domingo, 18 de maio de 2014

A VOLTA DO IMPÉRIO DO MEIO.

Sanguessugado do Mauro Santayana

(Hoje em Dia) - Técnicos do Banco Mundial anunciaram, em estudo divulgado na semana passada, que a China acaba de ultrapassar os EUA em poder paritário de compra, como a maior economia do mundo.

Os chineses costumam dizer que “não interessa a que velocidade você caminha, mas sim, para onde está andando”.

Para o Brasil, quinto maior país e sétima economia do mundo, a inevitável ascensão chinesa, agora voltada para ultrapassar os EUA em PIB nominal, e, um dia, alcançá-lo em tecnologia, defesa, e, com menor desigualdade, em renda, traz inúmeras lições.

A mais importante delas é até onde se pode chegar com um projeto de país baseado no nacionalismo – e não no proverbial entreguismo vigente em nosso país nos últimos 20 anos.

O Estado chinês não financia capitais externos, a não ser que a eles se associe majoritariamente. Ciente da importância de seu mercado interno - convenientemente fechado por muitos anos - ele não empresta dinheiro público para que marcas de automóveis estrangeiras se instalem no país. No lugar disso, compra participação em suas matrizes. E faz isso em todos os setores da atividade econômica.

Seu bem sucedido projeto de desenvolvimento está baseado na presença – serena e incontestável - do estado como proprietário de meios de produção e elemento indutor na economia, em parceria com capitais locais e o capital estrangeiro, que tem que se contentar com um papel secundário no processo, a não ser que queira ficar de fora de um dos maiores mercados do mundo.

Os chineses sabem que de nada adianta industrializar o país e modernizar a economia, se os lucros voarem, todos os anos, para o exterior, como as andorinhas. Afinal, países não são poderosos apenas pelo que produzem, mas também pelo que consomem. Ao ultrapassar os Estados Unidos como o maior mercado do mundo, embora ainda não seja o maior importador, a China dá gigantesco passo rumo ao futuro.

Nos últimos quatro mil anos, a maior parte do tempo, os chineses estiveram à frente da maior economia. A diferença é que - fechados dentro de si mesmos - seus dirigentes encaravam o resto do planeta como bárbaros e sem o refinamento e a educação de sua cultura. Coo nações  interessadas em invadir e destruir seu império, como o “ocidente” fez tão logo pôde, implacável e solerte, em defesa, entre outras causas edificantes, do tráfico de drogas pela Coroa Britânica, que deu origem às Guerras do Ópio.

A diferença entre o Império do Meio de antes e o Império do Meio de hoje, é que a Revolução Maoísta abriu a porta para transformar os camponeses em operários, e, até mesmo, em milionários e empreendedores. Além de que o espaço natural para seus produtos e negociantes, estava, antes, quase sempre, cercado pelas sinuosas curvas da Grande Muralha, enquanto, agora, os limites da influência da Nova China avançam para se transformar, cada vez mais, nos próprios limites do mundo.

sábado, 17 de maio de 2014

MPF/RJ recorre da decisão que não considera os cultos africanos como religião.

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil Edição: Helena Martins
São Luís - De origem africana, o Tambor de Crioula é considerado patrimônio imaterial do país desde 2007 (Wilson Dias/Agência Brasil)
Na foto, o Tambor de Crioula é dançado em homenagem a São Benedito, em São Luís.
Arquivo / Wilson Dias / Agência Brasil





















O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) recorreu da decisão do juiz da 17ª Vara Federal do Rio, Eugênio Rosa de Araújo, que negou o pedido de retirada de vídeos com mensagens de intolerância contra religiões afro-brasileiras. O juiz alegou que tais crenças “não contêm os traços necessários de uma religião”, que seriam um texto-base, como o Corão ou aBíblia, estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado.

Na decisão, Araújo coloca que “as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões, muito menos os vídeos contidos no Google refletem um sistema de crença - são de mau gosto, mas são manifestações de livre expressão de opinião”.

No recurso, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jaime Mitropoulos, argumenta que os 15 vídeos em questão caracterizam crime de ódio, pois são baseados na “intolerância e na discriminação por motivos religiosos”, ressaltando que a comunidade internacional “praticamente chegou ao consenso sobre a necessidade de coibir práticas desse tipo”.

Ela cita a promulgação de documentos como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (1966), a Declaração sobre a Raça e os Preconceitos Raciais (1978) e a Declaração sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e discriminação fundadas na religião ou nas convicções (1981).

A Ação Civil Pública foi proposta a partir de uma representação da Associação Nacional de Mídia Afro, que apontou vídeos divulgados no Youtube que trariam mensagens que “associam as referidas religiões à figura do diabo e a tudo de mal que a ele possa estar ligado, muito embora 'diabo' ou 'demônios' sequer façam parte do universo das religiões de matrizes africanas”, diz o recurso de Mitropoulos.

No agravo de instrução, o procurador destaca também que o Ministério Público Federal expediu recomendação para que a Google Brasil retirasse os vídeos da internet. Mas, segundo ele, a empresa manteve os vídeos sob o argumento de que “tudo não passa de um fiel retrato da liberdade religiosa do povo brasileiro”.

Para o presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (Ccir), Ivanir dos Santos, o juiz Eugênio Rosa de Araújo não se posicionou na decisão com a neutralidade que requer o cargo. “Eu acho que o juiz não externou uma posição como juiz, ele externou uma posição como uma pessoa que tem uma religião, e o estranho é que ele é um funcionário de um Estado laico. Ele, na verdade, ofende a lei que ele tem que zelar, o próprio artigo da constituição que fala de discriminação de religião e preconceito”.

Santos informa que o Ccir fará uma reunião na próxima semana sobre a questão para, se for o caso, denunciar o juiz ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Procurado pela Agência Brasil, o CNJ não comentou a decisão e disse que “é órgão administrativo do Judiciário e não tem interferência sobre questões judicializadas”.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Maranhão - Mais três detentos escapam da Penitenciária de Pedrinhas.

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Helena Martins.

Três presos fugiram na madrugada de hoje (15) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, maior estabelecimento carcerário do Maranhão. Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), Roni Thiago Borges Reis, Adriano de Jesus Costa Pereira e Reinaldo Costa Araújo fugiram por um buraco feito na parede de uma das celas do Pavilhão F1.

A abertura leva ao pátio da unidade. Para chegar às ruas da capital maranhense, São Luís, os três detentos ainda tiveram que escalar e pular do alto do muro de proteção do complexo. 

Agência Brasil procurou o governo do Maranhão para saber a altura do muro, mas, até o momento desta publicação, a assessoria não repassou a informação.   

Apesar das buscas, o Grupo de Escolta e Operações Especiais (Geop) e o Batalhão de Choque ainda não capturaram os fugitivos. A Sejap avalia que o rápido acionamento da segurança impediu que outros internos fugissem.

Com as três novas fugas, sobre para 14 o número de presos que fugiram de Pedrinhas, desde o fim de março. Em abril, a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão (Sejap) informou que dez presos haviam serrado as grades do teto do pátio do Presídio São Luís, um dos que formam o complexo penitenciário, enquanto lavavam o local, usado para o banho de sol de todos os detentos.

Superlotado e tendo que lidar com rebeliões e com a violenta disputa entre facções criminosas rivais, o sistema prisional do Maranhão enfrenta uma crise que se agravou a partir de outubro de 2013, quando nove presos morreram durante uma rebelião.

Além disso, foi do interior do complexo penitenciário que partiram as ordens para que bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da capital e ateassem fogo em ônibus, nos primeiros dias deste ano. 

Em um dos cinco ônibus incendiados estava a menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, que teve queimaduras em 95% do corpo e morreu dois dias depois. Só este ano, ao menos sete detentos foram mortos no presídio.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Negociações nucleares vão confrontar capacidade de enriquecimento de urânio do Irã.


Enquanto o Irã e seis potências mundiais se reúnem esta semana em Viena (Áustria) para iniciar o esboço da linguagem para resolver seu impasse nuclear, negociadores dizem que estão finalmente enfrentando um ponto de impasse crucial para um acordo permanente - o tamanho e a forma da capacidade de produção de combustível nuclear que o Irã será autorizado a manter.

É um tema que pelo menos em público o governo Obama rodeia, agudamente consciente de que Israel e alguns membros do Congresso que desconfiam muito das negociações dirão que o Irã deve ser mantido longe da capacidade de desenvolver uma arma e de que os adversários do acordo em Teerã afirmarão que não devem ser impostas restrições.

Tanto os iranianos quanto as potências ocidentais disseram que suas negociações até agora foram produtivas, com pouco drama, ultimatos e posições arraigadas que marcaram as iniciativas anteriores. Mas até agora não houve uma discussão formal de quanta infraestrutura nuclear os EUA e seus aliados exigiriam que o Irã desmonte em troca da redução gradual das sanções.

"Esta é a conversa vital que ainda não tivemos", disse um alto membro do governo americano.

Em visita a Israel na semana passada, a assessora de segurança nacional Susan Rice e a principal negociadora dos EUA, Wendy Sherman, deixaram claro que os iranianos quase certamente manteriam certa capacidade de enriquecimento, embora as autoridades americanas tenham dito que nunca discutiram números específicos. Autoridades israelenses dizem esperar que o número fique entre 2 mil e 5 mil centrífugas. Autoridades dos EUA disseram que seu objetivo é manter o Irã a mais de um ano de distância da capacidade de produzir combustível utilizável em uma única arma nuclear - mas foram vagas sobre quanto além de um ano. Seria ainda mais demorado transformar isso em uma arma utilizável.

Em um discurso recente, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, foi cuidadoso ao se descrever como aberto a mais inspeções, mas não a desmontar a infraestrutura nuclear do país.

"Não temos nada a colocar na mesa e oferecer a eles além de transparência", disse ele à Organização de Energia Atômica de seu país, segundo o relato de organizações noticiosas iranianas. "É isso. Nossa tecnologia nuclear não está aberta a negociações."

Os iranianos falam em expandir seu estoque atual, construindo mais de 50 mil centrífugas, as altas máquinas prateadas que giram em velocidade supersônica e enriquecem o urânio. O Irã tem atualmente 19 mil instaladas, incluindo cerca de 8 mil que ainda não estão funcionando. Se o Irã atingir seu objetivo - o que é altamente improvável nos próximos anos, especialmente com uma nova geração de centrífugas que produzam combustível muito mais rápido -, especialistas americanos dizem que o Irã seria capaz de produzir material em grau de armamento em semanas.

"Uma capacidade de enriquecimento tão grande - na verdade, uma capacidade de enriquecimento maior do que alguns milhares de centrífugas de primeira geração - daria ao Irã uma capacidade de ação rápida e inaceitável", escreveu na "The National Interest" na semana passada Robert Einhorn, que até o ano passado era um membro importante da equipe de negociação do Departamento de Estado com o Irã. Se isso era mais que uma mera postura de negociação, escreveu ele, "é um cortador de conversa, e o Irã deve saber disso".

"Capacidade de ação" significa a capacidade de produzir uma bomba rapidamente - o que depende de muitos fatores além do número de centrífugas. O tamanho do estoque de combustível nuclear do Irã, a frequência e o alcance das inspeções nucleares e a capacidade de detectar instalações secretas (dois foram descobertas na última década) entram na equação.

Como disseram Rice e Sherman a legisladores americanos e especialistas externos, o segredo é deixar o Irã com uma infraestrutura nuclear para salvar a face, permitindo que seus religiosos e os comandantes da Guarda Revolucionária pudessem argumentar que não cederam o direito de produzir combustível nuclear, mas com uma capacidade suficientemente pequena para que a Casa Branca consiga superar as objeções do Congresso.

Aliados do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ainda irritados porque o governo Obama os manteve no escuro sobre as negociações secretas com o Irã que levaram à atual rodada de negociações, estabeleceram publicamente outro limite que eles sabem que os negociadores americanos não poderão evitar.

"Há dois modelos aqui: a Líbia e a Coreia do Norte", disse o ministro da Inteligência de Israel, Yuval Steinitz, em uma entrevista na segunda-feira. "Na Líbia, todos os elementos do programa nuclear foram entregues aos americanos e a inspetores" e deixaram o país, disse ele. "Na Coreia do Norte o equipamento foi desmontado e depois reconstruído", disse, "então começaram os testes nucleares."

Mas Steinitz reconheceu que os EUA e seus aliados haviam feito o que ele chamou de "progresso razoável" para conseguir que os iranianos concordem, pelo menos em princípio, em modificar um reator de água pesada perto da cidade de Arak que poderia ser usado para produzir plutônio no grau de armamento, outro caminho para uma bomba.

O chefe da organização atômica do Irã, Ali Akhbar Salehi, disse que sua agência está disposta a modificar os planos para Arak reduzir a produção de maneira significativa, indicando algum espaço para negociação. Mas quase não houve progresso na instalação de mísseis do país; na segunda-feira, o líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, disse que as exigências ocidentais de limitação dos mísseis é "estúpida e idiota".

Enquanto os negociadores debatem o tamanho e o âmbito do programa nuclear iraniano, um novo estudo sobre o uso emergente de armas cibernéticas pelo Irã conclui que o país começa a seguir o modelo da China de usar "malware" [vírus] de computador para praticar espionagem contra empreiteiras de defesa dos EUA e o governo.

Mas os ataques de "hackers patrióticos", cujas ligações exatas com o governo iraniano e sua Guarda Revolucionária continuam nebulosas, pareceram diminuir por algum tempo no final de 2013, enquanto as negociações com os EUA e a Europa começavam a ganhar certa tração, segundo um estudo da FireEye, uma firma de segurança do Vale do Silício. As conclusões foram relatadas primeiro pela agência Reuters e uma cópia do estudo foi obtida pelo "New York Times".

O estudo enfoca o que os hackers iranianos chamam de "equipe de segurança Ajax", que diz estar "conduzindo diversas operações de ciberespionagem contra companhias na base industrial de defesa dos EUA" e está visando os iranianos que tentam escapar da censura em casa.

As autoridades iranianas deixaram claro que elas veem as questões cibernética e nuclear como intimamente relacionadas, especialmente depois que o Irã sofreu um ataque de militantes, conhecido popularmente como Stuxnet ou por seu codinome Jogos Olímpicos, que foi criado pelos EUA e Israel.

Os ciberataques levaram o Irã a anunciar que está montando um "corpo cibernético". Enquanto suas técnicas não se comparam às dos chineses ou russos, os hackers iranianos estavam determinados a efetuar um ataque em 2012 à produtora de petróleo saudita Aramco. O Irã também teria sido responsável por um ataque à rede interna do corpo de Fuzileiros Navais dos EUA que causou poucos danos mas foi considerado um desafio ousado.

Vietnã - Confrontos violentos deixam vinte mortos.

Confrontos violentos no Vietnã produzem duas dezenas de mortos
Foto: REUTERS/Stringer
Os confrontos eclodiram na noite de quarta para quinta-feira, quando várias centenas de manifestantes tentaram invadir a fábrica de aço Formosa Plastics Group, de propriedade taiwanesa. Entre os mortos há cinco vietnamitas e 16 cidadãos, provavelmente, da República Popular da China.
Na véspera, cerca de 20 mil pessoas protestaram contra uma plataforma de perfuração instalada pela China no mar da China Meridional, assaltando no sul do Vietnã 15 empresas estrangeiras, consideradas pelos manifestantes como chinesas. Na realidade, algumas delas eram singapurenses, sul-coreanas e taiwanesas.
As tensões entre a China e o Vietnã se argavaram em 2 de maio, quando a plataforma de perfuração Haiyang Shiyou 981 chegou à área das ilhas Paracel, escoltada por navios de guerra chineses. Um navio chinês atacou com esporão duas embarcações vietnamitas que tentaram impedir a instalação da plataforma.
O arquipélago Spratly, no mar da China Meridional, assim como as ilhas Paracel são áreas em disputa, reivindicadas, em sua totalidade ou parcialmente, por cinco países, nomeadamente, China, Vietnã, Malásia, Filipinas e Brunei.


Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_05_15/Confrontos-violentos-no-Vietn-produzem-duas-dezenas-de-mortos-6121/

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Executiva pressiona para que PT fique com suplência de senador no Maranhão.


FOTO: JF DIORIO/AE
FOTO: JF DIORIO/AE
O Partido dos Trabalhadores (PT) do Maranhão está próximo de anunciar que desistiu da indicação do candidato a vice-governador na chapa do senador Edison Lobão Filho (PMDB) para apontar um candidato a primeiro suplente de senador.
A articulação é do PT Nacional, mais precisamente do presidente da legenda, Rui Falcão, e já foi comunicada aos dirigentes e militantes maranhenses, o que provocou reação do ex-secretário de Trabalho, José Antonio Heluy.
Virtual indicado do partido, ele pretendia já ser anunciado como pré-candidato a vice-governador na sexta-feira (16), em ato inclusive com a presença de membro do Diretório Nacional.
Hoje à tarde (13), Heluy reuniu-se com a governadora Roseana Sarney (PMDB), junto com Raimundo Monteiro, presidente estadual, e o professor José Costa – que retornará para a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia -, para discutir o assunto.
A governadora mostrou-se pouco afeita à mudança de planos, mas não tomou nenhuma decisão. Ao fim do encontro, ela recebeu um telefonema do pai, o senador José Sarmey (PMDB-AP), informando que havia acabado de sair de uma audiência com Rui Falcão e que a sugestão do dirigente era mesmo que o PT local indicasse o suplente.
MDA
Enquanto não se decide a situação, os petistas mais sintonizados com Rui Falcão, liderados por Monteiro, trabalham para tentar aprovar a tese de suplência por aqui mesmo, sem necessidade de intervenção.
Para isso, propuseram um acordo com Augusto Lobato, que receberia o controle da gestão do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Maranhão em troca do apoio à tese de suplência.
O que mais tem preocupado José Antônio Heluy é o fato de que ele sabe estar refém da vontade da direção nacional. Segundo resolução aprovada em dezembro do ano passado, qualquer decisão sobre as coligações eleitorais nos estados está subordinada à aprovação da Comissão Executiva Nacional (reveja).
O próprio Monteiro reconheceu isso, semana passada, ao admitir que essa subordinação acabava transformando em “uma possibilidade” troca da vaga de vice (releia).

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Flávio Dino firma aliança com adversário de Dilma.

aecio-flavio
O Estado - O pré-candidato ao Governo do Estado, Flávio Dino (PCdoB), oficializou ontem a aliança com o PSDB consolidando o apoio ao pré-candidato a Presidência da República, Aécio Neves, e, consequentemente, se distanciando da presidente Dilma Rousseff (PT), que concorrerá à reeleição. Ao anunciar a aliança PCdoB/
PSDB, os tucanos confirmaram ainda o nome do deputado Carlos Brandão para vice na chapa de Dino.
Aécio Neves desembarcou em São Luís para participar do ato político que anunciou a aliança com o PCdoB – partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff – no Maranhão.
Durante entrevista coletiva, concedida antes do início do evento tucano, Aécio garantiu que a decisão de coligar com o PCdoB passa por objetivos regionais, mesmo sendo os comunistas adversários históricos dos tucanos nacionalmente.
“Nós estamos hoje [ontem] aqui, de forma clara, transparente, o conjunto do PSDB, trazendo o nosso apoio à candidatura de Flávio Dino ao Governo do Estado”, afirmou Aécio Neves.
Com esse apoio, Flávio Dino consegue tempo de propaganda de televisão e rádio, objetivo principal do comunista ao buscar a aliança com o PSDB. Dino e sua coligação terão mais de quatro minutos para sua propaganda política.
Desvantagem – No entanto, Dino consegue juntamente com o tempo dos tucanos o distanciamento da candidatura a reeleição de Dilma Rousseff, que em 2011 nomeou o comunista para presidir a Embratur, cargo que exerceu até março deste ano.
O comunista terá que enfrentar situações como a que ocorrer ontem durante a entrevista do pré-candidato Aécio. O tucano fez duras críticas à administração da petista e garantiu que tanto o Maranhão quanto o Brasil querem mudança.
“A principal característica da administração do PT é o conjunto de obras inacabadas”, disse Neves.
E mesmo aceitando a aliança com o PSDB, Flávio Dino prefere garantir que tem um palanque aberto para as três candidaturas a presidente: Eduardo Campos do PSB além de Aécio e Dilma Rousseff já que partidos como o PDT são aliados e apoiam a candidatura à reeleição da petista.
Tucanos ficam com a vice e PDT deverá aceitar
Ao anunciar aliança com o PCdoB, o PSDB mostrou quanto custou a fatura pela adesão ao projeto dinista. Os tucanos indicaram o deputado Carlos Brandão para compor a chapa de Flávio Dino na vaga de candidato a vice-governador. Com isso, o PDT – antes colocado como o partido que indicaria o vice do comunista – perde o espaço e deverá aceitar decisão.
Assim que anunciou que fechara com o PCdoB, o pré-candidato Aécio Neves garantiu que essa adesão traz junto o nome de Carlos Brandão para ser vice de Dino. “Estamos incorporando nesse esforço o companheiro Brandão, que estará ao lado de Flávio Dino como seu candidato a vice-governador”, disse Neves.
A decisão foi confirmada pelo pré-candidato Flávio Dino que ao deixar a entrevista coletiva disse que no ato político faria o convite oficial ao PSDB para indicar o vice. “Estamos aqui hoje [ontem] para convidar oficialmente o PSDB a indicar o vice”, afirmou Dino.
Com isso, o PDT está praticamente fora da disputa pela vaga de vice, apesar de alegar acordo firmado em 2012 que garantia esse espaço a sigla. Os pedetistas até tentaram pressionar escolhendo o nome do empresário Márcio Honaiser para ser vice de Dino.
Sobre o assunto, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse apenas que não estava sabendo da decisão de que Brandão será o vice de Flávio e garantiu que reunirá o partido para deliberar o que será feito.
“Esse é um fato novo pra mim eu tenho que reunir o partido para decidir o que a gente vai fazer. Eu não tenho ainda uma definição”, afirmou.
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