terça-feira, 8 de maio de 2012

STF manda soltar nata do jogo do bicho carioca

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou que sejam postos em liberdade o bicheiro carioca Aílton Guimarães Jorge, conhecido como Capitão Guimarães, e o sobrinho dele, Júlio César Guimarães Sobreira. A decisão foi noticiada no site do tribunal, na noite passada.

A dupla fora condenada em março pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, titular da 6ª Vara Federal Criminal do Rio –48 anos de prisão para o Capitão Guimarães e 18 anos de reclusão para o sobrinho.

Na mesma sentença, a magistrada condenara outras 21 pessoas envolvidas na exploração da jogatina ilegal. Entre elas os bicheiros Aniz Abrahão David e Antônio Petrus Kalil, o “Turcão”.

Em seu despacho, Marco Aurélio anotou que a ordem de expedição de alvará de soltura em favor de Capitão Guimarães e do sobrinho Júlio se estende aos demais acusados. A decisão do ministro é liminar (provisória). Até que o plenário do STF se pronuncie, a cúpula do jogo carioca responderá ao processo em liberdade.

A sentença da juíza Ana Paulo representou o desfecho, na primeira instância do Judiciário, de um processo nascido da Operação Furação, deflagrada pela Polícia Federal em abril de 2007.

No curso das investigações, sob supervisão do Ministério Público Federal, a PF desbaratou um esquema que envolvia a venda de sentenças judiciais a uma quadrilha de bicheiros ligados à chmada máfia dos caça-níqueis –a mesma atividade a que se dedica, no Centro-Oeste, o contraventor Carlinhos Cachoeira.

A decisão de Marco Aurélio foi provocada por um recurso do advogado Nélio Machado, defensor do Capitão Guimarães e seu sobrinho. Alegou-se na petição, protocolada logo depois da sentença condenatória de março, que as ordens de prisão da juíza Ana Paula afrontaram uma decisão tomada pelo STF em 2007.

Em 4 de julho daquele ano, o mesmo Marco Aurélio deferira um pedido de habeas corpus em favor Antônio Petrus Kalil, o “Turcão”. A exemplo do que fez agora, o ministro estendera a liberação às duas dezenas de presos da Operação Furacão. Alegara que a gravidade dos delitos, não bastava para justificar as detenções.

“Graves ou não os crimes, o enquadramento realizado antes da prova, antes da culpa formada, não é conducente à prisão preventiva”, escrevera Marco Aurélio em 2007. Três anos depois, em junho de 2010, a liminar foi confirmada, por maioria de votos (3 a 2), pela 1ª Turma do STF.

Seguiram o voto de Marco Aurélio os ministros Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Ficaram vencidos Carlos Ayres Britto e Cármen Lúcia, que entendiam que apenas “Tucão”, às voltas com graves problemas de saúde, deveria ter sido solto.

Agora, a despeito da condenação imposta pela magistrada Ana Paula, o advogado Nélio Machado argumentou junto ao Supremo que a liminar de 2007 foi violada. Por quê? A sentença é de primeiro grau. Ainda cabe recurso.

Na letra fria da lei, os réus ainda dispõem do benefício da dúvida. Enquanto não forem condenados em última instância, são presumivelmente inocentes. Marco Aurélio deu razão ao advogado.

Para o ministro, como o processo ainda não transitou em julgado, prevalece o mesmo quadro de 2007, quando os réus eram considerados como meros acusados. “Nesta condição ainda permanecem, ante a ausência de culpa selada”, escreveu Marco Aurélio no novo despacho.

O ministro determinou que a liberação dos presos seja feita “com as cautelas próprias.” Deverão, por exemplo, ser avisados de que terão de permanecer “no distrito de culpa”. No português das ruas: não poderão se ausentar do Rio de Janeiro sem autorização da Justiça.

A fina flor da contravenção carioca ganha o meio-fio num instante em que se discute, no STJ, um pedido de habeas corpus ajuizado por Márcio Thomaz Bastos em favor de Carlinhos Cachoeira. Ali, o relator é o ministro Gilson Dipp. Já indeferiu uma liminar. Prepara-se para julgar o mérito.

Nesta segunda (7), em parecer enviado a Dipp, a Procuradoria-Geral da República recomendou que a cana de Cachoeira, que já dura 68 dias, seja mantida. Cabe a pergunta: se a condenação em primeira instância não foi suficiente para segurar os bicheiros do Rio no xilindró,  como argumentar que o colega goiano, por ora um mero indiciado, deve continuar hospedado na penitenciária brasiliense da Papuda? Já se pode sentir o cheiro de habeas corpus.

FONTE:http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/author/josias/

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Notícias STF. Segunda-feira, 07 de maio de 2012.
 
Liminar afasta prisão decretada em desacordo com decisão da 1ª Turma
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, deferiu medida cautelar na Reclamação (Rcl) 13424, ajuizada pela defesa de Aílton Guimarães Jorge e Júlio César Guimarães Sobreira, e determinou a expedição de alvarás de soltura em benefício dos dois. O fundamento da decisão foi o fato de que a ordem de prisão preventiva não observou decisão da Primeira Turma do STF no julgamento, em 2007, do Habeas Corpus (HC) 91723, de relatoria do próprio ministro Marco Aurélio.

Aílton Guimarães Jorge, conhecido como “Capitão Guimarães”, foi condenado em março deste ano a 48 anos de reclusão, e Júlio César a 18 anos. Segundo a sentença da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que decretou a prisão preventiva de ambos e de outros corréus, Capitão Guimarães, juntamente com Aniz Abrahão David e Antônio Petrus Kalil, conhecido como “Turcão”, seria o chefe de uma organização criminosa de exploração de jogos ilegais. Júlio Guimarães, por sua vez, além de explorar pontos de bicho, foi condenado como responsável pela administração de escritórios da quadrilha.

Na decisão monocrática, o ministro Marco Aurélio remeteu-se ao julgamento pela Primeira Turma do HC 91723, que confirmou liminar concedida a 20 pessoas presas em decorrência de investigações realizadas pela Polícia Federal – e que resultou na sentença da 6ª Vara Federal Criminal do RJ. Na ocasião, ele assinalou que o decreto de prisão não estava devidamente fundamentado, e o histórico sobre práticas criminosas e a gravidade dos crimes não eram suficientes para respaldar a ordem. O HC 91723 foi impetrado pela defesa de Turcão e estendido, com base no artigo 580 do Código de Processo Penal, aos então acusados – que, ressalta o relator, “nesta condição ainda permanecem ante a ausência de culpa selada”.

A determinação de expedição de alvará de soltura deve ser cumprida “com as cautelas próprias”, caso os presos não estejam recolhidos por outro motivo, e se estende, em virtude da previsão do artigo 580 do CPP, aos demais favorecidos, que deverão ser advertidos da necessidade de permanecerem no distrito da culpa.
CF/AD

FONTE:http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=206769

Goiás. Assassinato de ex-prefeito em Goiânia tem relação com exploração do jogo ilegal, diz polícia.

No Jornal Opção, hoje (7): 
A polícia está prestes a esclarecer a mor­te do médico Boa­dyr Veloso, que foi prefeito da cidade de Goi­ás.
 
Já existem dois suspeitos de serem os mandantes do crime, que aconteceu no dia 28 de maio de 2008.
 
O ex-prefeito, de 71 anos, foi assassinado a tiros ao sair de uma casa de jogos clandestinos no Centro de Goiânia por volta das 11 horas da noite. Ele foi executado por dois homens que estavam em uma moto à espera dele. Os pistoleiros ainda não foram encontrados.

Mas a polícia não tem dú­vidas de que a morte de Boa­dyr Veloso, médico patologista e funcionário aposentado do Banco do Brasil, esteja relacionada com a exploração do jogo do bicho e de caça-níqueis em Goiânia. Ainda não consta no inquérito, mas a polícia investiga denúncias anônimas que dão conta que Boadyr Veloso teria vendido o direito de exploração de jogos no Entorno do Distrito Fe­deral a outro grupo que atua no ramo.
 
Há informações que o negócio teria custado cerca de R$ 350 mi­lhõ­es. A polícia acredita que Bo­a­dyr tenha contrariado interesses de gente importante que explora o jogo em Goiás. Por isso, morreu. Mas a hipótese inicial a ser investigada pela polícia não foi essa.
 
O delegado Carlos Raimundo Lucas Batista, que primeiro investigou o caso, suspeitou de crime político. Boadyr era pré-candidato a prefeito da cidade de Goiás e, segundo o delegado que hoje preside o inquérito, Alexandre Bruno Barros, só depois de ouvir 15 pessoas o delegado Carlos Raimundo descartou essa linha de investigação. “Boadyr era um político moderado e não tinha inimigos declarados”, explica Alexandre. 
 
O inquérito passou pelas mãos de ou­tros três delegados, Jorge Moreira, Adriana Ribeiro e Ernane Oliveira Cazer, que comandou o inquérito até abril de 2011. Depois dessa data a investigação paralisou e só há três semanas o delegado Alexan­dre reiniciou os trabalhos.

Consta no inquérito que a família não sabia do envolvimento de Boadyr Veloso com jogo do bicho e que, depois da morte dele, decidiu fechar a casa de jogos que funcionava em Goiânia. O filho Eládio Neto, que é policial em To­cantins, testemunhou que esteve em Goiânia, pagou os funcionários e fechou a ban­ca, que era conhecida como Mega e funcionava em uma viela da Rua 7, no Centro da cidade. 
 
Dias depois, a banca voltou a funcionar, o que levou delegado Ernane Cazer a desconfiar da existência de um sócio de Boadyr. A polícia já sabe quem é esse sócio que assumiu a banca e ele é suspeito de ser um dos mandantes do crime. O outro suspeito também tem envolvimento com jogo ilegal.

Boadyr Veloso tinha ex-mulher (com quem teve filhos), uma esposa e uma namorada. Todas foram ouvidas, assim como os genros. Segundo Alexandre Barros, a família negou qualquer co­nhecimento da atividade ilícita do ex-prefeito.

Apenas a namorada — que Alexandre Barros não identifica para preservá-la — ajudou nas investigações ao dizer que Boadyr temia “morrer ou ter que matar” por causa do jogo. O genro Edivaldo Cardoso, considerado pela polícia braço direito de Boadyr nas questões financeiras, também não ajudou nas investigações, relatou Ale­xandre Barros. (Reportagem e foto Andreia Bahia/Jornal Opção)
 
FONTE:http://contrapontomaraba.blogspot.com.br/2012/05/assassinato-de-ex-prefeito-em-goiania.html #more

Brasil. Levantamento mostra que acidentes com motos foram os maiores causadores de mortes no trânsito em 2010.

Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil.
Brasília – O Mapa da Violência no Brasil, documento elaborado pelo sociólogo Júlio Jacobo, do Instituto Sangari, constatou que em cada três acidentes de trânsito com mortes registrados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em 2010, um envolve motociclistas. 

Para Jacobo, a tendência é de o número de mortes envolvendo motociclistas continuar crescendo, e de forma acelerada, tendo em vista a facilidade (crédito) para comprar uma moto e a necessidade urbana. “Não estou negando que é uma necessidade imperiosa e funciona em geral”, disse ao lembrar que antes do barateamento e da facilitação do crédito, as motos eram sonho de consumo das classes alta e média alta. “Era um luxo, tinha aquela coisa de guiar para sentir o vento no rosto”, disse.

O autor do levantamento destacou que a fiscalização dos órgãos de segurança é mais efetiva em relação aos veículos de quatro rodas. “Muitos pardais não fazem a imagem das placas das motos. Começam, agora, a usar um tipo de pardal pistola, mais adequada para captar o movimento desse tipo de veículo”.

Durante a última década, o número de automóveis em circulação mais que dobrou (118%), mas as mortes em acidentes envolvendo os ocupantes de automóveis cresceram 72%. De acordo com a análise de dados, o risco de morte em automóvel caiu 46 pontos porcentuais no período.

Jacobo sugere que o Estado atue para melhorar a estrutura viária, implantem medidas que garantam mais segurança, insista em campanhas de mudança de comportamento e melhore o atendimento de pronto-socorro. Segundo ele, o governo federal e os governos estaduais deveriam trabalhar de forma mais articulada. “A vida não é federal, nem estadual e nem municipal”, ressaltou.

O Instituto Sangari, por meio do documento Mapa da Violência, mostra ainda que de 1998 a 2008 as mortes em acidentes envolvendo motos passaram de 1.047 para 8.939. O levantamento foi feito com base em certidões de óbito de todo o país.

O sociólogo aponta que a vulnerabilidade dos motociclistas é de tal nível que sua letalidade em acidentes chega a ser 14 vezes maior que a dos ocupantes de automóvel.

Edição: Aécio Amado

FONTE:http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-05-07/levantamento-mostra-que-acidentes-com-motos-foram-os-maiores-causadores-de-mortes-no-transito-em-2010

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Brasil. Seca se agrava, e sertanejos já sofrem com falta de alimentos no Nordeste.

Carlos Madeiro. Do UOL, em Maceió.

Com 593 municípios em situação de emergência por conta da seca, o semiárido do Nordeste não sofre apenas com a falta de água, mas também com a escassez de alimentos. 

Muitas cidades, onde não chove há seis meses, já informaram problemas relacionados à falta de comida, já que grande parte das produções agrícolas, inclusive as familiares, foi perdida pela falta de chuva.

Imagens captadas por satélite mostram que boa parte do Nordeste enfrenta a maior seca dos últimos 30 anos. É possível perceber que 80% do semiárido da região sofre com a estiagem, o que representa seis vezes o percentual registrado no ano passado. Não choveu nos quatro primeiros meses do ano --como era previsto-- e não há perspectiva de chuvas pelos próximos três meses.

A entrega de alimentos a moradores do sertão, por conta da seca, é algo que não havia ocorrido nos últimos anos, mas que está sendo novamente realizado em 2012. 

A situação mais grave é a da Bahia, onde 228 municípios estão em situação de emergência.

Segundo a Defesa Civil Estadual, o governo baiano adquiriu pouco mais de 130 mil cestas básicas para distribuição nos municípios. Além delas, o Estado também recebeu mais 4.630 do Ministério da Integração Nacional e 5.000 do Ministério da Agricultura, totalizando 140 mil cestas básicas.

"Esses alimentos devem ser entregues às famílias para durar por pelo menos 30 dias, pois a situação é crítica e temos uma grande demanda. Depois da água, a falta de alimentos é a nossa maior preocupação, mas estamos atuando para não deixar ninguém passar fome", afirmou o coordenador- executivo da Defesa Civil, Salvador Brito.

Segundo Brito, além dos alimentos, existem outras preocupações com os sertanejos. "Temos outros problemas. Como a estiagem vem se alongando, temos diversas repercussões na natureza, como problemas na agricultura familiar e a captação de água para irrigação. Todo semiárido sofre com essa falta de chuvas" disse.

Cidades em emergência

Bahia 228

R. G. do Norte 139

Piauí 102

Pernambuco 56

Alagoas 34

Sergipe 18

Ceará 16

No Piauí, onde já são 102 municípios com decretos homologados pelo Estado, não há distribuição de alimentos. Porém, segundo a Defesa Civil, ao invés de cestas básicas, os sertanejos serão contemplados com o Bolsa Estiagem, que vai pagar cinco parcelas de R$ 80 às famílias atingidas. "Nós sabemos da dificuldade que existe no Estado como um todo. Oficialmente não temos relatos de falta total de alimentos, mas pode ser o que esteja acontecendo. A antecipação do Seguro Safra também vai ajudar nessa compra de alimentos", disse o diretor da unidade da Defesa do Piauí, Jerry Herbert.

O diretor explicou ainda que o Estado pretende ampliar o números de caminhões-pipa para ofertar água a população. "Estamos trabalhando com mais de 200 carros-pipa, e o Ministério da Integração vai contratar mais 300 para amenizar o problema que está gravíssimo. O problema é que, até agora, os R$ 15 milhões anunciados pelo governo federal estão só no papel, não foram liberados. Assim, não podemos aumentar as ações."

Em Pernambuco, um decreto do governador Eduardo Campos (PSB), publicado no Diário Oficial do Estado neste sábado (5), oficializou decreto de emergência nos 56 municípios do Sertão. Segundo informou a assessoria de imprensa da Coordenadoria de Defesa Civil, a entrega de cestas básicas e de alimentos está sendo feita pela Secretaria de Assistência Social.

No Ceará, o coordenador da Defesa Civil, Hélcio Queiroz, informou que já são 16 municípios em situação de emergência e as demandas por alimento serão discutidas nos próximos dias. "Nós vamos ter uma reunião nesta segunda-feira (7) do comitê de ações de combate à seca, onde vamos definir as realizações que serão feitas nessas cidades. Entre elas, pode ser definida a entrega de alimentos", disse.

A situação também é grave em Alagoas, onde 34 cidades estão em situação de emergência. Segundo a AMA (Associação dos Municípios de Alagoas), o fornecimento de água por meio de caminhões-pipa continua suspenso e ainda não há entrega de alimentos, apesar de relatos apontarem para perda de produção em vários municípios. "A operação pipa está paralisada porque o recurso acabou há mais de uma semana. Não estamos com distribuição de comida ou água. Estamos providenciando, pedindo ao governador, vê se eles liberam carros e comida pela Secretaria da Assistência Social", informou Margarete Bulhões, responsável pelo setor de decretos de emergência da AMA.

Em Sergipe, as mais de 100 mil pessoas afetadas nas 18 cidades em emergência estão recebendo o fornecimento de água por carros-pipa.

Na Paraíba, apesar da seca ter se intensificado nas últimas semanas, ainda não decretos homologados pelo Estado, o que deve ocorrer nos próximos dias, quando a documentação das prefeituras for entregue ao governo do Estado. 

No Rio Grande do Norte, 139 municípios decretaram, coletivamente, situação de emergência em abril.

FONTE: http://noticias. bol.uol.com. br/brasil/ 2012/05/06/ seca-se-agrava- e-sertanejos- ja-sofrem- com-falta- de-alimentos- no-nordeste. jhtm
 

Desopilando. Roberto Freire diz que é afronta pública nota de real com “Lula seja louvado”

O Banco Central colocou em circulação nesta segunda-feira (7) notas de real com a frase “Lula seja louvado”. De acordo com o BC, a mudança foi um pedido da Presidente Dilma Rousseff, que quis homenagear o ex-presidente Lula.

Segundo informações da Assessoria de Dilma, no Palácio do Planalto, a frase “Deus seja louvado” estava provocando confusão e atrito entre religiosos e Ateus. “Nem Deus, nem Zeus, nem Goku nem Galileu, coloquem o nome do Lula”, teria dito a Presidente Dilma, para encerrar a confusão.

A mudança nas cédulas de real, com a frase “Lula seja louvado” está sendo feita aos poucos pelo Banco Central. A expectativa do BC é que, até o final do ano, todas as notas estejam com o nome de Lula.

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Indignado, o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) já  anunciou no twitter que vai tomar providências.

Em tempo: G17 é o mesmo site de humor que anunciou que a presidenta Dilma está planejando privatizar 40% da população brasileira.

FONTE: http://www.g17.com.br/noticia/politica/dilma-pede-e-banco-central-coloca-em-circulacao-notas-com-a-frase-lula-seja-louvado.html
http://www.viomundo.com.br/humor/roberto-freire-pede-providencias-contra-notas-de-real-com-a-frase-lula-seja-louvado.html

Esquerda nunca esteve tão forte na França desde a Revolução.

LÚCIA MÜZELL – Direto de Paris

A vitória do socialista François Hollande nas eleições presidenciais francesas marca um momento histórico: desde a Revolução Francesa, a esquerda nunca esteve tão forte no país. O Partido Socialista já liderava as presidências de regiões equivalentes aos governos dos Estados brasileiros e caminha para recuperar a maioria parlamentar na Assembleia Nacional, nas eleições legislativas de junho.

O resultado de hoje, entretanto, será apenas a primeira etapa de um governo difícil, iniciado em plena crise econômica e com as urnas tendo exprimido um desejo de mais rigor em áreas como a segurança e a imigração. Desafio nada fácil, portanto, para a esquerda, que volta à presidência depois de 17 anos ausente do Palácio do Eliseu.

O cientista político Eddy Fougier, especialista na esquerda e em política europeia, considera que para encarar o novo posto, Hollande será obrigado a adotar uma política de “sarkozysmo humano” – terá ter pulso forte na economia e alguns temas importantes para a direita, ao mesmo tempo em que terá uma preocupação social superior a do atual presidente, Nicolas Sarkozy. Esclareça na entrevista abaixo quais devem ser os primeiros passos do governo socialista.

O que se pode esperar de um governo socialista neste momento de crise na França e na Europa?
Não há muita coisa de diferente a esperar. Houve muitas promessas, mas imediatamente após a eleição, Hollande terá uma série de problemas econômicos a serem resolvidos. A partir já da segunda-feira feira, haverá uma grande expectativa sobre a reação dos mercados a essa eleição. A política do governo nomeado por François Hollande terá uma margem de manobra muito mais reduzida do que os socialistas imaginam.

O senhor acha que não está claro para a equipe socialista que o momento econômico não vai permitir levar um governo tipicamente de esquerda, pelo menos neste primeiro momento?
Sim, eles sabem disso. Mas há sempre uma tentação pelo voluntarismo, uma ideia segundo a qual a vontade política consegue reverter a situação, convencer os mercados e incitar os outros países europeus a nos acompanhar no projeto de favorecer o crescimento. Eu acho que eles vão ter que considerar profundamente as demonstrações dos mercados, da Alemanha e dos outros países antes de começar a colocar em prática uma política verdadeiramente socialista. Isso não vai nada fácil.

Você acha que François Hollande prometeu demais durante a campanha?
Ele vai ter que considerar a realidade. É verdade que durante uma campanha eleitoral, os políticos têm tendência a se afastar da realidade e sonhar, mas a realidade vai aparecer imediatamente na segunda-feira, depois na cúpula europeia, nas reuniões do G8 e da Otan. Isso sem excluir a possibilidade de conflitos internacionais, como é o caso da ameaça no Irã. Ou seja, a situação internacional e econômica vão rapidamente trazer os socialistas à realidade. Não é por isso que ele não vai aplicar a sua política, mas sabemos que as barreiras de orçamento e pressão internacional serão muito fortes.

Promessas como o aumento da alíquota de imposto dos milionários para 75% e a contratação de 60 mil novos funcionários públicos lhe parecem demagógicas?
Não acho que ele tenha sido cínico. Acho que ele não anunciou nada que não pretende cumprir. Ele vai tentar fazê-lo, mas vai ser preciso um certo jogo de cintura caso não seja possível cumprir. Se sabe que uma parte dos milionários planeja deixar a França para não ter de pagar tanto imposto, o que pode levar o governo socialista a estabelecer regras bem específicas para que essa promessa seja aplicada. Ou seja, não vai significar que ele não fez, mas sim que não será exatamente o que os militantes imaginavam. Ele não pode não cumprir uma promessa tão simbólica quanto foi essa, mas vai ter de adaptá-la de forma a não prejudicar a economia. O mesmo vale para a contratação de mais funcionários públicos, afinal é só olhar ao redor e ver que os outros países da zona do euro não estão conseguindo fazer milagres.

O senhor acha que a Frente de Esquerda, do candidato da extrema esquerda Jean-Luc Mélenchon, terá algum peso em um governo Hollande?
O que me parece é que o governo que será nomeado por François Hollande terá de enfrentar uma quádrupla oposição potencial. Isso vai ser muito complicado. Haverá a oposição clássica da direita, a da extrema direita, mas também uma oposição de esquerda, de Jean-Luc Mélenchon, que anunciou que se Hollande não cumprir suas promessas, haverá um “terceiro turno” nas ruas. Eu acho que, neste caso, poderemos ter na França movimentos semelhantes aos que aconteceram na Espanha, de indignados. Também o centro vai estar desconfiado, porque apesar de o líder François Bayrou anunciar que escolheu Hollande, ele se manteve muito cauteloso, sobretudo sobre as questões de orçamento Ele foi bem claro: se Hollande for pouco rígido nas questões de orçamento, o centro vai se colocar como oposição. Não vai ser nada fácil convencer Jean-Luc Mélenchon e François Bayrou ao mesmo tempo.
Mas com que força a esquerda vai enfrentar essa pressão toda?
Depois da alegria da vitória, haverá uma pressão política nacional extremamente forte, mesmo se a esquerda passar a ser maioria no Parlamento nas eleições legislativas de junho e se a esquerda já ocupa a maioria das presidências de regiões semelhante ao posto de governador de Estado, no Brasil. Jamais na história francesa pós-Revolução a esquerda esteve com tanto poder no país. Mas ao mesmo tempo, jamais a oposição foi tão forte. Outro desafio importante é que se a esquerda decepcionar, poderá favorecer a candidatura de Marine Le Pen, da extrema direita, nas próximas eleições presidenciais, em 2017.

Faz 17 anos que a esquerda está de fora da presidência na França. Que evoluções o Partido Socialista apresenta desde que François Mitterrand deixou o poder, em 1995?
É paradoxal, mas eu diria que a esquerda francesa não evoluiu muito. É espantoso, porque a esquerda socialista francesa continua com uma relação dúbia com a economia de mercado. A esquerda da época de François Mitterrand queria romper com o capitalismo, quando ele foi eleito, mas depois ela se adaptou à economia de mercado e adotou uma linha bem mais social-democrata. Entretanto, ela não dizia isso de uma forma explícita, como fizeram o Partido Trabalhista, no Reino Unido, ou o Partido Social-Democrata alemão, por exemplo. Desde então, a esquerda francesa se manteve nessa ambiguidade, como mostra a promessa de Hollande de taxar em 75% da renda dos ricos. Na França, existe uma desconfiança sobre o capitalismo – Hollande disse com todas as letras que não gosta dos ricos. E isso não se deve unicamente ao fato de que esquerda francesa foi muito influenciada pelo marxismo, mas há também uma influência cristã segundo a qual não se deve gostar nem de dinheiro, nem dos ricos – como aconteceu no Brasil, aliás. Nesta questão, a esquerda não evoluiu muito.

Mas existe um forte polo ao centro no partido, que tinha na figura de Dominique Strauss-Kahn o seu nome mais forte – e era justamente ele quem deveria ter sido o candidato socialista nestas eleições.
Sim, certamente. Eles têm um polo mais liberal, pessoas que hoje têm um papel importante na campanha de Hollande, como Manuel Valls, que é o responsável pela comunicação do candidato, e também Pierre Moscovici, o coordenador da campanha. Mas o verdadeiro sinal que vai indicar que tipo de governo ele vai querer será a nomeação do governo e, principalmente, do primeiro-ministro. Se for Manuel Valls, ele terá optado pela esquerda que eu chamaria de “realista”. Mas se for Martine Aubry secretária-geral do Partido Socialista, será um outro tipo de esquerda, mais tipicamente francesa. É preciso lembrar, contudo, que Manuel Valls não teve bons resultados nas prévias socialistas que definiram quem seria o candidato, no ano passado. Por outro lado, Arnaud Montebourg, um dos nomes mais à esquerda no PS, bastante crítico à globalização e ao capitalismo, alcançou uma boa votação. Na França, um candidato socialista sempre deve reafirmar os valores da esquerda clássica, de independência em relação aos mercados financeiros, para conseguir um resultado importante.

Não houve uma mobilização forte dos militantes em torno da candidatura de François Hollande ao longo de toda a campanha – muitos afirmam que o fator mais forte da sua vitória terá sido a grande rejeição a Sarkozy. Como essa pouca mobilização poderá influenciar um governo que retorna ao poder depois de tanto tempo?
A rejeição é muito forte, certamente. Mas diante de uma vitória confortável, temos que nos perguntar sobre se não há, de fato, uma vontade de rever a esquerda no poder. Terá sido mais uma vontade de mudança ou a vontade de votar neste candidato específico? A avaliar. E a resposta terá de ser considerada na hora da escolha do primeiro-ministro. As eleições legislativas de junho também serão determinantes para essa resposta. A possibilidade é alta de que, com a vitória de Hollande, o Partido Socialista consiga a maioria absoluta na Assembleia Nacional. A força , ou não, dessa segunda vitória vai acabar com as últimas dúvidas sobre o apoio, ou não, da população à esquerda neste momento. Ou seja, nas eleições legislativas, não haverá mais esta dúvida sobre se o eleitorado está votando contra Sarkozy – mas sim se quer, de fato, o Partido Socialista.

O senhor vê esta eleição presidencial como uma etapa de um governo que vai se desenhar ao longo de algumas semanas, então?
Sim, ele vai ser obrigado a orientar a política dele de acordo com estes próximos acontecimentos. François Hollande poderá – ou será obrigado, talvez – a fazer uma política de “sarkozismo humano”, ou seja, ser obrigado a promover uma política rigorosa sob o ponto de vista econômico, firme nas questões de segurança, mas com mais justiça social e menos divisão da população. Ou seja, algo semelhante a Tony Blair, no Reino Unido, que teve de fazer um “tatcherismo humano”. No entanto, repito, para François Hollande vai ser ainda mais difícil porque a sua margem de manobra é realmente muito fraca.

O senhor acha que o retorno da esquerda ao poder na França, a segunda maior economia da zona do euro, poderá desencadear uma onda de governos de esquerda nos próximos anos nos outros países europeus, em oposição à onda de direita que dominou o continente nos últimos anos?
A possibilidade de uma onda sempre precisa ser considerada com muita prudência. Na eleição francesa, constato que estamos na tendência europeia que é a de punir os governos que chegam ao fim de mandatos: eles estão todos perdendo. Foi o que aconteceu na Grã-Bretanha, com Gordon Brown, depois na Espanha, com José Luis Rodrigues Zapatero, com a Grécia, com Portugal, e tantos outros – seja lá qual for o partido. Na Espanha isso foi interessante, porque havia um sentimento de “qualquer um, menos Zapatero”, e Mariano Rajoy conseguiu se eleger sem qualquer esforço ou promessa, mais ou menos como Hollande. 

Os atuais governantes são acusados de estarem na origem ou de terem agravado a crise. Outra tendência europeia neste momento é a subida do populismo, tanto de direita quanto de esquerda. Talvez a esquerda seja uma nova esperança neste momento, mas ainda não dá para dizer isso. A tendência maior ainda é por governos de direita, pelo menos por enquanto. 

Lembro que ainda não houve qualquer consequência política do movimento dos indignados, que foi, entretanto, muito forte em alguns países da Europa. É claro que as forças de esquerda europeias estarão acompanhando de perto o que acontece na França, mas para que uma onda vá adiante, vai ser necessário ver o que vai acontecer nas eleições alemãs. Se Angela Merkel perder o poder para o Partido Social Democrata, poderemos dizer que começa a acontecer uma onda.

FONTE:
http://www.forte.jor.br/
www.terra.com.br

Mundo cibernetico - Anonymous vingaram-se do Call of Duty

© colagem: Voz da Rússia
Os hackers do movimento Anonymous publicaram dados pessoais confidenciais do diretor da empresa Activision, Eric Hirshberg, como vingança por este os ter mostrado de forma pouco favorável no vídeo promocional do jogo Call of Duty: Black Ops 2.

No vídeo é mostrado durante alguns segundos uma pessoa com uma máscara de Guy Fawkes, o símbolo não-oficial dos Anonymous. Ao mesmo tempo, uma voz em off diz que o “o inimigo pode estar em qualquer lado ou ser qualquer pessoa”.

Na mensagem dos Anonymous divulgada no YouTube, diz-se que os ativistas são apresentados no vídeo como ciberterroristas e inimigos da sociedade.

“Foi com humor que os Anonymous tomaram conhecimento do vídeo em que serão os maus no novo Call of Duty, mas aspiram à vingança”, declararam os hackers.

O novo jogo deverá sair a 13 de novembro.

 Fonte:http://portuguese.ruvr.ru/2012_05_07/74086480/