segunda-feira, 5 de maio de 2014

Manaus - Pai de santo é morto em suposto crime de intolerância religiosa, na Zona Norte.

Rafael da Silva Medeiros, 28, morreu depois de ser esfaqueado durante uma briga entre vizinhos no bairro Cidade Nova.  Moradores de religiões diferentes mantinham desentendimento há anos.

VINICIUS LEAL.

O homicídio aconteceu na noite de sábado (3), na rua 93, núcleo 11, bairro Cidade Nova, Zona Norte da capital
O homicídio aconteceu na noite de sábado (3), na rua 93, núcleo 11, bairro Cidade Nova, Zona Norte da capital (Antônio Lima)
Os motivos para um homicídio ocorrido neste fim de semana em Manaus serão questionados na manhã desta segunda-feira (5), às 8h, na sede do Governo do Amazonas por representantes de entidade que defende os direitos dos povos tradicionais de matriz africana. Rafael da Silva Medeiros, 28, que era pai de santo, foi morto a facadas em crime com supostas motivações de intolerância religiosa.
Na rua 93, núcleo 11, bairro Cidade Nova, Zona Norte, na noite de sábado (3), Rafael tentou apartar uma briga entre duas vizinhas que mantinham um desentendimento por conta da escolha religiosa de cada uma. Ele acabou atingido com dois golpes de faca no pescoço e nas costas deferidos por um homem identificado como “Raizinho”, que seria filho de uma das vizinhas.
“Há mais de duas semanas essa situação estava bastante tensa. A mãe do assassino fez muitas confusões com a vizinhança. Ela é evangélica e a dona da casa onde aconteceu o assassinato é do candomblé. Ele (‘Raizinho’) estava alcoolizado e drogado, e se meteu na discussão da mãe com a vizinha. E deu nisso”, relatou Alberto Jorge, da Articulação Amazônica dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (Aratrama).
A vítima era carioca e, como de costume, segundo a polícia, estava em Manaus de férias na casa de amigos. Durante a briga, “Raizinho” estava armado e teria empurrado a vizinha do candomblé, que carregava uma criança no colo. Rafael foi acudi-la e acabou esfaqueado. “Há gravações no Whatsapp dele pedindo socorro. Esse é sim mais um caso de intolerância religiosa”, disse Alberto Jorge.
Rafael chegou a ser levado ao Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo, na Zona Leste, mas não resistiu aos ferimentos. O caso já está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Sequestros (DEHS), que ainda não localizou e nem tem o nome completo de “Raizinho”. Familiares de Rafael estão vindo do Rio de Janeiro para autorizarem a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML).
Sede do Governo - Conforme o representante da Aratrama, os membros da entidade se reuniram no domingo (4) e decidiram cobrar uma atitude do poder público sobre o assassinato de Rafael. “Entramos em contato com o Evandro Melo (secretário de Governo do Amazonas) e denunciamos essa situação de inoperância do Estado, de total falta de interesse e falta de resposta. É uma situação de guerra religiosa, reflexo do que acontece em todo o Brasil”, disse.
“Esse seria apenas um caso se não fosse somado aos três outros incidentes de 2012 e aos dois assassinatos de 2013. Isso foi só o grosso que pegamos”, disse Alberto. Segundo ele, ainda houve um caso de ameaça de morte por intolerância religiosa em 2011, outro de ameaça e um de agressão física em 2013 e um caso de ameaça já em 2014.
Conforme Alberto Jorge, todos os crimes são estudados e as denúncias de intolerância religiosa são enviadas à Secretaria de Segurança Pública do Amazonas e para duas secretarias da Presidência da República: a de Direitos Humanos (SDH) e a de Promoção de Política de Igualdade Racial (Seppir).
Omissão - O representante da Aratrama denuncia, ainda, a omissão do Estado brasileiro sobre crimes de intolerância religiosa. “Ele (Rafael) pediu socorro da polícia e esse socorro não chegou. É omissão do aparelho policial. O Estado tem se feito de inocente. A gente pede ajuda e não tem resposta”, disse. “O povo de matriz africana vem sofrendo e não tomam providências por conveniências políticas. Quem hoje é curral eleitoral? Os evangélicos. O Estado se diz laico, mas no fundo é teocrático”.

Endividamento de 18 estados e do DF cai em três anos.

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade.
Apesar de ter recorrido a empréstimos nos últimos anos para investimentos, a maioria das unidades da Federação conseguiu manter o endividamento sob controle. Segundo levantamento da Agência Brasil, a proporção da dívida consolidada líquida (DCL) em relação à receita corrente líquida (RCL) caiu em 18 estados e no Distrito Federal (DF) entre 2010 e 2013.

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a dívida consolidada líquida considera o que o ente público deve menos o que tem direito a receber. A receita corrente líquida leva em conta a arrecadação com impostos e contribuições menos o que os estados são obrigados a repassar aos municípios.

Três vezes por ano, os estados e o DF enviam ao Tesouro Nacional o Relatório de Gestão Fiscal, documento que avalia o cumprimento de metas e parâmetros determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. 

Até o início de maio, somente seis estados não haviam enviado as informações completas sobre 2013. O Amapá, o Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Rondônia e Sergipe informaram a situação até agosto do ano passado. O Piauí, até abril.

Segundo os relatórios, no Distrito Federal e em 18 estados – Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo – a proporção entre a DCL e a RCL caiu. As maiores quedas, na ordem, foram registradas em Goiás, Mato Grosso, no Paraná e no Maranhão.

Em contrapartida, a proporção subiu em oito estados – Acre, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Minas Gerais, Roraima, Sergipe e Tocantins. Lideram as altas Roraima, Sergipe, o Acre e Pernambuco, nessa ordem. No Ceará, em Minas Gerais e no Espírito Santo, o percentual subiu, mas ficou perto da estabilidade.

A principal causa para o controle do endividamento dos estados está no crescimento da arrecadação. Apesar de o valor monetário da soma das dívidas consolidadas dos estados ter aumentado 22,3% entre o fim de 2010 e o final de 2013, a soma das receitas correntes líquidas aumentou 33,8% no mesmo período.

Nos últimos anos, os estados passaram a se endividar mais porque o Tesouro Nacional autorizou os governos estaduais a contrair mais empréstimos no sistema financeiro para destinar a investimentos. Além disso, em 2012, o governo criou o Proinvest, que forneceu R$ 20 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura nos estados.

Os financiamentos tiveram como objetivo estimular a economia dos governos regionais em meio ao baixo crescimento. O Tesouro Nacional controla o endividamento das unidades da Federação por meio do Programa de Ajuste Fiscal (PAF), que estabelece o cumprimento de metas fiscais pelos governos de 24 estados e do DF em troca de autorização para operações de crédito. Somente o Amapá e o Tocantins não estão no PAF.

Mesmo nos casos em que o endividamento aumentou, quase nenhum estado se aproximou do limite de 200% da proporção entre a DCL e a RCL. A exceção é o Rio Grande do Sul, cujo endividamento fechou 2013 em 208,6% No entanto, o índice para o governo gaúcho está caindo continuamente há vários anos e está dentro do cronograma de reenquadramento estabelecido por uma resolução do Senado em 2001.

endividamento dos estados


Copa 2014 - TRÊS MIL MILITARES VÃO ATUAR NA SEGURANÇA DA COPA.

domingo, 4 de maio de 2014

Vereador Prisco é ameaçado de morte e infarta no Presídio da Papuda.

UCRÂNIA - Autodefesa de Slavyansk Obriga Unidades da Guarda Nacional a uma Retirada.

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Foto: RIA Novosti/Mikhail Voskresensky

As forças de autodefesa de Slavyansk fizeram hoje recuar as unidades da Guarda Nacional da Ucrânia.

O correspondente da agência ITAR-TASS informa do local que os partidários da federalização fizeram os membros da guarda nacional e os radicais do Setor de Direita deixar a zona florestal nas proximidades da cidade.
Há registo de tiroteios. No presente momento não há informações sobre mortos ou feridos.
Segundo informou o representante de milícia popular Evgueni Gorbik, os combatentes da autodefesa pretendem estabelecer o seu controle sobre o posto da polícia rodoviária e posto de gasolina num dos arredores de Slavyansk, onde anteriormente estavam estacionados os blindados das Forças Armadas controladas por Kiev.
“De acordo com os dados à nossa disposição, os blindados saíram dali. Se a infantaria estiver lá, vamos forçá-la a sair”, disse ele.
As tropas ucranianas se entrincheiraram na torre de televisão de Slavyansk e mantêm-na sob o seu controle. Nesta região foram vistos franco-atiradores e automóveis americanos Hummer.


Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_05_04/Autodefesa-de-Slavyansk-for-a-unidades-da-Guarda-Nacional-a-retirar-3343/

UFMA - Promove SEMINÁRIO INTERNACIONAL CARAJÁS 30 ANOS.



Resistências e mobilizações frente a projetos de desenvolvimento na Amazônia oriental.


São Luís, 1º de maio de 2014.


COMUNICADO À IMPRENSA.

São Luís do Maranhão reúne pesquisadores e militantes sociais de diversas partes do mundo para a Etapa Final do Seminário Internacional Carajás 30 Anos.

Evento, que contará com participantes de 11 países, refletirá sobre as consequências da implantação de projetos de desenvolvimento sobre a Amazônia oriental e seus povos. 

Começa na segunda-feira, dia 5 de maio, e segue até a sexta-feira, dia 9, a Etapa Final do Seminário Carajás 30 Anos: resistências e mobilizações frente a projetos de desenvolvimento na Amazônia oriental. 

Durante os dias de evento, serão 21 mesas redondas (acontecendo até 8 delas simultaneamente), 77 palestrantes vindos de diversos países das Américas, África, Europa, mais de 40 instituições organizadoras, entre universidades, institutos federais, movimentos sociais e organismos não-governamentais, e mais de mil participantes. 

Todos estarão debruçados sobre as consequências para a implantação de projetos de alto impacto na Amazônia, com foco especial na mineração, agronegócio, siderurgia, trabalho escravo, meio ambiente, resistências populares e a ação governamental, muitas vezes aliadas aos grandes projetos sem levar em consideração as consequências sobre grupos sociais, especialmente no Pará, Tocantins e Maranhão.

Além das questões acadêmicas levantadas, serão debatidas as falas de representantes de grupos sociais e povos tradicionais, que contarão suas experiências de convívio – muitas vezes conflitivo, diferente do que aparece nas propagandas e peças institucionais, com esses projetos: ribeirinhos, quilombolas, indígenas, camponeses dialogarão, em pé de igualdade, com estudiosos da Amazônia, tanto do Brasil quando do exterior. Experiências similares em diversas partes do mundo (América do Sul, Europa, Canadá, Estados Unidos, África) também serão apresentadas e debatidas. 

O Seminário em São Luís é um desdobramento de um processo que já vem acontecendo desde outubro de 2013, quando houve a primeira Etapa, na região tocantina, na cidade de Imperatriz, no Maranhão. De lá para cá, mais três etapas locais foram realizadas, nas cidades paraenses de Belém e Marabá, e na maranhense Santa Inês. 

Nessas etapas, dezenas de oficinas, grupos de trabalho, palestras, mesas redondas, reuniram um público médio de 300 participantes, por Seminário Local, que atingiu dezenas de cidades no Maranhão e no Pará. Marcha e Ato Show “Trilhos da Resistência” – Além das palestras e grupos de trabalho, os participantes da Etapa Final em São Luís realizarão, na quinta-feira, dia 8, a Marcha “Nos Trilhos da Resistência”, que sairá do Campus da Universidade Federal do Maranhão para o Centro Histórico de São Luís, às 15h. Posterior a isso, no início da noite, eles participarão do Ato Show “Trilhos da Resistência”, que reunirá uma dezena de cantores na Praça Nauro Machado, Centro Histórico da cidade, para celebrar seus processos de afirmação em seus territórios em meio a tantas alterações introduzidas pelos chamados grandes projetos de desenvolvimento.


Detalhes sobre o evento e a programação completa podem ser obtidos na página oficial do evento na Internet, www.seminariocarajas30anos.org ou pela fan page do Seminário Internacional Carajás 30 Anos no Facebook (buscar por Seminário Carajás 30 Anos). 

Reprodução do Texto de Claudio Castro, para o Seminário Internacional Carajás 30 Anos: resistências e mobilizações na Amazônia oriental - (98) 8801 6085 (oi). 

sábado, 3 de maio de 2014

UFMA - Professores Criam Novo Sindicato.

Foto - www.diegoemir.com/2014/05/professores-da-ufma-criam-novo-sindicato.html?spref

Mais de duzentos professores da Universidade Federal do Maranhão realizaram um encontro no Hotel Holliday Inn para criar um novo sindicato que represente a categoria nas decisões políticas junto ao governo federal. 

Este foi o segundo encontro dos professores para a criação de uma célula local da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior – PROIFES – que está sob a coordenação de uma comissão provisória formada pelos professores José de Ribamar Mendes Bezerra; Dimas dos Reis Ribeiro e Cristiano Leonardo de Alan Kardec Capovilla Luiz.


O encontro serviu para análise, discussão, deliberação e aprovação do estatuto e do edital de convocação da próxima reunião quando os participantes vão oficializar a criação da entidade. 

A intenção dos professores é utilizar intensamente as redes sociais de informação para aumentar o número de sindicalizados já no início do seu funcionamento.

A ideia de criação de um outro sindicato que possa representar os interesses dos professores da Universidade Federal do Maranhão deve-se ao fato de que a atual Associação dos Professores da UFMA, a APRUMA, não tem representado os reais interesses da categoria preferindo – em vez disso -, se envolver com questões político-partidárias. 

Por conta desse posicionamento, os filiados à APRUMA deixaram de participar das atividades da entidade que, neste momento, está completamente esvaziada.

Há poucos dias, o presidente do PROIFES - Federação, Eduardo Rolim, disse em entrevista a um jornal potiguar que o papel do novo sindicato dos professores das Instituições Federais de Ensino Superior “é estar próximo das bases, dos professores”

Ele esteve na Universidade Federal do Rio Grande do Norte para participar de um debate sobre a carreira do magistério superior e da nova previdência. Em pauta, as conquistas e desafios da nova carreira, reestruturada com a Lei 12.772/2012, as regras de funcionamento do Fundo da Previdência Complementar do Servidor Público Federal – Funpresp, e os critérios para progressão à classe de titular.

Como se vê, temas como esses interessam diretamente o professor, muito mais que perseguições ou o uso do sindicato para servir de trampolim eleitoral. Deve ser por isso que muita gente está pulando fora do barco da APRUMA. 

Matéria relacionada:
Greve na UFMA - Docentes da Universidade Federal do Maranhão, decidem pela greve e paralisação acontecerá em maio.