terça-feira, 21 de julho de 2015

Maranhão. Justiça Federal determina suspensão do projeto de duplicação da Estrada de Ferro Carajás, empreendimento da VALE.

Foto - Jornal Vias de Fato.
Projeto seguia sem consulta prévia ao povo da terra indígena Caru, área que seria afetada pelo empreendimento.

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) propôs ação civil pública, com pedido de liminar, contra a empresa Vale S.A., o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) por atos produzidos no decorrer dolicenciamento da duplicação da Estrada de Ferro Carajás, que vem gerando impactos ao povo indígena Awá-Guajá, da terra indígena Caru.

Os índios Awá-Guajá são um dos poucos grupos indígenas no país considerados quase isolados, preservando um estilo de vida distinto e autônomo. Porém, de acordo com análise pericial realizada pelo MPF/MA em 2013, embora regularizadas, as terras indígenas dos Awá encontram-se invadidas e ameaçadas por não índios e por projetos econômico-mineradores.

Foto - Jornal Vias de Fato.
Segundo informações transmitidas diretamente por indígenas e por entidades indígenas ao MPF/MA, atos administrativos referentes à duplicação da Estrada de Ferro Carajás estavam sendo realizados sem a consulta prévia adequada e legal aos povos indígenas localizados na área, o que aumentaria os impactos já gerados na região pela ferrovia.

Ainda assim, o Ibama emitiu licença de instalação em favor da obra, mesmo observando os impactos aos índios e sem a fase de consulta livre e informada ao povo impactado. A Funai também foi omissa, pois não realizou adequadamente a consulta prévia aos índios e posicionou-se favoravelmente ao empreendimento. Constatou-se, ainda, a atuação inadequada da Vale ao oferecer, por meio de funcionários, bens e produtos aos indígenas, buscando colaboração para a realização do empreendimento.

Segundo MPF/MA, a implantação da duplicação da Estrada de Ferro Carajás poderá gerar danos irreversíveis ao meio ambiente e à cultura dos Awá-Guajá.

Dessa forma, a Justiça Federal determinou a suspensão da licença de instalação da ferrovia por parte do Ibama em relação ao trecho que causou impacto aos indígenas, também que seja aberta a fase de consulta prévia. Além disso, a empresa Vale S.A. não poderá mais fazer promessas ou enviar bens aos índios antes e durante a realização do período de consulta.

Fonte: MPF

Direitos Humanos. Violações contra crianças e adolescentes lideram denúncias no Disque 100.

Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil.
No primeiro semestre deste ano, o Disque 100 registrou 66.518 denúncias de violações de direitos humanos. O número é menor que as 71.116 denúncias recebidas no mesmo período de 2014.
Brasília - O último grupo de adolescentes que cumprem medida de internação no antigo Caje, são levados para as novas unidades de internação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Violações aos direitos de crianças e adolescentes foram os mais denunciados no Disque 100, no primeiro semestreMarcelo Camargo/Agencia Brasil
Mais da metade das ligações está relacionada a violações de direitos de crianças e adolescentes (63,2%). 
Em seguida, estão os idosos (24,2%) e as pessoas com deficiência (7,3%). 
Os dados foram divulgados hoje (21) pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
No comparativo do período de janeiro a junho de 2014 e de 2015, as denúncias de violações de direitos dos idosos foram as que mais cresceram, passando de 13.752 para 16.014, com aumento nas violações por negligência e abuso financeiro e econômico.

O ministro de Direitos Humanos, Pepe Vargas, destacou a preocupação tanto com o crescimento das denúncias de violências praticadas em idosos quanto com as ocorridas em pessoas com deficiência. “Vimos que isso cresceu no balanço semestral, e o grave é que, na maior parte das vezes, a violação é feita por familiares. Isso revela que precisamos construir uma cultura de direitos humanos na sociedade”, afirmou Vargas.

No primeiro semestre deste ano, o maior número de denúncias foi registrado em São Paulo (14.069), no Rio de Janeiro (7.849) e em Minas Gerais (5.479).

Houve significativa queda nas denúncias relacionadas a crianças e adolescentes, o que reduziu o número total de casos registrados no semestre. As queixas de violências praticadas contra esse grupo passaram de 49.248, no primeiro semestre do ano passado, para 42.114 no mesmo período deste ano. As principais violações registradas são negligência, violência psicológica e violência física.

A ouvidora nacional dos Direitos Humanos, Irina Bacci, disse que a queda decorreu da Copa do Mundo, no ano passado, quando houve um esforço coletivo de diversos órgãos no monitoramento e registro das violações de direitos de crianças e adolescentes.

O Disque 100 é um serviço de atendimento telefônico gratuito que recebe denúncias e demandas de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, população LGBT (lésbicas, gaysbissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e em situação de rua, por exemplo. Ele funciona 24 horas, durante todos os dias da semana. As denúncias são analisadas e encaminhadas aos órgãos responsáveis.

Idosos Os casos de violência contra pessoas idosas aumentaram de 13.752, no primeiro semestre do ano passado, para 16.014, no mesmo período deste ano. Os principais tipos de violência relatados são negligência, violência psicológica e abuso financeiro e econômico.

Já as denúncias de violações de direitos de pessoas com deficiência passaram de 4.254 para 4.863. As reclamações mais comuns foram a negligência, violência psicológica e violência física.  Há registro também de abuso financeiro e econômico, tal como ocorre com os idosos.

Frente de Combate à LGBTfobia promove ato em repúdio a toda e qualquer agressão e violência à comunidade LGBT na Praça São Salvador, em Laranjeiras (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Casos de violência contra a população LGBT ficaram  praticamente  estáveis  na  comparação  com  o primeiro semestre de 2014 Arquivo/Agência Brasil
LGBT e população em situação de rua - No caso da população LGBT, as queixas permaneceram praticamente estáveis, passando de 541 denúncias de violações no primeiro semestre de 2014 para 532 nos seis primeiros meses deste ano. 
Nesses casos, o  balanço mostra que predominam discriminação, violência psicológica e violência física. Em comparação com o primeiro semestre do ano passado, houve aumento da violência física.

Já as denúncias de violência contra a população em situação de rua aumentaram de 267 para 334 neste ano. Negligência, violência psicológica e violência física foram as queixas mais comuns. Na comparação entre o primeiro semestre de 2014 e o de 2015, houve crescimento da violência física e da psicológica.


As reclamações no Disque 100 de violência contra pessoas em restrição de liberdade tiveram expressiva queda no primeiro semestre, passando de 2.126 para 1.745. Nesse segmento, as denúncias mais comuns foram violações por negligência, tortura ou outros tratamentos, penas cruéis ou degradantes e violência institucional.

Há também registro de violações em locais como cadeias públicas, presídios, delegacias e unidades de internação socioeducativa.


Edição: Marcos Chagas.

João Paulo Lima e Silva é o novo superintendente da SUDENE a partir de hoje.

Da Agência Brasil
Foto - João Paulo Lima e Silva PT-PE.
A presidenta Dilma Rousseff nomeou hoje (21) João Paulo Lima e Silva para comandar a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A nomeação do novo superintendente foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. Ele assume o cargo em substituição a José Márcio de Medeiros Maia. A exoneração de Maia também está publicada no Diário Oficial.

Nascido em Olinda (PE), Lima e Silva foi prefeito do Recife por dois mandatos consecutivos, em 2000 e 2004. Em 2010, foi eleito deputado federal por Pernambuco. Filiado ao PT desde 1979, ele disputou uma vaga para o Senado nas eleições de 2014, mas não foi eleito.

À Sudene cabe promover o desenvolvimento includente e sustentável do Nordeste e fomentar a integração competitiva da região nos mercados nacional e internacional.
Edição: Marcos Chagas

Caxias do Sul inova no combate a violência juvenil escolhendo a mais bela negra e a miss afrodescendente.

Foto - Divulgação SEPPIR.

Buscando valorizar sua juventude e focada no combate a mortalidade de seus jovens a Prefeitura de Caxias do Sul, resolveu inovar no enfrentamento a violência, através de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social, que apoiaram a realização de dois eventos paralelos, enaltecendo a autoestima e a beleza jovem afrodescendente. 

Coube ao Centro de Promoção da Igualdade Racial realizar as inscrições que iniciaram-se no dia 18 de maio e encerraram-se no dia 22 de junho. O Município de Caxias do Sul que pertence ao Estado do Rio Grande do Sul, nos dá uma bela lição de como trabalhar a prevenção da violência.

A Prefeitura coube a produção do material de divulgação e a SEPPIR fez a divulgação a nível nacional do evento. O dia 24 de julho foi a data escolhida para a realização do inesquevicel evento social, que acontecerá na Sede do Ponto de Cultura UAB Cultural, localizado na Rua Luis Antunes, n° 80, Bairro Panazzolo, atrás do Fórum. Com início às 21:00 horas.  

Cabe aqui um questionamento, nos Maranhenses, povo tão miscigenado que somos, por que nao realizarmos um evento similar? Escolheriamos a mais bela representante dos povos tradicionais maranhense, apresento minhas candidatas.

Foto - A índia dançarina é Geovanna Guajajara (Arame) e a de Blusa Preta é Taimira Guajajara de (Amarante).


A todos os envolvidos na realização do evento em Caxias do Sul/ RS, nossos sinceros parabéns. 

A foto usada nesta matéria me foi gentilmente cedida pela Taimira Guajajara, texto de Francisco Barros. 

Manaus, sobe para 35 número de homicídios em quatro dias.



Manaus/AM. - Subiu para 35 o número de assassinatos em Manaus entre sexta-feira, 17, e a manhã desta segunda, 20.  O ajudante de pedreiro Elivelton Santos da Costa, 30, que segundo testemunhas estava em casa com familiares, foi a última vítima da série de homicídios com arma de fogo na capital amazonense, ao ser atingido por oito tiros, segundo a polícia local.

Segundo a PM, testemunhas informaram que dois homens chegaram à residência de Elivelton, entraram disparando contra ele e fugiram logo em seguida. O corpo do ajudante de pedreiro foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros investiga o caso e uma possível relação com as outras 34 mortes registradas nos últimos quatro dias em Manaus.

A série de homicídios foi iniciada na noite de sexta-feira, 17, dia em que um sargento da Polícia Militar foi morto em uma agência bancária da cidade. O IML está apurando uma possível relação dos assassinatos.

Os representantes de órgãos de segurança do Estado cogitam a possibilidade de vingança, enquanto o Instituto Médico Legal (IML) realiza exames de comparação balística para saber se há ligação entre os assassinatos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, foram 10 assassinatos na sexta-feira, 15 no sábado e oito no domingo, todos em diferentes bairros e zonas da cidade.

Às 2h30 desta segunda-feira, 20, o autônomo Renato Simplício, 31, foi a 34ª vítima, com um tiro no tórax. Conforme o número de casos aumentava, mensagens de texto e áudio e fotos circulavam nas redes sociais, com pedidos de cuidado e alertas para que as pessoas ficassem em casa.

Na investigação dos casos, a polícia disse que trabalha com todas as possibilidades, entre elas um confronto entre facções criminosas ou vingança de policiais. Em entrevista coletiva concedida no sábado, o secretário de Segurança do Estado, Sérgio Fontes, informou que todas as delegacias especializadas estão trabalhando para solucionar o caso. "Em alguns, já temos os indícios de autoria e nos demais existe indicação de que foi uma ação orquestrada - e não descartamos qualquer hipótese", disse.

LEIA MAIS: 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Brasil. As 34 Mortes registradas em Manaus podem estar relacionadas com grupo de extermínio.

Repercute internacionalmente matança de Manaus, abaixo transcrevo notícia publicada pela mídia Russa.

Familiares de vítimas lotaram o IML na manhã deste sábado (17) (Foto: Jamile Alves/ G1 AM)A série de mortes registradas em Manaus desde a última sexta-feira (17), contabilizando ao menos 34 homicídios nos últimos três dias, pode ter relação com a existência de um grupo de extermínio. Quem afirma é o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), Fábio Monteiro. Ele afirmou que a situação é "preocupante", acrescentando que irá se reunir com órgãos de segurança. 
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, há indícios de que um mesmo grupo tenha cometido a série de assassinatos. Acredita-se que as mortes possam ser motivadas por disputas entre grupos de criminosos ou ter ligação com a morte de um policial militar na última sexta-feira.
"O modus operandi, forma de agir e a rapidez, inclusive na forma de chegar ao local, executar e sair, é típico de quem sabe o que está fazendo. Não se trata de amador", declarou Monteiro.
"A situação é grave e absurda. Evidentemente, o Ministério Público estará monitorando para responsabilizar quem tiver que ser responsabilizado. Não interessa se é facção criminosa ou policial militar. O que interessa é que a população não pode ficar sem uma resposta", frisou.
Leia Mais:

1 - Amazonas. Cúpula da Segurança Pública trata série de 23 homicídios como "evento fora da curva". http://maranauta.blogspot.com.br/2015/07/amazonas-cupula-da-seguranca-publica.html.


3 - Atualização. Manaus, sobe para 35 número de homicídios em quatro dias.
http://maranauta.blogspot.com.br/2015/07/manaus-sobe-para-35-numero-de.html


Menina de 10 anos entra em trabalho de parto depois de se queixar de dor no estômago, em Belo Horizonte.

Criança manteve os abusos sexuais em segredo, com medo das ameaças do padrasto em relação à mãe e ao irmão.

Uma menina brasileira de apenas 10 anos foi internada no hospital com dores abdominais e deu à luz um bebé, depois de ter escondido a gravidez por sete meses, relata o jornal "The Mirror"
A criança engravidou depois de ter sido violada várias vezes pelo padrasto.
A menina foi levada à pressa para o posto médico pelos professores, depois de se queixar de dores abdominais, onde se descobriu que estava em trabalho de parto. Foi depois encaminhada para um hospital de Belo Horizonte.
Apesar de ter 10 anos e de ter apenas sete meses de gestação, o parto correu "normalmente". A menina e o bebé encontram-se a ser atendidos na unidade neonatal do hospital.
De acordo com a polícia, a criança revelou depois que tinha sido violada pelo padrasto. Segundo a menina, o homem de 40 anos chegou a ameaçar matar a mãe e o irmão caso ela denunciasse os abusos.
A mãe da criança alega que não sabia de nada, mas admite que a filha costumava ficar sozinha em casa com o padrasto enquanto ela estava no trabalho e que notou algumas mudanças no seu comportamento. 
O padrasto já foi preso pelo crime de abuso sexual e por posse ilegal de armas de fogo.