domingo, 28 de julho de 2013

Em encontro de culturas, índios e quilombolas debatem dificuldades de manter seus costumes.

Pedro Henrique Moreira - Enviado especial da EBC.
 
São Jorge (GO) – Durante o 13° Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, entre 19 e 27 de julho, na Vila de São Jorge, município de Alto Paraíso de Goiás, cerca de 70 lideranças de comunidades tradicionais do Cerrado trataram das dificuldades que enfrentam para manter preservados seus modos de vida e o ambiente que ocupam.

O Segundo Encontro Regional da Rede Cerrado reuniu povos tradicionais de Goiás e do Distrito Federal. 

Comunidades - quilombolas, indígenas, pequenos agricultores, extrativistas, geraizeiros (populações tradicionais que vivem no Norte de Minas), ribeirinhos e vazanteiros (que produzem na época das vazantes dos rios).

César Victor, membro da coordenação da Rede Cerrado, explica que a rede envolve entidades da sociedade civil protetoras do Cerrado. São movimentos sociais preocupados com questões sócio-ambientais e que podem trabalhar em integração, lutando para que as políticas públicas visem a exploração sustentável do bioma. A rede foi criada durante a Eco 92, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro em junho de 1992.

O Cerrado é o segundo maior bioma do país, atrás apenas da Amazônia. Abrange uma área que ocupa doze unidades da Federação. São elas: Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rondônia, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.

As lideranças que participaram das reuniões, na Vila de São Jorge, são integrantes das organizações que formam a rede. É o caso do índio Hiparidi, da etnia Xavante, membro da Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado. Ele faz parte da coordenação da Rede Cerrado e veio de Mato Grosso para participar. 

Para Hiparidi, os principais problemas enfrentados pelos índios que vivem no bioma são a expansão do agronegócio e os grandes empreendimentos, como hidrelétricas e estradas, ao redor das terras indígenas e, até mesmo, dentro delas. "Com isso, a gente vai perdendo os territórios, vai ocorrendo desmatamento. Aí começa a perder a língua, a cultura, começa a perder os conhecimentos tradicionais. Isso é o maior problema e isso acontece desde a invasão do Brasil até hoje".

Hiparidi também se diz preocupado com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere a função de demarcar territórios indígenas do Poder Executivo para o Congresso Nacional. Hoje, a demarcação de terras é feita pelo Ministério da Justiça, por meio da Fundação Nacional do Índio (Funai). "A demarcação de terras vai se tornar [uma decisão] meramente política, ao invés de técnica", disse.

César Victor, que representa também a Funatura, organização não governamental que luta pela conservação e uso sustentável da biodiversidade, aponta ainda a necessidade de um marco legal específico para o Cerrado. Segundo ele, o marco precisaria reconhecer aspectos importantes que a lei geral não reconhece. Entre eles, a necessidade de se fazer um zoneamento do Cerrado, apontando, por exemplo, áreas ocupadas por comunidades tradicionais e que precisam ser preservadas.

César lembra que, tramita desde 1995 no Congresso Nacional, uma PEC que reconhece o Cerrado e a Caatinga como patrimônios nacionais. 

Hoje, apenas a Amazônia e a Mata Atlântica estão incluídas na Constituição de 1988. "Seria um instrumento muito forte. Tanto do ponto de vista simbólico, quanto para a definição de políticas públicas pro Cerrado", acredita. 

Mesmo já aprovada em uma comissão especial da Câmara em 2006, ele não vê chances de levar a proposta para votação em plenário na atual legislatura. "A gente tem que se preparar, os eleitores devem se preocupar em quem estão votando, para eleger candidatos comprometidos com o desenvolvimento sustentável da região."

O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela gestão de unidades de conservação federais, também participou das reuniões. Para o diretor do ICMBio, João Arnaldo, a ameaça mais comum para o Cerrado é a substituição da vegetação original por atividades agropecuárias. 

Ele acredita que o bioma precisa de mais áreas de conservação, até mesmo para garantir o mínimo de 10% de preservação de cada bioma do país, previstos na Convenção da Diversidade Biológica da ONU, da qual o Brasil é signatário.

Para ele, é preciso trabalhar junto com a sociedade para definir regiões prioritárias a serem preservadas. Desafio de todas as esferas de governo, já que as unidades de preservação podem ser municipais, estaduais ou federais. Um dos critérios é o conceito de área insubstituível, fragmentos do bioma que só existem em um determinado local.  

Além disso, as áreas ocupadas por comunidades tradicionais, com seus saberes, com sua convivência sustentável com a natureza, merecem ser protegidas. "Para garantir o sustento desses povos e a consolidação dos serviços ecossistêmicos que eles prestam ao povo brasileiro," esclarece Arnaldo.

Ainda para o diretor do instituto, é um equívoco permitir qualquer relação de conflito de estratégias entre a criação de unidades de conservação e a produção agrícola. "Porque não dá para ter uma parte da sociedade construindo a estratégia de conservação e outra parte da sociedade disputando essa mesma área para outras finalidades. 

Então, ter isso como uma meta comum para o povo brasileiro é o que vai garantir, inclusive, que daqui a alguns anos, nós possamos ter o orgulho de dizer que somos o celeiro do planeta, produzindo grãos e oferecendo alimentos para todo mundo, sem ameaçar nossa biodiversidade. Esse talvez seja o grande selo verde que nós podemos oferecer para nossa agricultura", defende.

Durante o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros,  quilombolas e índios participaram de oficinas sobre a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), promovidas pela Secretaria-Geral da Presidência da República. 

A convenção determina a consulta prévia, às comunidades tradicionais, sobre empreendimentos que possam afetar as terras onde vivem. 

O xavante Hiparidi acha importante que as lideranças indígenas conheçam a convenção para exigir seu cumprimento pelo governo brasileiro e levar casos de abusos a cortes internacionais.

Ao todo, a Rede Cerrado vai promover cinco encontros regionais. O primeiro foi no município da Chapada Gaúcha, no norte de Minas Gerais, e contou com a participação dos povos do Grande Sertão Veredas. 

Os próximos encontros ocorrerão nos municípios de Tocantínea (TO), Campo Grande (MS) e Augustinópolis (TO). Esse último vai tratar exclusivamente das demandas dos povos indígenas. As propostas apresentadas nessas reuniões serão encaminhadas ao Encontro Nacional  da Rede Cerrado, que ocorre em abril do ano que vem.

Edição: Carolina Pimentel
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Link desta matéria:  http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-28/em-encontro-de-culturas-indios-e-quilombolas-debatem-dificuldades-de-manter-seus-costumes

Notícias de Ontem - Cheque a informação antes de divulgar algo sério via redes sociais.

Leonardo Sakamoto.

Facebook e Twitter têm sido fundamentais para catalisar o processo de mobilização dos últimos dias.

Mas, ao mesmo tempo, uma situação nova como esta, em que não é possível prever o que acontecerá logo em seguida, é um terreno fértil para cultivar boatos. Muita coisa fake tem corrido a rede loucamente, criando medo. Tenho encontrado pessoas que estão apavoradas ou, pior, histéricas por conta de postagens.

Segui o histórico de replicação dessas postagens e cheguei aonde? Em lugar algum, nada que sustente a informação. Ou era “telefone sem fio”, do tipo “quem conta um conto aumenta um ponto”, ou problemas de interpretação de texto sobrepostos ou um pessoal que, acredito, criou a história porque lhes era conveniente. Igual a uma cebola: é grande, é dura, mas se você for descascando descobre que, lá dentro, não tem nada.

Como já escrevi, fico assustado com a quantidade de coisa mal checada e precipitada que circula pelas redes sociais, principalmente em momentos de grande comoção. 

Fofoca sempre existiu, mas agora é transmitida em massa e em tempo real. As plataformas digitais em redes sociais ajudam a mudar o modo como nos comunicamos e fazemos fluir informação pela sociedade, alterando – consequentemente – as estruturas tradicionais de poder. O que é fantástico. Mas se elas ajudam a furar bloqueios e formar, também desinformam.

Tem sempre um pilantra distorcendo ou descontextualizando informação e divulgando-a, por ignorância, má fé ou visando a um objetivo pessoal ou de seu grupo. Ou aqueles que misturam realidade e desejo, fato e ficção, consciente ou inconscientemente.

Fiz com a ajuda de colegas jornalistas, há algum tempo, dez conselhos para usar bem o Twitter e o Facebook na cobertura de um acontecimento. Trago eles de novo, atualizados para o momento. Já ouço lá no fundo alguém me chamar de censor. Bem, alguns podem achar que o certo seria divulgar tudo e deixar os próprios internautas perceberem o que é mentira. Tipo: deixa que o mercado se regular sozinho que, automaticamente, o  bem estar da população será atendido. Faz me rir.

Uma informação errada ao ser divulgada causa um impacto negativo contrário maior do que sua correção. Ou seja, muitas vezes, o desmentido (por ser mais sem graça) não chega tão longe quando a denúncia.

Há muita coisa acontecendo nesses tempos interessantes em que vivemos. Tudo tem que ser encarado com calma e responsabilidade. Então, controlem a emoção.

Os Dez Mandamentos para Jornalista de Facebook e Twitter

1) Não divulgarás notícia sem antes checar a fonte da informação.

2) Não divulgarás notícias relevantes sem atribuir a elas fontes primárias de informação. Um “cara gente boa” ou uma BFF não é, necessariamente, fonte de informação confiável.

3) Tuítes e posts “apócrifos”, sem fonte clara, jamais serão aceitos como instrumento de checagem ou comprovação.

4) Não esquecerás que informação precede opinião.

5) Não confirmarás presença em eventos duvidosos do Facebook sem antes checar o tema e o naipe do organizador. Por exemplo, quem tem fetiche por armas não combina, necessariamente, com pautas de paz. E terás cuidado com o que atestas. Um “like” não é inofensivo.

6) Lembrarás que mais vale um tuíte ou post atrasado e bem checado que um rápido e mal apurado. E que um número grande de retuítes, compartilhamentos e “likes” não garante credibilidade de coisa alguma.

7) Não matarás – sem antes checar o óbito.

8 ) Não se esquecerás que a apuração in loco, por telefone e/ou por e-mail precede, em ordem decrescente de importância, o chute.

9) Não terás pudores de reconhecer, rapidamente e sem poréns, o erro em caso de divulgação ou encaminhamento de informação incorreta.

10) Na dúvida, não retuitarás, compartilharás ou darás “like” em coisa alguma. Pois, tu és responsável por aquilo que repassas e atestas. Ou seja, se der merda, você também é culpado.

A morte do último cangaceiro de Lampião.

A morte de Candeeiro, o último cangaceiro de Lampião.

Morreu na última quarta-feira o último cangaceiro do bando de Lampião, Manoel Dantas Loiola, de 97 anos, mais conhecido como Candeeiro. 

Ele faleceu na madrugada de hoje no Hospital Memorial de Arcoverde onde estava internado desde a semana passada, após sofrer um derrame.

cadeeiro cangaceiro lampião
Candeeiro, último cangaceiro do bando de Lampião
Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), Manoel ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirmava que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto.

No final da vida, atuava como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atendia pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. 

No primeiro combate com os “macacos”, quando era chamado de Candeeiro, foi ferido na coxa. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta.

Teve o primeiro encontro com o chefe na beira do Rio São Francisco, no lado sergipano. “Lampião não gostava de estar no meio dos cangaceiros, ficava isolado. 

E ele já sabia que estava baleado. Quando soube que eu era de Buíque, comentou, em entrevista concedida ao Diario em 2008: ‘sua cidade me deu um homem valente, Jararaca’”.

Candeeiro dizia que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. 

Ele destacou que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos, comentou que o local não era seguro. 

Lampião, segundo ele, reuniria os grupos para comunicar que deixaria o cangaço. Estava cansado e preocupado com o fato de que as volantes se deslocavam mais rápido, por causa das estradas, e tinham armamento pesado.

No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. “Desci atirando, foi bala como o diabo”. Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco. Dias depois, com a promessa de não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. 

Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costumava dizer que foi “história de sofrimento”.

Diário de Pernambuco

Link desta matéria: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/07/a-morte-do-ultimo-cangaceiro-de-lampiao.html

Morte no Asfalto - Três pessoas que estavam em uma moto morreram em uma colizão na BR 222 proximo a Lajeado Novo.


Um ônibus de turismo colidiu com uma motocicleta próximo ao município de Lajeado Novo, distante 235 km de Imperatriz. 

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) um ônibus de turismo que seguia de Grajaú para Brasília (DF) e colidiu com a motocicleta. 


O acidente aconteceu por volta das 19h30 da ultima sexta-feira (26). Ainda de acordo com a PRF, a motocicleta estava sem as luzes traseiras o que dificultou a visão do motorista do ônibus e acabou atropelando a motocicleta. 

Três pessoas morreram no acidente ocorrido na Rodovia BR 226 próximo ao município de Lajeado Novo, as vítimas,  dois homens e uma adolescente, estavam sem capacetes e morreram na hora. 

Os corpos deram entrada no Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz e foram identificadas como: 

1 - Reginei da Conceição Araújo, 29 anos;

2 - Adriele Costa de Abreu, 15 anos; e

3 - Adilon Bandeira dos Santos, 51 anos.

Link desta matéria:  http://noticiadafoto.blogspot.com.br/2013/07/tres-pessoas-de-moto-morrem-em-colizao_1535.html

Ministra italiana negra diz que está cansada de insultos e ofensas

Da Agência Lusa.
Roma – A ministra da Integração italiana, Cecile Kyenge, atingida por bananas na última sexta-feira (26), disse que, às vezes, se sente “cansada” dos insultos e ofensas de que tem sido alvo por ser negra, mas assegurou que os ataques não a farão desistir de sua missão.

Foto de Cecile Kyenge. www.geledes.org.br

Na sexta-feira, durante um comício do Partido Democrático, Cecile Kyenge foi alvo de bananas arremessadas em sua direção, o que provocou uma nova onda de indignação na Itália.

De origem congolesa, a primeira negra nomeada ministra na Itália, Cecile Kyenge reconheceu, em entrevista ao jornal italiano La República, sentir preocupação pelas duas filhas, de 20 e 17 anos. 

A ministra disse pensar também em outras minorias e nos imigrantes que, ao contrário dela, não têm garantias de segurança, e sofrem ataques em Itália.

“Não posso esconder que às vezes me sinto cansada da repetição de insultos tão graves. Não os esperava tão fortes, mas não me detenho, nem me concentro” a pensar neles, disse Cecile. “Tento olhar para frente, pensar sobre as dificuldades que temos de suportar nesses eventos e sobre as melhores respostas que os políticos e a sociedade podem dar”, acrescentou.

A ministra defende que a Itália comece “um processo de reflexão” sobre o racismo. “Em outros países europeus, como a Suécia, há ministros negros, mas não acontece com eles o que está acontecendo comigo na Itália. Não podia imaginar reações tão violentas”, lamentou.

Cecile Kyenge garante que os ataques e os insultos ocorrem também na classe política, reiterando que a Itália têm “um longo caminho a percorrer" quando se trata de avaliar a contribuição cultural que a imigração pode dar ao país.

“As reações aos insultos, que vejo no país, acabam por unir a Itália ‘boa’ e, quem sabe, ajudar a despertar muitas consciências, que durante anos estiveram um pouco adormecidas”, avaliou.

Esse foi mais um caso de racismo que envolveu a ministra, cidadã italiana nascida na República Democrática do Congo, depois de, no início do mês, um membro do partido Liga do Norte, que é contra a imigração, ter comparado a ministra a um orangotango. Cecile reagiu ao ataque com bananas dizendo que o mesmo foi “um desperdício de comida”.

Link desta matéria: 

Greve do "Mateus" - São Luís. Justiça do Trabalhado concedeu apenas "mandato Inibitório".

Juíza da 5ª Vara concedeu "apenas" liminar, determinando ‘mandado inibitório’, para garantir o direito de ir e vir de clientes e funcionários, que  deve ser preservado. (Não Julgou a legalidade da GREVE).


Do G1 MA




A juíza do Trabalho, titular da 5ª Vara de Trabalho de São Luís, concedeu medida liminar e determinou a expedição de mandado inibitório nesse sábado (27), para que o Sindicato dos Empregados do Comércio de São Luís (Sindcomerciários), não pratique qualquer ato que possa dificultar ou impedir o direito de ir e vir de clientes e terceiros, além dos próprios trabalhadores do Grupo Mateus que não aderiram a greve, iniciada na sexta-feira (26), uma vez que o Grupo, alega que, em nenhum momento, foi certificado sobre o movimento grevista.


Caso o Sindcomerciários não cumpra o mandado, a Justiça do Trabalho requer uma multa diária no valor de R$ 15 mil e, se preciso for, a intervenção policial para garantir o cumprimento integral desta decisão.


Entenda o caso Funcionários do Grupo Mateus decidiram paralisar suas atividades na sexta-feira (26) para reivindicar melhores condições de trabalho. Na pauta de reivindicação, os funcionários pedem participação nos lucros, extinção do banco de horas, pagamentos de horas extras, tíquete-alimentação, redução da jornada de trabalho de sete para seis horas diárias, plano de saúde,  adicional de insalubridade e periculosidade, entre outras solicitações.


Em nota, o Grupo disse estar “surpreendido com as manifestações na frente de algumas de suas lojas na capital, uma vez que ainda está em andamento um processo de negociação com o Sindicomerciários” e que vai “prosseguir com o diálogo com os representantes da categoria, no sentido que as negociações sejam rapidamente concluídas”.

Continue Lendo aqui.... 

 - Greve do Mateus - Justiça do Trabalho de São Luís, ainda não se pronunciou sobre a legalidade da greve. - http://maranauta.blogspot.com.br/2013/07/greve-do-mateus-justica-do-trabalho-de.html

- Release - Greve dos Supermercados MATEUS, as LOJAS continuarão fechadas neste sábado... http://maranauta.blogspot.com.br/2013/07/release-greve-dos-supermercedos-mateus.html

Pernambuco. Quando a água vira ameaça.

Primeiro, a chuva que começou a cair sobre as áreas atingidas pela seca trouxe alegria: após dois anos de uma provação que parecia ter ficado no passado, o verde surgia e a água voltava para os rios, açudes e barragens. 

Pouco tempo depois, essa mesma chuva trazia assombro: hospitais e postos de saúde de dezenas de municípios recebiam uma quantidade inédita de pessoas com sintomas de doenças diarreicas agudas (DDA), que pode levar principalmente crianças e idosos à morte. 

Em Pernambuco, os números espantam: 46,5% dos municípios (86 cidades) estão em zona epidêmica (regionais de Arcoverde, Caruaru, Limoeiro, Goiana, Afogados da Ingazeira e Petrolina são as mais atingidas). 

Outros 41,1% estão em zona de alerta (76 cidades, sendo mais vulneráveis as regionais de Serra Talhada, Palmares, Salgueiro, Ouricuri e Garanhuns). 

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, que não divulga a lista dos municípios, mas as gerências onde eles estão, de janeiro a junho, seis óbitos foram causados pela DDA (cinco mulheres e um homem). 

Número pode aumentar porque outros casos esperam confirmação. Alagoas apresenta situação mais dramática: são 48 mortes, 11 delas em Palmeira dos Índios. 

Em Arcoverde, Sertão de Pernambuco, o número de doentes que procurou postos de saúde e hospitais é espantoso: em junho de 2012 foram 364 pessoas com DDA, este ano, no mesmo período, 1.720 pacientes apresentaram sintomas como vômito e diarreia forte, além de hepatite A, outra doença associada à água infectada. 

Historicamente, o período da chuva se caracteriza pelo aumento de bactérias e vírus na água, mas a quantidade de doentes e mortos vista agora demonstra que há algo mais sério acontecendo. 

Misturam-se diversos problemas e várias omissões. Um é o flagrante não preparo dos governos federal, estadual e municipais em se antecipar a um problema já esperado. 

Boa parte da água distribuída em carros-pipa, por exemplo, tem como responsável pelo tratamento o próprio pipeiro. Há, ainda, uso incorreto (ou ausência) do cloro ou hipoclorito de sódio, distribuído gratuitamente pelo governo.

Há quem prefira limpar a casa e lavar roupas com o material, no lugar de tratar a água. 

Não possuem a noção de que estão consumindo água misturada com morte. (continue lendo aqui. http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2013/07/27/a-agua-que-alivia-tambem-leva-medo-e-morte-a-pernambuco-e-alagoas-91573.php ).