quinta-feira, 5 de junho de 2014

Brasília - Câmara dos Deputados aprova projeto que regulamenta a criação de municípios.

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro.
A Câmara dos Deputados aprovou hoje (4), por 343 votos a favor, 30 contra e uma abstenção, o Projeto de Lei Complementar (PLP 397/14) que trata das regras para a criação, incorporação, fusão e o desmembramento de municípios.

Os deputados aprovaram um substitutivo, de autoria do deputado Moreira Mendes (PSD-RO), ao projeto de mesmo teor aprovado pelo Senado em maio.
Entre os critérios aprovados para a criação de municípios está a viabilidade financeira e população mínima. O projeto estabelece número mínimo de habitantes, tanto para os novos municípios quanto para os municípios que perderem população. O quantitativo será 6 mil habitantes nas regiões Norte e Centro-Oeste, 12 mil na Região Nordeste e 20 mil nas regiões Sul e Sudeste.

O texto do Senado estabelecia como condição para a criação de municípios a exigência de uma área mínima territorial não inferior a 200 quilômetros quadrados (km²) nas regiões Norte e Centro-Oeste e de 100 km² nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Como o texto foi modificado, terá que retornar ao Senado para nova apreciação.

A proposta aprovada na Câmara retirou a exigência. O texto também excluiu a necessidade de um núcleo urbano mínimo como condição para a criação de distritos. Os deputados argumentaram que da forma como o texto estava a criação de municípios ficaria inviabilizada. A proposta aprovada estabelece apenas que o número de imóveis da área que pretende se separar seja maior que a média observada em 10% dos municípios com menor população no estado.

O projeto também determina que a criação, fusão ou o desmembramento de municípios seja feita por lei estadual, e dependerá, previamente, da execução de Estudo de Viabilidade Municipal (EVM), além de plebiscito envolvendo as populações dos municípios em litígio.

De acordo com o texto, “o procedimento terá início mediante requerimento dirigido à Assembleia Legislativa do respectivo estado”, subscrito por, no mínimo, 3% dos eleitores residentes em cada um dos municípios envolvidos, no caso de fusão ou incorporação, e de 20% dos eleitores residentes na área geográfica que se pretenda emancipar, no caso da criação de município.

O processo terá que ser efetivado no período compreendido entre a posse do prefeito e o último dia do ano anterior à realização das eleições municipais. Caso a criação seja rejeitada, é vedada a chamada para novo plebiscito nos próximos 12 anos.

No ano passado, a presidenta Dilma Rousseff vetou integralmente proposta similar, aprovada prlo Senado, por considerar que a medida iria onerar os cofres públicos com a criação de quase 300 municípios. Mas os vetos ainda não foram apreciados pelo Congresso. Ao publicar o veto noDiário Oficial da União, a Presidência da República justificou que a expansão expressiva do número de municípios do país, resultava em aumento de despesas com a manutenção de sua estrutura administrativa e representativa.

Caso do Vereador Paulo Lopes (PT) - Morte de vereador pode ter relação com desvio de dinheiro público, denuncia deputado Bira.

O parlamentar ressaltou que o desvio de dinheiro já tinha sido denunciado pelo vereador Paulo Lopes (PT). Alguns dias após a denúncia, na Câmara Municipal de Nunes Freire, o parlamentar faleceu, supostamente vítima de acidente.

Em discurso na Assembleia Legislativa do Maranhão, na manhã desta quarta-feira (04), o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) apresentou uma denúncia feita pelos vereadores Marcelo Oliveira, Ulenira Batista, Luís Fernando Pereira e Gerlândia de Oliveira, que fizeram uma representação junto ao Ministério Público Estadual denunciando o desvio de dinheiro público utilizando o mecanismo de consignações junto ao Banco do Brasil.

O deputado Bira relatou e detalhou o teor da denúncia apresentada pelos vereadores. Os parlamentares municipais denunciam que no contrato de consignação do Banco do Brasil, o desconto dos servidores, ao invés de ser efetuado na conta própria, está sendo efetuado na conta da Prefeitura, ou seja, a Prefeitura está pagando as consignações.

Bira classificou a situação como uma ilegalidade flagrante, por se configurar como desvio de dinheiro e cobrou que o caso seja investigado o mais rápido possível pela Polícia.

O parlamentar ressaltou que o desvio de dinheiro já tinha sido denunciado pelo vereador Paulo Lopes (PT). Alguns dias após a denúncia, na Câmara Municipal de Nunes Freire, o parlamentar faleceu, supostamente vítima de acidente. Bira destacou que as investigações da Polícia Civil caminham na direção, de que há vinculações entre a morte do vereador e a denúncia que ele formulou.

Em razão da gravidade da situação, o deputado Bira formulou representação mediante oficio à Polícia Civil, ao Banco do Brasil, à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual, pedindo que eles façam a investigação devida da denúncia.

“Eu espero que o Banco do Brasil tenha uma posição. Eu não quero crer que o BB tenha alguma coisa a ver com isso, mas é importante que eles também apurem a responsabilidade. Eu tenho aqui os documentos em mãos que comprovam que os servidores receberam a consignação, mas não tiveram o desconto nas suas folhas de pagamento, no seu contracheque. A consignação é um empréstimo bancário e o débito é feito na folha de pagamento, vem descontado no contracheque”, denunciou Bira.

De acordo com o parlamentar, os vereadores tiveram acesso aos contracheques dos funcionários e constataram que não há desconto em favor do Banco do Brasil, no entanto na lista das consignações fazem parte pessoas que não são servidores do município. Para o socialista, a situação é extremamente grave e pode indicar o enriquecimento ilícito e talvez uma fonte de arrecadação de dinheiro para futuras campanhas eleitorais. 

“Peço a investigação a todos esses órgãos mediante a denúncia que recebi e vamos a fundo acompanhar cada passo, tanto da denúncia formulada por eles com relação a esse esquema de desvio de dinheiro, quanto também em relação à morte do vereador Paulo Lopes, essa história tem que ser passada a limpo”, cobrou.

LEIA MAIS:   Violência - Em Governador Nunes Freire o vereador Paulo Lopes Sales (PT), foi assassinado a pauladas, para não denunciar atos de Corrupção. http://maranauta.blogspot.com.br/2014/03/violencia-em-governador-nunes-freire-o.html

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Decreto nº 8243 - A grita das elites contra a Política de Participação Social.


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Começam, na mídia, ataques ao decreto de Dilma. Intenção é não deixar nenhuma brecha aberta a novas formas de democracia.

Por Luis Nassif, no GGN | Imagem: Henfil
O Brasil é um país com várias camadas arqueológicas. Tem o país dos novos mercados, das novas tecnologias, de uma sociedade civil pujante, de novos movimentos nascendo ao largo das velhas instituições, de novos direitos sociais sendo reconhecidos pela sociedade e pelo Supremo Tribunal Federal, novas políticas sociais amparando de minorias raciais a pessoas com deficiência.
Ao mesmo tempo, é o país anacrônico, com manchas de trabalho escravo mas, principalmente, com um ranço insuperável, fruto da herança coronelística da Velha República, da visão de compadrio do “homem cordial”, que não aceita nenhuma forma de mediação dos poderes que não passe pelo seu poder de arbítrio.
Só isso para explicar as críticas anacrônicas da parte da mídia aos decretos da Presidente da República instituindo a Política Nacional de Participação Social, formalizando diversos conselhos para ampliar a participação social nas políticas públicas.
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O Estadão soltou um editorial em que acusa Dilma de pretender mudar a Constituição. “A participação social numa democracia representativa se dá através dos seus representantes no Congresso, legitimamente eleitos”.
É o mesmo jornal que debatera diariamente contra os arregos políticos, contra o loteamento de diretorias de estatais para políticos, contras os pactos nefastos do presidencialismo de coalizão, contra os vícios de democracia, que vende o lema de que todo político é ladrão. De repente, o Congresso ganha legitimidade para tudo, até para opinar em políticas que são prerrogativas do Executivo e até para co-participar de governo.
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Por acaso cabe ao Congresso definir formas de implementação do Plano Nacional de Educação,  as estratégias para o Bolsa Família,  as políticas para micro empresas, as políticas de defesa do consumidor? É evidente que não. Quem define isso é o Executivo, governo eleito diretamente pelo voto popular.
E se o governo abre espaço para a participação popular em políticas que afetam diretamente as pessoas, não está aparelhando nada: está abrindo mão do poder absoluto e ouvindo de forma institucionalizada a voz dos clientes dos serviços públicos representantes diretos da sociedade civil. Confundir esse movimento de abertura para a sociedade com aparelhamento do Estado é má fé.
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A natureza desses conselhos consultivos é a mesma que deveria vigorar nas relações com o setor econômico. A ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) tem várias câmaras setoriais, com a presença de empresários dos diversos setores incumbidos de fornecer subsídios para as políticas setoriais. Acaso foram taxadas de aparelhamento?

As críticas a se fazer é à baixa implementação das conclusões geradas por esses conselhos, não à sua criação.
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O problema do jornal é que, com a criação de conselhos de toda ordem – para a área social, econômica, educacional – o governo passará a ouvir as demandas da sociedade diretamente, e sem a intermediação de uma mídia que há muito tempo perdeu a capacidade de mediar as necessidades da sociedade.
É importante recordar que as pessoas que saíram as ruas em junho do ano passado reagiram contra o anacronismo de todas as instituições, não apenas do Executivo, Legislativo e Judiciário, mas também da mídia.
Que venha a nova democracia social!

terça-feira, 3 de junho de 2014

Decreto nº 8.243 - PARTICIPAÇÃO SOCIAL É CONQUISTA HISTÓRICA, DIZ GILBERTO CARVALHO.

Direitos Humanos - Ciganos avaliam e aprimoram a implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.


A Associação de Preservação da Cultura Cigana de Roraima-ASPRECIRR, vai representar o estado de Roraima, através do seu presidente, o Calon Rogerio Ribeiro. 

O representante de Roraima da União Cigana do Brasil (UCB), Rogério Wanzenon, que tem origem Calón, é o idealizador da criação da Associação de Preservação da Cultura Cigana do Estado de Roraima. 


Segundo ele, a entidade vem forte pôs tem ciganos comprometidos com o resgate das tradições no Estado de Roraima através da música, dança, artesanato, comidas típicas, além de suas alegres festas. “O povo cigano é honesto, muito alegre e que vive procurando manter sua dignidade e honradez, não sendo procedente a reputação de ladrões que lhes é imputada”, disse. 

Grupo Calón - Os componentes deste grupo fixaram residência especialmente na Espanha e Portugal, onde sofreram severas perseguições, pois sendo estes países profundamente católicos e conservadores, não podiam admitir os costumes ciganos, tanto que foram proibidos de falar o seu idioma, usar suas vestes típicas e realizar festas e cerimônias segundo suas tradições. O que os ciganos sofreram na Península Ibérica, lembra de certa maneira o que os negros sofreram em terras do Brasil.


A Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais – CNPCT, órgão colegiado do Governo Federal, realiza em maio dois encontros na região Norte. 

Os eventos têm o objetivo de avaliar e aprimorar a implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais – PNPCT (Decreto 6.040/2007) com ênfase ao acesso aos territórios e regularização fundiária. 

O primeiro encontro acontece em Manaus (AM), entre 19 e 22 de maio, no qual participam os Estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, e o outro em Belém (PA), reunindo representações do Amapá, Maranhão, Pará e Tocantins, entre 2 e 5 de junho.

Etnia cigana em Roraima - Criar mecanismos para capacitar os ciganos legítimos, descendentes e simpatizantes, para o desenvolvimento de projetos auto-sustentáveis econômica e culturalmente, através de parcerias que visem à garantia dos direitos constitucionais dos Povos de etnia Cigana, é um desafio e uma meta da Associação de Preservação da Cultura Cigana no Estado de Roraima.



O representante de Roraima da União Cigana do Brasil (UCB), Rogério Wanzenon,é o idealizador da criação da Associação de Preservação da Cultura Cigana do Estado de Roraima. 

Segundo ele, a entidade vem forte pôs tem ciganos comprometidos com o resgate das tradições no Estado de Roraima através da música, dança, artesanato, comidas típicas, além de suas alegres festas. “O povo cigano é honesto, muito alegre e que vive procurando manter sua dignidade e honradez, não sendo procedente a reputação de ladrões que lhes é imputada”, disse. 


Preconceito e Bullyng - O representante dos ciganos no Estado de Roraima foi criado longe dos acampamentos, em Brasília. Jornalista, publicitário e autor de vários projetos sociais, Rogério Ribeiro (nome e sobre nome cigano Rogério Wanzenon) é da família do grupo Kalón, etnia cigana que possui todo um histórico de discriminação, perseguição e sofrimento. 

“No dia em que falei na escola que era cigano, passei a sofrer uma perversa discriminação dos colegas e da própria professora. Os amigos se afastaram e falavam que éramos ladrões de cavalo e de gente, um absurdo. Se sumia um lápis ou borracha na sala de aula, a primeira mochila a ser revistada era a minha. Foi assim por muito tempo”, disse. 

“Tivemos que mudar do Núcleo Bandeirante para o Cruzeiro Velho, cidade satélite de Brasília, para evitar a humilhação que passávamos. Depois disso resolvi ocultar a minha origem. A minha mãe ficou assustada e preocupada com nossa situação e, com intuito de nos proteger, tomou a decisão drástica de mudar toda a nossa documentação, segundo ela com autorização da Justiça” contou Rogério Wanzenon.

Objetivos e finalidades - Entre vários objetivos e finalidades da entidade, ele destacou alguns: zelar pelos interesses coletivos, morais, culturais, sobretudo para a formação, ampliação e difusão da cultura Cigana em todo Estado de Roraima; defender a democracia, a independência e o respeito à liberdade sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção política ou religiosa; coletar, registrar sistematizar e divulgar informações sobre a evolução das características, culturais, sociais, histórias e tradições do povo de etnia Cigana; constituir e manter em locais distintos de sua sede, centros de referência culturais e cursos de formação e orientação.

Também inclui projetos de atendimento a entidades identificadas com os objetivos da ASPRECIRR e promover a abertura do Museu Cigano, que contará com sala de projeção para documentários e filmes com temas Ciganos, artesanatos, utensílios, telas, fotos e outras atividades. A entidade conta com apoio e é representante em Roraima da União cigana do Brasil.

UCB - A União Cigana do Brasil-UCB tem a proposta de resgatar, moralizar e preservar a cultura desse povo, esclarecendo suas tradições e revertendo a imagem preconceituosa advinda da desinformação, que tanto prejudica a interação dos ciganos com as variadas sociedades. 

A União Cigana do Brasil é uma entidade reconhecida como representante da cultura cigana no Brasil pela Internacional Roma Federation, INC que é filiada à ONU - Organização das Nações Unidas.

Novo míssil intercontinental russo poderá sobrevoar os polos terrestres.

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Foto: novayagazeta-ug.ru

O novo míssil balístico intercontinental Sarmat, da Rússia, se destacará pela sua capacidade de transportar cargas muito pesadas, o que lhe permitirá superar o escudo de defesa antimíssil norte-americano, e também será capaz de sobrevoar os dois polos da Terra, segundo relata a edição desta segunda-feira, 2, do jornal Gazeta Russa.

As informações foram dadas à publicação pelo vice-ministro da Defesa da Rússia, Yuri Borisov, que também é responsável pela supervisão do trabalho de desenvolvimento do novo míssil. Segundo ele, o Sarmat será um foguete pesado de combustível líquido que será equipado com uma ogiva militar de alta capacidade de manobra. De acordo com as previsões oficiais, a nova arma estará pronta em cerca de quatro a seis anos.

O Sarmat deverá substituir o sistema RS-20V Voevoda, mais conhecido no Ocidente como Satan. Os especialistas afirmam que o novo míssil não deixará nada a desejar em relação ao seu antecessor e que, inclusive, será superior em muitos aspectos.

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