sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Promotor é condenado a 17 anos por crime de pedofilia

promotor Ricardo Maia de Oliveira
O promotor Ricardo Maia de Oliveira foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão em regime fechado, nesta quinta-feira, 2. 
A condenação foi pedida pelo desembargador relator, Fernando Luís Ximenes Rocha. Um desembargador, dos 14 membros presentes no Pleno, não acompanhou a decisão do relator e pediu a absolvição do réu.
O julgamento teve início às 14 horas e terminou por voltas das 20h.

Pela primeira vez no País, um promotor de Justiça foi levado a julgamento por uma ação criminal referente a cometimento de pedofilia. 
O caso foi apreciado nesta quinta-feira por membros do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE), onde um promotor nunca havia sentado no banco dos réus. 
O acusado responde a uma ação penal pública por atentado violento ao pudor, que teria sido cometido contra crianças, em 2005, conforme denúncia do próprio Ministério Público do Estado (MPE). 

Em 2006, O POVO mostrou que o crime do qual o promotor é acusado teria sido cometido no dia 23 de outubro de 2005, em um sítio em um município do Maciço de Baturité. 
Entretanto, só teria sido descoberto pelas mães das crianças em fevereiro de 2006, quando a denúncia foi ajuizada. Em outubro daquele ano, Ricardo Maia chegou a ser preso preventivamente, sendo liberado após cinco dias. 

Na ocasião do crime, o promotor foi denunciado à Justiça pelo então procurador-geral do Ceará, Manoel Lima Soares Filho. O cargo hoje é ocupado por Ricardo Machado.
Redação O POVO Online

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Explicando política às crianças - Texto de Rubem Alves.

Meninos, meninas, vou lhes contar como tudo começou, do jeito como me ensinaram. 
 
Há muitos milênios atrás ( um milênio são mil anos! ), antes mesmo que a roda tivesse sido inventada, a vida era uma pancadaria generalizada, pauladas, pedradas, furadas ( eram feitas com paus pontudos; ainda não haviam descoberto um jeito de fazer flechas com pedras lascadas), cada um por si, cada um contra todos. 
 
Thomas Hobbes
Um famoso pensador chamado Hobbes disse que era um estado de “guerra de todos contra todos”. Não havia leis. As leis servem para proibir aquilo que não pode ser feito. Assim, cada um fazia o que queria.
 
Roubar não era crime porque não havia uma lei que dissesse “é proibido roubar”. Matar não era crime porque não havia uma lei que dissesse “ é proibido matar”. E não havia pessoas encarregadas de fazer cumprir a lei: juizes, polícia. 
 
É para isso que a polícia existe: para impedir que a lei seja quebrada e para proteger os cidadãos comuns. Quem tivesse o porrete maior era o que mandava. Houve até um famoso presidente dos Estados Unidos que explicou o seu jeito de governar: “Falar manso e ter um porrete grande nas mãos...” Os jeitos primitivos continuam ainda em vigor.
É fácil entender. Imaginem uma coisa doida: um jogo de futebol em que não haja regras e nem haja um juiz que apite as faltas. Tudo é permitido. Tapas, murros, rasteiras, xingamentos, levar a bola com a mão, mudar de time no meio do jogo. Ao final de cada jogo o número de mortos e feridos é grande. Os amantes de futebol queriam continuar a jogar futebol, mas sem medo da violência. Eles se reuniram e disseram: “Não é possível continuar assim. Vamos fazer regras para o futebol. E vamos ter, no campo, um homem que faça com que as regras sejam cumpridas.” E assim fizeram. E o futebol se transformou num jogo civilizado ( às vezes...)
Pois os homens daqueles tempos chegaram à mesma conclusão. Não valia a pena continuar a viver daquele jeito. Eles se reuniram numa grande assembléia e chegaram a um acordo: “Só há uma solução. É preciso que cada um deixe de fazer o que lhe dá na telha. Precisamos leis. Mas, para ter leis, precisamos de um homem que faça as leis. E não só isso: um homem que tenha o poder para punir todos aqueles que quebram a lei.
Os homens, assim, abriram mão das suas pequenas vontades individuais para poderem viver uns com os outros em paz. E para que houvesse um homem que fizesse as leis e punisse os criminosos eles escolheram um que seria o seu Rei, ele e os seus descendentes. 
 
O Rei teria que ser aquela pessoa que reinaria para a paz dos homens comuns, os seus súditos. O Rei teria de ser uma pessoa que, ao mesmo tempo, combinasse sabedoria e força. Sabedoria para fazer as coisas certas. E força para que punisse os malfeitores. Em toda situação há sempre os malfeitores, aqueles que quebram as leis. Também no futebol há os malfeitores. No futebol os malfeitores são aqueles que quebram as regras, aqueles que, pensando que o juiz está distraído, dão rasteiras e tentam fazer gols com a mão. Se o juiz ficar desatento e não apitar as faltas a partida de futebol vira pancadaria.
Mas esses homens que elegeram o Rei eram ruins em psicologia. É sempre assim: em período de eleição todos os candidatos se apresentam como honestos, puros, pessoas que só desejam o bem do povo. Mas o povo não conhece psicologia. Acredita naquilo que lhes é dito. Não sabem que essas falas dos candidatos são como a isca no anzol do pescador. O seu objetivo é apenas “fisgar” o voto do povo. E esses puros, uma vez no poder, passam por horríveis transformações. Belos, transformam-se em Feras. 
 
Aconteceu assim com os Reis, tão bonitos, tão honestos, antes de terem a coroa na cabeça e a espada na mão. Mas uma vez no poder transformaram-se em Tiranos. Tiranos são aqueles que, esquecidos do povo, impõem a sua vontade sobre ele. Assim os Reis esqueceram-se do povo e passaram a pensar só neles mesmos. Se eles eram aqueles que fazem as leis, e se eles eram aqueles que tinham a espada na mão, não havia ninguém que os punisse. Eles cometiam suas maldades protegidos pela impunidade. Tendo poder para fazer as leis, eles as fizeram só em seu benefício, leis que obrigavam o povo a pagar impostos pesados. 
Imposto é um dinheiro que o povo tem de pagar ao governo para administrar o país. Tudo estaria bem se o dinheiro dos impostos fosse usado para o bem do povo. Mas não foi isso que fizeram. Usaram o dinheiro do povo para si mesmos. Construíram palácios com jardins, gramados e piscinas, deram banquetes, não só eles mas todos os membros da corte que assim se locupletaram. Todos ficaram ricos. O povo ficou mais pobre, mais sofrido.
 
Aprendam isso: as pessoas mais cheias de boas intenções, quando têm o poder e o dinheiro na mão, esquecem-se delas. Ficam deslumbradas com o poder e passam a pensar só nelas mesmas. O poder e o dinheiro corrompem.
Foi assim durante muitos séculos. Até que o povo perdeu as esperanças. Os reis, que haviam sido objetos da sua admiração, tornaram-se objetos do seu desprezo. Seu perfume se transformou em fedor. Não, os Reis jamais pensariam no bem do povo. 
 
Aí o povo pensou: “Não fomos nós que escolhemos o Rei? Se ele está no trono é só porque nós queremos! Ele não está no trono pela vontade dos deuses! Se fomos nós os que o colocamos no trono, temos o direito de tirá-lo de lá”. O povo então se enfureceu, saiu às ruas, pegou em armas, fez revoluções e tirou o Rei do trono. Esse direito do povo, de tirar os Tiranos do poder, pela força, até foi louvado pela mais humilde e a mais santa das mulheres, Maria, mãe de Jesus. Cantando o amor de Deus ela disse que ele “derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes.” ( Lucas 1:52).
Mas esse direito de tirar os reis dos tronos transformou-se em crueldade. Na Revolução Francesa o rei e a rainha foram guilhotinados. Na Rússia os revolucionários fuzilaram toda a família real, inclusive as crianças.
Voltou-se então ao estado original: não havia quem ditasse leis e as fizesse cumprir, para a paz do povo. Havia o perigo de que se estabelecesse a condição primitiva de “guerra de todos contra todos”. Há de haver quem faça as leis e garanta o seu cumprimento. Mas o povo havia aprendido uma lição: poder por toda a vida, como o que era dado aos reis, só produz tirania e corrupção. É muito perigoso dar poder absoluto a uma pessoa só.
Por que o jogo de futebol é possível? Jogadores, bola – tudo bem. Mas não basta. Há de haver regras. E como se estabelecem regras? As pessoas interessadas se ajuntam e fazem um “contrato”. “Contrato” é um documento que estabelece as regras, com o acordo de todos. Esse contrato contém as regras do jogo que todos devem obedecer. 
 
Todas as relações entre os seres humanos são reguladas por contratos. O casamento é um contrato, a compra de uma casa é um contrato, a matricula de um aluno numa escola se faz por meio de um contrato. Quando um povo inteiro quer estabelecer as regras de sua convivência, esse contrato tem o nome de “Constituição”. O Brasil tem uma “Constituição”.
O espaço chegou ao fim e na próxima crônica vou falar sobre a “Democracia” que é o sistema de governo em que quem faz as leis é o povo. Pelo menos, é assim que deveria ser.

UFMA - MEC encerra negociações com docentes de universidades.

MEC encerra negociações com docentes de universidades
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Mensagem com reajustes de 25% a 40% será enviada ao Congresso para figurar na Lei de Diretrizes Orçametárias.

09 de Agosto de 2012 às 16:47.
247 - O Ministério da Educação reafirmou agora pouco, através de circular enviada aos reitores das universidades e institutos federais, que as negociações com os docentes está encerrada. 
 
E que não há qualquer possibilidade de reabertura. 
 
Até o final de agosto, o Ministério do Planejamento vai enviar ao Congresso Nacional na LDO a proposta de carreira dos professores das universidades e institutos federais, que assegura reajustes de 25 a 40%, assegurando ganhos reais expressivos superiores aos portadores de maior titulação e com dedicação exclusiva, o que representa um impacto de R$ 4,2 bilhões.

O acordo assinado com o Proifes, que não poderá ser emendado ou alterado no Congresso Nacional, possui cláusulas que permitem a adesão de outras entidades sindicais.

Neste momento, o Governo Federal negocia o reajuste salarial com os representantes dos servidores técnicos-administrativos das universidades e dos institutos, Sinasefe e Fasubra. 

No último dia 6 foi apresentada uma proposta de 15,8%. Nova rodada está prevista para amanhã, dia 10.

Em circular anterior, enviada pelo Ministério da Educação a todos os reitores dos institutos e das universidades federais, o Governo Federal solicitou que seja enviado o plano de reposição das aulas perdidas durante a greve. 

O MEC vai supervisionar diretamente sua aplicação e pelas contas dos técnicos os professores terão que trabalhar durante os meses de dezembro, janeiro e parte de fevereiro.

Neste sentido, a expectativa do Ministério da Educação é de que as universidades e os institutos retomem imediatamente as atividades acadêmicas.

Fonte: http://brasil247.com/pt/247/brasil/74484/MEC-encerra-negociacoes-com-docentes-de-universidades.htm

GREVES - Servidores interditam faixas do Eixo Monumental, em Brasília.

Servidores interditam faixas do Eixo Monumental, em Brasília
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil 

Manifestantes marcham contra Decreto 7.777, que permite que servidores estaduais e distritais cubram os funcionários em greve.

09 de Agosto de 2012 às 18:27.
Brasília 247– Nesta quinta-feira 9, o Eixo Monumental, em Brasília, recebeu mais uma manifestação dos servidores federais grevistas. 
Manifestantes caminharam do Ministério do Planejamento até o Supremo Tribunal Federal contra o decreto 7777. 
Os sindicatos das categorias paralisadas não concordam com o documento, que permite que funcionários estaduais ou distritais trabalhem no lugar dos grevistas para reduzir os impactos da greve.

Duas faixas do Eixo Monumental foram interditadas.

Uma reunião com o comando geral da greve vai acontecer nesta sexta-feira 10. O objetivo é analisar as negociações e avaliar o movimento.

Com informações do Correio Braziliense.

Fonte: http://brasil247.com/pt/247/brasil/74515/Servidores-interditam-faixas-do-Eixo-Monumental-em-Brasilia-Servidores-federais-interditam-faixas-Eixo-Monumental-DF.htm

Caravana do 13 – Realizou caminhada no Bom Jardim, Parque Timbiras e Adjacências e Carreata noturna pela Madre Deus e Anjo da Guarda.


Largada da Caminhada
Após concluir a caminhada na Rua Grande, a Caravana do 13 se dirigiu a concentração de outra caminhada, esta na área Polo do Coroadinho, mais preisamente nos bairros do Bom Jesus, Parque Timbira e adjacencias, no fim da tarde desta quarta-feira, a visita de Washington Luiz (PT), de seu vice Afonso Manoel (PMDB), formada por  militantes e os candidatos a vereadores da Coligação Todos Juntos por São Luís. 

Caravana do 13 Visitando a população do Polo Coroadinho.
A militância petista aguardava juntamente com nosso vice-prefeito Afonso Manoel a chegada da comitiva que vinha o nosso candidato a Prefeito Washington, que foi  chegando a dando inicio a nova etapa da    campanha, estavam presentes inúmeros  candidatos a vereadores e suas respectivas estruturas de campanha, muitas bandeiras, fogos e animação desfilando pelas ruas dos bairros visitados, numa grande festa cívica, Washington e Afonso juntos conversando com o povo, ouvindo reclamações, colhendo propostas pra serem usadas na nova São Luís que iremos construir a partir de 1º de janeiro de 2013.

Candidato do PSDC Claudio Anchieta n° 27.026 e Washington 13.
Segue abaixo a relação das equipes acompanhadas de seus respectivos vereadores que acompanharam esta caminhada:

  
1 - Marcio Brito - PT - n° 13.222;



2 – Clemilton Ferraz – PT – n° 13.456;


3 – Domingas – PSDC – n° 27.227;

Maria Bogea atrás de Afonso Manoel de Blusa Vermelha

4 – Maria Bogea – PSDC – n° 27.345;



5 – Honorato – PT – n° 13.444;


6 – Rômulo Franco – PRB – n° 10.222;


7 – Dr. Yglésio – PT – n° 13.111;

8 – Irmã Sônia – PSDC – n° 27.666;


9 – Aloísio Nunes -  PT – n° 13.131;



10 – Helena Duailibe – PMDB – n° 15.369;



11 – Manoel Rego – PT do B – n° 70.777;

Pedro de Camisa rosa clara.

12 – Pedro Lucas Fernandes – PTB – n° 14.000;



13 - João Marcos – PT – n° 13.321;


14 – Junior - PSDC - n° 27.266



15 – Claudio Anchieta - PSDC - n° 27.026

Candidata Da Luz de calça Jenas e blusa lilás.
16 - Da Luz - PT do B - n° 70.001

O Ponto alto do evento foram as visitas a inúmeras residências de candidatos e simpatizantes a candidatura do Washington, sempre nossa Caravana seguindo em frente.

Amigo eleitor no dia 07 de outubro, você vota nos vereadores de nossas coligações, depois Washington 13 e confirme, São Luís só tem a ganhar.

A Carreata foi iniciada por volta das 19:30 horas, com concentração no aterro do Bacanga, a mesma foi proposta e organizada pelo Candidato a Vereador pelo PMDB, Bulcão n° 15.025, a carreata de apoio ao Washington 13, sempre com  a presença de Remi Ribeiro Presidente do PMDB e de diversos Secretários de Estado dentre eles destacamos José Antonio Hilluy.



Esta carreata contou com a presença de dezenas de veículos que juntos percorreram as principais vias de acesso do Bairro da Madre Deus, Areinha e Vale da Macaúba, contornando o Ceprama, se deslocou no sentido do Itaqui-Bacanga até o Anjo da Guarda, sendo encerra já depois das 21:00 horas, foi um dia de muito trabalho e gratificante por ver a militância do PT independente de corrente ideológica abraçando a candidatura do Partido, junto com seu parceiro de luta o PMDB.


Amigo eleitor no dia 07 de outubro, você vota nos vereadores de nossas coligações, depois Washington 13 e confirme, São Luís só tem a ganhar.



Caravana do 13 – Realizou em parceria com o Vereador Osmar Filho n° 15.678 grande caminhada na Rua Grande.

Washington Luiz 13 e Osmar Filho 15.678, juntos por São Luís.
A concentração deu-se na Praça Deodoro, em frente a agência da Caixa Econômica Federal.

Washington Luiz 13 e Osmar Filho 15.678, juntos por São Luís.

O comitê do Washington deslocou uma brigada com bandeiras e pessoal de apoio do PT, além de material do Washington para ser distribuído.

Washington Luiz 13 e Osmar Filho 15.678, juntos por São Luís.

A coordenação de campanha do Candidato e Vereador mais jovem e atuante da Câmara de São Luís Osmar Filho, mobilizou simpatizantes e apoiadores da candidatura de diversos Bairros de São Luís, eram centenas de pessoas concentradas na praça Deodoro e adjacências com um só propósito, mostrar para São Luís, como está crescendo vertiginosamente a candidatura de Washington 13, e como será vitoriosa a recondução à Câmara de São Luís do Vereador e parceiro de luta Osmar Filho n° 15.678.

Washington Luiz 13 e Osmar Filho 15.678, juntos por São Luís.

A Caminhada iniciou-se por volta das 17:00 horas no sentido praça Deodoro, Rua grande até a praça João Lisboa, no percurso muitos acenos, cumprimentos da população e comerciários aos candidatos   Washington 13 e Osmar Filho 15.678, mostrando o reconhecimento do povo de São Luís a estes homens públicos que representam o novo na política ludovicense, e confirmando o quanto é vitoriosa esta parceria.

Washington Luiz 13 e Osmar Filho 15.678, juntos por São Luís.

Amigo eleitor no dia 07 de outubro, você votando Osmar Filho 15678, Washington 13, São Luís só tem a ganhar.

Washington Luiz 13 e Osmar Filho 15.678, juntos por São Luís.

Aloysio Nunes (PSDB), mesmo Partido de CASTELO, foi o único que votou contra cotas nas universidades federais.

O PSDB (de Castelo) não disfarça mais. A cada dia deixa claro que está contra o povão. Agora, o tucano Aloysio Nunes, votou contra as cotas para alunos que cursaram escolas públicas e querem entrarar para Universidades federais. Aloysio Nunes, deixa claro o que, só quem pode ter vaga nas Universidades mantidas pelo governo federal, são os ricos.

Os senadores aprovaram em plenário, na noite desta terça-feira (7), o projeto que destina 50% das vagas em universidades federais para estudantes oriundos de escolas públicas. O projeto foi aprovado de forma simbólica pelos senadores. O único voto contrário  foi do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Agora, será encaminhado para sanção da presidente da República, Dilma Rousseff.

O projeto aprovado pelo Senado combina cota racial e social. As vagas reservadas serão preenchidas de acordo com a proporção de negros, pardos e índios na população de cada unidade da federação onde está instalada a instituição de ensino, de acordo com censo do IBGE de 2010. As demais cotas serão distribuídas entre os outros alunos que cursaram o ensino médio em escola pública.

De acordo com a proposta, no mínimo metade das vagas reservadas (25% do total de vagas) deverão ser destinadas a estudantes de escola pública oriundos de famílias com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita.

As universidades deverão selecionar os alunos de instituições públicas com base no coeficiente de rendimento. O texto diz ainda que 50% das vagas em instituições técnicas federais deverão ser preenchidas por quem cursou o ensino fundamental em escolas públicas. Também neste caso, metade da cota será destinada a alunos advindos de famílias de baixa renda.

A proposta exige que as instituições ofereçam pelo menos 25% da reserva de vagas prevista na lei a cada ano, a partir de sua publicação no Diário Oficial, e terão prazo de quatro anos para o cumprimento integral das novas regras.

Discussão
Durante a discussão da matéria nesta terça, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) considerou a proposta como uma “violência à autonomia das universidades”. "“Ele [projeto] impõe uma camisa de forças para todas as universidades brasileiras", disse o senador Nunes, que se manifestou e votou contra.

Relator do projeto, Paulo Paim (PT-SP) afirmou que muitas universidades já estão se adaptando. "Quem é negro sabe o quanto o preconceito é forte neste país. A rejeição deste projeto é dizer que nós não queremos que negro, pobre e índio tenham acesso a universidade", disse.

A senadora Ana Rita (PT-ES) afirmou que a proposta “faz justiça social”. "Dos 100% de alunos de uma universidade, 50% é de livre concorrência. Os outros 50% é de oriundos de escola pública".

O senador Pedro Taques (PDT-MT), também defendeu a aprovação do projeto. "O que nos falta é o reconhecimento deste preconceito, sim. Quantos negros, ao entrarem numa loja, recebem um olhar diferente? Nós precisamos resolver isto com iniciativas como estas", disse o senador.

Tramitação
O projeto foi proposto em 2008 no Senado, foi alterado na Câmara e voltou para análise dos senadores. Na Câmara, os deputados ampliaram os critérios para as reservas, que se limitavam à origem racial na proposta original. A proposta ganhou força novamente no fim do segundo semestre deste ano. Pouco antes do recesso, líderes fizeram acordo para votação na volta dos trabalhos.

Na tarde desta terça, o relator do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), e representantes de movimentos sociais estiveram reunidos com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pedindo que a matéria fosse colocada em votação ainda nesta terça.

Questionado sobre o assunto, o presidente do Senado manifestou apoio ao projeto. "Eu apoio totalmente esta iniciativa. Comigo, você não têm de ter nunca nenhuma preocupação. Eu, estando aqui, sempre ajudarei a avançar nesta questão" disse Sarney.

Sarney recebeu das mãos de Mário Theodoro, secretário-executivo da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, uma moção de apoio pela aprovação da proposta. "É fundamental que tenhamos as cotas", defendeu o secretário.
 
Fonte:http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/08/aloysio-nunes-psdb-foi-o-unico-que.html?utm_source=feedb