terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Santa Catarina. Onda de ataques entra pela sexta noite, quatro ônibus e um caminhão foram incendiados nesta madrugada.

Número de ataques chegou a 54 desde a noite de quarta-feira (30). Ocorrências desta madrugada foram em Ilhota, Chapecó e Joinville.

Subiu para 54 o número de ocorrências registradas neste sexto dia de ataques em Santa Catarina. No final da noite de segunda-feira (4) e na madrugada desta terça-feira (5), a Polícia Militar afirmou que uma oficina, quatro ônibus e um caminhão foram incendiados em quatro cidades do estado.

04/02 16:52 Mapa Ataques Santa Catarina (Foto: Arte/G1)
 
A segunda onda de atentados em Santa Catarina começou na noite de quarta-feira (30), no Vale do Itajaí. Até o início da manhã desta terça (5), a Polícia Militar havia confirmado 54 ataques. Veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis molotovs contra prédios públicos. As ocorrências foram registradas em 18 municípios.

Em Itajaí, uma oficina foi incendiada por volta das 23h de segunda-feira. De acordo com a PM, colocaram fogo em um galpão que guardava galões de tinta. Não houve vítimas, mas quando os bombeiros chegaram para atender a ocorrência, o fogo já havia consumido o local.

Em Ilhota, no Vale do Itajaí, três ônibus foram incendiados por volta das 2h30. De acordo com a PM, os veículos estavam no pátio da prefeitura. Um deles ficou completamente destruído e os outros dois foram atingidos parcialmente. Segundo a PM, nenhum suspeito foi detido e ninguém ficou ferido.

Já por volta das 5h, um ônibus da Auto Viação foi incendiado no bairro Palmital, em Chapecó, no Oeste catarinense. De acordo com a Polícia Militar, quatro homens armados, aparentemente menores, renderam o motorista e mandaram os passageiros descerem do veículo. Os suspeitos fugiram em um Gol branco e a polícia faz buscas pela cidade.

Ônibus ficou destruído em Chapecó (Foto: Corpo de Bombeiros Militar/Divulgação)
Ônibus ficou destruído em Chapecó
(Foto: Corpo de Bombeiros Militar/Divulgação)
 
Em Joinville, no Norte do estado, atearam fogo em um caminhão no bairro Santa Catarina por volta das 5h30 desta terça-feira. Segundo a PM, o veículo estava abandonado e ficou destruído.

Ainda na noite de segunda-feira, foram apreendidos 600 kg de explosivos em uma casa em Ibirama. Segundo a PM, há informações que a dinamite possa pertencer a uma empresa, mas como o explosivo estava armazenado de forma irregular, a polícia está considerando está ocorrência como parte dos ataques em Santa Catarina.

Entenda o caso. A segunda onda de atentados em Santa Catarina começou na noite de quarta-feira (30), no Vale do Itajaí. Até a manhã desta terça (5), a Polícia Militar confirmou 54 ataques. Veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis-molotovs contra prédios públicos. 

As ocorrências foram registradas em 18 municípios: Navegantes, São José, Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Laguna, Araquari, Gaspar, Joinville, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Chapecó, Tubarão e Ilhota.

Continue lendo aqui...  http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2013/02/quatro-onibus-e-um-caminhao-sao-incendiados-nesta-madrugada-em-sc.html


Siga também o G1 Santa Catarina no Twitter e por RSS.

 

Estados Unidos. FBI mata sequestrador e liberta refem de cinco anos.

Sequestro, EUA, Polícia, crianças
© Vesti.Ru

Uma criança de cinco anos de idade, que durante uma semana um homem armado manteve num bunker no estado do Alabama nos EUA, foi liberada na sequência de um ataque.

Os agentes do FBI entraram no bunker depois que ficou claro que a criança estava sob ameaça iminente. 

Segundo relataram as autoridades, a criança não teve ferimentos visíveis e está sendo examinada num hospital local. 

Jimmy Lee Dykes, que, presumivelmente, estava detendo o garoto, foi morto.

Segundo dados preliminares, Dykes atacou um ônibus escolar em 29 de janeiro, matou a tiros o motorista, sequestrou o garoto de cinco anos e se barricou num bunker improvisado perto de sua casa.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Carta de Karl Marx para Abraham Lincoln.





















por Euler de França Belém...
 

22-29 de novembro de 1864.

A Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos da América (1)

Senhor,

Felicitamos o povo americano pela sua reeleição por uma larga maioria. 

Se a palavra de ordem reservada da sua primeira eleição foi resistência ao Poder dos Escravistas [Slave Power], o grito de guerra triunfante da sua reeleição é Morte à Escravatura.

Desde o começo da titânica contenda americana, os operários da Europa sentiram instintivamente que a bandeira das estrelas carregava o destino da sua classe.  

A luta por territórios que desencadeou a dura epopeia não foi para decidir se o solo virgem de regiões imensas seria desposado pelo trabalho do emigrante ou prostituído pelo passo do capataz de escravos?

Quando uma oligarquia de 300.000 proprietários de escravos ousou inscrever, pela primeira vez nos anais do mundo, “escravatura” na bandeira da Revolta Armada, quando nos precisos lugares onde há quase um século pela primeira vez tinha brotado a ideia de uma grande República Democrática, de onde saiu a primeira Declaração dos Direitos do Homem (2) e de onde foi dado o primeiro impulso para a revolução Europeia do século XVIII; quando, nesses precisos lugares, a contrarrevolução, com sistemática pertinácia, se gloriou de prescindir das “ideias vigentes ao tempo da formação da velha constituição” e sustentou que “a escravatura é uma instituição beneficente”, [que], na verdade, [é] a única solução para o grande problema da «relação do capital com o trabalho” e cinicamente proclamou a propriedade sobre o homem como “a pedra angular do novo edifício” — então, as classes operárias da Europa compreenderam imediatamente, mesmo antes da fanática tomada de partido das classes superiores pela fidalguia [gentry] Confederada ter dado o seu funesto aviso, que a rebelião dos proprietários de escravos havia de tocar a rebate para uma santa cruzada geral da propriedade contra o trabalho e que, para os homens de trabalho, [juntamente] com as suas
esperanças para o futuro, mesmo as suas conquistas passadas estavam em causa nesse tremendo conflito do outro lado do Atlântico. 

Por conseguinte, suportaram pacientemente, por toda a parte, as privações que lhes eram impostas pela crise do algodão (3), opuseram-se entusiasticamente à intervenção pró-escravatura — importuna exigência dos seus superiores — e, na maior parte das regiões da Europa, contribuíram com a sua quota de sangue para a boa causa.

Enquanto os operários, as verdadeiras forças [powers] políticas do Norte, permitiram que a escravatura corrompesse a sua própria república, enquanto perante o Negro — dominado e vendido sem o seu consentimento — se gabaram da elevada prerrogativa do trabalhador de pele branca de se vender a si próprio e de escolher o seu próprio amo, foram incapazes de atingir a verdadeira liberdade do trabalho ou de  apoiar os seus irmãos Europeus na sua luta pela emancipação; mas esta barreira ao progresso foi varrida pelo mar vermelho da guerra civil (4).

Os operários da Europa sentem-se seguros de que, assim como a Guerra da Independência Americana (5) iniciou uma nova era de ascendência para a classe média, também a Guerra Americana Contra a Escravatura o fará para as classes operárias.

Consideram uma garantia da época que está para vir que tenha caído em sorte a Abraham Lincoln, filho honesto da classe operária, guiar o seu país na luta incomparável pela salvação de uma raça agrilhoada e pela reconstrução de um mundo social.

                       Karl Marx


Notas
1 – A Mensagem da Associação Internacional dos Trabalhadores ao presidente Abraham Lincoln dos Estados Unidos, por ocasião da sua reeleição, foi redigida por Marx por decisão do Conselho Geral. No auge da Guerra Civil nos Estados Unidos esta mensagem teve uma grande importância. Sublinhou a enorme importância da guerra contra a escravatura na América para os destinos de todo o proletariado internacional. Apoiando todos os movimentos progressistas e democráticos, Marx e Engels educavam no proletariado e nos seus elementos de vanguarda na Internacional uma atitude verdadeiramente internacionalista em relação à luta dos povos oprimidos pela sua libertação.

2 – Trata-se da Declaração de Independência, adotada em 4 de julho de 1776 no Congresso de Filadélfia pelos delegados das 13 colônias britânicas da América do Norte; o congresso proclamou a separação das colônias norte-americanas na Grã-Bretanha e a formação de uma república independente: os Estados Unidos da A­mérica. Nesse documento fo­ram formulados princípios democráticos burgueses tais como a liberdade da pessoa, a igualdade dos cidadãos perante a lei, a soberania do povo, etc. Todavia, a burguesia e os grandes proprietários fundiários americanos violaram desde o início os direitos democráticos proclamados na Declaração, afastaram as massas populares da vida política e mantiveram a escravatura, que privava os negros, que constituíam uma parte importante da população, dos direitos mais elementares da pessoa humana.

3 – A crise do algodão foi provocada pela cessação do fornecimento de algodão vindo da Am­érica, em virtude do bloqueio dos Estados escravistas do Sul pela Marinha dos nortistas durante a Guerra Civil. Uma grande parte da indústria algodoeira da Europa ficou paralisada, o que se refletiu duramente na situação dos operários. Apesar de todas as privações, o proletariado europeu apoiou decididamente os Estados do Norte.

4 – A Guerra Civil na América (1861-1865) opôs, nos Estados Unidos, os Estados industriais do Norte e os Estados escravistas do Sul, que se rebelaram contra a abolição da escravatura. A classe operária da Inglaterra opôs-se à política da burguesia inglesa, que apoiava os plantadores escravistas, e impediu a ingerência da Inglaterra na Guerra Civil nos Estados Unidos.

5 – A Guerra da Independência das colônias inglesas na América do Norte (1775-1783) contra a dominação inglesa foi causada pela aspiração da nação burguesa americana, em formação, à independência e à supressão dos obstáculos que entravavam o desenvolvimento do capitalismo. Em resultado da vitória dos norte-americanos foi criado um Estado burguês independente: os Estados Unidos da América.

Fonte: “Obras Escolhidas” (Editorial Avante!/Edições Progresso Lisboa-Moscou, 1982, tradução de José Barata-Moura), de Karl Marx. A carta foi escrita entre 22 e 29 de novembro de 1864, em plena Guerra Civil Americana. Foi publicada em “The Bee-Hive Newspaper”, nº 169, de 7 de janeiro de 1865.
 

Acordo na Justica faz blog de Luis Cardoso se retratar com vice-governador Washington Luiz .

Fonte: Blog Luis Cardoso.
 
Diante da decisão acordada em audiência de conciliação entre o vice-governador do Maranhão, Joaquim Washington Luiz de Oliveira, e o titular do Blog do Luís Cardoso, a juíza Ana Célia Santana – da 5º Vara Criminal de São Luís, determinou a publicação do texto abaixo.


Antes, o Blog do Luís Cardoso lembra que todas as postagens abaixo citadas já haviam sido deletadas deste blog à pedido da Justiça.


                           ‘NOTA PÚBLICA DE RETRATAÇÃO" 

O titular deste blog vem a público retratar-se formalmente das infundadas acusações e postagens que fizera ao longo do ano de 2012 em relação ao vice-governador do Maranhão, Joaquim Washington Luiz de Oliveira. 

O titular deste blog é profissional comprometido com a verdade e com a boa informação e, por tal razão, não poderia deixar de reconhecer que as postagens, especialmente as abaixo descritas, foram inverídicas, injustas e ilegais, tendo sido resultado de falsas fontes que lhe induziram a erro em ano eleitoral, o que lhe gere arrependimento. São elas as seguintes:
1. Postagem ‘Candidato do PT em São Luís persegue os blogs’ (publicada em 14/08/2012);

2. Postagem ‘PT de Washington tem contas bloqueadas em São Luís’ (publicada em 24/08/2012, às 11:39h);

3. Postagem ‘Vice-governador quer fechar o blog’ (publicada em 29/08/2012 às 11:42);

4. Postagem ‘WO se ampara na Justiça Eleitoral para esconder suas mentiras’ (publicada em 08/09/2012 às 11:09h);

5. Postagem ‘Ação no MP prova estelionato cometido por Washington Oliveira’ (publicada em 13/09/2012 às 10:42);

6. Postagem ‘Dilma ficou fora da campanha de Washington Oliveira’ (publicada em 04/10/2012 às 11:35h);

7. Postagem ‘WO depõe a favor do quadrilheiro Zé Dirceu’ (publicada em 05/10/2012 às 20:09h);

8. Postagem ‘PT não tem patrimônio eleitoral e nem moral em São Luís’ (publicada em 09/10/2012 às 12:45h);

9. Postagem ‘Washington Oliveira passa vergonha na inauguração da hidrelétrica de Estreito’ (publicada em 17/10/2012 às 18:15h);

10. Postagem ‘Não tem jeito: PT aplica outro golpe na campanha para prefeito de São Luís’ (publicada em 22/10/2012 às 10:48h).


Por tudo isso, o titular deste blog pede sinceras desculpas ao vice-governador e também à sociedade, reconhecendo (antes tarde do que nunca) o seu erro, comprometendo-se doravante à fiel observância do Código de Ética Jornalístico’.


Assinado: LUÍS ASSIS CARDOSO SILVA DE ALMEIDA, Jornalista’.

Brasil é acusado de roubar território na Guiana.

04 de Fevereiro de 2013, Brasilia - Jamil Chade.


Pescadores e garimpeiros cer­cam o consulado brasileiro em Caiena, na Guiana Francesa, em protesto contra o que eles cha­mam de "roubo" dos recursos naturais do território francês por empresas e imigrantes irregula­res brasileiros. O protesto come­çou na última sexta-feira e os or­ganizadores da manifestação garantiram ao Estado que vão man­ter o bloqueio pelo menos até o próximo dia 7.

Os pescadores da Guiana Fran­cesa acusam barcos, empresas e simples pescadores brasileiros de sair principalmente do Mara­nhão e Amapá para pescar ilegal­mente nos 350 quilômetros de águas territoriais francesas. Sem controle, essa carga seria trans­portada ao Brasil e vendida no mercado nacional.

O que os sindicatos de traba­lhadores pedem é que o Brasil ratifique um tratado assinado pe­los ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, em 2008, e que estabelecia que Brasília criaria programas para reintegrar esses imigrantes, de volta em território brasileiro.

"Há dez anos estamos alertan­do para o fenômeno da pesca ile­gal", declarou ao Estado Patrí­cia Triplet, diretora do Sindicato de Pescadores da Guiana. "O que queremos é o fim dessa práti­ca. Hoje, barcos de pesca indus­trial brasileiros estão instalados nas águas da Guiana, com um for­te impacto para nossos pescado­res. Nos últimos doze meses, ve­mos cada vez mais nossos bar­cos voltarem vazios", alertou.

"Três mil pessoas vivem da pesca na Guiana e o setor é o ter­ceiro mais importante na econo­mia da região. Mas o que esta­mos vendo é empresas falirem", insistiu Patricia Triplet. "Por is­so, decidimos cercar o consula­do", completou.

Para chamar a atenção, foram colocados caminhões de som, câ­maras de frigoríficos e carros blo queando as ruas que dão acesso ao consulado brasileiro. Mas os sindicatos garantem que uma passagem foi deixada para que funcionários possam entrar e sair do local a pé.

No fim de semana, organiza­dores alegam que um dos fun­cionários do escritório brasilei­ro tentou romper o bloqueio com seu carro, o que acabou ge­rando uma confusão entre mani­festantes e autoridades. Troca de ofensas entre os funcioná­rios brasileiros e os manifestan­tes também foram registradas por testemunhas.

Adesão.Hoje, será a vez de ga­rimpeiros se unirem ao protes­to. Eles também acusam os brasi­leiros de levar o ouro da Guiana Francesa de forma ilegal.

Ao Estado, o representante dos garimpeiros da Guiana, Gotier Ort, explica que a categoria já desistiu de protestar diante das autoridades francesas.

"Sabemos que estamos crian­do potencialmente um inciden­te diplomático. Mas nos demos conta de que a responsabilidade disso tudo não é apenas da França, que não controla a entrada desses trabalhadores irregulares, mas do governo brasileiro que faz vista grossa ao problema porque, de fato, ganha muito com o esquema que existe", ex­plicou o sindicalista. Os garim­peiros passarão a apoiar a mani­festação oficialmente a partir de hoje, disse ele.

Citando dados da WWF, Ort aponta que o garimpo do ouro na Guiana sustenta cerca de 100 mil famílias no Brasil. "Temos gente que vem desde o Ceará pa­ra garimpar aqui", declarou. "O que nós e os pescadores estamos dizendo é que há um roubo de nossos recursos naturais e, por­tanto, da renda de milhares de pessoas na Guiana", insistiu.
"Enquanto um brasileiro vem, retira o ouro ou leva o peixe sem pagar impostos, nós somos obri­gados a ter tudo regularizado pa­ra poder trabalhar. Trata-se de uma concorrência desleal", de­clarou Gotier Ort.

O Comitê Regional de Pesca, o Sindicato de Pescadores da Guiana e os garimpeiros ainda recusaram uma proposta de Pa­ris de viajar até a capital france­sa para tentar debater uma solu­ção. Segundo eles, trata-se ape­nas de uma estratégia para ga­nhar tempo.

  Esta Matéria foi publicada originalmente em:

Presidenta Dilma em visita à Castanhal, entregou 1500 casas do Programa Minha Casa Minha Vida. E recebeu uma Carta contendo a Pauta Sindical da CUT-PA.

Foto - Facebook. Pres. Dilma em Castanhal na entrega de 1500 casas.
Castanhal, PA, 1º de fevereiro de 2013. 

Exma. Sra. Presidenta da República

DD. Dilma Rousseff 

Senhora Presidenta,

Acolhendo-a hoje no Pará, temos a honra de cumprimentar V.Exa. por mais uma leva de casas próprias do acertado Programa Minha casa Minha Vida, desta vez em Castanhal (PA). E aproveitamos a oportunidade para apresentar a pauta sindical da CUT em nosso Estado: Na área dos grandes projetos como Belo Monte, por exemplo, campeia e está generalizada a terceirização, com precarização do trabalho, acidentes, adoecimento de toda natureza, danos à vida e ao meio ambiente e quase nenhuma atuação/proteção de Estado, ficando os trabalhadores à mercê dos consórcios, quase sem nenhuma regulação, fiscalização e direitos!

Trabalho escravo – A par disso, o Pará que em 2011 havia deixado de ser o campeão permanente do ranking do trabalho escravo, em 2012 voltou ao topo do ranking em todos os critérios: número de casos (50), número de trabalhadores envolvidos (1244) e número de libertados (519). É necessário uma ação firme e contínua do poder público em relação a essa triste e indigna estatística que fere a dignidade e os direitos humanos .

Combate à grilagem – Também, urge ter mecanismos permanentes para combater a grilagem e a violência no campo que, ao longo dos últimos 20 anos, ceifou a vida de dezenas de trabalhadores rurais que defendem diretamente o direito de permanecer em sua terras, defender a preservação da Biodiversidade e o controle do clima no planeta.

Agronegócio x agricultura familiar – Ressaltamos que no Pará há um avanço desenfreado do agronegócio, colocando em risco a agricultura familiar, a produção familiar, o direito à terra, à moradia e à vida digna.

Reforma agrária – Mais que nunca, senhora presidenta, urge garantir recursos para a reforma agrária para a criação de novos assentamentos e a estruturação dos assentamentos já criados. Houve corte muito grande de recursos nessa política, quase inviabilizando a tímida reforma agrária já realizada. 

Propomos ainda a abertura de editais de contratação para entidades de assistência técnica e extensão rural dentro e fora dos assentamentos para viabilizar a prestação desse serviço, possibilitando a qualificação dos agricultores/as familiares e, consequentemente, maior renda no campo. E que sejam ampliados os recursos para o Programa Nacional de Habitação Rural no Pará.

Paralisia no Luz para Todos – Sobre energia elétrica, informamos que o sistema elétrico referente à área de concessão da CELPA (Centrais Elétricas do Pará), recebeu generoso aporte de recursos públicos oriundos de programas do governo federal com a finalidade de universalizar os serviços como o LUZ PARA TODOS.

Todavia, é crítica a qualidade das obras executadas pela Celpa nos municípios dada as distâncias continentais do Pará e as dificuldades de infraestrutura em nossa região, associado à falta de mão de obra própria e qualificada, bem como há inúmeras reclamações do tempo de espera para restabelecimento do sistema, chegando em alguns casos a mais de 3 dias. A coordenação do programa no Pará não funciona e o programa está parado no momento, desde que o Grupo Rede apresentou pedido de recuperação judicial no início de 2012. Apontamos como emergencial a reativação do Programa Luz para Todos no Estado do Pará, buscando universalizar a eletrificação rural.

Na área da Educação, a CUT reafirma que é necessário que os 10% do PIB para educação seja de imediato e que não se espere até 2020 para chegar a esse percentual. E que a política educacional seja para o conjunto de trabalhadores e trabalhadoras em educação.

Conferência do Sistema Financeiro já! – É urgente que se realize uma conferência nacional do Sistema Financeiro para discutir o papel dos bancos no país, o crédito e para que serve o sistema financeiro. E implementar urgente diálogo nos bancos como Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Banpará, que têm péssimas condições e relações de trabalho !

Na área de segurança pública, o Pará contabiliza hoje um dos maiores e crescentes índices de violência contra jovens, crianças e mulheres, gerando insegurança às famílias e quase nenhuma ação de governo e de Estado no sentido de dar proteção, educação, ressocialização e principalmente recolocação dos reabilitados no mercado de trabalho. Dos 144 municípios, em 28 não existe delegado de polícia e em 19, sequer existem delegacias. Estas, não têm condições mínimas de prestação de serviço e os profissionais são mal pagos. Há carência extrema de políticas públicas para inclusão de juventude, além de quase nenhum investimento em inteligência e qualificação de pessoal.

Quanto ao saneamento básico e ambiental, hoje os índices de abastecimento de água no estado estão em torno de 60%, bem abaixo da média nacional que é 85% a 90. Já o Esgotamento Sanitário praticamente inexiste no Pará, com cobertura de apenas 5% concentrado na capital. Importante ressaltar que 143 municípios do Estado ainda não implementaram a nova lei de tratamento dos resíduos sólidos, correspondente a coleta, destinação e tratamento. Apesar dos vultosos recursos destinados pelo governo federal para o saneamento básico no Estado a população sofre com a falta da prestação do serviço. Há carência de investimentos, de fiscalização, de profissionais concursados e exagero de terceirização, principalmente nas atividades-fim.

Logística - E para que o Pará supere a condição de almoxarife e tenha condições de verticalização do aço com a construção da primeira siderúrgica de grande porte do Pará, a Alpa (Aços Laminados do Pará), é preciso que seja reincluída ao PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – uma obra crucial que está parada desde 2011. Trata-se do aprofundamento de um trecho do Rio Tocantins, perto de Itupiranga onde a passagem de grandes navios de carga é impossível atualmente.

Ali há um pedral, o Pedral do Lourenço, que precisa ser derrocado para garantir a navegabilidade do rio e a logística para o transporte hidroviário. Para que flua a navegação e melhore a condição de vida da população do Pará.

Enfim, Exma. senhora Presidenta, a CUT. Pará e seus 152 sindicatos filiados, reivindicam do governo federal um tratamento mais inclusivo, mais atento, mais ágil e respeitoso no atendimento aos muitos problemas do povo do Pará e da classe trabalhadora. 

A CUT.PA construiu uma Plataforma de Ações de políticas Públicas com base nas necessidades e especificidades de cada região para serem dialogadas e implementadas nos municípios, porém, este diálogo precisa acontecer e já! É preciso tirar do papel as ações e melhorar as condições de vida e trabalho da população paraense, amazônida!

Saudações democráticas,
Martinho Souza, Presidente - CUT.Pará/  
Vera Paoloni, Dir. Comunicação/ 
Carlos Augusto Silva, Pte. Fetagri.PA.

 Esta Matéria foi publicada originalmente em:

Brasil. Governo finaliza projeto que regula a exploração de dados pessoais.

Inspirado em legislação de outros Países e buscando garantir a privacidade dos internautas brasileiros, o Governo brasileiro finaliza projeto que regula a exploração de dados pessoais. Suas informações pessoais são suas e só você pode permitir que elas sejam exploradas para fins comerciais. 
 
Essa é a essência do projeto de lei para regulamentar e proteger o uso dos dados dos brasileiros que acaba de ser finalizado pelo governo federal.

A proposta, enviada em janeiro à Casa Civil e prevista para chegar ao Congresso nas próximas semanas, cria o Conselho Nacional de Proteção de Dados. Ou uma espécie de "Procon dos dados pessoais", como define Juliana Pereira, titular da Secretaria Nacional do Consumidor, braço do Ministério da Justiça que conduz o projeto.
 
O quew fará o Conselho Nacional de Proteção de Dados?