sexta-feira, 18 de abril de 2014

Brasil - Qual foi o comportamento no passado do PSDB e dos que hoje criticam a Petrobras.


 

PRIVATARIA: OS ESTRAGOS QUE FHC FEZ NA PETROBRAS!

Circulam na internet vários textos sobre como foi desastrosa a gestão na Petrobras durante o período do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), com inúmeros escândalos e uma política francamente favorável à privatização da empresa (que, de fato, aconteceu, com o leilão de um terço das ações da empresa na Bolsa de Nova York, numa operação que deve render até hoje, entre os operadores e especuladores de Wall Street, sorrisos por causa das vantagens na compra, a preço de banana, de uma empresa do porte da Petrobras).  

A empresa que foi construída com sangue e suor do povo brasileiro, motivo de orgulho nacional, foi - e continua sendo- alvo preferencial do entreguismo tucano, tanto que FHC, no fim de semana, voltou a defender sua privatização. Pouca gente sabe, mas os ataques contra a empresa começaram a ser praticados por FHC já como ministro da Fazenda, durante o governo Itamar Franco; a prática perniciosa contra o patrimônio nacional continuou durante os oito anos em que ficou na Presidência da República. 

Engenheiros da Petrobrás calculam que FHC foi responsável por um prejuízo de pelo menos 10 bilhões de dólares à Petrobras, sem considerar a mudança na remuneração das refinarias, operada também por FHC enquanto ministro da Fazenda de Itamar Franco, cujo prejuízo permanece até hoje e pode contabilizar mais de US$ 50 bilhões. Abaixo, um roteiro para entender o caso:

1994 – Ainda como ministro da Fazenda, Fernando Henrique manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo, de forma que, nos seis últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobras teve aumentos mensais, na sua parcela dos combustíveis, em valores 8% abaixo da inflação. Por outro lado, as distribuidoras de derivados tiveram, nas suas parcelas, aumentos de 32% acima da inflação.  Isto significou uma transferência anual, permanente, do faturamento da Petrobras para o cartel dessas distribuidoras, de cerca de US$3 bilhões anuais, que permanece até hoje.

1995 - FHC deflagrou o contrato e a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato que a Petrobras assinou em sua história, na análise de engenheiros da Petrobras. FHC, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, funcionou como lobista em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Esse fato, mais tarde, acarretaria o “apagão” no setor elétrico brasileiroAs empresas estrangeiras, comandadas pela Enron e Repsol, donas das reservas de gás na Bolívia, só tinham como mercado o Brasil. 

Mas a construção do gasoduto era economicamente inviável. A taxa de retorno era de 10% ao ano, enquanto o custo financeiro era de 12% ao ano. Por isso, pressionaram o governo a determinar que a Petrobras assumisse a construção. A empresa foi obrigada a destinar recursos da Bacia de Campos, onde a taxa de retorno era de 80%, para investir nesse empreendimentoA Petrobras foi obrigada a assinar uma cláusula de “Take or  Pay”, ou seja, comprando ou não a quantidade contratada, ela pagaria por ela. Assim,  por mais de dez anos, pagou por cerca de 10 milhões de metros cúbicos, sem conseguir  vender o gás no mercado nacional.

1998 – A Petrobras é impedida pelo governo FHC de obter empréstimos no exterior para tocar seus projetos – a juros de 6% a.a. –, e de emitir debêntures que visavam à obtenção de recursos para os seus investimentos.  FHC cria o Repetro, por meio do Decreto 3.161/98, que libera as empresas estrangeiras   do pagamento de impostos pelos seus produtos importados, mas sem, contudo, dar  a contrapartida às empresas nacionais. Isto, somado à abertura do mercado nacional iniciada por Fernando Collor, liquidou as 5 mil empresas fornecedoras de equipamentos  para a Petrobras, gerando brutais desemprego e perda de tecnologias para o País.  Essas empresas haviam sido criadas por meio do repasse de tecnologia que a Petrobras gerava ou absorvia. A /presença do fornecedor nacional facilitava em muito a operação  da empresa.

1998 - Seis empresas multinacionais (duas delas comandaram a privatização da YPF Argentina – Merryl Linch e Gaffney Cline) passaram a ocupar o 12º andar do prédio da Petrobras (Edise) para examinar minuciosamente todos os dados da estatal, sob o argumento de que se tratava de uma avaliação dos dados técnicos e econômicos necessários à venda de ações da empresa, em poder do governo. Durante dois anos, essas empresas receberam todas as informações que quiseram dos  gerentes da Petrobras, inclusive as mais confidenciais e estratégicas, de todas as áreas.  Reviraram as entranhas da estatal, de uma forma jamais realizada em qualquer  empresa que aliene suas ações.

1999 – Muda-se o estatuto da Petrobras com três finalidades: Reichstul inicia o mandato cancelando atabalhoadamente (propositalmente?) o contrato da empresa Marítima – fornecimento de seis plataformas para perfuração exploratória – um mês antes de ela incorrer numa grave inadimplência. O cancelamento salvou a Marítima de pesadas multas e ainda deu a ela argumentos para processar a Petrobras, pedindo R$2 bilhões de indenização pelo incrível cancelamento. Ganhou em primeira instância. Reichstul viaja aos EUA com o ex-jogador Pelé e, juntos, fazem propaganda do  lançamento e venda de ações da Petrobras em Wall Street; o governo vende, então,  20% do capital total da Petrobras, que estavam em seu poder. 

Posteriormente, mais 16% foram vendidos pelo irrisório valor total de US$5 bilhões. Privatização da REFAP foi feita pela troca de ativos com a Repsol Argentina (pertencente ao Banco Santander, braço do Royal Scotland Bank Co.), onde a Petrobras deu ativos no valor de US$500 milhões – que se avalia em US$2 bilhões – e recebeu ativos no valor de US$500 milhões, os quais, dois dias depois, com a crise da Argentina, passaram a valer US$170 milhões. Houve também o naufrágio da P-36, com 11 mortes e prejuízos que podem ser calculados em mais de US$ 2 bilhões, por lucro cessante, como resultado da paralisação da produção, até que nova plataforma fosse posicionada e a produção dos poços retomada.

2000 – Na Bahia, foi assinado um estranho contrato com a PetroRecôncavo, sem licitação, que transferiu a operação de 12 campos de petróleo para esta empresa (50% Opportunity), sem prazo para terminar e sem cláusulas de multas, em caso de descumprimento do contrato. Foi estimado prejuízo de mais de US$ 200 milhões.

2001 – Gros compra 51% da Pecom Argentina, por US$1,1 bilhão, embora a dita empresa tenha declarado, publicamente, um déficit de US$1,5 bilhão; Faz, ainda, um contrato de construção de duas plataformas com a Halliburton (EUA), com uma negociação obscura, sem concorrentes. Apesar desses atrasos, a Halliburton não pagou multa e ainda ganhou cerca de US$500 milhões adicionais da Petrobras, em tribunal americano.

Lula - “VAMO PRA CIMA DESSES JORNAIS, SÔ!”.



Atenção, Walter Xeu:
O Instituto Lula não tem nada q 'editar' coisa alguma. Só tem de fazer o que fez: DISTRIBUIR O DOCUMENTO INTEGRAL e por escrito. Afinal, apareceu.

O jeito certo de fazer isso é TAQUIGRAFAR a fala inteirinha e em seguida -- rapidamente, transcrever. É o que se faz em todo o mundo, há séculos. É muito difícil 'tirar falas', de ouvido, para transcrever.

Daqui em diante, é conosco. E MUITO CUIDADO para, no processo, não dar mais destaque aos blogueiros do que ao que o presidente Lula realmente disse.

O trabalho, daqui em diante é trabalho DE PROPAGANDA DE DEMOCRATIZAÇÃO.

A internet NÃO É JORNALÍSTICA. E o bloguismo, se continuar jornalístico, só nos atrasa a vida.
_________________________________________________________________
LULA: “VAMO PRA CIMA DESSES ‘JORNAIS’, SÔ!”
Trecho da entrevista de 8/4/2014, a jornalistas blogueiros.
(Em http://goo.gl/y0aKVc vídeos e texto integral transcrito)

LULA: Eu acho que, não é que falta humor na política, porque senão a gente elegeria um humorista qualquer e tava resolvido o problema [brilhante resposta, a pergunta tola, metida a besta]. O problema é que nós estamos sendo conduzidos por uma massa feroz de informações deformadas que vai criando, sabe, o imaginário e vai formando a cabeça das pessoas.

Eu, sábado passado, faz 15 dias eu fui almoçar, fui jantar na casa de um companheiro. E na casa desse companheiro tinha um menino de 20 anos de idade e tinha um menino de 17 anos de idade, filho e sobrinho. 
E eu tava na mesa conversando com eles e eu comecei a me dar conta do seguinte: há 11 anos atrás, quando eu fui eleito, esse menino de 20 tinha só nove anos. O de 17 tinha só seis anos de idade. Quando eu deixei a Presidência, em 2010, o de 20 tinha 16 e o de 17 tinha 13.

Eu me dei conta que essa meninada não tem obrigação de saber o que eu fiz e, se ele for ver o que nós fizemos, pela imprensa ele tá totalmente desinformado. Porque há uma… Há uma… Eu fico pensando que, se a imprensa, nos seus editoriais, sabe, batesse no governo, discordasse, seria ótimo, é a opinião, tá lá, a opinião da diretoria. Devia de colocar logo a cara do diretor, pra gente ver que é o diretor. Ele nunca tem coragem de colocar também a cara do diretor que faz o editorial, pra gente ver quem é que tá fazendo o editorial. E na cobertura normal, que fosse um pouco mais sério, um pouco… Eu diria… Mais neutro, sabe, na cobertura.

Então, eu, tem dia que eu fico pensando que o país acabou, sabe, porque é uma quantidade de notícias equivocadas, de notícias… Eu tenho falado com alguns companheiros ministros que eles têm que ir pra cima. Todo dia tem que ver, tem que ligar, tem que pedir pra dar entrevista. Não dá… Que fique grupo de pessoas pra acompanhar, pra poder pedir direito de resposta, pra dizer pelo menos a verdade.

Não precisa concordar. Então, eu me dei conta de que esse mau humor é uma quantidade… Eu recebo hoje mais gente do que eu recebia quando era presidente. Sabe, recebo mais gente do movimento social, do movimento sindical, mais empresário, converso com muita gente, muito mais solto do que antigamente, ou seja, e existe esse mau humor. É inacreditável. 
O Delfim escreve muito sobre isso. Ou seja, a percepção negativa é pior do que o mundo real e todo mundo sério percebe isso. E, eu lembro que, numa conversa que eu tive com a companheira Dilma e com… Com a presidenta Dilma e com alguns companheiros eu falei:

“Gente, vocês têm que dar uma olhada, não é na pesquisa de opinião pública. É na percepção da sociedade, o que que tá acontecendo, porque tem alguma coisa que nós temos que fazer, pra fazer a sociedade entender.”

E eu me dei conta que, se a gente não for agressivo numa política de comunicação, pra dizer o que que tá acontecendo, daí eu acho que nós perdemos um tempo precioso em não fazer a discussão sobre o marco regulatório da comunicação nesse país. Perdemos um tempo precioso, ou seja, eu espero que em algum momento a gente retome essa discussão. O da internet nós vencemos a primeira parte. O Marco Civil nós vencemos a primeira parte. Precisa tomar cuidado com o Senado, mas já foi um avanço, sabe, a neutralidade.

Pois bem, eu me dei conta… As pessoas reclamavam: “O Lula tá sempre em palanque, o Lula fala toda hora, o Lula fala oito vezes por dia, o Lula fala…”. Ô, meu filho, mas seu eu não falar, quem vai falar, os meus opositores? Eu tenho que falar dez vezes por dia, 15 vezes por dia. A Dilma tem que falar, os ministros têm que falar. Nós temos que disputar espaço, porque a tentativa de vender coisas que não são verdadeiras é fantástica. A de tentar vender coisas negativas é… 
Eu, sinceramente, fico assustado. Eu duvido que tenha um jornalista nesse país que diga que um dia o Lula pediu pra que ele não falasse tal coisa. Nunca! Não faz parte da minha cultura política. Pra mim, pra mim, sabe, o leitor é o censor, é o censurador desse país. Ele que vai censurar o que ele quiser, ele que vai… Não é o governo e muito menos um ministro.

As passeatas de 2002, ou seja, eu fiquei pensando que informação política tinha na cabeça daqueles jovens, sabe? Eu tenho neta, sabe, com 18 anos de idade, eu tenho neta, eu vejo o que eles falavam pra mim. E eu fico pensando: que informação eles têm? Nenhuma informação, gente. Não tem debate nas universidades mais. Não tem programa, sabe, que ele possa ter alguma informação correta. 
O noticiário que ele pode ter correto é via internet, mesmo assim, uma quantidade de coisas na internet é coisa que não politiza, é coisa despolitizante, ou seja, então, se a gente não tiver uma preocupação de conversar com essa gente mais vezes, toda hora, e repetir e conversar… 
[fim do fragmento “VAMO PRA CIMA DESSES JORNAIS, SÔ!”]

Maranhão - Termina desintrusão da terra indígena Awá.

17.04.2014 - Termina desintrusão da terra indígena Awá no Maranhão
Foto - http://www.secretariageral.gov.br.
Os indígenas do povo Awá-Guajá receberam nesta terça-feira (15/4) o “auto de desintrusão” das mãos dos oficiais da Justiça Federal do Maranhão. 
Desta forma, o Estado brasileiro assegurou a posse definitiva da terra indígena para o povo Awá-Guajá, muitos deles isolados e de recente contato.  
O território com mais de cem mil hectares retornou aos habitantes originais após a decisão judicial no final do ano passado. Para cumprir a decisão da justiça, o governo federal iniciou em 5/1/14 a operação de desintrusão, ou seja, a retirada de não índios da área. A operação, coordenada pela Secretaria-Geral da Presidência da República e Fundação Nacional do Índio (Funai), tem a participação de vários ministérios e órgãos do governo federal. 
A devolução simbólica da terra aos Awá aconteceu na aldeia Juriti, com a presença do juiz José Carlos do Vale Madeira, da Justiça Federal do Maranhão e autor da sentença judicial que determinou a desintrusão e do procurador federal Alexandre Silva Soares (MPF/MA), além dos representantes do governo federal e coordenadores da operação – Nilton Tubino (Secretaria-Geral) e Leonardo Lenin (Funai).  A Operação Awá-Guajá continua até o dia 30/4 com a permanência da Força Nacional de Segurança Pública e apoio das Forças Armadas. 
A Terra Indígena Awá-Guajá, localiza-se entre os municípios de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton Bello, São João do Caru e Zé Doca, na região Noroeste do Estado.
Vistoria
O juiz José Carlos Madeira e o procurador Alexandre Soares realizaram um sobrevoo de reconhecimento na terra indígena.  No roteiro, foram percorridos antigos povoados cujas casas foram totalmente desmontadas, áreas de degradação e desmatamento (cerca de 30% do total) e antigas grandes propriedades. Foi ainda realizado um pouso na base de operações Norte, local onde anteriormente existia o povoado de Vitória da Conquista. Lá a comitiva conheceu a estrutura de proteção montada pela Funai como a sinalização e cancelas para a proteção do território.  
A operação Awá foi constituída por duas fases. A primeira, notificação pelos oficiais de justiça dos não índios (posseiros, pequenos agricultores, agricultores e madeireiros) que ainda se encontravam na terra indígena e, após 40 dias o desfazimento de construções, cercas e estradas. “Encontrando-se livre de pessoas e coisas estranhas ou incompatíveis ao modo de vida do povo Awá-Guajá, damos por cumprida a ordem judicial de desintrusão expedida pelo Juiz federal da 5ª Vara da Justiça Federal do Maranhão dr. José Carlos do Vale Madeira”,  diz o documento entregue aos indígenas.  
A desintrusão da terra indígena Awa-Guajá  ficou sob a responsabilidade de uma força tarefa interministerial, coordenada pela Secretaria-Geral da Presidência da República em parceria com os ministérios da Justiça (Funai, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública/Força Nacional de Segurança Pública), Gabinete de Segurança Institucional (Abin); Defesa (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia / Censipam), Saúde (Secretaria de Saúde Indígena) Desenvolvimento Agrário (Incra), Meio Ambiente (Ibama/ Instituto Chico Mendes), Ministério do Desenvolvimento Social e Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH) e Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Saiba Mais
Os Awá-Guajá são um povo de língua tupi-guarani presente em quatro terras indígenas no Maranhão - TI Caru, TI Awá e TI Alto Turiaçu e Araribóia, com uma população considerada de recente contato com  mais de 400 pessoas, além de outros grupos que vivem isolados. Desde o reconhecimento pelo Estado brasileiro do direito de permanência dos índios na região, com a criação da então chamada Reserva Florestal Gurupi, não índios foram se apropriando da área. Ao mesmo tempo a área foi sendo desmatada, conforme mostram dados do monitoramento do desmatamento da Amazônia (Prodes) que apontam devastação de mais de 30% do território.
Link desta matéria: http://www.secretariageral.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2014/04/17-04-2014-awa

Constrangido, PCdoB esconde apoio ao PSDB em site oficial.

vermelhoImagem do Portal Vermelho capturada às 18h39 de ontem (17).
Dois dias depois de o pré-candidato do PCdoB ao Governo do Maranhão, Flávio Dino, pedir a benção do tucano Aécio Neves para ter apoio do PSDB no estado, não há qualquer referência à reunião dos dois pré-candidatos em Brasília na página inicial do site oficial dos comunistas.
Na aba “Maranhão” do Portal Vermelho – “uma página mantida e gerida pela Associação Vermelho, entidade sem fins lucrativos, em convênio com o Partido Comunista do Brasil – PCdoB”, segundo informa o expediente do sítio – a notícia em destaque, pelo menos até 18h39 de ontem (17), ainda era o tal ato de petistas em prol de Flávio Dino, ocorrido no sábado (12).
Apoio do PSDB? Nada além de uma nota escondida na aba “Mais”, abaixo de todas as matérias consideradas mais importantes.
A única referência aos tucanos na “capa” vem de forma tímida, constrangida mesmo, numa matéria na qual o presidente estadual do partido, Márcio Jerry, tece comentários sobre a formação de uma “frente do tamanho do desejo de mudança”.
Outra curiosidade: em editorial na mesma página, o Portal Vermelho exalta pronunciamento da Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
“O pronunciamento da direção comunista é uma peça política que ajuda a construir a contraofensiva das forças progressistas, indispensável para enfrentar o jogo sujo da oposição conservadora e neoliberal e sua estratégia de desestabilização do país”, diz.
Por “oposição conservadora e neoliberal”, entenda-se PSDB e afins…
É… dá pra entender o constrangimento.

A direita e o Paciente Trabalho para Plantar o Ódio nas Redes Sociais.

O ódio alimentado com leite de pera(Foto: Manjunath Kiran)
O ódio alimentado com leite de pera(Foto: Manjunath Kiran)

Meu amigo, o jornalista e professor universitário, Daniel Dantas Lemos, escreveu no Facebook que notou que na notícia sobre o “Planeta descoberto similar a Terra” havia “vários comentários que atacavam o PT, ele escreveu na sua TL: Esse negócio de comentaristas metendo o PT em qualquer texto da grande imprensa me faz pensar em táticas deliberadas e escusas – não em idiotice dos sujeitos”.
Concordo com ele e escrevi na linha do tempo dele que tudo isto “não é obra do acaso ou da burrice, é um trabalho paciente, científico, organizado e bem executado, sob um comando centralizado que sabe o que quer. Digo-lhe mais, não tem nada a ver com “teoria da conspiração”, venho estudando e escrevendo sobre este “fenômeno” de comunicação, que no início muitos abraçaram como “revolução digital”, cyberativismo etc. 
Infelizmente não tem nada disto, o que me chamou atenção foi primeiro a “revolta” do Egito, depois Turquia, Ucrânia, Brasil (junho/2013), Venezuela, de novo Turquia e de novo Ucrânia. Agora mais uma vez Venezuela, tudo muito parecido e igual a mesma forma de atuação e repetição. É só uma coincidência?”.
A tática usada por estes profissionais com uma especialidade clara são o que denomino de “comentaristas de Portais de Internet”, não importa sobre qual é a notícia, pode ser política, futebol, ciência, educação, os comentários são padronizados, aqui no Brasil atacando o PT, o Governo Dilma ( antes o Lula). 
Tudo se parece ser a mesma tática, ação é a mesma em todos os lugares acima citados, querem dá aparência de desordem e caos, o que facilita a cooptação, dando impressão de que tudo e todos não prestam, cultivando a baixa estima e estimulando o ódio latente.
Em vários artigos sobre a Ucrânia demonstrei como a tática do Caos funcionou e era bem preparada pela CIA, recentemente o site DefesaNet, sobre Defesa e Guerras, publicou um interessante artigo “SEGUNDA REVOLUÇÃO LARANJA”: UM PEQUENO PASSO PARA UM GRANDE OBJETIVO NORTE-AMERICANO”, 
em demonstra como eles “conquistaram” a Ucrânia “O principal objetivo dos esforços de Washington permanece inalterado desde os tempos da presidência de Bill Clinton, afirma o jornalista norte-americano Steve Weissman. 
Em seu trabalho o jornalista reuniu evidências de que o golpe de Estado em Kiev foi preparado com a participação direta de organismos norte-americanos como a Agência para o Desenvolvimento Internacional, o Instituto para a Paz e toda uma rede de empresas privadas. O que pode contrapor a Rússia a uma tal política de Washington?” (Grifos meus)
Ele vai mais além diz que  ”A segunda “revolução laranja” e o golpe de Estado em Kiev foram organizados por cidadãos dos EUA, afirma Weissman num artigo publicado no site independente Reader Supported News. Contudo, o autor acredita que o objetivo principal de Washington não é nem de perto a Ucrânia. Tudo o que está acontecendo em terras desta última é apenas uma parte do plano dos EUA dirigido contra a Rússia”.  
O jornalista identifica que as antigas fundações, como a Ford (Quantos jornalistas brasileiros foram bolsistas deles, né?), que servia de biombo para ações do Departamento de Estado se tornaram óbvias demais, agora são substituídas por outras táticas, mas com as mesmas características.
Avança o artigo mostrando que “A “infraestrutura não-militar do imperialismo norte-americano”, como a chama Weissman, é a Fundação Nacional para a Democracia (National Endowment for Democracy ou NED) com suas subdivisões (por exemplo, o Centro para a Iniciativa Privada Internacional e o Centro Norte-Americano para a Solidariedade Sindical Internacional). 
A lista inclui também a Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o Instituto dos Estados Unidos para a Paz. E para operações propriamente ditas e trabalho a nível local é usada uma rede continuamente crescente de grupos de fachada e empresários privados. 
Nesta mesma categoria estão também instituições privadas como as fundações de George Soros e Pierre Omidyar. No caso deles, Weissman, segundo diz, não tem a certeza “se este é realmente dinheiro privado ou fundos do governo camuflados como privados”. Não haverá nos cálculos do jornalista norte-americano alguma teoria de conspiração? Talvez o envolvimento dos EUA em processos como a Primavera Árabe e o Inverno Ucraniano seja exagerado?”.
Corroborando com esta visão no site Redecastophoto há uma série de artigos do jornalista Pepe Escobar (“Ukraine and the grand chessboard”), que trata da guerra próxima na Ucrânia, com uma revelação especial, o chefão da CIA, seu Diretor, John Brennan, foi enviado diretamente por Obama para tentar “salvar” o governo neofascista que assumiu o comando do país, mas que não tem conseguido combater as crescentes rebeliões pró-Rússia no leste, além de não conseguir por em prática o orçamento liberado pelos EUA e UE para o país mergulhado em crise. Este é o RESULTADO prático da “revolução digital”?
Acredito que é este o caminho que estão trilhando na Venezuela e no Brasil, nada muito diferente do que já fizeram naqueles outros países, como combater? Cada dia mais difícil, um setor de ativistas está encantado com a internet como se o “poder” estivesse aqui, não perceberam que apenas são usados por esta tática tão bem elaborada. O desejo por mais democracia, mais poder de decisão e participação por mais justo que seja e, é, não pode nos cegar do que efetivamente vem por trás, de quem está se preparando para assumir o controle do país.
Atentem para quem hoje dirige o Egito (os 529 condenados à morte), ou na Ucrânia, mais de 3000 mortos pelos fascistas, o ataque aos candidatos à presidente que não são dos grupo dominante, os massacres aos que se opõem ao governo, tanto de um país, quanto do outro. Tudo isto é um indicativo do que farão quando derrubarem Maduro, ou derrotarem o Governo do PT, aqui no Brasil. A percepção que tenho é que não teremos um ano fácil, que as coisas se definem com muita rapidez, mas como se contrapor à maré do ódio?
Todos os lugares comuns e os erros cometidos pelo governo são perfeitamente explorados, repetidos à exaustão na mídia e nos comentários. Todos os temas são levados ao limite, com a difusão misturando fatos reais com mentiras e exageros. Sedimenta-se uma série de (pre) conceitos contra o governo e a esquerda em geral, não são armadilhas simples de serem discutidas, explicadas e os mitos desfeitos.
É este o momento, não outro.

Recordando - Justiça reconhece fraude na privatização tucana da Companhia Vale do Rio Doce.

Vale_Logo01
Dez anos depois de ações populares terem sido abertas para questionar o processo, privatização da maior exportadora e produtora de ferro do mundo pode ser revertida; a decisão judicial possibilita a reabertura de processo contra a venda da Vale.

Se você tivesse um cacho de bananas que valesse R$9,00, você o colocaria à venda por R$0,30? Óbvio que não. Mas foi isso que o governo federal fez na venda de 41% das ações da Companhia Vale do Rio Doce para investidores do setor privado, em 1997. 

Eles pagaram R$3,3 bilhões por uma empresa que vale perto de R$100 bilhões. Quase dez anos depois, a privatização da maior exportadora e produtora de ferro do mundo pode ser revertida.


Em 16 de dezembro do ano passado [2005], a juíza Selene Maria de Almeida, do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília, anulou a decisão judicial anterior e reabriu o caso, possibilitando a revisão do processo. “A verdade histórica é que as privatizações ocorreram, em regra, a preços baixos e os compradores foram financiados com dinheiro público”, afirma Selene. Sua posição foi referendada pelos juízes Vallisney de Souza Oliveira e Marcelo Albernaz, que compõem com ela a 5ª turma do TRF.

Entre os réus estão a União, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Eles são acusados de subvalorizar a companhia na época de sua venda. Segundo as denúncias, em maio de 1995 a Vale informou à Securities and Exchange Comission, entidade que fiscaliza o mercado acionário dos Estados Unidos, que suas reversas de minério de ferro em Minas Gerais eram de 7.918 bilhões de toneladas. 

No edital de privatização, apenas dois anos depois, a companhia disse ter somente 1,4 bilhão de toneladas. O mesmo ocorre com as minas de ferro no Pará, que em 1995 somavam 4,97 bilhões de toneladas e foram apresentadas no edital como sendo apenas 1,8 bilhão de toneladas.


Outro ponto polêmico é o envolvimento da corretora Merrill Lynch, contratada para avaliar o patrimônio da empresa e calcular o preço de venda. Acusada de repassar informações estratégicas aos compradores meses antes do leilão, ela também participou indiretamente da concorrência por meio do grupo Anglo Americano. De acordo com o TRF, isso comprometeu a imparcialidade da venda.

A mesma Merrill Lynch, na privatização da Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF) da Argentina, reduziu as reservas declaradas de petróleo de 2,2 bilhões de barris para 1,7 bilhão.


Nova perícia

Depois da venda da Vale, muitas ações populares foram abertas para questionar o processo. Reunidas em Belém do Pará, local onde a empresa está situada, as ações foram julgadas por Francisco de Assis Castro Júnior em 2002. “O juiz extinguiu todas as ações sem apreciação do mérito. 

Sem olhar para tudo aquilo que nós tínhamos dito e alegado. Disse que o fato já estava consumado e que agora analisar todos aqueles argumentos poderiam significar um prejuízo à nação”, afirma a deputada federal doutora Clair da Flora Martins (PT/PR).


O Ministério Público entrou com um recurso junto ao TRF de Brasília, que foi julgado no ano passado. A sentença determinou a realização de uma perícia para reavaliar a venda da Vale. No próximo passo do processo, as ações voltam para o Pará e serão novamente julgadas. Novas provas poderão ser apresentadas e os réus terão que se defender.

Para dar visibilidade à decisão judicial, será criada na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Público. A primeira ação é mobilizar a sociedade para discutir a privatização da Vale. “Já temos comitês populares em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Espírito Santo, Minas Gerais e Mato Grosso”, relata a deputada, uma das articuladoras da frente.

“Precisamos construir um processo de compreensão em cima da anulação da venda da Vale, conhecer os marcos gerais dessas ideias a partir do que se tem, que é uma ação judicial, e compreendê-la dentro de um aspecto mais geral, que é o tema da soberania nacional”, acredita Charles Trocate, integrante da direção nacional do MST. Ele participa do Comitê Popular do Pará, região que tem forte presença da Vale.

Entre os marcos da privatização, que serão estudados e debatidos nos próximos meses nos comitês, está o Plano Nacional de Desestatização, de julho de 1995. A venda do patrimônio da Vale fez parte de uma estratégia econômica para diminuir o déficit público e ampliar o investimento em saúde, educação e outras áreas sociais. 

Cerca de 70% do patrimônio estatal foi comercializado por R$60 milhões, segundo o governo. “Vendendo a Vale, nosso povo vai ser mais feliz, vai haver mais comida no prato do trabalhador”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1996. A dívida interna, entretanto, não diminuiu: entre 1995 e 2002 ela cresceu de R$108 bilhões para R$654 bilhões.

Na época, a União declarou que a companhia não custava um centavo ao Tesouro Nacional, mas também não rendia nada. “A empresa é medíocre no contexto internacional. É uma péssima aplicação financeira. Sua privatização é um teste de firmeza e determinação do governo na modernização do Estado”, afirmou o deputado Roberto Campos (PPB/SP) em 1997. No entanto, segundo os dados do processo, o governo investiu R$2,71 bilhões durante toda a história da Vale e retirou R$3,8 bilhões, o que comprova o lucro.


“O governo[do PSDB] que concordou com essa iniciativa não tinha compromisso com os interesses nacionais”, diz a deputada doutora Clair.

Poder de Estado

A Vale se tornou uma poderosa força privada. Hoje ela é a companhia que mais contribui para o superávit da balança comercial brasileira, com 54 empresas próprias nas áreas de indústria, transporte e agricultura.

“Aqui na região de Eldorado dos Carajás (PA), a Vale sequestra todo mundo: governos municipais e governo estadual. Como o seu Produto Interno Bruto é quatro vezes o PIB do estado Pará, ela se tornou o estado econômico que colonizou o estado da política. Tudo está em função de seus interesses”, coloca Charles Trocate.

Trocate vivência diariamente as atividades da empresa no Pará e a acusa de gerar bolsões de pobreza, causados pelo desemprego em massa, desrespeitar o meio ambiente e expulsar sem-terra e indígenas de suas áreas originais.

“Antes da privatização, a Vale já construía suas contradições. Nós temos clareza de que a luta agora é muito mais ampla. Nesse processo de reestatização, vamos tentar deixar mais claro quais são as mudanças que a empresa precisa fazer para ter uma convivência mais sadia com a sociedade na região”, diz Trocate. 

De acordo com um levantamento do Instituto Ipsos Public Affairs, realizado em junho de 2006, a perspectiva é boa: mais de 60% dos brasileiros defendem a nacionalização dos recursos naturais e 74% querem o controle das multinacionais.


Patrimônio da Vale em 1996

● maior produtora de alumínio e ouro da América Latina
● maior frota de navios graneleiros do mundo
● 1.800 quilômetros de ferrovias brasileiras
● 41 bilhões de toneladas de minério de ferro
● 994 milhões de toneladas de minério de cobre
● 678 milhões de toneladas de bauxita
● 67 milhões de toneladas de caulim
● 72 milhões de toneladas de manganês
● 70 milhões de toneladas de níquel
● 122 milhões de toneladas de potássio
● 9 milhões de toneladas de zinco
● 1,8 milhão de toneladas de urânio
● 1 milhão de toneladas de titânio
● 510 mil toneladas de tungstênio
● 60 mil toneladas de nióbio
● 563 toneladas de ouro
● 580 mil hectares de florestas replantadas, com matéria-prima para a produção de 400 mil toneladas/ano de celulose


Fonte: Revista Dossiê Atenção – “Porque a venda da Vale é um mau negócio para o país”, fls. 282/292, da Ação Popular nº 1997.39.00.011542-7/PA.

Quanto vale hoje

● 33 mil empregados próprios
● participação de 11% do mercado transoceânico de manganês e ferro-liga
● suas reservas de minério de ferro são suficientes para manter os níveis atuais de produção pelos próximos 30 anos
● possui 11% das reservas mundiais estimadas de bauxita
● é o mais importante investidor do setor de logística no Brasil, sendo responsável por 16% da movimentação de cargas do Brasil, 65% da movimentação portuária de granéis sólidos e cerca de 39% da movimentação do comércio exterior nacional
● possui a maior malha ferroviária do país
● maior consumidora de energia elétrica do país
● possui atividades na América, Europa, África, Ásia e Oceania
● concessões, por tempo ilimitado, para realizar pesquisas e explorar o subsolo em 23 milhões de hectares do território brasileiro (área correspondente aos territórios dos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte).


Fonte: 5ª Turma do TRF da 1ª Região.

Dez anos depois de ações populares terem sido abertas para questionar o processo, privatização da maior exportadora e produtora de ferro do mundo pode ser revertida; decisão judicial possibilita reabertura de processo contra a venda da Vale
OBSERVAÇÃO: este texto foi publicado inapropriadamente como sendo recente. Várias outras páginas também o republicaram, mas, na verdade, ele foi escrito em 2006. Agradecemos a autora do texto pela devida correção e a alguns de nossos leitores que também nos alertaram.
18/09/2006 - Maíra Kubík Mano da AEPET.
Link's visitados recentemente:


quinta-feira, 17 de abril de 2014

PM da Bahia decide encerrar a greve e voltar ao trabalho.

Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil* Edição: Juliana Andrade
A Polícia Militar (PM) da Bahia aprovou em assembleia hoje (17) o fim da greve da categoria, iniciada na terça-feira (15). Segundo o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, os policiais retornam ao trabalho às 19h de hoje (17). Prisco disse ainda que foi entregue documento ao governo da Bahia comunicando o fim da greve.

Os policiais reivindicavam reajuste salarial e um novo modelo de gestão para a segurança pública. O presidente da Aspra considera que “quase todas as reivindicações foram atendidas”. 

Segundo a associação, faz parte da proposta aprovada a anistia para policiais que participaram de manifestações em 2012 e para os que tomaram parte no movimento deste ano.

Outro ponto aceito em assembleia foi o aumento da gratificação de Condição Especial de Trabalho. O benefício passará de 17% a 25% do soldo para servidores do administrativo, de 17% para 40% no caso de policiais de rua e de 25% para 60% no caso dos motoristas.

Será montado ainda um grupo de trabalho para reavaliar o novo Código de Ética da PM da Bahia, que contém pontos dos quais os policiais discordam. Por fim, deve ser regulamento o Artigo 92 do Estatuto do Policial Militar, que prevê benefícios como adicional de periculosidade e auxílio-alimentação.

Ontem (16), tropas federais, formadas por agentes da Força Nacional e integrantes das Forças Armadas, desembarcaram em Salvador para fazer o policiamento das principais cidades da Bahia durante a greve da PM.