sexta-feira, 13 de abril de 2012

Raiz estrutural do binômio desindustrialização/reprimarização da economia permanece intacta

Escrito por Guilherme C. Delgado.

O termo ‘desindustrialização’ não consta dos dicionários brasileiros, mesmo dos mais recentes e atualizados, como a Enciclopédia Koogan/Houaiss, de 1997, com 75 mil verbetes. Mas o tema teima em aparecer na pauta jornalística, tendo sido até motivo de passeata inter-classista na última semana, em São Paulo, de denúncia contra os perigos de perda de empregos para os trabalhadores e de mercados para os industriais.

Vamos nos aproximar do tema e da expressão com os cuidados devidos, para caracterizar fenômenos que não são tão novos e têm evidente relação com o debate atual da desindustrialização.

O primeiro experimento concreto que remonta às origens da crise industrial atual é uma longa semi-estagnação da indústria, desde 1981 até 2003, cujo crescimento real, na média destes 23 anos, foi de 1,4%. A melhoria do desempenho de 2004 a 2010, na esteira de um processo de expansão do comércio exterior, que também levou a indústria a crescer no patamar médio dos 5% ao ano, ocorreu, mas com forte presença dos setores leves, ligados à agroindústria alimentar e ao beneficiamento mineral.

Por seu turno, o processo de retomada do crescimento industrial nos anos 2000, conforme os dados medidos pelas Contas Nacionais, é também a armadilha que o ameaça no presente – a mudança qualitativa das exportações no período, que crescem aceleradamente, sob a liderança dos setores agroindustriais e minerais. Isto leva a uma certa “reprimarização” desse comércio externo.

Esse duplo processo histórico recente – da semi-estagnação industrial e da reprimarização e expansão das exportações - está na origem da crise atual. Na verdade não se pode referir ao fenômeno da desindustrialização meramente com o uso de estatísticas de perda relativa de participação do produto industrial no Produto Interno Bruto, que, diga-se de passagem, não está ainda configurada nas Contas Nacionais e, ainda que o estivesse, poderia ter outros significados (por exemplo, a dinâmica crescente dos Serviços).

O nó górdio da desindustrialização é a perda qualitativa e quantitativa do setor produtor de progresso técnico e inovação industrial (o chamado Departamento 1 da indústria, em linguagem marxiana), como bem analisa o professor Luiz Gonzaga Belluzzo em vários artigos recentes, cuja conseqüência a médio prazo é a perda de competitividade externa do sistema econômico como um todo. E isto está acontecendo claramente, a perda de competitividade externa - notadamente detectada pelo aprofundamento do déficit comercial externo da indústria; e pela progressiva desmontagem dos núcleos de inovação técnica da indústria, detectável por outras evidências factuais a que ainda nos referiremos adiante.

Observe-se que há na indústria setores de ponta ligados à química e petroquímica e aos materiais de transporte (aéreo), para citar dois exemplos mais evidentes, que continuam a crescer sob o arrasto do progresso técnico e da inovação industrial. Mas são excepcionais. A regra que comanda a expansão econômica voltada ao setor externo é o controle de ‘vantagens comparativas naturais’ na produção de matérias-primas do agronegócio, da mineração e na exploração de recursos hídricos. E esses setores funcionam com base em crescimento extensivo ou intensificação de pacotes técnicos reciclados da era da ‘Revolução Verde’. Praticamente não há efeitos de arrasto da inovação técnica industrial para a expansão desses setores; e o crescimento rápido desses setores puxados pela demanda primária somente superficialmente acarreta progresso técnico, ainda assim viciado por custos sociais exagerados, advindos da super-exploração de recursos naturais.

Do exposto, parece-nos relevante destacar alguns conceitos chaves para entender o processo em curso – da desindustrialização -, vinculado ao seu irmão siamês, qual seja, a reprimarização das exportações. No primeiro caso ocorre abandono paulatino do progresso técnico endógeno como motor do crescimento industrial. No segundo caso, remete-se quase toda a responsabilidade da competitividade externa para as atividades não industriais – os serviços que pouco exportam e o setor primário que muito exporta, baseado em ‘vantagens comparativas naturais’. O equilíbrio externo em tais condições é muito precário e dependente de capital estrangeiro.

A situação conjuntural de excesso de liquidez internacional gerando forte pressão por valorização do câmbio exacerba o déficit comercial externo da indústria (forte competição dos importados e perda de mercados de exportação). O governo responde com maior compra de dólar e desoneração fiscal à indústria. Mas a raiz estrutural do binômio desindustrialização/reprimarização da economia permanece intacta, ou aparecendo equivocadamente à opinião pública como problema conjuntural, provocado pela “invasão dos produtos chineses”.

Guilherme Costa Delgado é doutor em Economia pela UNICAMP e consultor da Comissão Brasileira de Justiça e Paz.

Última atualização em Sexta, 13 de Abril de 2012

FONTE.  http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7009:manchete110412&catid=72:imagens-rolantes
 

Diretor da Construtora Camargo Correa, empresário Fernando Arruda Botelho morre em Acidente Aéreo.


Um avião de pequeno porte caiu no início da tarde desta sexta-feira (13) em um canavial próximo ao aeroporto Dr. José Augusto de Oliveira Botelho no Broa. 

Após queda o avião pegou fogo. 

Dentro da aeronave estavam o empresário e sócio da Camargo Corrêa, Fernando Arruda Botelho e o piloto Sérgio Campanhati que morreram carbonizados.

O Corpo de Bombeiros de São Carlos foi acionado e apagou as chamas. O avião agora deverá passar por uma perícia técnica para averiguar as possíveis causas do acidente.

Fernando era um dos empresários mais influentes do país. Ele era conhecido por sua paixão pela aviação. Ele era casado com Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira do Grupo Camargo Corrêa e tinha três filhos.

Via CAVOK
Um acidente aéreo ocorrido na tarde dessa sexta-feira, dia 13 de abril, causou a morte do empresário e apaixonado por aviação Fernando Arruda Botelho, de 63 anos. O empresário estava a bordo de uma de suas aeronaves, um T-28 Trojan da Segunda Guerra Mundial, quando ao sair de uma manobra acrobática acabou colidindo com o solo. A aeronave explodiu, matando Botelho e seu amigo Robadino, que era o piloto particular de Fernando na aeronave Falcon 900.

O acidente ocorreu por volta das 13:30hs na sede do Instituto Arruda Botelho, uma organização sem fins lucrativos dedicada à aviação cultural e histórica e à preservação de animais, em Itirapina, interior de São Paulo, onde ocorre o tradicional evento Broa Fly-in.

O empresário Fernando Arruda Botelho, um dos diretores da Construtora Camargo Correa, sempre foi um apaixonado por aviação e trouxe para o Brasil diversas aeronaves históricas e antigas, como o T-28 em que sofreu o acidente, quando trouxe o avião dos EUA em fevereiro de 2011.

Fonte:http://www.defesanet.com.br/aviacao/noticia/5580/Morre-em-Acidente-Aereo-Jose-Augusto-de-Oliveira-Botelho

UFMA. Professores podem entrar em greve no dia 19 de abril.

Do G1 MA
Os professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) aprovaram um indicativo de greve. A paralisação pode acontecer nos dias 19 e 25 de abril. 

A decisão foi tomada em assembleia realizada na última terça-feira (10), às 16h30, no Auditório Ribamar Carvalho, campus do Bacanga. 

As duas datas irão servir para que os docentes se organizem e comecem a debater as Propostas do ANDES/Sindicato Nacional e as respostas do Governo Federal para Campanha Salarial 2012, Carreira Docente e Previdência.

A paralisação tem como intenção acompanhar o movimento nacional que programou suspensão, em todo o país, das atividades dos professores de universidades federais. 

Os professores poderão, ainda, optar por uma greve por tempo indeterminado a partir de maio, caso as reivindicação que vão apresentar não seja atendidas:

Veja, abaixo, a nota da APRUMA
 
A APRUMA informa que sua Assembléia Geral do dia 10/04/2012 aprovou paralisações dos docentes UFMA, nos dias 19/04 e 25/04/2012.

Convida todos os docentes da UFMA e demais integrantes da comunidade acadêmica para participarem dos debates sobre as Propostas do ANDES/Sindicato Nacional e as respostas do Governo Federal para Campanha Salarial 2012, Carreira Docente e Previdência, que acontecerão nesses dois dias de paralisações.

FONTE:http://www.jornalpequeno.com.br/2012/4/12/professores-da-ufma-podem-entrar-em-greve-no-dia-19-193681.htm

Piaui.Moradores queimam pneus e interditam BR-316 na zona Sul de Teresina.

Por Eric Costa
Fotos: Dantércio Cardoso

FONTE: http://www.portalaz.com.br/noticia/geral/241083_moradores_queimam_pneus_e_interditam_br-316_na_zona_sul_de_teresina.html




Os moradores do Parque Vitória, na zona Sul de Teresina, realizaram na manhã desta sexta-feira (13) uma manifestação na altura do quilômetro oito da BR-316, na zona Sul de Teresina. Eles queiram pneus e interditaram as duas vias da pista. O motivo do protesto é a retirada das gambiarras que faziam o fornecimento de energia da invasão.

O trânsito ficou parado por pelos menos duas horas e só foi liberado após a tenente- coronel Júlia Beatriz intermediar um canal de negociação entre os manifestantes e a Eletrobrás.





“A gente vai levar um grupo de seis pessoas para falar com o pessoal da Eletrobrás. Eles aceitaram liberar a via após o nosso comprometimento em resolver a questão aproximando as partes”, falou Júlia Beatriz(foto acima).

O inspetor Tony Carlos(foto abaixo), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), esteve no local comandando o policiamento durante o protesto.



“Nós estamos aqui para ajudar a resolver o problema e desocupar a pista para que os motoristas possam passar livremente. A coronel Júlia já prometeu leva-los à Eletrobrás e agora vamos liberar o acesso com a ajuda do corpo de Bombeiros”, disse o inspetor.

Uma fila de pelo menos quatro quilômetros se formou nos dois lados da BR-316. Após o acordo com os moradores do Parque Vitória, o Corpo de Bombeiros apagou o fogo e liberou a pista












Pescadores resgatam Barco Francês na Ilha dos Lençóis

Barco nº 64 - Moana foi localizado na Ilha dos Lençois, no Maranhão (Foto: Divulgação)

Barco Moana foi localizado na Ilha dos Lençois, no Maranhão.

Embarcação de um remador francês foi encontrada no dia 14 de março.

Competidor foi forçado a abandonar o barco por falta de água potável.

Do G1 MA

Uma embarcação estrangeira à deriva, foi encontrada por pescadores maranhenses na Ilha dos Lençois, cerca de 30 km do município de Apicum-Açu. O barco de competição, a remo, foi resgatado no dia 14 de março.
 
Oficiais da Marinha, que servem no farol de São João, lacraram o barco. O dono da embarcação, o francês Francis Cerda, foi forçado a abandona-la durante a competição Guiana Bouvet, iniciada em Dakar, no Senegal, no dia 29 de janeiro. Na ocasião, o competidor ficou sem agua potável e desistiu da corrida.
 
Francis Cerda tenta reencontrar o barco, avaliado em €60.000 (sessenta mil euros), o equivalente a R$ 144 mil. No dia 9 de março, o francês chegou a anunciar em uma página da internet o sumiço da embarcação - equipada com painel para captação de energia solar e utensílio de bordo, como fogão e frigobar.
 
Foto da embarcação foi divulgada no dia 9 de março no La Repúblique.
 Foto da embarcação foi divulgada no dia 9 de março no La Repúblique (Foto: La Repúblique)
(Foto: La Repúblique)
 
Entenda o caso
O Guiana Bouvet é uma corrida de remo transatlântica entre o Senegal para Guiana e jogado sozinho, sem escalas ou assistência, por um período máximo de 30 remadores em barcos monotipos com 8 metros de comprimento.
 
No dia 29 de janeiro, os 22 remadores partiram de Dakar (Senegal), na 3ª edição da competição. O capitão Francis Cerda foi o 7º remador a abandonar o remo transatlântica.
 
Segundo o próprio francês, ele estava fraco demais para continuar navegando. Como o barco não foi rebocado para a linha de chegada da Guiana Bouvet, Francis Cerda teve que abandonar sua embarcação e deixá-la à deriva.
 
No dia 14 de março, a embarcação nº 64 - Moana foi resgatada, por acaso, pelos pescadores da Ilha dos Lençois, no norte do Maranhão.
 
FONTE:http://maranhaomaravilha.blogspot.com.br/

Maranhao. Divulgada lista de Municípios selecionados pelo Minha Casa, Minha Vida.

O Ministério das Cidades divulgou, nesta quinta-feira, 12 de abril, a lista dos Municípios contemplados pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Os recursos serão destinados especialmente para cidades com menos de 50 mil habitantes. Ao todo 2.582 Municípios receberão apoio financeiro para construção de 107.348 moradias, no valor de R$ 25 mil cada, sendo 50 unidades por Município.

O critério de seleção foi o nível de pobreza dos Municípios, ou seja, onde há mais famílias carentes. Pois, o governo federal usou os recursos para atender metas de outro programa, o Brasil sem Miséria.

O investimento para a construção das casas é de R$ 2,8 bilhões. Mas, há também contrapartida dos Municípios, como a aquisição dos terrenos, por exemplo.

Segundo o governo, 1.163 entes municipais foram selecionados pela primeira vez no MCMV. Outros 1.419 foram escolhidos também em etapas anteriores. O número de inscritos para serem contemplados nesta etapa chegou a 4.042 Municípios. Eles pediam a construção de 426.146 unidades habitacionais, em 8.939 propostas enviadas ao Ministério.

Confira aqui a lista dos selecionados
 
Fonte: http://blogdohildorocha.blogspot.com.br/

CPI não representa ameaça às liberdades no Brasil.

CPI não representa ameaça às liberdades no Brasil 

Já se anuncia a guerra entre a mídia e os que defendem a CPI, que deve convocar Roberto Civita, da Abril; o argumento será o de que a liberdade estará em risco no Brasil, mas o que realmente a ameaça é a indústria de grampos clandestinos; leia editorial do 247 em defesa da CPI ampla e irrestrita.
 
247 – Os exércitos já começam a ser posicionados para uma guerra santa. Nos próximos dias, diversas vozes se levantarão contra os golpes desferidos contra a liberdade de expressão no Brasil. O governo Dilma começará a ser comparado ao de vizinhos latino-americanos, como os de Cristina Kirchner, na Argentina, Hugo Chávez, na Venezuela, e Rafael Corrêa, no Equador, quem vêm sendo sistematicamente acusados de censurar e amordaçar a imprensa.

No entanto, o Brasil vive hoje sua plenitude democrática, no que diz respeito à liberdade de expressão. Veículos de comunicação, jornalistas, blogueiros e leitores podem expressar livremente seus pontos de vista, sem que sofram qualquer tipo de represália. No mundo online, a informação chega em tempo real, pode ser contestada, checada, confrontada e o leitor tem papel decisivo na apuração da verdade. No 247, por exemplo, não há censura alguma aos comentários, nem mesmo quando somos criticados. A liberdade é plena, total e irrestrita.

Apesar disso, a guerra santa está declarada. O primeiro grito de combate foi dado pelo deputado Fernando Ferro (PT/PE), que prometeu convocar o empresário Roberto Civita, dono da Editora Abril, para que explique as relações da revista Veja com o bicheiro Carlos Cachoeira. Como já foi divulgado, o diretor da sucursal brasiliense da publicação trocou vários telefonemas com o contraventor e há sérios indícios de que a gangue de Cachoeira tenha fornecido vários grampos e filmes ilegais à publicação. De acordo com o jornalista Ricardo Noblat, boa parte do PT pretende transformar a CPI do Cachoeira em “CPI da Veja”.

É neste quadro que várias forças da chamada “opinião pública” começam a se posicionar. Na sua capa deste fim de semana, a revista Carta Capital, do jornalista Mino Carta, elencou a revista Veja entre os agentes que temem a realização de uma CPI. Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, é um dos principais incentivadores da investigação contra uma revista que ele define como “detrito de maré baixa”. Luís Nassif, por sua vez, questiona se a mídia saberá vencer seu corporativismo natural e se o Ministério Público estará à altura dos desafios que se avizinham.

Do outro lado, veículos tradicionais começam a se posicionar. Reportagem da Folha de S. Paulo desta sexta-feira confere ar de normalidade à relação entre Veja e Carlos Cachoeira. “Há a intenção de questionar reportagens sobre o mensalão usadas como prova judicial. A estratégia é tentar comparar a produção de reportagens investigativas, que naturalmente envolvem contato de jornalistas com fontes de informação de várias matizes, a práticas criminosas”, diz o texto da Folha. Por “fontes de informação de várias matizes”, leia-se criminosos. A tese implícita é a de que jornalistas podem obter qualquer tipo de informação, com quem quer que seja, em prol do interesse público – mesmo quando essas informações sejam fruto de ilegalidade, como grampos clandestinos, não autorizados judicialmente.

“Não Passarão”
Quem também já se posicionou, naturalmente, foi o blogueiro Reinaldo Azevedo, da Editora Abril. Em novo texto, ele alerta que resistirá contra os atentados à liberdade no Brasil, que segundo ele, se avizinham. “O PT quer o controle da mídia porque quer controlar a sociedade. Chegou a hora de pôr esses aloprados sob o controle da democracia e do estado de direito. Como posso encerrar? Assim: NÃO PASSARÃO!!!”, diz Reinaldo. A seu lado, o blogueiro Fábio Pannunzio, da Bandeirantes, postou um texto intitulado “PT usa CPI do Cachoeira para propor regulação da mídia, a nova censura”.

Onde está o controle democrático?
Supondo que Reinaldo Azevedo tenha razão e que “aloprados” do PT tenham que ser submetidos ao controle democrático, perguntamos: a que controle democrático estão submetidos Carlos Cachoeira e seus arapongas Dadá e Jairo Martins? Quem deu a eles delegação popular para grampear, filmar e escolher os corruptos que devem ser punidos nas páginas da revista Veja?

Em textos anteriores, Veja argumentou que suas reportagens economizaram alguns milhões ao País. Em resposta, retrucamos com o argumento de que, se é assim, Carlos Cachoeira deve ser solto e nomeado diretor-geral da Polícia Federal.

Veja não é a única
Embora alguns temam e outros se assanhem com a possibilidade de CPI, é necessário que se diga que Veja não é a única publicação a se valer de grampos ilegais em suas reportagens.

Ao detonar o escândalo dos grampos do BNDES, Folha de S. Paulo e Época também publicaram interceptações clandestinas. Na Folha, houve uma discussão prévia, onde se chegou à conclusão de que tais grampos deveriam ser publicados porque seu conteúdo era de interesse público. Mas o fato é que também atendiam a interesses privados. Não fosse aquela reportagem, o empresário Carlos Jereissati, que chegou à privatização das telecomunicações sem recursos, não teria se tornado dono da metade da telefonia no Brasil.

Carta Capital, que hoje comemora o foco na revista Veja, também publicou grampos ilegais e até mesmo e-mails falsificados ao longo da disputa societária da telefonia. Ou seja: métodos de Veja também foram usados por seus adversários. E são métodos que merecem sim ser discutidos. Caso contrário, o Brasil estará à mercê de criminosos, que farão da espionagem ilegal um modo de ação política, de enriquecimento ilícito e de defesa de interessas privados – o “interesse público” é apenas a homenagem que, nestes casos, o vício presta à virtude.

FONTE. http://brasil247.com/pt/247/midiatech/53666/CPI-nao-representa-ameacas-liberdades-no-Brasil.htm