mercado por promover a bilionária capitalização em 2010, para investir na exploração do pré-sal. Isso porque o governo ampliou significativamente sua participação na companhia, diluindo a dos minoritários. Para o lugar de Graça está sendo esperado um nome interno, entre os gerentes da área. Também é analisada a possibilidade de mudança em mais alguma diretoria da Petrobras. São seis ao todo, Exploração & Produção, Gás e Energia, Engenharia, Abastecimento, Financeira, e Internacional, que têm as forças políticas divididas entre as várias alas do PT e do PMDB. Entre as substituições cogitadas, está a de Guilherme Estrela, que ocupa a de Exploração. Outra troca seria na Internacional, hoje ocupada por Jorge Zelada, que tem o apoio do PMDB. Ontem, um interlocutor da presidente Dilma lembrava que a relação entre ela e Graça é muito antiga, e anterior ao governo Lula. As duas se conheceram quando Dilma era secretária de Energia do Rio Grande do Sul, no governo Olívio Dutra (PT). Na ocasião, Graça, engenheira química de formação, era gerente da área de Gás e as duas desenvolveram parcerias administrativas. Quando assumiu o Ministério de Minas e Energia no governo Lula, Dilma chamou Graça para ser a Secretária de Petróleo e Gás da pasta. Quando virou chefe da Casa Civil, Graça ocupou novos cargos na Petrobras: primeiro assumiu a presidência da Petroquisa, depois o comando da BR Distribuidora, e, em 2007, passou a ser a poderosa diretora de Gás e Energia da Petrobras. A saída de Gabrielli antecipa uma disputa interna no PT da Bahia pela sucessão de Wagner. Gabrielli deverá ganhar uma secretaria de visibilidade no governo baiano, já que pelo menos três outros pré-candidatos já estão em campo. Pode até ser criada uma secretaria específica de Minas e Energia. Mas, internamente, existe uma avaliação de que este não era o melhor momento para ele se afastar da companhia. O ideal, do ponto de vista de alguns petistas, teria sido ele deixar a empresa somente em 2013, mais perto das eleições. No comando da Petrobras, avaliam seus companheiros de partido, ele teria mais visibilidade e força, e um caixa de bilhões para fazer investimentos, inclusive na Bahia. Era essa a estratégia política de Wagner e de setores do PT. Mas não combinava com a decisão da presidente Dilma. Fonte: www.exercito.gov.br |
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Mão de ferro no petróleo
domingo, 22 de janeiro de 2012
Gaviões da Fiel repudiam má fé da revista Época, da Globo, a eterna anti-Lula.
O samba da Gaviões e os capatazes da Rede Globo
A Gaviões da Fiel soltou nota contra
a “reportagem” da Época que atacou o desfile da escola desse ano por
homenagear o ex-presidente Lula. Na nota, a Gaviões critica a repórter
Mariana Sanches.
Mariana, quando começou a reportagem, contatou a
agremiação dizendo que a matéria não seria um simples ataque ao
ex-presidente, e com isso conseguiu imagens e entrevistas exclusivas. A
questão é que o texto final que saiu na Época não é de Mariana Sanches,
nem assinado por ela. O diretor de redação da
revista, Helio Gurovitz, fez questão de dar uma pausa na suas férias
para alterar todo o texto da repórter, e substituí-lo por um
artigo de puro ataque ao ex-presidente. A repórter, constrangida, pediu
para ter seu nome retirado do texto.
Ele acabou apócrifo, órfão de pai e mãe, já que Gurovitz também não assina sua obra. O texto diz o absurdo de que
Lula atacou “a imprensa livre”. Livre para ser tratada como uma ditadura
privada por Gurovitz, capataz de um dos latifúndios midiáticos da
família Marinho, a revista Época. No melhor estilo “Veja de segunda”,
dos piores momentos da publicação, o diretor passou por cima de seus
repórteres para produzir um ataque gratuito contra o livre direito da
Gaviões homenagear quem quiser (queriam que homenageasse o palmeirense
Serra?).
E preparem-se, porque é o primeiro, mas dificilmente será o único ataque das Organizações Globo contra o desfile da Gaviões.
Daqui até o carnaval, a
homenagem sincera ao ex-presidente, que passa por tratamento contra um
câncer na laringe, será usada de pretexto para atacar Lula e a memória
de um governo aprovado por 87% dos brasileiros.
Mas a Globo não perdoa isso, e o
que aconteceu na Época não é obra do acaso. Os capatazes de cada
fazenda midiática dos Marinho se reúnem regularmente. E cabe a Globo,
aquela empresa que publicou um longo documento sobre seus princípios
éticos, mas que transmite o BBB, fez a edição do debate de 1989 e a
farsa da bolinha de papel, a transmissão do desfile de carnaval onde
Lula será homenageado.
Nota oficial - Matéria Gaviões Carnaval 2012 - Revista Época
Nós,
dos Gaviões da Fiel, repudiamos o conteúdo da matéria publicada pela
revista Época, em 21/01/12, em sua edição de nº 714, cujo título é “Cadê a Ala dos Mensaleiros”,e fazemos a questão de apresentar os fatos da forma mais clara e verdadeira possível.
Em
meados de novembro, fomos procurados pela “repórter” Mariana Sanches,
que nos solicitou uma visita sob a alegação de estar escrevendo uma
matéria a respeito do Carnaval 2012. Prontamente recebemos a repórter,
que alegava ser essa sua principal e grande matéria e que queria
explorar ao máximo para conseguir um destaque com a mesma.
Em
função disso e por respeito à profissional, abrimos as portas de nossa
quadra e permitimos que algumas imagens fossem feitas em nosso barracão,
concedemos entrevista exclusiva com nosso Carnavalesco e com nosso
Presidente e nos colocamos a disposição para ajudá-la na conclusão da
matéria desde que a mesma nos fosse apresentada antes da publicação.
Porém,
infelizmente, usando da má fé característica dos maus profissionais,
percebemos ao longo do caminho que a jornalista Mariana Sanches passou a
dar um tom tendencioso e de especulação à matéria por meio de contatos –
que não sabemos como obteve – com diversas pessoas ligadas ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sob a alegação de estar
escrevendo uma matéria a respeito do desfile dos Gaviões.
No
entanto, ao ter acesso ao conteúdo final da matéria, constatamos
tratar-se mais uma vez de uma agressão gratuita e infundada ao nosso
homenageado e, consequentemente, ao processo de construção do carnaval
da nossa entidade, que escolheu o enredo sem levantar nenhuma bandeira
política ou partidária.
O maior objetivo da escolha do tema é a
homenagem ao povo brasileiro e aos Corinthianos, através da figura
emblemática do ex-presidente Lula, assim como consta na explicação do
nosso enredo (clique aqui e saiba mais). Mas não nos surpreende que tal
veículo insista em tentar descontextualizar os fatos e criticar o Lula.
A
nós, tal episódio só fortalece para que levemos à avenida em destaque
estes e outros motivos que fazem com que nosso homenageado tenha sido
escolhido como o retrato da nossa NAÇÃO e isso independe da vontade de
qualquer veículo de comunicação que queira descontextualizar a homenagem
que levaremos à avenida neste carnaval.
Diretoria Gaviões da Fiel
Carnaval 2012:“Verás que o filho fiel não foge à luta – Lula, o retrato de uma nação”
A aposta da escola de samba
Gaviões da Fiel para o Carnaval de São Paulo 2012, será na vida do
ex-presidente brasileiro Luiza Inácio da Silva, o Lula.
Toda a saga do metalúrgico que
saiu do sertão de Pernambuco para chegar até o Palácio do Planalto,
poderá ser observada no desfile da agremiação da torcida corintiana.
O tema da escola é “Verás que o
filho fiel não foge à luta – Lula, o retrato de uma nação” e tem o
intuito de fazer uma homenagem retratando de forma biográfica a vida do
político, dando uma atenção especial para a paixão que ele tem pelo
Timão, um dos clubes mais populares do Brasil.
Igor Carneiro, que é
carnavalesco da agremiação, aponta que tudo isso será para atrair a
atenção do torcedor corintiano para a avenida no Anhembi.
Ele comentou em recente
entrevista ao G1, que a preocupação da escola é mostrar que a Gaviões
pode fazer um grande desfile, em termos técnicos, mas que sempre vai
buscar um meio de fazer com que o enredo tenha relação com a torcida do
Corinthians.
Cronologicamente, a escola vai
retratar a infância pobre de Lula em Guaranhuns (PE), a chegada em São
Paulo, a luta sindical e toda a campanha para ser o presidente do Brasil
em 2002. Por fim, a Gaviões, como não poderia deixar de ser, vai
explorar toda a veia corintiana de Lula.
Moradores do Pinheirinho bloqueiam rodovia Dutra em SP.
As famílias da área invadida do Pinheirinho, em São José dos Campos (97
km de São Paulo), bloquearam totalmente a rodovia Dutra, entre o km 155 e
o km 154 no sentido Rio de Janeiro, por volta das 13h30 deste sábado.
Carro da Globo é queimado em reintegração de posse em SP
Reintegração de posse deixa um ferido em São José dos Campos
PM começa a retirar famílias de área invadida no interior de SP
Eles protestam contra a ação da PM durante a reintegração
posse da área. A concessionária Nova Dutra --que administra a rodovia--
não soube informar quantas pessoas estão na manifestação. Os
manifestantes dizem que há 300 pessoas no local.
A área, onde vivem cerca de 6.000 pessoas, é alvo de uma disputa entre
os invasores e a massa falida de uma empresa, proprietária do terreno.
Um veículo da TV Vanguarda, afiliada da Globo, foi queimado durante a reintegração de posse da invasão do Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de São Paulo), na manhã deste domingo.
Procurada, a TV Vanguarda confirmou que o carro foi queimado e disse que
não havia feridos. A emissora informou que ainda não tem detalhes da
ocorrência.
Mario Angelo/Sigmapress/Folhapress | ||
Carro da TV Globo é queimado. |
FERIDO
Uma pessoa, ferida
por bala, foi encaminhada para o hospital municipal, onde passou por
uma cirurgia. De acordo com a Secretaria de Saúde, o estado do paciente é
considerado estável.
A Polícia Militar chegou ao local por volta das 6h. Cerca de 1.800
agentes participam da ação, que conta com o apoio da tropa de choque, de
helicópteros e de PMs da cidade de São Paulo. Segundo a polícia, os
moradores montaram barricadas e estão resistindo à ação.
As famílias afirmam que os policiais usaram balas de borracha e gás de
pimenta. Ainda de acordo com o grupo, moradores de bairros vizinhos ao
Pinheirinho entraram em confronto com a Guarda Civil, que está apoiando a
PM, e quebraram o alambrado que cerca o Centro Poliesportivo do Campo
dos Alemães. O local estava preparado para abrigar os moradores após a
reintegração de posse.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1037877-moradores-do-pinheirinho-bloqueiam-rodovia-dutra-em-sp.shtml
Sao Paulo - Senador Eduardo Suplicy (PT) e Dep. Fed. Ivan Valente (Psol) são PRESOS pela polícia militar na desocupação em Pinheirinho, bairro de São José dos Campos (PSDB) além de um jovem ferido já há a notícia não confirmada, de três mortos na operação.
TODA SOLIDARIEDADE AS VÍTIMAS DA OPRESSÃO EM SÃO PAULO.
O senador Eduardo Suplicy (PT) e o deputado federal Ivan Valente (PSol)
foram detidos no começo da tarde deste domingo (22) ao tentar se
aproximar do comando da Polícia Militar que realiza a reintegração de
posse do Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
Os moradores resistem a sair do local em que vivem desde 2004.
Por: Rodrigo Machado - Do UOL, em São José dos Campos.
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Jovem ferido é custodiado pela PM. |
Atualização: Segundo comentário da leitora Maíra no blog (http://www.viomundo.com.br/denuncias/tropa-de-choque-da-pm-faz-reintegracao-de-posse-do-pinheirinho.html) (...) O advogado do Pinheirinho está processando a prefeitura de
São José em flagrante por desobediência à ordem judicial federal. Mas o
impasse é que a justiça estadual havia mantido a reintegração de posse,
embora hierarquicamente, a justiça federal deva se sobrepor... É uma
vergonha isso tudo! Minha família é vizinha da comunidade do Pinheirinho
e acordou hoje com o som da truculência militar, helicóptero e bombas.
Ninguém entra no local, nem mesmo a imprensa. E há notícias de que já
são três mortos no conflito.
8 dias atrás
Lembro-me quando nos mudamos para o [bairro do] Cachoeira. Foram anos
até conseguir ter um terreno para construir nossa casa.
Detalhe: já
havíamos passado por diversas situações de luta por um cantinho pra
morar, lembro-me vagamente - na época ainda era um bebê - do que acabou
por dar origem a bairros como a parte de cima da Ataliba, Filhos da
Terra, o Pombal do Jaçanã, entre outros. Lembro dos acampamentos, das
noites sob a lona preta, entre as cordas, sonhando que era ali que
moraríamos, daquele dia em diante. Lembro de passeatas para Brasília, na
qual minha mãe tinha que nos deixar sozinhos em casa e ir “pro front”,
junto a nossos companheiros que também não tinham onde morar. A luta
sempre foi uma constante para nós.
Mesmo após anos, mudando para o Cachoeira, com poucos meses na nova
moradia, recebemos uma ordem de despejo, uma notificação, que dizia que
em 15 dias todas as casas estariam no chão. Imagine-se recebendo uma
carta da prefeitura após anos batalhando para construir sua casa,
dizendo que eles estão chegando em 15 dias para a demolição? Desespero
total, reuniões na recém-formada Associação de Moradores, enfim: sem
informações ou meios a recorrer, abandonamos o local e fomos morar de
favor na casa da família do meu padrasto. Minha mãe temia por nossas
vidas, pois existia uma história de que na última desapropriação próxima
das Furnas, muitos anos atrás, uma casa foi demolida com uma moradora
ainda dentro que faleceu no desabamento. Coisa que ninguém duvidava
devido ao fato de conhecermos a brutalidade dos braços da
prefeitura/governo que se aproximam do povo.
Voltamos a morar no Cachoeira, todos os moradores voltaram, aos poucos,
numa decisão unânime de lutar por seu lugar. Retornamos, vimos nossas
casas demolidas, as refizemos com madeirite, ganhando a "cara" de
favela. Água e luz irregulares, sem esgoto, e te falo: não acabou ali
não. Foram inúmeras as vezes em que fizemos vigílias temendo que
ateassem fogo ou roubassem nossos barracos, cordões humanos para que o
mínimo de saneamento básico chegasse, pneus queimados parando a rodovia
Fernão Dias contra a falta de segurança para os transeuntes que
precisavam cruzá-la... Nada nunca foi noticiado, sofremos e lutamos em
silêncio e, sempre, dali em diante passei a pensar em quantas famílias
viviam as mesmas situações…
Hoje, vi a fotografia dos moradores de uma região conhecida como
Pinheirinho, em São José dos Campos, São Paulo, e resolvi falar sobre
isto, pois a história é cíclica, e ocorre em muitos cantos do nosso
Brasil sem noticiamento algum e com desdobramentos mais violentos - vide
as histórias recentes da criança indígena queimada por madeireiros, da
marinha desrespeitando os quilombolas, veja o caso da Favela do Moinho
em SP, incendiada criminalmente às vésperas do Natal, o projeto Nova Luz
que visa desapropriar a região do centro para inserir nela “mais vida”.
Estes são apenas alguns dos casos de maior repercussão midiática. Se
formos estudar a fundo, realmente entramos no balanço da reforma agrária
do ano que se passou e nos deparamos com outros inúmeros casos tristes
de povos ribeirinhos/quilombolas/tradicionais que perdem suas
comunidades em nome da especulação imobiliária, obras da Copa e tantos
outros mega-projetos que tem ocorrido por aqui.
Senti orgulho de ver nossos irmãos no front e tristeza pela situação em
si, que ainda muito se repetirá por nosso país. Meu desejo com este
texto e com estas palavras, é enviar-lhes força, pois partilhamos do
mesmo sonho, um Brasil sem desigualdade social, onde não exista tanta
terra na mão de tão pouca gente, um país onde os mais pobres não tenham
que pagar com o que não tem, pelas ideias bilionárias de quem pouco se
importa com quantas vidas serão destruídas pela construção dos alicerces
de seus edifícios.
E ainda chamam isto de progresso! Na verdade até é: o
termo progresso possui uma conotação ambígua, o que nos resta é lutar
para que o termo possa ser empregado mais vezes com um sentido positivo.
Esta semana, coincidentemente, recebi o email de um companheiro do MST
que me enviou a letra de “Num É Só Ver”, dizendo como esta letra
trabalhava o tema com perfeição. Sincronicidade é foda! Nossos corações
estão ligados a um mesmo sonho, a uma mesma luta, é involuntário que
nossas poesias sejam um espelho disto.
Muito amor e todo apoio ao povo do Pinheirinho.
A rua é nóiz.
Emicida
Num é só ver
(Rael da Rima/ Emicida)
"Empresários perdem milhões
Pobres acham, devolvem
Barões matam nações
Que se refazem, se movem
Manipulam informações
Fodem!
Grandes populações
Que não se envolvem.
Trancados em mansões
É, eles podem
Seguros das monções
Oh right, no problem
Epidemias, liquidações.
Dormem pessoas simples nos barracões
Orem
Calam manifestações
Olhem
Por cifras, com vidas
Não estranhe que joguem
Atrás de notícias compradas
Se escondem
Sem dó tiram comida
De outro homem
Artistas fazem rir
Presidentes fazem chorar
Tiros são barulhentos
Mas não impedem de escutar
O canto dos que lutam pelo povo
Sempre vivo
Gente louca faz música
Gente séria explosivo".
fONTE: http://www.emicida.com/blog/as-armas-companheiro-pela-liberdade-so-por-ela
São Paulo - Tropa de Choque começa a reintegração de posse do Pinheirinho.
Com pesado efetivo e blindados, Força está cumprindo a reintegração
de posse da área; os moradores foram pegos de surpresa e os líderes do
acampamento foram algemados; advogado dos sem-teto faz B.O.
Beatriz Rosa e Flávia Marreira, em O Vale
São José dos Campos - Atualizado às 8h11.
A Polícia Militar está neste momento com um forte efetivo no
acampamento sem-teto do Pinheirinho, na zona sul de São José dos Campos
para cumprir a ordem de reintegração de posse da área.
A informação é de que neste momento a PM está utilizando armas de
fogo dentro e fora do Pinheirinho. A informação ainda não é oficial.
O clima no local é de guerra. A PM cercou todas as entradas.
Neste momento está havendo um confronto entre moradores e PM nas
mediações do acampamento. Os moradores estão jogando pedras e a polícia
reage com balas de borracha.
Prefeitura. O secretário de Desenvolvimento Social, Francisco Sawaia
de Lima, está em reunião com equipes da prefeitura neste momento. Pelo
menos quatro ambulâncias estão de prontidão na entrada do acampamento.
Operação. A operação teve início às 6h deste
domingo com helicópteros Águia sobrevoando o local e jogando bombas de
efeito moral e gás lacrimogêneo. Os moradores foram pegos de surpresa e
começaram a atear fogo nas barricadas de pneus na tentativa de uma
reação.
Mas a ação da PM foi muito rápida. A Força já sabia onde estavam as
armas e onde os líderes moravam. As armas foram apreendidas e os líderam
foram algemados para desmobilizá-los. Todos os moradores estão sendo
mantidos dentro de suas casas.
O pintor Cleiton Alves de Souza, de 26 anos, e sua esposa, Larissa da
Silva, 19 anos conseguiram sair do acampamento com seus dois filhos,
de 2 anos e 1 mês. Eles alegaram estar com muito medo.
Alguns outros moradores, que também saíram de suas casas, tiveram que voltar. Eles alegam que a não tem para onde ir.
Neste momento, há um confronto entre os moradores do Pinheirinho e os
guardas municipais que tomam conta das tendas que a prefeitura montou
em frente ao local. Os moradores estão jogando pedras na Guarda que
reagiu com balas de borracha. Parte do poliesportivo do Campo dos
Alemães foi depredada.
Ferido. Uma pessoa foi ferida no acampamento e
levada para o Hospital Municipal da cidade. Ainda não há informações
sobre o estado de saúde dela.
Sem-teto. O advogado dos sem-teto, Aristeu Neto,
acabou de fazer um B.O. (Boletim de Ocorrência) de flagrante por
desobediência à ordem da Justiça Federal que havia se manifestado a
favor da regularização do local. Ele Acabou de entrar com um
contramandado para suspender a reintegração de posso. Segundo ele, a
ordem desrespeita a Justiça Federal.
Neto também está tentando recorrer ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), na tentativa de suspender a reintegração.
Operação de guerra. A PM montou uma verdadeira
operação de guerra no local. Todas as ruas do entorno foram barradas
para impedir a saída dos moradores. Até mesmo parte da imprensa foi
recebida a bombas.
Pelo menos 1.800 PMs estão envolvidos na operação que conta com o apoio da Tropa de Choque e da equipe da ROTA de São Paulo.
Fonte: http://www.viomundo.com.br/denuncias/tropa-de-choque-da-pm-faz-reintegracao-de-posse-do-pinheirinho.html
São Paulo - Policia Militar cumprindo Ordem de despejo, garante posse de terreno a Naji Nahas, que País é este?
Jovem fica gravemente ferido em confronto em Pinheirinho; há mais vítimas.
Por. Rodrigo Machado. Do UOL, em São José dos Campos (SP) .
Pelo menos uma pessoa foi gravemente ferida durante confronto entre
moradores do acampamento do Pinheirinho, em São José dos Campos, no
interior de São Paulo, e a Polícia Militar, que tenta cumprir ordem de
reintegração de posse da área. A informação foi confirmada pela
Prefeitura da cidade.
O rapaz foi levado para o Hospital Municipal, e segundo a Secretaria de
Saúde, passou por cirurgia. Há pelo menos outros três feridos que
também foram levados a hospitais da região.
Em entrevista coletiva, o Capitão Antero da PM, negou que o tiro tenha
sido disparado por policiais militares.Ainda de acordo com a PM, eles
não estão usando armas letais, apenas gás lacrimogêneo, bomba de efeito
moral e bala de borracha.
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15052006_mauricio_lima_afp2.jpg - veja.abril.com.br. |
A moradora Alexandra Monteiro, 29 anos, dona de casa, diz que estava em
casa quando a ocupação começou: "Eu estava dentro da casa com meu
irmão. A polícia começou a soltar bombas e quando eu quis sair de casa, a
tropa de choque mandou a gente voltar pra dentro". Segundo ela, o
início da reintegração foi violento, principalmente pela presença de
crianças em Pinheirinho.
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POPULAÇÃO MOBILIZADA REAGE. |
Desde 2004, cerca de 1.600 famílias vivem no terreno de mais de 1
milhão de metros quadrados, que pertence à massa falida da empresa
Selecta S/A, do investidor libanês Naji Nahas. Cerca de 1,5 mil pessoas,
segundo a prefeitura, e 9,6 mil, segundo os moradores, vivem no lugar.
No início do mês, moradores chegaram a bloquear a Via Dutra em protesto à
reintegração da Justiça. O clima na região é de tensão, com montagem de
barricadas pelos ocupantes.
TRF suspendeu reintegração
A reintegração de posse do local foi tema de briga na Justiça na última semana.
No dia 17 de janeiro, o Ministério das Cidades assinou um protocolo de
intenções para solucionar a questão, o que levou a juíza Roberta Monza
Chiari, da Justiça Federal, a suspender a decisão da desocupação no dia
17. “Observo indícios da União Federal na solução da questão posta. O
perigo resta configurado na medida em que, cumprida a ordem de
reintegração de posse, inúmeras famílias ficarão desabrigadas, o que
inevitavelmente geraria outro problema de política pública”, disse na
decisão.
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Márcio Fernandes/AE - Foto Ilustrativa |
Já na sexta, dia 20, o Tribunal Regional Federal (TRF) suspendeu
novamente a ordem de reintegração de posse. O desembargador federal
Antonio Cedenho, determinou que a União passe a integrar o processo já
que pode haver o interesse de negociar a compra da área junto à empresa
proprietária do terreno. A Justiça de São Paulo suspendeu por 15 dias o
processo de falência da empresa.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/01/22/jovem-fica-gravemente-ferido-em-confronto-em-pinheirinho-ha-mais-vitimas.htm
Crise traz de volta a prática de escambo (trocas) na Europa.
Anelise Infante. De Madri para a BBC Brasil. Atualizado em 20 de janeiro, 2012.
Madri - Espanha. A crise econômica está levando ao renascimento da prática de escambo na Europa e em outros continentes.
Impulsionados pelas redes sociais, os chamados swap shops,
mercados de troca onde os clientes não usam dinheiro para adquirir
produtos de segunda mão, já funcionam oficialmente em 18 países.
Só na
Espanha as feiras de escambo passaram de algumas dezenas em 2007 para
cerca de 600 em 2012.
Além disso, um grupo de jovens
espanhóis também criou uma alternativa radical para contornar a crise:
"lojas" em que todos os produtos são de graça.
Para os organizadores, a razão é a crise, mas também há um forte apelo ao consumo "responsável".
"Não se trata apenas de obter um produto sem ter
que gastar, o mais importante é conscientizar as pessoas de que temos
que reaprender a consumir", disse à BBC Brasil um porta-voz do Movimento
Indignados-15M, que lidera os grupos de escambos organizados na
Espanha.
"E aprender (também) a dar valor ao que é
realmente útil e necessário para não cair na tentação de comprar de
maneira compulsiva e irracional."
'Economia solidária'
Os escambos organizados em redes internacionais
começaram em 2003 e aumentaram com a chegada da crise econômica em 2008,
multiplicando-se a partir de 2010. Associações de estudantes, ativistas
anticapitalistas e ONGs promoviam reuniões que acabaram se tornando um
espaço de intercâmbio de produtos e serviços.
Feiras são vistas como incentivo ao consumo consciente e à economia solidária, atualmente, há mais de 8 mil grupos organizados
espalhados pelo mundo em redes de trocas que colocam à disposição
pública quase todos os tipos de artigos e serviços.
Na feira madrilenha La Charca, os organizadores
pedem aos consumidores que levem uma manta ou esteira para colocar os
artigos à mostra e comida para compartilhar. Vale trocar de truques
caseiros até habilidades profissionais.
Ao contrário dos antigos escambos de peças em
mau estado que atraíam colecionadores e clientes pobres, os novos
mercados são frequentados por todo tipo de público.
"As pessoas estão vendo nesses escambos um
conceito de economia solidária. Uma ideia de colaboração sem avaria",
disse à BBC Brasil a socióloga Elena Rodríguez, professora da
Universidade Complutense de Madri.
"Também uma forma de atenuar a depressão
psicológica surgida com a crise, porque reintegra clientes que tinham
deixado de consumir e provedores que tinham deixado de oferecer seus
produtos. Humaniza o processo comercial", explicou.
Tudo de graça
Além das feiras de escambo, o Movimento
Indignados, também organiza lojas que oferecem roupas e livros usados de
graça. A única condição é que a peça escolhida seja utilizada.
Os artigos expostos são todos doados (devem
estar em bom estado) e não há limites para o número de peças que um
cliente queira levar.
Um dos primeiros mercados, o Tienda Grátis (Loja
Grátis, em tradução livre), apareceu na cidade de Málaga, no sul do
país, servindo de inspiração para uma franquia que já tem sete filiais
na Espanha.
O procedimento é praticamente igual ao de uma
loja convencional: escolher a roupa e experimentá-la numa cabine com
espelho. Só que não é preciso pagar nem doar outra peça em troca da
desejada.
Cartazes avisam: "Leve o que quiser, mas deixe o
espaço arrumado. O que passou de moda para você tem novo futuro na loja
grátis".
"Nós nos baseamos numa conscientização
completamente nova dos hábitos de consumo", explica o diretor do centro
cultural A Invisível, que abriga uma loja, Santiago Fernández.
"Todo mundo reclama da atitude feroz de
mercados, tecnocratas, políticos. Também é nossa responsabilidade mudar
essas atitudes. Aqui está nosso grão de areia, para mostrar que outro
mundo é possível", disse.
Exemplo
Outras ONGs espanholas também oferecem objetos
doados sem exigências. É o caso da "Não jogo fora.com", "Sem
dinheiro.org" e "Segunda Mãozinha", essa última especializada em artigos
para bebês.
O Brasil já possui um movimento de escambo,
ainda que incipiente. Em São Paulo, a feira mensal Desapegue! faz
intercâmbio de roupas e terá sua 21ª edição em 31 de janeiro.
O Desapegue! reúne cerca de 50 participantes que
pagam entre R$ 25 e 30 pelo ingresso.
Mas os organizadores dizem que é o
único gasto. Depois da entrada, cada pessoa recebe em botões o
equivalente às peças que cedeu. Os botões são trocados por outros
artigos.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/01/120119_escambo_espanha_ai.shtml
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