sábado, 14 de dezembro de 2013

Turma do Quinto - 73 Anos de Arte: Escola Inicia as Comemorações do Aniversário no Butiquim da Vila.


Uma das mais tradicionais manifestações culturais do carnaval maranhense, a Escola de Samba Turma do Quinto, festeja 73 anos de história (1940 – 2013) e apesar de somente aniversariar no dia 25 de dezembro, as comemorações serão antecipadas já a partir do dia 20, onde a  festa terá inicio com a realização do Botequim do Quinto, que vai reunir grandes nomes do samba na casa de eventos “Butiquim da Vila” na Vila Gracinha, Centro de São Luis, a partir das 21 horas. 
Na festa agendada do aniversário TQ, confirmaram presenças os Grupos “Feijoada Completa” e “Sindicato do Samba”, Bateria “Explosão TQ” com Gabriel Melônio, Frank Hudson, Alessandra Loba e Lucas Neto e participações especialíssimas dos puxadores de samba enredo convidados, Samir do Cavaco, Ribão de O’lodum e Luis Carlos Vovô. 
A Turma do Quinto traz para o Carnaval 2014 o enredo “NO TERREIRO MARANHÃO, O MESTRE É BITA DO BARÃO”, samba de autoria de Luzian Filho e Josias Filho.
EVENTO: 1º evento de Aniversário da Escola de Samba Turma do Quinto
DATA: 20 de dezembro de 2013.
LOCAL: Butiquim da Vila - Vila Gracinha - Centro.
HORÁRIO: A partir de 21 horas
INGRESSOS: No local.
ATRAÇÕES: Bateria Explosão TQ, com Gabriel Melônio, Frank Hudson, Alessandra Loba e Lucas Neto, Grupo Feijoada Completa, Grupo Sindicato do Samba e participações especiais de Samir do Cavaco, Luis Carlos Vovô e Ribão de O'lodu.

Miss França sofre racismo na internet

Eleição da nova Miss França desencadeia série de agressões racistas nas redes sociais. "Os mestiços são o câncer da raça branca", "Seria bom ver um pouco de cor branca em nosso país". A jovem Flora Coquerel tem 19 anos.

racismo miss frança
Nova Miss França é alvo de comentários racistas nas redes sociais.
A jovem Flora Coquerel, 19 anos, foi eleita a nova Miss França no último fim de semana. O maior desafio da garota, no entanto, nada tem a ver com a estética, mas em como lidar com o racismo do qual vem sendo vítima desde que se sagrou vitoriosa neste concurso de beleza. Ironicamente, em seu primeiro discurso como miss, quando as polêmicas mensagens que fazem alusão às origens africanas e a cor da pele da moça ainda não haviam tomado as redes sociais, ela disse estar orgulhosa de representar uma “França Cosmopolita”.

Flora Coquerel nasceu em Mont-Saint-Aignan, uma pequena cidade da Normandia, no norte da França. O pai é francês e a mãe é originária de Benin, país da região ocidental da África, colonizado pela França.

A estudante de Comércio Internacional desbancou, no último domingo, dia 8 de dezembro, 32 candidatas ao posto da mais bela mulher da França. Alguns minutos depois de receber a coroa de miss, uma enxurrada de comentários racistas invadiram as redes sociais francesas.
“Os mestiços são o câncer da raça branca”, “Que horror, morte aos estrangeiros” “Seria bom ver um pouco de cor branca em nosso país”, “A mulher que representa a França nem é branca”, “As verdadeiras francesas são brancas, não é normal”, “A verdadeira beleza de nossos ancestrais não existe mais”, são alguns dos posts que se multiplicaram nas plataformas Twitter e Facebook.

Os ataques geraram uma onda de indignação nos principais sites do país. O site Glamour faz um paralelo com os ataques racistas dos quais a ministra da Justiça, Christiane Taubira, foi vítima nos dois últimos meses. Em matéria publicada ontem, a jornalista Victoria Laurent lembra que nenhum processo jurídico aconteceu até hoje no país por injúrias racistas. Mas lembra que o arsenal jurídico para lutar contra o racismo na internet existe. “Flora poderia, assim, processar esses internautas”, ressalta.

racismo miss frança
Miss França é hostilizada nas redes sociais.

O site da revista semanal Nouvel Observateur vai mais longe e publica um artigo do advogado Gaspard Menilan. Ele acredita que é obrigação do Ministério Público francês proteger seus cidadãos na internet.

“Claro, nós não vamos exigir que a Miss França organize um combate contra a vulgaridade racista e que ela processe cada ignorante da rede. No entanto, a lei do 29 de julho de 1881, em seu artigo 48, autoriza expressamente o Ministério Público de incriminar o autor de propósitos que concernem discriminação ou injúria de cidadãos devido a suas origens, etnia, nação, raça ou religião”, escreve.

Orgulho de ser mestiça

Até o momento, a nova Miss França não comentou ou respondeu aos ataques. Ontem, em entrevista a um programa de humor e informação do Canal Plus, o Grand Journal, a estudante explicou o orgulho que disse sentir de representar uma “França cosmopolita”. “Eu sou mestiça e sou orgulhosa disso. Acredito que muitas pessoas podem me ter como exemplo. E, se através de mim, for possível ter uma imagem da França multicultural, será formidável!”, declarou.

Já no último domingo, a garota falou, em entrevista à rede francesa de televisão BFM TV sobre a morte do líder da luta contra o apartheid na África do Sul, Nelson Mandela. “É um homem de paz e graças a pessoas como ele que o mundo anda na boa direção. É preciso ousar, ter coragem, audácia. Pessoas como Mandela são necessárias para mudar o mundo. Sua morte me abalou muito, marcou este fim de ano e ficará para sempre em nossa História”, opinou.

RFI / Edição: Pragmatismo Politico

Link desta Matéria: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/12/miss-franca-sofre-racismo-na-internet.html

INOCENTE PRESO E VIOLENTADO NA CADEIA ACABOU CONTRAINDO AIDS.

Heberson Oliveira, 30, foi acusado de estupro, foi preso e depois inocentado, mas perdeu a vida. Hoje vagueia como uma sombra sem vida...
 
Vidas Roubadas. A história de Heberson de Oliveira, 30, preso inocentemente por estupro. (Márcio Silva)
No dia 18 de maio de 2006, ao sair de sua cela e cruzar os muros da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, Heberson Oliveira, 30, achou tudo estranho. O sol estava alto, mas não era o calor que lhe incomodava. Aquele era seu primeiro dia de liberdade após dois anos e sete meses na prisão. Nem ele acreditava mais que isso um dia pudesse acontecer. 

- Eu já tinha perdido as esperanças de sair da cadeia vivo. A minha cela já estava virando a minha casa - conta Heberson, quase cinco anos depois, sentado na cama tubular cor de vinho de seu irmão mais novo. Heberson Oliveira é o rosto de um silencioso drama brasileiro: o das vidas roubadas pela lentidão da Justiça. Foi preso em novembro de 2003, suspeito de ter estuprado uma menina de nove anos de idade. Ele negou ter cometido o crime e disse que sequer estava em Manaus na época em que tudo ocorreu. 

Mesmo sem nenhuma prova material ou testemunhal que o incriminasse, foi indiciado, denunciado e transferido para a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Só dois anos e sete meses depois de ter sido preso é que Heberson foi julgado e, finalmente, considerado inocente.

Mas a sentença que o pôs em liberdade não foi suficiente para lhe fazer um homem completamente livre. Heberson foi estuprado pelos “xerifes” da cadeia e contraiu o vírus da AIDS.
- Eu fui violentado lá dentro. Na hora do desespero, não vi quantos eram. Só queria que aquele sofrimento acabasse. Agora, essa doença vai me acompanhar pelo resto da vida. Eu estou condenado à morte. A Justiça roubou minha vida - desabafa tentando disfarçar o constrangimento evidente no queixo tremido.

Paradeiro

Para encontrar Heberson é preciso paciência. Depois que saiu da cadeia, ele morou durante algum tempo na casa de sua mãe, mas depois de três crises de depressão, se entregou às drogas e saiu de casa.Tentou alguns empregos, mas não se firmou em nenhum lugar.

- É difícil alguém oferecer emprego para um ex-presidiário e um aidético. Algumas pessoas me ajudaram, mas aí vieram as depressões. Eu vivo cuspido pela sociedade - diz chorando.
Heberson, que tinha o corpo firme e o rosto limpo antes da prisão, agora parece uma sombra. Emagreceu pela doença e pelo vício. A barba cresce e o cabelo encaracolado escapa pelas laterais de um boné esfarrapado. Dorme sob marquises, em terrenos baldios ou construções abandonadas na periferia de Manaus.

Quase todos os dias, ele vai à casa de sua mãe, Maria do Perpétuo Socorro, 51, em uma rua estreita e esburacada do bairro Compensa II, na Zona Oeste de Manaus. Caminha lentamente pelas ladeiras do bairro e, aos poucos, a gritaria na mercearia ao lado da casa de sua mãe vira cochicho. Atento, ele percebe que os olhos se voltam em sua direção; abaixa a cabeça e continua a andar.

Ao fim da tarde, Heberson deixa a casa da mãe. Carrega um saco plástico com roupas sujas e objetos catados na rua. Maria, pela janela, olha o filho indo embora mais uma vez, sem muito o que fazer. E Heberson, sem paradeiro definido, desaparece na rua sem saber quando ou se vai voltar. (Leandro Prazeres)
 
Link desta Matéria:  http://josuemoura.blogspot.com.br/2013/12/inocente-preso-e-violentado-na-cadeia.html

Amazonas - Médica diz a mãe de paciente: 'Macaca, suja, pobretona'.

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Foto - Brasil 247.
Incrível, mas estas palavras foram usadas por uma médica de um pronto socorro em Manaus para escorraçar a mãe de uma criança a quem negou atendimento; a médica Socorro Pereira foi presa em flagrante após negar atendimento à criança e chamar sua mãe de "macaca, suja, pobretona e preta velha"; e para aumentar o absurdo, os outros médicos saíram em favor da pediatra e deixaram de atender os pacientes por alguns minutos.

14 de Dezembro de 2013 às 16:13.

DILMA: Feliz Aniversario Presidenta.


Maranhão - Morte de líder sindical será investigada pela Polícia.

Um carro bateu na moto de Raimundo Ribeiro; Acidente pode ter sido intencional.


SANTANA DO MARANHÃO - A Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) vai investigar a morte do líder do Sindicato de Trabalhadores Rurais da cidade de Santana do Maranhão, Raimundo Ribeiro.

O líder sindical morreu na semana passada em um acidente de moto na estrada entre Santana e Anapurus. Na ocasião, ficou constatado que sua moto colidiu com outro veículo acidentalmente. O corpo foi velado e enterrado.

Dias após o enterro, a polícia do local recebeu uma denúncia de que o acidente foi provocado. O denunciante afirmou que o carro bateu na moto do sindicalista, que depois de caído no chão, o mesmo carro passou várias vezes em cima do corpo da vítima. Inclusive, havia indícios de que o líder sindical foi espancado.

A SPCI, sob o comando do delegado Jair Paiva, vai investigar o caso e mandará fazer a exumação do corpo, para saber se houve crime por encomenda.

Primavera Árabe: Dez consequências que ninguém conseguiu prever.


Kevin Connolly
Três anos depois do início dos protestos que ficaram conhecidos como Primavera Árabe, o Oriente Médio ainda está em estado de tensão.
Rebeliões ajudaram a derrubar regimes que estavam consolidados há décadas.

As revoltas começaram com manifestações na Tunísia em dezembro de 2010. No dia 17 daquele mês, o vendedor de rua Mohamed Bouazizi se matou, em um ato de protesto contra as condições de vida no país do norte da África.
O ato gerou a mobilização de milhares nas ruas, pressionando o presidente Zine al-Abidine Ben Ali a deixar o poder, em janeiro. Ben Ali estava no poder havia mais de 20 anos.
Se seguiram protestos no Egito, que antecederam a queda do presidente Hosni Mubarak, e a um conflito na Líbia, que resultou no fim do regime de Muammar Khadafi.
A Primavera Árabe também marcou o início do levante na Síria, país que hoje é palco de uma guerra civil envolvendo simpatizantes e opositores do presidente Bashar al-Assad.
Por outro lado, a onda de protestos também teve outras consequências menos previsíveis.
A BBC preparou uma lista de fatos que, segundo analistas, não eram esperados como resultado das revoltas iniciadas em 2011.

1. Monarquias superam turbulências

As famílias reais do Oriente Médio tiveram bons resultados com a Primavera Árabe até agora. Isso é verdade tanto na Jordânia quanto no Marrocos e nos países do Golfo Pérsico.
Os governos que caíram ou balançaram tinham um sistema de partido único, com forte aparato de segurança, semelhante ao adotado pela União Soviética.
Cada monarquia reagiu de forma diferente para lidar com protestos internos. O Barein usou dura repressão para lidar com manifestantes Catar aumentou salários no setor público nos primeiros meses de protestos.
Além disso, nos reinos do Golfo, a maior fonte de insatisfação pôde ser rapidamente "exportada": os trabalhadores nas piores condições geralmente são estrangeiros, que podem ter seus vistos de trabalho rapidamente revogados.

2. Estados Unidos não são mais determinantes

No começo, os EUA cultivavam relações boas com Egito, Israel e Arábia Saudita em um cenário que parecia estável há anos. Mas no Egito, os americanos não conseguiram acompanhar o ritmo de mudanças, que levou ao poder o islamista Mohammed Morsi, poucos meses depois deposto pelas Forças Armadas.
Os Estados Unidos gostam de eleições, mas detestaram o resultado do pleito no Egito – uma vitória clara da Irmandade Muçulmana. E não gostam de golpes militares (pelo menos não no Século 21), mas se sentem confortáveis com um regime apoiado por militares, desde que eles se comprometam a manter a paz com Israel.
Os Estados Unidos seguem sendo uma superpotência, mas ela não dita mais o rumo do Oriente Médio.

3. Sunitas contra xiitas

A velocidade na qual os protestos não-armados contra regimes autoritários se transformaram em uma guerra civil na Síria chocou o mundo. Isso elevou as tensões entre os dois grupos em várias outras regiões. Na Síria, a guerra virou praticamente um confronto velado entre o Irã xiita e a Arábia Saudita sunita.
Essa rivalidade causou violência sectária também no Iraque, e pode acabar sendo um dos legados mais duradouros da Primavera Árabe.

4. Irã, o vencedor

Ninguém teria conseguido prever que o Irã seria o grande vencedor da Primavera Árabe. No começo do processo, o país ficou marginalizado e enfraquecido com as sanções que vários países impõem devido ao seu programa nuclear.
A Arábia Saudita e Israel estão preocupados com a disposição americana de negociar com o Irã, mas hoje é impossível pensar em uma solução para o conflito sírio sem a participação do país.

5. Vencedores e perdedores

Escolher vencedores e perdedores é difícil. Basta olhar para o caso da Irmandade Muçulmana, principal beneficiário com a queda de Hosni Mubarak no Egito.
Poucos meses depois da eleição que conduziu seu líder Mohammed Morsi à Presidência, em junho de 2012, o movimento estava novamente fora do poder, agora por intervenção das Forças Armadas. O movimento parecia um ganhador com a Primavera Árabe, mas agora já não é mais assim.

6. Curdos beneficiados

O povo do Curdistão, no Iraque, parecem cada vez mais se beneficiar com a Primavera Árabe, podendo até mesmo conseguir fundar o seu próprio país, um antigo sonho.
Mas o futuro da nação, caso venha a ser formada, não parece fácil, já que os curdos enfrentam resistências com todos os países à sua volta – Síria, Turquia e Irã.

7. Mulheres são vítimas

Na Praça Tahrir, no Egito, muitas mulheres foram às ruas para pedir que as mudanças políticas também trouxessem novidades no campo dos direitos humanos.
Mas a decepção das mulheres foi grande. Muitas foram vítimas de agressões e crimes sexuais em público.
Um estudo da Fundação Thomson-Reuters afirma que o Egito é hoje o pior país no mundo árabe para mulheres.

8. Impacto superestimado das mídias sociais

No começo dos movimentos, havia bastante entusiasmo na imprensa ocidental sobre o papel do Twitter e Facebook, em parte porque jornalistas ocidentais pessoalmente gostam das mídias sociais.
Estas redes têm papel importante em países como a Arábia Saudita, onde servem para dar vazão às opiniões que são reprimidas pela imprensa oficial.
No começo, elas também tiveram um papel importante nos protestos, mas isso ficou limitado a pessoas mais educadas e bilíngues. Os políticos liberais, que usaram mais intensamente as redes sociais, não ganharam grande apoio nas urnas.
Já canais de televisão por satélite tiveram influência muito maior, chegando a pessoas analfabetas e que não possuem acesso a internet.

9. Bolha imobiliária em Dubai

Há uma teoria de que o mercado imobiliário de Dubai chegou a um pico, com pessoas ricas em países instáveis – como Egito, Líbia, Síria e Tunísia – comprando casas e apartamentos em lugares mais seguros, como forma de proteger seu patrimônio.
Esse efeito teria sido sentido também em cidades como Paris e Londres.

10. De volta à prancheta

O mapa do Oriente Médio desenhado por França e Grã-Bretanha ao final da Primeira Guerra Mundial parece estar evoluindo. Foi nesta época que surgiram países como Síria e Iraque.
Há muitas dúvidas sobre se esses países continuarão existindo na forma atual daqui a cinco anos.
Uma lição antiga que todos parecem estar reaprendendo é de que revoluções são imprevisíveis, e pode levar anos para que se compreenda exatamente as suas consequências.