segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Policia Federal prende brasileiro com quase 30.000 (trinta mil) comprimidos de ecstasy.

Brasileiro preso com quase 30 mil comprimidos de ecstasy
Guarulhos – Ontem (11), no Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP, um homem, natural de Tocantins, 36 anos, foi preso em flagrante ao desembarcar de vôo procedente de Paris/França com cerca de 30 mil comprimidos de ecstasy em sua bagagem.  

Os policiais desconfiaram do passageiro e revistaram sua bagagem.  A droga estava acondicionada em fundo falso de sua mochila dentro de três pacotes plásticos. 

O preso foi encaminhado ao sistema prisional onde permanecerá à disposição da Justiça Federal de Guarulhos e após a condenação definitiva poderá receber pena de 5 a 25 anos de reclusão.

Mídias Sociais - Para saber mais detalhes das ações da PF siga 
@agenciapf no twitter.


Setor de Comunicação Social
Delegacia de Polícia Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo – tel: (11) 2445- 2802

Reitores mandam no ensino médio.

Claudio de Moura Castro

12. Nov. 2012 - VEJA. Nosso ensino médio, após várias décadas de letargia, começa a ser visto como um pantanal de problemas e contradições. Aleluia! Trata-se de um ciclo copiado da França do pós-guerra, quando apenas 5% da faixa etária correspondente frequentava uma escola média. Lá, era para o topo da elite. 

Enquanto o médio brasileiro permanecia minúsculo e atendia, sobretudo, às ínfimas elites, mal e mal, os alunos davam conta do currículo enciclopédico. Mas nas últimas décadas explodiu a matrícula, o ensino ficou cada vez mais aguado e congestionaram-se os currículos e ementas. 

É o pior dos mundos: a escola ficou pior, os alunos são rapados do fundo do tacho e o currículo é para gênios. Vejamos as alternativas existentes, antes de inventar mais jabuticabas.

Copiar a high school americana significa oferecer centenas de disciplinas dentro de uma escola única, para onde acorrem todos os alunos. Diante desse cardápio, cada aluno constrói o seu currículo. A ideia não é economicamente viável no Brasil e anda na contramão da nossa cultura. A solução clássica europeia é oferecer escolas de diferentes modelos, de acordo com o perfil e o gosto do aluno. 

Umas mais voltadas para preparar para o trabalho, outras para a universidade. E mais as soluções híbridas. Nossa esquerda engasga e protesta contra o elitismo de criar uma "escola de pobres"" e uma "de ricos" - apesar de a Europa ser a região de menor desigualdade econômica e social. Independentemente do que possa vir à frente e com mais ambição, resta uma solução fácil e amplamente testada. 

Trata-se de voltar à ideia de um modelo parecido com o que tínhamos no tempo do clássico, científico e comércio. É algo similar ao modelo francês, oferecendo vários "sabores" de baccalauréat: humanidades, ciências biológicas, matemática, e assim por diante. A Argentina tem algo parecido.

Isso permite aos alunos estudar mais aquilo de que gostam ou o que querem, além de aliviar a avalanche curricular do presente. É uma solução simples, realista e próxima do que já tivemos. No nosso caso, como o Enem tem quatro disciplinas, seria óbvio pensar em quatro vertentes. Essa solução funciona, sem mudanças de currículo ou legislação. Mas ficaria ainda melhor se fosse possível desvencilhar-se dos currículos excessivos e impositivos. 

Se isso acontecer, poderão aparecer trajetos mais práticos, para quem não se interessa pelo superior e quer um programa em linha com seus planos de trabalho. As matérias do ensino técnico também podem substituir as do médio regular, fazendo com que tenha a mesma carga horária total. 

Contudo, os alunos que cursarem uma escola assim diversificada terão uma surpresa desagradável no vestibular das universidades públicas, pois estas consideram apenas as médias das quatro disciplinas testadas no Enem. Quem estudar em uma alternativa com pouca matemática - ou com pouco português - será severamente punido no processo de seleção. O vestibular presente estraçalha os sonhos de diversificação do médio - tal como existe em todos os países avançados.

Não é de hoje que os vestibulares das universidades públicas determinam o funcionamento das escolas de nível médio. De fato, essa proposta simples e exequível torna-se letra morta diante dos vestibulares que ponderam igualmente as médias das quatro disciplinas. 

Faz parte da solução ter vestibulares dando mais peso às disciplinas correspondentes à área escolhida pelo aluno. Se assim for, as escolas espontaneamente se bifurcarão segundo os quatro grandes troncos. Contudo, as instituições de nível superior, mesmo as federais, têm todo o direito de determinar seus critérios de acesso. 

Em última análise, é uma reforma fácil, conveniente e bem testada. Só que não depende do ministro ou de secretários, mas das universidades públicas. São elas que mandam nos vestibulares. Mas, em se tratando de uma ideia que traz muitos avanços e poucos senões, será que não poderíamos contar com a ajuda dos reitores? Por outro lado, o MEC tem meios de persuadir as universidades a andar nessa direção.

Haiti: chuvas torrenciais mataram pelo menos 11 pessoas.

Haiti, inundações, vítimas
Inundações no Haiti. Foto - EPA



12.Nov.2012 - No norte do Haiti, pelo menos 11 pessoas morreram na sequência de enchentes e deslizamentos de terra causados pelas chuvas torrenciais.

Na região afetada mais de 3,4 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas. 

O maior impacto atingiu a cidade de Cabo Haitiano, onde na área inundada ficaram cerca de 2,3 mil edifícios residenciais.

A inundação se seguiu apenas duas semanas depois do furacão Sandy ter atingido a ilha, matando 54 pessoas. 

Por decisão do governo, no país foi declarado o estado de emergência por um mês.

Saques reforçam indícios de desvio pelo PC do B.

12.Nov.2012 - Jornal O Estado de São Paulo (Estadão) - Acusado pelo empresário João Batista Vieira Machado, dono da JJ Logística Empresarial, de ser o distribuidor de maços de dinheiro desviados de iniciativas do Programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte, o também empresário e ex-assessor parlamentar José Renato Fernandez Rocha, o Zeca, sacou pelo menos R$ 742 mil em espécie durante seis viagens a Santa Catarina - estado onde fica a sede do Instituto Contato, entidade que mantinha dois convênios com o governo federal e subcontratava a empresa de Machado.

Os valores constam de cheques da JJ Logística assinados por Fernandez Rocha entre julho e dezembro de 2009 - período em que vigorava o primeiro convênio. A microempresa sediada em Tanguá, região metropolitana do Rio, foi subcontratada pela ONG criada por membros do PCdoB catarinense para fornecer alimentos para iniciativas do Segundo Tempo. As parcerias do Instituto Contato foram posteriormente rescindidas e estão sob investigação.

Cinco das seis viagens de Fernandez Rocha a Santa Catarina nesse período foram pagas pela Câmara dos Deputados. Na época, Fernandez Rocha era secretário parlamentar do deputado federal Dr. Paulo Cesar (PSD-RJ). Os gastos com as passagens constam da prestação de contas da verba de gabinete do parlamentar fluminense.

Desvios. As cópias dos cheques da JJ Logística assinados por Fernandez Rocha em Santa Catarina foram entregues ao Estado por João Machado, o dono da microempresa. Em entrevista publicada ontem, o empresário de Tanguá diz que sua firma havia sido usada para desviar R$ 4,15 milhões do Ministério, repassados pela entidade - quase 90% do total de R$ 4,65 milhões que a JJ Logística havia recebido.

"Vi maços de dinheiro serem distribuídos", acusou Machado. Ele afirmou também que Fernandez Rocha era o verdadeiro dono da JJ Logística. Machado disse ainda que compareceria hoje ou amanhã à Polícia Federal para formalizar as acusações.

Os saques dos recursos da conta da JJ Logística ocorriam praticamente no dia seguinte à chegada de Fernandez Rocha a Santa Catarina. No dia 9 de julho de 2009, por exemplo, a Gol Linhas Aéreas emitiu uma passagem Rio-Florianópolis para o assessor parlamentar. 

No dia seguinte, ele assinava um cheque para sacar R$ 120 mil, colocando como local de procedência a sigla SC (Santa Catarina). No dia 7 de agosto daquele ano, a Câmara pagou outra passagem para Fernandez Rocha ir de novo a Florianópolis. Três dias depois ele sacava mais R$ 120 mil.

As viagens financiadas com a verba de gabinete do deputado Dr. Paulo Cesar e os saques em Santa Catarina se sucedem até novembro daquele ano. O maior valor retirado pelo então assessor parlamentar foi de R$ 151.130,00 em cheque assinado em 10 setembro de 2009 - na Câmara consta uma passagem emitida no nome dele no dia 9 de setembro.



Em Belo Monte, violência marca assembleia dos trabalhadores.

12.Nov.2012 - Jornal O Globo. 

Cerca de 30 pessoas sequestraram caminhões e saquearam lojas.

BRASÍLIA e Rio. Em meio a negociações do acordo coletivo dos trabalhadores de Belo Monte, houve tumulto em uma das frentes de obras da usina. Segundo o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), empresa contratada para executar as obras da usina, as assembleias realizadas em duas frentes (Sitios Belo Monte e Canais e Diques) transcorreram normalmente. 

Mas, de acordo com a companhia, no Sítio Pimental, a 70 quilômetros de Altamira, cerca de 30 pessoas impediram a realização da reunião, bloqueando a saída de funcionários, sequestrando caminhões, destruindo instalações e bens, como computadores. A empresa também informou que farmácia e lanchonete foram depredadas e saqueadas. O CCBM formalizou registro dos atos nos órgãos de segurança do Pará e prosseguirá com as negociações com o sindicato.

Segundo a Conlutas - Central Sindical e Popular, trabalhadores se revoltaram e atearam fogo em alojamentos, galpões e departamentos administrativos, após discordância com a proposta de aumento salarial do CCBM, de reajuste de 11%. O sindicato da categoria, que apoiou a proposta, chegou a ser expulso do canteiro, disse a entidade. Para a Conlutas, nos dias que antecederam o incidente, o clima era de muita incerteza e apreensão por parte dos operários.

O Consórcio Belo Monte informou que a confusão no canteiro não vai prejudicar a continuidade das obras. Os caminhões com os operários chegarão de Altamira normalmente hoje, assegurou. ( Geralda Doca e Cássia Almeida)

domingo, 11 de novembro de 2012

Política - Altamiro Borges: Chega de esperar a democratização da mídia pelo governo Dilma!

por Altamiro Borges, em seu blog
Se depender do governo, o Brasil nunca terá uma legislação democrática sobre os meios de comunicação. Não há qualquer sinal de que a presidente Dilma esteja disposta a enfrentar os barões da mídia. 

Pelo contrário. Na 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, realizada nesta semana em Brasília, ela repetiu: “Como já disse várias vezes, eu estou convencida de que mesmo quando há exageros, e nós sabemos que eles existem, é sempre preferível o ruído da imprensa livre ao silêncio tumular das ditaduras”. Pura platitude!

Governo teme enfrentar os barões da mídia
A presidenta insiste em confundir liberdade de expressão com liberdade dos monopólios midiáticos. 

Pior: por razões pragmáticas, ela finge desconhecer que esta mesma mídia, que hoje comente “exageros”, apoiou o golpe militar e o “silêncio tumular da ditadura”. 

A democratização dos meios de comunicação, com uma regulação que garanta maior diversidade e pluralidade informativas, é o que poderia garantir a verdadeira liberdade de expressão e uma “imprensa livre”. Mas a presidenta teme tocar no vespeiro.

Neste sentido, não adianta criticar apenas o Ministério das Comunicações e o seu titular, Paulo Bernardo. Ele segue ordens! Não é para menos que o projeto sobre o novo marco regulatório do setor, elaborado pelo ex-ministro Franklin Martins no final do governo Lula, foi enterrado. 

Até mesmo a tímida proposta de uma consulta democrática à sociedade sobre o tema foi arquivada nas gavetas do Palácio do Planalto. Em setembro, o ministro confessou que “a consulta não vai sair já”. Deveria ser mais sincero: ela não vai sair!

Veja aplaude a presidenta
O governo atual não reuniu convicção e coragem para enfrentar a mídia – a mesma que promove diariamente uma campanha de cerco e aniquilamento do governo e das forças de esquerda.

Lógico que o discurso desta semana agradou os barões da mídia. A revista Veja até aproveitou para dar mais uma estocada na “cúpula stalinista” do PT. No artigo “Recado aos liberticidas”, ela festejou o discurso de Dilma, que “contraria petistas e mensaleiros inconformados com a condenação no Supremo Tribunal Federal”.

Para Bob Civita, que até hoje não foi convocado para explicar as suas ligações com a máfia de Carlinhos Cachoeira, a defesa da “liberdade de imprensa” veio em ótima hora. 

A revista lembra que o presidente do PT, Rui Falcão, “anunciou como prioridade para o próximo ano convencer o governo a apoiar o projeto que visa submeter a imprensa livre a constrangimentos ideológicos”. Ela rotula Lula e o ex-ministro José Dirceu de “liberticidas” e afirma que “o objetivo da falconaria petista é a instituição da censura no Brasil”.

Milhares de assinaturas no país
Ou seja: a revista elogia Dilma e ataca seu partido e as forças que dão sustentação ao seu governo. Mesmo assim, a ficha não cai e o governo repete o discurso enfadonho do “controle remoto” ou da “imprensa livre”. 

A conclusão é óbvia. Não dá para esperar qualquer atitude deste governo no rumo da democratização deste setor estratégico. Neste sentido, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) acertou, ao lançar neste ano, a campanha “Para expressar a liberdade”, que exige a regulação da mídia.

Passadas as eleições, ela precisa agora ganhar as ruas. Os movimentos sociais, principais vítimas da mídia patronal, são os maiores interessados nesta batalha. Esta demanda é transversal e afeta todas as lutas dos trabalhadores.
 
Para ter êxito, a campanha dependerá de intensa mobilização que ajude a alterar a correlação de forças na sociedade e a intensificar a pressão sobre o governo. Neste sentido, talvez seja o momento de defender um projeto legislativo de iniciativa popular sobre o tema. 

A coleta de milhares de assinaturas no país ajudaria na mobilização e conscientização da sociedade. Não dá para mais esperar qualquer iniciativa do atual governo!

Jurista alemão adverte sobre o mau uso de sua “Teoria do Domínio do Fato"

jurista alemão Claus Roxin,


Publicado em 11 de novembro de 2012 às 11:28


Participação no comando do mensalão tem de ser provada, alertou Claus Roxin há duas semanas em seminário no Rio de Janeiro.


Jurista alemão repreende STF pelo mau uso de sua “Teoria do Domínio de Fato”


CRISTINA GRILLO, DENISE MENCHEN
DO RIO, na Folha/UOL.

Insatisfeito com a jurisprudência alemã – que até meados dos anos 1960 via como participante, e não como autor de um crime, aquele que ocupando posição de comando dava a ordem para a execução de um delito –, o jurista alemão Claus Roxin, 81, decidiu estudar o tema.

Aprimorou a teoria do domínio do fato, segundo a qual autor não é só quem executa o crime, mas quem tem o poder de decidir sua realização e faz o planejamento estratégico para que ele aconteça.

Nas últimas semanas, sua teoria foi citada por ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão. Foi um dos fundamentos usados por Joaquim Barbosa na condenação do ex-ministro José Dirceu. Roxin diz que essa decisão precisa ser provada, não basta que haja indícios de que ela possa ter ocorrido.

“Quem ocupa posição de comando tem que ter, de fato, emitido a ordem. E isso deve ser provado”, diz Roxin. Ele esteve no Rio há duas semanas participando de seminário sobre direito penal.

Folha – O que o levou ao estudo da teoria do domínio do fato?
Claus Roxin - O que me perturbava eram os crimes do nacional socialismo. Achava que quem ocupa posição dentro de um chamado aparato organizado de poder e dá o comando para que se execute um delito, tem de responder como autor e não só como partícipe, como queria a doutrina da época.

Na época, a jurisprudência alemã ignorou minha teoria. Mas conseguimos alguns êxitos. Na Argentina, o processo contra a junta militar de Videla [Jorge Rafael Videla, presidente da Junta Militar que governou o país de 1976 a 1981] aplicou a teoria, considerando culpados os comandantes da junta pelo desaparecimento de pessoas. 

Está no estatuto do Tribunal Penal Internacional e no equivalente ao STJ alemão, que a adotou para julgar crimes na Alemanha Oriental. A Corte Suprema do Peru também usou a teoria para julgar Fujimori [presidente entre 1990 e 2000].

É possível usar a teoria para fundamentar a condenação de um acusado supondo sua participação apenas pelo fato de sua posição hierárquica?
Não, em absoluto. A pessoa que ocupa a posição no topo de uma organização tem também que ter comandado esse fato, emitido uma ordem. Isso seria um mau uso.

O dever de conhecer os atos de um subordinado não implica em co-responsabilidade?
A posição hierárquica não fundamenta, sob nenhuma circunstância, o domínio do fato. O mero ter que saber não basta. Essa construção ["dever de saber"] é do direito anglo-saxão e não a considero correta. No caso do Fujimori, por exemplo, foi importante ter provas de que ele controlou os sequestros e homicídios realizados.

A opinião pública pede punições severas no mensalão. A pressão da opinião pública pode influenciar o juiz?
Na Alemanha temos o mesmo problema. É interessante saber que aqui também há o clamor por condenações severas, mesmo sem provas suficientes. O problema é que isso não corresponde ao direito. O juiz não tem que ficar ao lado da opinião pública.

PS do Viomundo: Conversei há pouco com um importante jurista que me lembrou que o ministro Ricardo  Lewandowski já tinha alertado o Plenário do STF, durante a condenação de José Dirceu, de que o pensamento de Claus Roxin estava sendo distorcido. “Agora,  o próprio Roxin desautorizou o Supremo”, frisou. Conceição Lemes.

Fonte:http://www.viomundo.com.br/denuncias/jurista-alemao-repreende-o-stf-pelo-mau-uso-de-sua-teoria-do-dominio-do-fato.html