sábado, 12 de abril de 2014

FCRB lançou edital oferecendo bolsas de pesquisa.

11.04.2014. 
A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) lançou edital oferecendo bolsas de pesquisa, variando da iniciação científica a bolsas para profissionais com graduação completa, mestrado ou doutorado. 
As áreas disciplinares incluem um largo espectro das ciências humanas e das sociais aplicadas, além de letras e artes, museologia, arquivologia, biblioteconomia, arquitetura, conservação e restauração e turismo.
As inscrições para o Programa de Incentivo à Produção do Conhecimento Técnico e Científico na Área de Cultura vão até 9 de maio de 2014 e só podem ser feitas por correio por serviço de encomenda expressa (Sedex ou similar). 
As entrevistas ocorrerão de 20 a 29 de maio. O resultado será publicado até 30 de maio. Os novos bolsistas começarão seus trabalhos no dia 1º de agosto de 2014 ou de acordo com o cronograma de execução do respectivo projeto.
:: Inscrição:
Para conhecer o detalhamento de todas as etapas do concurso no Edital para seleção de bolsistas de pesquisa e baixar o formulário de inscrição, visite nosso site.
:: Mais informações:

• do Centro de Pesquisa: tel. 21 3289-8640/41/42 ou e-mail pipc@rb.gov.br;

• do Centro de Memória e Informação: tel. 21 3289-8662 ou e-mail memoria@rb.gov.br;

• das bolsas de Iniciação Científica: tel. 21 3289-8642 ou e-mail pic@rb.gov.br.
Fonte: Fundação Casa de Rui Barbosa
Publicação: Ascom / MinC.

SETRES convida os Prefeitos Maranhenses e demais interessados para o Seminário Estadual Pró-Catador Maranhão que será realizado nos dias 24 e 25 de abril.


O Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Economia Solidária – SETRES, em parceria com a Secretaria Geral da Presidência da República, através da Secretaria Executiva do Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (CIISC) e o  Ministério Público Federal. Convidam para o Seminário Estadual Pró-Catador Maranhão que será realizado nos dias 24 e 25 de abril, no Veleiros Mar Hotel, Avenida dos Holandeses, lotes 01 e 02 – Ponta D’areia – São Luís.

O referido evento terá como foco discutir coletivamente as ações necessárias para a inclusão sócio-produtiva dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e o encerramento dos lixões existentes no Estado, como normatiza a Lei nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos e às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

Eleições 2014 - PSDB E PPS Rearticulam Aliança no Maranhão.

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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Operação Lava Jato - PF cumpre mandados da segunda fase da Operação Lava Jato no Rio e São Paulo.

Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Vinte e cinco dias depois de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro, suspeita de movimentar mais de R$ 10 bilhões, e prender o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, agentes da Polícia Federal cumprem hoje (11) mais 21 mandados de prisão (dois), condução coercitiva (quatro) e de busca e apreensão (15) em São Paulo e Campinas, no estado de São Paulo e no Rio de Janeiro, em Macaé e em Niterói, no Rio de Janeiro.

De acordo com a PF, a ação visa a obter documentos que auxiliem nos trabalhos de investigação iniciados com a Operação Lava Jato. 

Na operação, deflagrada em 17 de março, além das prisões do ex-diretor da Petrobras e de Youssef, foram apreendidos veículos de luxo e grande quantia de dinheiro em moeda nacional e estrangeira - dólares e euros.

A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores. 

A organização contava com quatro grupos que tinham à frente doleiros que lucravam com câmbio paralelo ilegal, mas também praticavam crimes como tráfico de drogas, exploração e comércio ilegal de diamantes e corrupção de agentes públicos, entre outros.

Juntos, os grupos movimentaram mais de R$ 10 bilhões nos últimos três anos, de acordo com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda.

Barbarie - Jovem negro (INOCENTE) é espancado e morto por populares no Espírito Santo.

Por Douglas Belchior. - Fonte: 1, 2, 3 e fotos de reprodução – facebook.
O corpo negro ensanguentado e o olhar assustado que você na foto é do menino Alailton Ferreira, de 17 anos, cercado por um grupo armado com pedras, barras de ferro e pedaços de madeira. Momentos depois, ele foi alvo de um espancamento coletivo. Desacordado, foi levado ao hospital, mas não resistiu e morreu na noite de terça-feira (8).
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Foto - Facebook.
Aos gritos de “mata logo” e de vários xingamentos, o espancamento aconteceu às margens da BR 101, na tarde do último domingo (6), no bairro de Vista da Serra II, cidade de Serra, há cerca de 30km da capital Vitória, no Espírito Santo. Só depois de duas horas de muita violência, a Polícia Militar chegou ao local, colocou o jovem na viatura e o levou até a Unidade de Pronto Atendimento. “Os policiais militares descreveram no boletim de ocorrência que foi necessário utilizar spray de pimenta para conter os populares” disse o delegado-chefe do DPJ, Ludogério Ralff.
Acusação de Estupro
O motivo do linchamento foi causado por acusações controversas. Alguns disseram que o jovem teriatentado estuprar uma mulher. Outros que ele seria suspeito de tentar roubar uma moto e abusar de uma criança de 10 anos. Tudo ocorreu no domingo (6), mas até esta quarta-feira, dia em que Alailton foi enterrado, não havia qualquer denúncia ou relato de testemunhas, segundo a Polícia Civil.
O irmão contesta as acusações e diz que o adolescente sofria de problemas mentais: “Ele chamou a menina, ela se assustou e correu para chamar a família. Os familiares e vizinhos correram atrás dele. Por isso as pessoas falaram que ele era estuprador. Se ele quisesse roubar uma moto, teria feito no próprio bairro, mas ele nem sabe pilotar”. Segundo o tio do jovem, foi um ato de covardia. “Ele estava com uns problemas de saúde e ficava assustado com frequência”.
O morador Uelder Santos, 29, em entrevista para um jornal também colocou as acusações sob suspeita: “Ninguém viu esse tal estupro ou mesmo noticias da suposta vítima”.

“Peçam perdão a Deus pelo que fizeram”, diz a Mãe

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Foto - Diva Suterio Ferreira, mãe de Alailton.
Em entrevista a um jornal, a mãe de Alailton,  a doméstica Diva Suterio Ferreira, 46, disse que  o filho teria sido vítima de uma injustiça: “Ele já foi preso por furto, usava droga, mas não estuprou ninguém, jamais faria isso”. 
Cristã, disse que se apega a Deus para socorrê-la nesse momento difícil: Meu filho era amado, sonhava em me dar uma casa. Dizia que queria um quarto para ele, um para mim e um para irmã.  Minha filha, de 11 anos, só chora, tem medo de sair à rua depois do que aconteceu. Acredito na justiça divina. Peço que essas pessoas peçam perdão a Deus pelo que fizeram ao meu filho”.

Violência endêmica e elemento racial (nada) subjetivo

O escritório das Nações Unidas apresentou nesta quinta-feira (10) um levantamento sobre as taxas de homicídio em que conclui que as Américas são as regiões mais violentas do planeta. O Brasil está entre países mais violentos. Das 30 cidades mais violentas do planeta, 11 são brasileiras. Segundo a publicação, Maceió é a quinta cidade do mundo com mais homicídios por cada 100 mil habitantes. A cidade de Vitória do Espírito Santo, vizinha ao local onde Alailton foi assassinado por populares, é a 14ª da lista mundial.
Não gosto de suposições, por isso fico nas perguntas: qual seria o resultado de uma amostragem com o recorte racial das vítimas desses homicídios em toda América? Teríamos uma proporção parecida com a média brasileira, que aponta 70% de vítimas negras?
Não sei se Alailton estuprou alguém. Era mulher feita ou uma criança de 10 anos? Ambos os crimes são gravíssimos. Mesmo que tenha sido uma “apenas” uma tentativa ou ainda que o jovem tivesse problemas mentais, sem dúvida caberia alguma punição. E a Lei prevê. Mas jamais um linchamento. Jamais!
E pior: nada leva a crer que houve de fato o crime. Aliás, ao que parece (não sou investigador, nem gostaria), ele teria sim sido “vítima de uma injustiça”, como disse a mãe doméstica.
O fato de ser um menino negro teria sido um elemento potencializador do ódio coletivo e da precipitação de um julgamento instantâneo – acusação, julgamento, condenação e execução: Foi ele! Pega ele! Só pode ter sido ele!?
E se fosse um menino branco, a história teria tais requintes de crueldade e terminaria no cemitério? 
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Alailton Ferreira

A bala não é de festim, aqui não tem dublê!

O assassinato covarde do menino negro Alailton Ferreira me fez lembrar dois filmes norte-americanos muito famosos. O primeiro é o clássico “O sol é para todos”, de 1962, que conta a história de Tom Robinson (Brock Peters), um jovem negro que fora acusado de estuprar Mayella Violet Ewell (Collin Wilcox Paxton), uma jovem branca. 
Atticus Finch, um advogado extremamente íntegro, interpretado por Gregory Peck – que viria ganhar o Oscar de melhor ator com esse trabalho, concordou em defendê-lo e, apesar de boa parte da cidade ser contra sua posição, ele decidiu ir adiante e fazer de tudo para absolver o réu. Nos Estados Unidos como aqui, sempre fora comum acusações de estupros e outros crimes recaírem sobre negros, sem que haja grandes contestações.
O outro filme, esse mais recente (1996), faz ainda mais sentido com o momento que vivemos, inclusive no nome: “Tempo de Matar”, que se passa em Canton no Mississipi, onde Carl Lee (Samuel L. Jackson), um negro que, ao matar dois brancos que espancaram e estupraram sua filha de 10 anos é preso, e um advogado branco Jake Brigance (Matthew McConaughey ) e Ellen (Sandra Bullock) uma obstinada estudante de Direito, ambos se voltam contra o preconceito e o racismo existente na comunidade daquela cidade para defender o acusado.
Já no fim da trama, quando tudo parecia perdido, afinal a cidade queria a condenação do acusado, no Tribunal Jake solicita a todos os presentes que fechem os olhos e ouçam a ele e a si mesmos, então ele começa a contar a história de uma garotinha que volta do armazém, e de repente surge uma “pick-up” de onde saltam dois homens e a agarram, eles a arrastam para uma clareira e, depois de amarrá-la, arrancam-lhe as roupas do corpo e montam nela, primeiro um, depois o outro, eles a estupram tirando toda a sua inocência com brutais arremetidas. 
Depois de acabarem, e de ter matado qualquer chance daquele pequeno útero ter filhos, os dois rapazes começaram então a usar a garotinha como alvo, acertando-a com latas cheias de cerveja, cortando sua carne até o osso. Não satisfeitos, eles ainda urinaram sobre ela, e com uma corda fazem um laço e a enrolamo no seu pescoço e num puxão repentino a suspende no ar, esperneando e sem encontrar o chão até o galho quebrar e, milagrosamente cair no chão. 
Nesse momento, eles a colocaram na “pick-up” e, ao chegar em uma ponte, jogam-na de cima da mureta, de onde ela cai de uma altura de 10 metros até o fundo de um córrego. Jake então pára a história e pergunta aos presentes se conseguem vê-la, se conseguem imaginar o corpo daquela garotinha estuprado, espancado, massacrado, molhado da urina, do sêmen deles e do próprio sangue, e depois abandonado para morrer…
E novamente repete para que todos façam uma imagem dessa garotinha, aguarda um instante e pergunta: “Agora imaginem que essa garotinha é branca”!
Carl Lee é inocentado pelo júri.
Ora, “impoluto escrevente”, me perguntaria um dos meus algozes sempre presentes nos comentários deste Blog: “Mas não está a criticar a ideia da justiça pelas próprias mãos? Contraditório o exemplo deste filme, não?”.
E eu responderia:
Sim e não.
Sim. E essa é a parte que não gosto no filme. Ele justifica a ideia de que, em alguns casos, pode-se aceitar a justiça feita pelas próprias mãos. E não podemos tolerá-la em hipótese alguma. Menos ainda quando o pressuposto é inexistente – como parece ser neste caso do Espírito Santo.
E não.
Não por que faz todo o sentido imaginar que, diante da violência sistemática, continuada e explícita contra a população negra, não seria absurdo imaginar que em algum momento pode haver reações, bastando para isso que aflore a percepção – por parte da população negra, de que vivemos sim um estado de desigualdades e de violência racial.
Mas se dirá: Loucura! Radicalismo deste blogueiro afro-lunático racialista! E diante da fúria democrata-gilberto-freyreana presente inclusive na parte bolchevique do mapa, diria por fim:
Sempre caberá o terrível e necessário pedido de reflexão feito pelo advogado branco, Jake Brigance (Matthew McConaughey ), em Tempo de Matar:
“Agora imaginem que essa garotinha é branca”!
Imagine que Alailton é branco!
Imagine que Cláudia é branca!
Imagine que Amarildo é branco!
Imagine que Douglas é branco!
Imagine que José Carlos, é branco.
Imagine que o menino torturado e amarrado nú em um poste na zona sul do Rio de Jaineiro é branco.
Imagine que, quem a polícia mata 3 vezes mais que negros, são os brancos.
Imagine um mundo onde as pessoas pudessem viver em paz.
Consegue?

Rio de Janeiro - CLIMA É TENSO E JORNALISTA É PRESO EM DESOCUPAÇÃO.

Rio de Janeiro - Em Ação de Desocupação proposta pela OI contra Cinco Mil Pessoas, 1.600 policiais usam de violência.

Foto - Brasil 247 - 1.

JORNALISTA É PRESO EM DESOCUPAÇÃO. A Polícia Militar (PM) está com cerca de 1.600 homens na região do Engenho Novo, na zona norte do Rio, para cumprir a reintegração de posse determinada pela Justiça para retirar os cerca de 5 mil moradores que ocupam o terreno há 11 dias; no início, a ocupação foi pacífica, mas pouco depois das 6h30, o grupo começou a reagir e jogou um coquetel-molotov contra os militares.

11 DE ABRIL DE 2014 ÀS 10:16. Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil.