terça-feira, 27 de novembro de 2012

27 de novembro. Dia Nacional de Combate ao Câncer.

O Dia Nacional de Combate ao Câncer foi criado em 1988 para ampliar o conhecimento da população sobre o tratamento e, principalmente, sobre a prevenção da doença. 
 
A Portaria do Ministério da Saúde GM nº 707, de dezembro de 1988, que regulamenta as comemorações, estabelece que a data seja uma oportunidade para "evocar o importante significado histórico das entidades de combate ao câncer, de consagração aos inumeráveis e valiosos serviços prestados ao país e proporcionar importante mobilização popular quanto aos aspectos educativos e sociais na luta contra o câncer”.

Recentemente a Presidenta Dilma, sancionou a lei nº 12.732 universalizando o tratamento do Câncer no Brasil, veja o link: http://maranauta.blogspot.com.br/2012/11/lei-n-12732-de-2012-universalizacao-do.html

.....................

Alimentação tem papel fundamental na prevenção de vários tipos de tumores

Do UOL. Em São Paulo.
Neste Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro), o programa “Meu Prato Saudável”, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Incor, unidades da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostra que a alimentação tem papel fundamental na prevenção de vários tipos de tumores.

Hábitos saudáveis ajudam a evitar vários tipos de câncer; veja dicas

Foto - Aumente o consumo de frutas e vegetais para pelo menos cinco porções ao dia. Esses alimentos proporcionam diversos componentes preventivos, incluindo fibras, antioxidantes (betacaroteno, vitaminas A, C e E), e uma variedade de fitoquímicos (em alimentos como o alho, cebola, soja, chá verde e gengibre). Thinkstock
Alguns alimentos como frutas, legumes e verduras, auxiliam na prevenção do câncer, pois são fontes de fibras, vitaminas e minerais, contendo antioxidantes.

As vitaminas, fibras e outras substâncias ajudam as defesas naturais do corpo a destruirem agentes cancerígenos antes que eles causem danos graves às células. Esses tipos de alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais da formação de um tumor.

Outras substâncias anticancerígenas são encontradas em alimentos como brócolis, tomate e soja, que devem ser consumidos de forma moderada.

“Existem três hábitos fundamentais para levar uma vida saudável e prevenir-se contra o câncer: ter uma alimentação equilibrada, manter um peso adequado e praticar atividades físicas”, explica Elisabete Almeida, diretora-executiva do programa “Meu Prato Saudável”.
Ela lembra, ainda, que a redução do consumo de sal, bebidas alcoólicas, carnes gordurosas ou processadas (embutidos, enlatados, defumados) e alimentos ricos em açúcares também ajuda a evitar a doença.

Para aumentar a ingestão dos alimentos ricos em substâncias protetoras, a especialista recomenda preencher metade do prato com verduras e legumes (crus e cozidos), variando bastante a qualidade dos legumes e verduras, ingerindo alimentos de cores diferentes.

Para a outra metade, coloque 1/4 de alimento rico em proteínas (carne de boi, frango, peixe, ovos, com pouca gordura), que pode ser complementada com leguminosas (feijão, grão de bico, soja, lentilha); e o outro 1/4 com alimentos ricos em carboidratos, de preferência em sua forma integral, rico em fibras (arroz, massas, batatas, mandioca, mandioquinha, farinhas).


Fonte:http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/11/27/alimentacao-tem-papel-fundamental-na-prevencao-de-varios-tipos-de-tumores.htm 

................

Você Sabia ?



ESTÃO MATANDO OS BRASILEIROS PELA BOCA. Ranking da Anvisa aponta alimentos contaminados por agrotóxicos. 


Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos, relativo ao ano de 2010, indica produtos com problema de contaminação. 


O pimentão, o morango e o pepino lideram o ranking dos alimentos com o maior número de amostras contaminadas por agrotóxico no ano em questão. 
Dois tipos de problemas foram detectados pela Anvisa nestas amostras: presença de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e uso de agrotóxicos não autorizados para estas culturas. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou os dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos, relativo ao ano de 2010. 
O pimentão, o morango e o pepino lideram o ranking dos alimentos com o maior número de amostras contaminadas por agrotóxico no ano em questão. Mais de 90% das amostras de pimentão analisadas pelo programa apresentaram contaminação. No caso do morango e do pepino, o percentual de amostras contaminadas foi de 63% e de 58%, respectivamente. 
Dois tipos de problemas foram detectados pela Anvisa nestas amostras: presença de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e uso de agrotóxicos não autorizados para estas culturas. As amostras foram coletadas em 25 estados do país e no Distrito Federal. 

São Paulo foi o único Estado a não participar do programa em 2010. 

Outros produtos apresentaram problemas classificados como “preocupantes” pela Anvisa. Em 55% das amostras de alface e 50% das amostras de cenoura também foram encontrados sinais de contaminação. Beterraba, abacaxi, couve e mamão apresentaram o mesmo problema em 30% de suas amostras. No outro extremo, a batata foi aprovada como livre de contaminação em 100% das amostras analisadas. 

O diretor da Anvisa, Agenor Álvares, definiu assim o resultado: “São dados preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a desregulação endócrina e o câncer”. 

No balanço geral, das 2.488 amostras analisadas pelo programa, 28% apresentaram problemas. Deste total, em 24,3% dos casos, foi constatada a presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura analisada. Em 1,7% das amostras foram encontrados resíduos de agrotóxicos em níveis acima dos autorizados. 

“Esses resíduos indicam a utilização de agrotóxicos em desacordo com as informações presentes no rótulo e bula do produto, ou seja, indicação do número de aplicações, quantidade de ingrediente ativo por hectare e intervalo de segurança”, observa Agenor Álvares. 

Em 1,9% das amostras foram encontradas as duas irregularidades simultaneamente na mesma amostra. 

O relatório final do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos destaca que as doenças crônicas não transmissíveis – que têm os agrotóxicos entre seus agentes causadores – são hoje um problema mundial de saúde pública. 
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são responsáveis por 63% das 57 milhões de mortes declaradas no mundo em 2008, e por 45,9% do volume global de doenças. 
A OMS prevê um aumento de 15%, entre 2010 e 2020, dos óbitos causados por essas doenças. 

No Brasil, elas já representam a principal causa de óbito, sendo responsáveis por 74% das mortes ocorridas em 2008 (893.900 óbitos). 

O mercado brasileiro de agrotóxicos é o maior do mundo, com 107 empresas aptas a registrar produtos, e representa 16% do mercado mundial. 

Somente em 2009, foram vendidas mais de 780 mil toneladas de produtos no país. 

Além disso, o Brasil também ocupa a sexta posição no ranking mundial de importação de agrotóxicos. 

A entrada desses produtos em território nacional aumentou 236%, entre 2000 e 2007. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o principal destino de agrotóxicos proibidos no exterior. 

Dez variedades vendidas livremente aos agricultores não circulam na União Europeia e Estados Unidos. 

Foram proibidas pelas autoridades sanitárias desses países. (*) Com informações da Anvisa.

Observação: Matéria originária de um comenbtário feito pelo Ex militante do pt - Nazismo na Agricultura 27.11.2012 .



  

Entre 150 países, Brasil tem o maior ganho de bem-estar em 5 anos.

Autor(es): Por Arthur Pereira Filho | De São Paulo Valor Econômico - 27/11/2012

O Brasil foi o país que melhor utilizou o crescimento econômico alcançado nos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar da população. Se o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a um ritmo médio anual de 5,1% entre 2006 e 2011, os ganhos sociais obtidos no período são equivalentes aos de um país que tivesse registrado expansão anual de 13% da economia.

A conclusão é de levantamento feito pela empresa internacional de consultoria Boston Consulting Group (BCG), que comparou indicadores econômicos e sociais de 150 países e criou o Índice de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Seda, na sigla em inglês), com base em 51 indicadores coletados em diversas fontes, como Banco Mundial, FMI, ONU e OCDE.

O desempenho brasileiro nos últimos anos em relação à melhoria da qualidade de vida da população é devido principalmente à distribuição de renda. "O Brasil diminuiu consideravelmente as diferenças de rendimento entre ricos e pobres na década passada, o que permitiu reduzir a pobreza extrema pela metade. 

Ao mesmo tempo, o número de crianças na escola subiu de 90% para 97% desde os anos 90", diz o texto do relatório "Da riqueza para o bem-estar", que será oficialmente divulgado hoje. O estudo também faz referencia ao programa Bolsa Família, destacando que a ajuda do governo as famílias pobres está ligada à permanência da criança na escola.

Nessa comparação de progressos recentes alcançados, o Brasil lidera o índice com 100 pontos, pontuação atribuída ao país que melhor se saiu nesse critério de avaliação. Aparecem a seguir Angola (98), Albânia (97,9), Camboja (97,5) e Uruguai (96,9). A Argentina ficou na 26ª colocação, com 80, 4 pontos. Chile (48º) e México (127º) ficaram ainda mais atrás.

Foram usados dados disponíveis para todos os 150 países e que fossem capazes de traçar um panorama abrangente de dez diferentes áreas: renda, estabilidade econômica, emprego, distribuição de renda, sociedade civil, governança (estabilidade política, liberdade de expressão, direito de propriedade, baixo nível de corrupção, entre outros itens), educação, saúde, ambiente e infraestrutura.

O ranking-base gerou a elaboração de mais três indicadores, para permitir a comparação do desempenho, efetivo ou potencial, dos países em momentos diferentes: 1) atual nível socioeconômico do país; 2) progressos feitos nos últimos cinco anos; e 3) sustentabilidade no longo prazo das melhorias atingidas.

Como seria de se esperar, os países mais ricos estão entre os que pontuam mais alto no ranking que mostra o estágio atual de desenvolvimento. Nessa base de comparação, que dá conta do "estoque de bem-estar" existente, a lista é liderada por Suíça e Noruega, com 100 pontos, e inclui Austrália, Nova Zelândia, Canadá, EUA e Cingapura. Aí o Brasil aparece em posição intermediária, com 47,8 pontos.

Para Christian Orglmeister, diretor do escritório do BCG em São Paulo, o desempenho alcançado pelo Brasil é elogiável, mas deve ser visto com cautela. "Quando se parte de uma base mais baixa, é mais fácil registrar progresso. O Brasil está muito melhor do que há cinco anos em várias áreas, até mesmo em infraestrutura, mas é preciso ainda avançar muito mais."

Entre os países que ocupam os primeiros lugares nesse ranking de melhoria relativa dos padrões de vida da população nos últimos cinco anos, a renda per capita anual é muito diversificada, indo desde menos de US$ 1 mil em alguns países da África até os US$ 80 mil verificados na Suíça. Além do Brasil, mais dois países sul-americanos _ Peru e Uruguai _ aparecem na lista dos 20 primeiros. Também estão nela três países africanos que em décadas passadas estiveram envolvidos em guerras civis _ Angola, Etiópia e Ruanda _ e que nos anos recentes mostram fortes ganhos em relação a padrão de vida. Da Ásia, aparecem na relação Camboja, Indonésia e Vietnã.

Nova Zelândia e Polônia também integram esse grupo. O crescimento médio do PIB neozelandês foi de 1,5%, mas a melhora do bem-estar foi semelhante à de uma economia que estivesse crescendo 6% ao ano. Na Polônia e na Indonésia, que atingiram crescimento médio do PIB de 6,5% ano, o padrão de vida teve elevação digna de uma economia em expansão de 11%.

O estudo também compara o desempenho recente dos Brics - além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - na geração de mais bem-estar para os cidadãos. Se em relação à expansão da economia, o Brasil ficou atrás dos seus parceiros entre 2006 e 2011, o país superou a média obtida pelo bloco em áreas como ambiente, governança, renda, distribuição de renda, emprego e infraestrutura, diz Orglmeister. China, Rússia, Índia e África do Sul aparecem apenas em 55º, 77º, 78º e 130º, respectivamente, nessa base de comparação, que é liderada pelo Brasil.

O desafio brasileiro, agora, é manter esse ritmo no futuro, afirma o diretor do BCG. "O Brasil precisa avançar em quatro áreas principalmente", diz. "Na melhora da qualidade da educação, na infraestrutura, na flexibilização do mercado de trabalho e nas dificuldades burocráticas que ainda existem para fazer negócios no país."

Para Douglas Beal, um dos autores do trabalho e diretor do escritório do BCG em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, embora os indicadores reunidos para produzir o Seda pudessem ser utilizados para produzir um novo índice, esse não é o objetivo do levantamento. "A meta é criar uma ferramenta de benchmarking, que possa fornecer um quadro amplo. com base no qual os governos possam agir."

Veja a íntegra do relatório em www.cbg.com







































São Luís. Após denuncia de estupro - Polícia aperta o cerco contra transporte clandestino de passageiros.

Após caso de estupro em táxi lotação clandestino, presidente do sindicato dos Taxistas reclama da ausência da SMTT em notificar carros irregulares.
 
Samartony Martins - Publicação: 26/11/2012 09:09.
A Superintendência de Polícia da Capital vai apertar o cerco contra os motoristas que fazem transporte de maneira irregular em São Luís. A informação foi confirmada pelo delegado Sebastião Uchoa ao ser informado de um possível estupro cometido por um motorista de um dos veículos que faz o transporte de passageiros na área Itaqui-Bacanga. A vítima, uma estudante, registrou ocorrência, na noite da última sexta-feira (23), no plantão Central da RFFSA.

De acordo com Sebastião Uchoa, a polícia já está tomando providências para que o caso seja investigado imediatamente e que o acusado seja preso. "Vamos identificar a vítima para que a mesma possa repassar mais detalhes sobre o acontecido para prendermos de imediato quem cometeu este crime", afirmou Sebastião Uchoa.

Segundo informações do boletim de ocorrência no Plantão da RFFSA, a estudante reside no Anjo da Guarda. Em seu depoimento ela informou ao delegado de plantão que havia saído da escola onde estuda localizada na Vila Maranhão, e se dirigiu a um ponto de ônibus na BR-135, quando minutos depois um carro de cor cinza que faz lotação parou, dentro do veiculo havia dois estudantes da sua escola que a chamaram para ir com eles para casa.

A jovem informou ainda que os dois colegas de escola saltaram do carro antes de chegarem no Anjo da Guarda, e ela seguiu com o motorista que,momentos depois, parou em lugar deserto e a estuprou. Após o crime, a estudante teria sido deixada em frente à estação da Vale, ela não soube informar a placa do carro e nem se conhecia o estuprador, só informou que ele era moreno e forte, aparentando de 25 a 30 anos.

FALTA DE FISCALIZAÇÃO -
O presidente do Sindicato dos Taxistas de São Luís, José Antonio Pereira, também informou a O Imparcial que vai solicitar hoje uma audiência com o secretário de segurança pública Aluísio Mendes para que se faça mais uma frente contra o transporte irregular de passageiro. Antonio Pereira informou que aproximadamente 800 táxis rodam São Luís. Segundo ele, isso corresponde a 40% da frota. Antonio acrescentou ainda, que a falta de fiscalização têm colaborado para a proliferação dos "piratas".

O presidente do Sindicato dos Taxistas alertou que essa atividade clandestina continua na cidade pela falta de fiscalização por parte da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), e que estes carros de lotação cobram cerca de R$ 2 por pessoa em suas corridas, um valor bem abaixo da tabela oficial. "Já temos registro de outras ocorrências deste tipo, alem da RFFSA, na Delegacia da Cidade Operária e Anjo da Guarda. 


O sindicato recebe telefonema de pessoas dizendo que esqueceram objetos e documentos dentro destes veículos que não tem identificação. Desde 2006 trabalhamos em cima desta queixa junto aos órgãos de fiscalização e representantes da Secretaria de Segurança Pública. Em 2008, fizemos uma pressão e todos os comandos da cidade repreenderam o serviço de transporte de passageiro clandestino, mas com o tempo a fiscalização diminuiu e eles voltaram a praticar esta irregularidade", explicou Antonio Pereira.

Em São Luís existem, atualmente, 1.200 taxistas devidamente licenciados para a função, distribuídos em 236 postos espalhados pela capital maranhense.

Ceará. Polícia apreende 150 bananas de dinamite e armas em fazenda de Itatira.

FOTO: OTACÍLIO DUARTE - CANINDÉ NOTÍCIAS
A Polícia Militar apreendeu na tarde desta segunda-feira, 26, 150 bananas de dinamite dentro de uma caixa de papelão, em Itatira, a 216,8 km de Fortaleza. 

A caixa com os explosivos foi encontrada na fazenda Lages, distante cerca de 32 km do centro de Itatira. Segundo o sargento Freitas, comandante do destacamento de Itatira, junto com as dimamites, os policiais encontraram 20 armas, entre revólveres e pistolas, além de um frasco contendo pólvora e uma máscara de carnaval.

No momento da apreensão, estavam na fazenda três homens identificados como: Francisco Flávio Sorares almeida, 53 anos, Antônio sousa silva, 57 anos, e Gilberto de Araújo, 30 anos, que trabalhavam no local. Segundo os homens, os explosivos seriam usados para "explodir paredes".

Os explosivos e as armas foram encaminhados para a Delegacia de Canindé, onde os suspeitos vão ser interrogados sobre a procedência da caixa contendo as armas e os explosivos. Ainda segundo o sargento Freitas, o proprietário da fazenda também vai ser interrogado.

Redação O POVO Online

Secretaria de Segurança anuncia novos chefes das polícias de São Paulo.


Pasta anunciou Luiz Mauricio Blazeck como novo delegado-geral da Polícia Civil. Já o coronel Benedito Roberto Meira assume posto de comandante da PM.

iG São Paulo |
Cel. Benedito Roberto Meira, assume a PM
Secretário Grella. Na foto, com o delegado-geral Blazeck

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A guerra contra a esquerda no Brasil.


 

Os recentes atos públicos contra o julgamento político  a que  foram submetidos dirigentes petistas como José Dirceu e José Genoíno levaram setores da grande imprensa  a tentar pautar o Partido dos Trabalhadores e o próprio governo Dilma, sugerindo que não lhes interessaria a defesa de réus condenados, pois eles pertenceriam ao passado. 

Todavia a esquerda, e não só a do PT felizmente tem outra avaliação. A judicialização da política e a  politização da justiça aprofundam a  repressão seletiva contra os movimentos sociais, restaurando práticas superadas na história do Brasil. A esdrúxula interpretação que o STF concedeu à assim chamada teoria do  domínio do fato poderá e provavelmente será usada contra o MST, o movimento estudantil, os sindicalistas etc.
 
Trata-se de uma inflexão que se põe na contramão do avanço democrático conquistado pelo país desde o fim da Ditadura Militar.  
 
Entre nós, também a democracia passou a ser vista como um valor universal e se tornou cada dia mais difícil julgar os opositores segundo critérios assumidamente políticos. Como também se faz mais difícil manter políticas econômicas de gerenciamento de crises contra os trabalhadores por governos eleitos regularmente. Na arena militar tornou-se contraproducente defender guerras de agressão e de conquista dirigidas por “Estados Democráticos”.
 
Para contornar essas dificuldades, a primeira “solução” encontrada consiste em ver a economia como se fosse uma organização natural. Assim, as eleições se limitariam à escolha de gestores com maior ou menor sensibilidade social. A gestão da economia deveria ser encaminhada por técnicos e por funcionários de bancos centrais “independentes”.
 
A segunda saída dentro da “democracia” levou à retomada  do conceito de guerra justa, praticada supostamente em nome de valores universais. As guerras contra Iraque,  Afeganistão, Líbia, Síria e Palestina foram “justificadas” a partir dessa doutrina.
 
A terceira, e que mais nos interessa no momento, consiste na tentativa de transformar demandas sociais e políticas em questões similares à da justiça comum. Trata-se de um retrocesso, até mesmo em relação ao velho Presidente Washington Luiz, que explicitava o caráter repressivo de seu governo admitindo que a questão social era caso de polícia. Mas é também um retrocesso perante as práticas da própria ditadura militar a qual distinguia presos políticos e comuns.
 
Cabe reconhecer que se trata por outro lado, de um avanço da sofisticação das formas de dominação. Assim  como a economia é naturalizada e a guerra é “humanizada”, a ação política é limitada e penalizada pelo ordenamento jurídico que se justifica em nome de um suposto conteúdo “ético”.
 
Que o PT e o atual governo tenham se iludido acerca da correspondência necessária dessas manifestações com  a atual fase de desenvolvimento do capitalismo não nos deve surpreender. Eles fazem parte do sistema no qual se colocam como polo antitético interno. A atual crise revela mais uma vez que o capital e seus governos buscam conter a queda da taxa média de lucro através da destruição de direitos duramente conquistados pelos trabalhadores. Claro, em nome da racionalidade econômica, da democracia e do Direito.
 
Afinal, ninguém pode reclamar da taxa de juros, posto que ela é um  preço que se autodefine no mercado como qualquer outro. Ninguém deve se insurgir contra as agressões imperialistas, já que elas são intervenções humanitárias. E  quem vai se levantar para defender “criminosos comuns”?
 
Que um julgamento seja um  “marco histórico” justamente com dirigentes do PT no banco dos réus; que ministros do STF, numa simbiose estranha com os meios de comunicação tenham cobertura televisiva de celebridades; que racistas contumazes tenham recentemente descoberto num negro um herói de ocasião; que o cerne da tese do Procurador Geral da República seja comprovadamente falsa; que os crimes eleitorais de alguns dos acusados (graves em si mesmos) tenham se transformado “em maior atentado à República”; que o Ex-Ministro José Dirceu,  contra quem não se encontrou prova alguma, seja o mais gravemente apenado de todos os deputados julgados; tudo isso seria cômico se não fosse apenas o anúncio de uma guerra de extermínio contra a esquerda.
 
A maioria do eleitorado rejeitou o uso político de escândalos e literalmente  votou contra o STF. Que juízes em nome de leis casuísticas possam cassar mandatos populares de pessoas eleitas pelo povo é um exercício de autoritarismo inédito em nosso país. A atual configuração da lei eleitoral procura tutelar o eleitor, considerando-o inapto para exercer seu democrático direito à livre escolha de seus representantes. Parte-se do primado “iluminista” de que os eleitores estão mergulhados nas trevas e não conhecem o passado e as ações dos candidatos. Mas, em nome de que princípio um juiz se arvora o direito de cassar a vontade popular?
 
É evidente que toda justiça corresponde à ideologia dominante, mas ela deve repelir a violação de ritos processuais que garantem a sua aparente neutralidade. A politização explícita da justiça cobrará o seu preço porque a história não para. 
 
Chegará o momento de limitar o mandato dos juízes e exigir sua escolha mediante eleições diretas. Que se comportem como políticos é mais do que normal. Mas não que sejam ditadores vitalícios.
 
Lincoln Secco é Professor de História Contemporânea na USP e autor de “A História do PT” (São Paulo, Ateliê Editorial)
 
No Viomundo

Fonte: http://contextolivre.blogspot.com.br/2012/11/a-guerra-contra-esquerda-no-brasil.html?spref=tw

“A educação se faz nas relações humanas”, afirma especialista.

Do Instituto Alana
Para Celso Vasconcellos, Doutor em Educação pela USP, Mestre em História e Filosofia da Educação pela PUC/SP, Pedagogo, Filósofo e responsável pelo Libertad – Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica, é preciso evitar a visão de que a cidade ou uma entidade possa ser “educadora”: essa prática se daria, segundo ele, nas relações humanas. “A cidade se torna educativa ou educadora a partir da preocupação dos seus cidadãos, a partir das iniciativas coletivas, grupais e individuais”, defende o especialista.

Confira abaixo a entrevista que Vasconcellos concedeu ao Alana.

Nos últimos anos, tem crescido o número de espaços, tempos ou modos de ensinar e aprender. Em meio a essa diversidade, quais princípios são fundamentais?
Qualquer que seja a prática de ensino-aprendizagem, temos três dimensões básicas do processo de conhecimento das quais não se tem como fugir. São elementos que devem ser trabalhados, qualquer que seja o tipo de organização desse processo. 

O primeiro elemento é o que nós chamamos de Mobilização para a Aprendizagem, o desejo de conhecer, a motivação, a curiosidade, a busca pelo conhecimento.

O segundo elemento é o que nós chamamos de Construção do Conhecimento, que é a ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. Para conhecer é preciso agir, seja a ação motora e/ou perceptiva e/ou reflexiva.

E a terceira dimensão do processo de aprendizagem é a Elaboração e Expressão da Síntese do Conhecimento: enquanto o sujeito não expressar, não incorporar na linguagem ou em alguma prática efetiva aquele conhecimento que ele está adquirindo, o ciclo não se completa.

Diante do cenário atual da educação brasileira, o que precisamos buscar?
Temos que trabalhar a tensão dialética entre dois aspectos fundamentais:

As Condições Objetivas (para o trabalho na escola, para o trabalho do professor, para o trabalho do aluno) e as Condições Subjetivas. Temos que cuidar desde a questão da formação docente (inicial e continuada), passando pelo espaço escolar, pela questão das condições de trabalho, plano de carreira, instalações, equipamentos etc.

Ao mesmo tempo, temos que pensar do ponto de vista subjetivo, na questão do olhar do professor, da sensibilidade, do compromisso, e superar esse olhar de preconceito, de julgamento.

É imprescindível que o professor procure desenvolver esse olhar de compreensão, de aproximação em relação aos alunos, o próprio desejo de ser professor, o estar motivado para aquilo que vai ensinar, o cuidado no trato com os conteúdos, com a metodologia de trabalho, com a avaliação, com a relação interpessoal com o aluno, na organização do contrato didático e da sala de aula.

Existe a falta de um projeto político-pedagógico nas escolas?
Se considerarmos do ponto de vista formal, não. Creio que grande parte das escolas tem o seu PPP (Projeto Político-Pedagógico). Só que, em muitos casos, esse projeto foi feito só para cumprir uma exigência do órgão superior, das Secretarias da Educação, das mantenedoras, mas eles não correspondem a uma necessidade, a um significado para o grupo.

A grande falha que percebemos hoje nos projetos é que eles precisariam advir de uma necessidade do grupo e ter um significado. Essa foi uma ambiguidade da nova LDB – Lei de Diretrizes e Bases: de um lado exige que as escolas tenham a sua proposta pedagógica, o seu PPP, o que predispõe as escolas a fazerem, mas, de outro lado, também induz as escolas a fazerem só para cumprir a formalidade legal, não como um elemento de constituição da própria identidade, da explicitação do seu horizonte utópico, do que deseja alcançar, dos seus princípios, critérios e valores.

O vínculo afetivo é uma ferramenta na relação ensino-aprendizagem?
O vínculo está sempre presente! A grande questão é trabalhá-lo de forma mais consciente, de forma mais cuidada. O vínculo afetivo desempenha um papel decisivo já que uma das dimensões do processo de conhecimento é, justamente, a Mobilização para o Conhecimento.

Na estrutura atual da escola, costuma-se trabalhar muito mais numa linha instrucionista do que libertadora, emancipatória, ativa. De um modo geral, o aluno não traz esse desejo de conhecer; então, esse desejo tem que ser provocado. Diferente, por exemplo, de quando se trabalha com projetos, de onde se parte do próprio interesse do aluno. Portanto, nessa estrutura atual da escola, a questão do vínculo se torna ainda mais importante, porque o fundamental, para que se dê a aprendizagem, é que o aluno estabeleça vínculo com o objeto de conhecimento.

Como o senhor define uma cidade educadora?
Uma cidade educadora tem em seus habitantes uma preocupação educadora em todos os campos, não se restringindo aos espaços tradicionais como a família, a escola e a igreja. Essa preocupação acaba se traduzindo na maneira como esses espaços são organizados. 

Por exemplo: a limpeza do Metrô de São Paulo é algo que chama a atenção. Aquele ambiente, limpo, pode ter esse caráter educativo na medida em que o sujeito olha e vê que está tudo bem cuidado. Portanto, não é bom para ele jogar um papel ali. Mas esse ambiente só está limpo porque há pessoas que o limparam, e se tivemos pessoas que limparam esse ambiente é porque existe uma compreensão de que isto é bom para as pessoas e para a cidade.

O que quero dizer é que a cidade se torna educativa ou educadora a partir da preocupação dos seus cidadãos, a partir das iniciativas coletivas, grupais e individuais. Insisto nesse aspecto para evitar uma visão mecanicista, como se “a cidade”, como se “uma entidade”, pudesse ser educadora. A educação sempre se faz na relação humana.

Assim, numa cidade educadora, a tarefa educativa não fica restrita à escola, porque, infelizmente, muitas vezes parece que a escola tem que resolver tudo… É claro que a escola tem responsabilidades, mas tudo fica muito mais fácil quando a escola está dentro de um projeto coletivo que se traduz naquilo que chamamos de cidade educadora.

Quais iniciativas podem nortear a mobilização para a aprendizagem?
Um primeiro elemento é o próprio desejo de ser professor. Isso pode parecer óbvio, mas sabemos que não é. Hoje em dia há vários colegas que estão na profissão meio que por acaso.

Um outro elemento muito importante é a capacidade de trabalhar com aqueles alunos que estão apresentando alguma resistência maior, uma dificuldade no vínculo com o objeto de estudo. Aí entra a dimensão do Relacionamento Interpessoal. Diante de situações mais delicadas e difíceis, o professor deve ser capaz de se aproximar do aluno, criar um ambiente de intimidade, procurar se aproximar e ver o que está acontecendo.

Em relação ainda ao aspecto do Trabalho com o Conhecimento, um caminho que favorece a mobilização é o professor propiciar situações problematizadoras: ao invés de levar o conteúdo pronto, levar questões que provoquem o desejo de saber. Tirar o aluno da sua zona de conforto.

Temos, portanto, todo um espectro que vai desde a questão do cuidado que o aluno deve ter com a questão da alimentação, do sono, essas coisas básicas da existência, até a relação dele com a instituição. Se ele tem uma questão mal resolvida, por exemplo, com a direção da escola, isso pode se manifestar na sua relação com o professor.

O conhecimento parte sempre do vínculo, o afetivo ou o simbólico. Portanto, tudo aquilo que se puder fazer para criar vínculos do aluno na escola, será favorável ao processo de aprendizagem e construção do conhecimento.