sábado, 5 de janeiro de 2013

Notícias de ontem: O "mensalão" ruralista: a compra de votos pelas empresas do agronegócio.

5 de dezembro de 2012.
 
Por Daniel Merli
Da Carta Maior

Faltando poucas semanas para o 1º turno das eleições municipais deste ano, os olhos do país dividiram-se entre a complexa trama de Avenida Brasil e outra, bem mais simples, do julgamento do “maior caso de corrupção” da história do país. Ao contrário das nuances e dúvidas do roteiro de João Emanuel Carneiro, os papéis de mocinho e bandido estavam bem mais delineados na segunda trama. 


De um lado o “herói de toga preta”(1) e “menino pobre que mudou o Brasil” (2). De outro, o “chefe de quadrilha” (3), obstinado a realizar um “golpe [por um] projeto de poder quadrienalmente quadruplicado” (4). O desfecho apoteótico viria na condenação que “lava a alma de todos os brasileiros vítimas dos corruptos” (5), muda nossa história e permite que o Brasil volte “a saber distinguir o certo do errado” (6).

Pois nos mesmos dias, do desenrolar das tramas de Delúbio e Carminha, a poucos metros do STF, o Congresso Nacional votava mais uma tentativa de acordo sobre o Código Florestal. Por trás das cortinas, um enredo bem semelhante ao que estaria sendo condenado exemplarmente do outro lado da rua. Dezenas de parlamentares, que conquistaram o espaço de representação na Câmara dos Deputados com apoio financeiro de empresas do agronegócio, propunham a criação de diferentes tamanhos para as Áreas de Proteção Permanente (APP) em beiras de rio. A medida, que reduziria as chamadas APPs ripárias no Brasil e abriria espaço para o aumento da produção do agronegócio acabou vetada pela presidenta Dilma Rousseff.

No caso do “mensalão” mais famoso, o empresário Marcos Valério de Souza, dono da agência de publicidade SMP&B, e os gestores do Banco Rural haviam sido condenados por fazer transferências de recursos a partidos políticos objetivando ganhos em decisões do governo. Também o empresário Daniel Dantas agora está sendo julgado pelo mesmo caso. Como responsável, na época, pelas empresas Brasil Telecom, Telemig Celular e Amazônia Celular, Dantas teria contratado os serviços de publicidade da SMP&B, para repassar recursos ao PT como forma de obter apoio do governo federal (7).

E o que buscavam as empresas do agronegócio que, em 2010, doaram dinheiro a campanhas de parlamentares que votariam o Código Florestal em seus mandatos? E os parlamentares, neste caso, não atuaram “emprestando apoio político” a quem os financiou?

Somente o grupo JBS financiou, com mais de R$ 10 milhões, 38 dos deputados que votaram pela redução das APPs de beira de rio, como exemplifica o livro Partido da Terra, do jornalista Alceu Castilho (8). Mas não só a maior empresa de processamento de carne do mundo buscou apoio parlamentar no Congresso. Somente na lista das 10 maiores empresas do agronegócio em 2010, feita pela revista Exame (9), também a Bunge destinou R$ 1,1 milhão ao financiamento de deputados federais, assim como a CoperSucar, com 450 mil. Quando ocorreu a campanha eleitoral, em 2010, já estava em discussão no Congresso o novo Código Florestal.

Para evitar este e outros tipos de "mensalões", organizações da sociedade civil defendem a aprovação pelo Congresso Nacional de uma reforma política que proíba o financiamento privado de campanhas eleitorais. É o que pede, por exemplo, José Antonio Moroni, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) (10). Ele é um dos coordenadores da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político que mantém uma lista de abaixo-assinado na internet visando atingir 1,5 milhão de assinaturas para embasar um Projeto de Lei (PL) de iniciativa popular (11).

Enquanto isso, a votação do PL de reforma política proposto pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS), que inclui a proposta de financiamento público integral, segue sendo obstruída. O relatório de Fontana (12) é resultado do trabalho da Comissão Especial, criada em fevereiro de 2011, que ouviu juristas e representantes dos movimentos sociais. O texto, no entanto, não foi votado por obstrução. Entre outros fatores, pela extinção do financiamento privado de campanha.

“O abuso do poder econômico termina escolhendo candidatos muito mais pela capacidade de arrecadação do que pelas ideias que eles defendem, criando uma democracia de desiguais”, avalia o deputado Henrique Fontana (PT-RS), em entrevista ao jornal Brasil de Fato (13). “O que corrige essas questões é o financiamento público exclusivo, com teto de gastos e forte diminuição dos custos de campanha”.


NOTAS:

1. Meme que circulou pelas redes sociais durante o julgamento.

2. Capa da edição 2.290 da revista Veja, de 10 de outubro de 2012.

3. Termo usado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) para referir-se ao então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, acusando-o de comandar a suposta operação de compra de votos no Congresso.

4. Voto do ministro do STF Ayres Britto pela condenação dos réus José Dirceu e José Genoino

5. Capa da edição 2.291 da revista Veja, de 17 de outubro de 2012.

6. Capa da edição 2.285 da revista Veja, de 5 de setembro de 2012.

7. “Dantas tenta impedir transferência para SP investigação sobre relação com Valério”, reportagem do repórter Flávio Ferreira no jornal Folha de S. Paulo, edição de 2/11/2012.

8. Partido da Terra, Editora Contexto, 2012,

9. “As 10 maiores empresas do agronegócio no Brasil", revista Exame, set/2010.

10. “Reforma política para acabarmos com escândalos como Mensalão”, entrevista de José Antonio Moroni ao site do Inesc.

(11) http://www.reformapolitica.org.br/

(12) A íntegra do relatório pode ser acessada aqui

(13) Organizações querem impulsionar mudança no sistema político, reportagem da edição nº 504 do jornal Brasil de Fato, de 25 a 31 de outubro - disponível aqui  

Esta notícia foi publicada originalmente em:
http://www.mst.org.br/O-mensalao-ruralista-a-compra-de-voto-pelas-empresas-do-agronegocio

JP plantão. Pesquisador cria software para simular o impacto da elevação do nível do mar em São Luís.

O maranhense Denilson da Silva Bezerra apresentou, nesta sexta-feira (4), ao vice-governador, Washington Luiz Oliveira, uma ferramenta computacional para simular o impacto da elevação do nível do mar em São Luís. O software, que é fruto da tese de doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), constitui-se em uma plataforma digital pública para subsidiar na elaboração de políticas públicas.

"Desenvolvi um modelo aplicado para minha terra. Quero retribuir ao meu estado todo investimento em minha formação acadêmica", afirmou o pesquisador. Denilson é graduado em Ciências Aquáticas e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão, e especialista pela Universidade Estadual do Maranhão.

Ele explicou que a plataforma computacional permite aos gestores públicos a identificação dos impactos da elevação do nível do mar em São Luís nos próximos anos, verificando índices de consumo de água, crescimento populacional, impacto de obras, áreas degradadas, entre outros.

"O foco é perceber como Manguezal vai responder à elevação do nível do mar, tendo em vista que a segunda maior concentração de mangue está no Maranhão", acrescentou, destacando que São Luís será a primeira capital brasileira a utilizar o software.

Após a apresentação do projeto, o vice-governador destacou a importância da ferramenta para fortalecer as ações e programas estratégicos do Governo do Maranhão. "Essa ferramenta deverá ser apresentada na reunião do Conselho de Gestão Estratégica das Políticas Públicas de Governo (Congep), para que todos os secretários possam conhecer o programa e perceber aplicabilidade nas políticas públicas desenvolvidas pelo governo", ressaltou Washington Luiz.

NOTÍCIA RELACIONADA:


http://maranauta.blogspot.com.br/2013/01/software-de-maranhense-simula-impacto.html

Estupro, não! Na Índia, a guerra entre o velho e o novo.

Mahesh Kumar A: AP Photo/Mahesh Kumar A.Esta reportagem foi publicada originalmente no site Brasil 247.


A morte de uma jovem barbaramente violentada e espancada por seis homens demonstra que modernidade e progresso pouco ou nada significam sem justiça e igualdade de direitos para as mulheres.


2 de Janeiro de 2013 às 17:22.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Suicídio. Jovem apaixonado se enforca no Monte Castelo

Foto Ilustrastiva 2013 
O jovem Felipe Crateous Aragão, 16 anos, recorreu ao suicídio por enforcamento durante a madrugada desta sexta-feira (4), no interior de sua residência localizada na Travessa Furtuna, Nº 1, Monte Castelo, em São Luís.


De acordo com as primeiras informações, Felipe teria sido encontrado já sem vida e pendurado por uma corda, dentro do seu quarto, ao seu lado havia uma carta de amor de três metros de comprimento.


Felipe e sua amada teriam rompido o relacionamento recentemente. 

O que deve tê-lo levado ao ato tresloucado.


O corpo deu entrada e foi liberado no IML ainda durante madrugada.



Software de maranhense simula impacto da elevação do mar.

O software é fruto da tese de doutorado de Denilson da Silva Bezerra.

Foto: Divulgação/Vice-governadoria
SÃO LUÍS - O maranhense Denilson da Silva Bezerra apresentou, nesta sexta-feira (4), ao vice-governador, Washington Luiz Oliveira, uma ferramenta computacional para simular o impacto da elevação do nível do mar em São Luís. 

O software, que é fruto da tese de doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), constitui-se em uma plataforma digital pública para subsidiar na elaboração de políticas públicas.

"Desenvolvi um modelo aplicado para minha terra. Quero retribuir ao meu estado todo investimento em minha formação acadêmica", afirmou o pesquisador. Denilson é graduado em Ciências Aquáticas e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e especialista pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema). 

Ele explicou que a plataforma computacional permite aos gestores públicos a identificação dos impactos da elevação do nível do mar em São Luís nos próximos anos, verificando índices de consumo de água, crescimento populacional, impacto de obras, áreas degradadas, entre outros.

"O foco é perceber como Manguezal vai responder à elevação do nível do mar, tendo em vista que a segunda maior concentração de mangue está no Maranhão", acrescentou, destacando que São Luís será a primeira capital brasileira a utilizar o software

Após a apresentação do projeto, o vice-governador destacou a importância da ferramenta para fortalecer as ações e programas estratégicos do Governo do Maranhão. "Essa ferramenta deverá ser apresentada na reunião do Conselho de Gestão Estratégica das Políticas Públicas de Governo (Congep), para que todos os secretários possam conhecer o programa e perceber aplicabilidade nas políticas públicas desenvolvidas pelo governo", ressaltou Washington Luiz.

 

Sobreviventes do 4 de Janeiro, (Genocídio de 10 Mil Angolanos pelas Tropas Coloniais Portuguesas), defendem políticas que dignificam as vítimas.

massacre da Baixa de Cassanje.

Angola (Malanje) - O presidente da associação nacional 4 de Janeiro, Joveta Nzage, defendeu nesta quinta-feira, em nome dos sobreviventes da efeméride, a necessidade de se implementar políticas concretas, que dignifiquem o heroísmo das vítimas desse massacre ocorrido em 1961 contra os camponeses angolanos na região da Baixa de Kassanje.
De acordo com o responsável que se pronunciava a propósito do dia do massacre da Baixa de Kassanje, a assinalar-se hoje, sexta-feira, essa dignidade passa pela construção de um memorial e várias infra-estruturas socioeconómicas na região de Teka dya Kinda(município do Quela), local onde se encontram sepultados em vala comum, milhares de cidadãos mortos na sequência da chacina perpetrada pelos colonialistas portugueses.
Entretanto, Joveta Nzage advoga igualmente maior divulgação dos actos que originaram o massacre da Baixa de Cassanje, consubstanciados na reivindicação da mão de obra barata e abolição do trabalho forçado, através da inserção de conteúdos no curriculum escolar de vários níveis de ensino.
O presidente da associação 4 de Janeiro, é ainda de opinião que a data seja reinserida no leque de feriados nacionais, devido a sua importância histórica para a nação angolana.
O 4 de Janeiro de 1961, marca um acontecimento histórico, quando mais de dez mil camponeses da ex-companhia de Algodão de Angola (Cotonang), foram barbaramente assassinados pelo exército colonial português, por exigirem os seus direitos como trabalhadores, a isenção de pagamentos de imposto e a abolição do trabalho forçado.
O acontecimento estendeu-se aos municípios do Quela, Kunda-dia-base e Kiwaba Zonje, na província de Malanje e Xá-muteba, Kapenda Kamulemba e Cubalo (Lunda Norte), que compreendem a região da Baixa de Kassanje.
LEIA MAIS: 

ONU apenas joga papel de facilitador no caso Baixa de Kassanje. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

vc repórter: internauta antecipa em 16 dias, que ganhador da Mega-Sena seria da Cidade de Aparecida de Goiânia - GO.

Internauta publicou 16 dias antes de sorteio que vencedor seria de Aparecida de Goiás
Internauta publicou 16 dias antes de sorteio que vencedor seria de Aparecida de Goiânia - GO.
Dezesseis dias antes do sorteio da Mega da Virada, que premiou com R$ 81,5 milhões os três acertadores das dezenas sorteadas na noite de segunda-feira, 31 de dezembro, um internauta usou o Orkut para antecipar que um dos vencedores seria de Aparecida de Goiânia, em Goiás. 

"Eu não deveria estar falando isso aqui. Mas meu tio é um dos diretores responsáveis pela 'Mega da Virada'. Ele me afirmou que, neste ano, o ganhador vai ser da cidade de Aparecida de Goiânia. Podem printar', escreveu o internauta anônimo em um fórum na rede social, em mensagem publicada no dia 15 de dezembro. Na tarde desta quinta-feira, o post foi apagado do fórum no Orkut.
Conforme previa o internauta, uma das apostas vencedoras foi feita no município de Aparecida de Goiânia. Os outros dois premiados são das cidades de Franca e São Paulo. Os números sorteados foram 33-14-52-36-32-41. O prêmio total de R$ 244,7 milhões foi o maior já pago pelas loterias Caixa em 50 anos. No total, foram vendidos 85 milhões de bilhetes, e arrecadados R$ 640,5 milhões.

Caixa descarta fraude
Em nota, a Caixa negou qualquer possibilidade de fraude no sorteio, e afirmou que "todos os processos de sorteio e apuração das Loterias Federais passam por recorrentes verificações de órgãos de controle interno e externo, como o Tribunal de Contas da União (TCU), e a Controladoria Geral da União (CGU)".

A Caixa afirma ainda manter um processo rigoroso de captação e processamento das apostas que impossibilita a adulteração de dados, e impede inserção de novas apostas após o início do sorteio. Os apostadores premiados são identificados, e seus dados são repassados à Receita Federal.

"Os sorteios das Loterias Federais são realizados em lugares abertos, com a presença e participação da população local e de órgãos de imprensa, que podem verificar e atestar a transparência e lisura de todos os processos envolvidos", garante.

Os apostadores que recebem um prêmio das Loterias Federais nas agências da Caixa são identificados. Dados como nome, CPF e número de identidade são registrados e, posteriormente, são repassados à Receita Federal, ficando assim, à disposição dos órgãos públicos competentes.

"O ganhador tem o direito, por questões relativas à sua segurança e de seus familiares, de não ter seu nome e sua imagem divulgados ao público em geral. Porém, a Caixa sempre que instada a fazê-lo por órgãos que constitucionalmente detenham essa competência, disponibiliza essa informação", afirma a nota.

A Caixa ressalta ainda que "é aliada e parceira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) na prevenção ao crime de lavagem de dinheiro e se submete às suas determinações, enviando, rotineiramente, informações sobre os pagamentos de prêmios e obedecendo a parâmetros definidos por aquele Órgão".
O internauta Felipe J., de Cariacica (ES), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte; http://noticias.terra.com.br/loterias/interna/0,,OI6418351-EI189,00-vc+reporter+internauta+antecipa+que+ganhador+da+MegaSena+seria+de+GO.html