quarta-feira, 15 de junho de 2016

Deputados Alberto Filho (PMDB-MA) e André Fufuca (PP-MA) votaram a favor de Cunha, que teve cassação aprovada em Comissão de Ética da Câmara.

André Fufuca (PP-MA) votou contra a cassação de Eduardo Cunha
BRASÍLIA — O Conselho de Ética aprovou, em votação apertada, na tarde desta terça-feira, (14), por 11 votos a 9, o parecer do Deputado Marcos Rogério (DEM-RO) relator do processo, acatando a denuncia e propondo a cassação do mandato do presidente da Câmara afastado, Deputado ]federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Considerada o voto decisivo, A deputada Tia Eron (PRB) votou a favor do relatório e foi aplaudida pelo presentes na sessão.
Votaram a favor do Parecer pela Cassação: Os deputados Paulo Azi, Tia Eron (PRB-BA), Wladimir Costa (SD-PA), Léo de Brito (PT-AC), Valmir Prascidelli (PT-SP), Zé Geraldo (PT-BA), Betinho Gomes (PSDB-PE), Júlio Delgado (PSB-MG), Nelson Marcehzan Júnior (PSDB-RS), Sandro Alex (PSD-PR), Marcos Rogério (DEM-RO).
Alberto Filho (PMDB-MA) votou contra a cassação de Eduardo Cunha
Votaram contra o relatório: Os deputados Alberto Filho (PMDB-MA), André Fufuca (PP-MA), Mauro Lopes (PMDB-MG), Nelson Meurer (PP-PR), Sérgio Moraes, Washington Reis (PMDB-RJ), João Bacelar (PR-BA), Laerte Bessa (PR-DF), Wellington Roberto (PR-PB).

terça-feira, 14 de junho de 2016

Leia a decisão do Ministro do STF Teori Zavascki negando pedido de prisão de Renan, Jucá e Sarney.

Brasília - O ministro Teori Zavascki participa de sessão plenária do Supremo Tribunal Federal, para julgar vários processos (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Foto -- Teori Zavascki.Arquivo/Agência Brasil
André Richter – Repórter da Agência Brasil.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou, há pouco, pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para prender o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-senador e ex-presidente da República José Sarney.

Na decisão, Teori disse que não há motivos para decretar a prisão dos senadores. “Ao contrário do que sustenta o procurador-geral da República [Rodrigo Janot], nem se verifica – ao menos pelos elementos apresentados – situação de flagrante de crimes inafiançáveis cometidos pelos aludidos parlamentares, nem há suficiência probatória apta, mesmo neste momento processual preliminar, a levar à conclusão de possível prática de crimes tidos como permanentes”, entendeu o ministro.

Na mesma decisão, o ministro decidiu retirar o sigilo dos depoimentos de delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Foi com base nos depoimentos do delator que as prisões foram solicitadas. Pedidos de busca e apreensão contra os senadores foram rejeitados pelo ministro.


O ministro entendeu que o teor das gravações, nas quais os parlamentares citam ministros da Corte e o procurador-geral “não se mostram à altura de agentes públicos titulares dos mais elevados mandatos de representação popular”. No entanto, para Zavascki, o conteúdo das gravações, “por mais graves e reprováveis que sejam as condutas”, não são suficientes para justificar as prisões.


“Os elementos, por ora apresentados, não são suficientes para legitimar a medida excepcional. Não houve, aqui, a indicação de atos concretos e específicos que demonstrem a efetiva atuação para interferir nas investigações. O teor das conversas gravadas, por si só, não constituem motivo suficiente para a decretação da prisão preventiva. Indispensável seria que o Ministério Público indicasse condutas concretas aptas a formar um convencimento minimamente seguro sobre o risco alegado”, decidiu o ministro.
O texto foi ampliado às 19h23 - Edição: Nádia Franco.

LEIA MAIS: 
1  - Íntegra da decisão quanto aos pedidos de prisão (AC 4173). http://www. stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/ac4173.pdf
2 - Íntegra da decisão sobre os pedidos de busca e apreensão (AC 4174). http://www. stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/ac4174.pdf


Baixa dos preços do petróleo muda o xadrez geo-político.

DAMASCO (SÍRIA)


A baixa dos preços do petróleo desmentiu a teoria do «Pico de Hubbert». 
Não deverá haver penúria energética no século vindouro. 

Provavelmente, a baixa dos preços do petróleo também iniciou o desmantelamento da teoria da «origem humana do aquecimento climático». 
Ela privou de qualquer rentabilidade as fontes de energia alternativas, os investimentos nos hidrocarbonetos de xisto e as perfurações em águas profundas. 
Mudando o xadrez geo-político, ela é susceptível de fazer regressar os militares dos Estados Unidos ao Próximo-Oriente e forçar o Pentágono a abandonar, definitivamente, a teoria do «caos construtivo».


Em dois anos, o mercado mundial das fontes de energia foi revolucionado. Primeiro, a oferta e a procura mudaram consideravelmente, depois os fluxos comerciais, finalmente os preços afundaram. Estas mudanças radicais colocam em causa todos os princípios da geo-política do petróleo.

O mito da penúria - O abrandamento da economia dos países ocidentais, e a de alguns países emergentes, traduziu-se por uma baixa na procura, enquanto o crescimento contínuo na Ásia tem pelo contrário aumentado. Em última análise, a procura global prossegue a sua lenta subida. Do lado da oferta, não só nenhum Estado produtor viu as suas capacidades afundarem, mas, alguns até a puderam aumentar como a China, que acumula agora importantes reservas estratégicas. De tal modo que, em geral, o mercado é muito excedentário.

Esta primeira constatação contradiz o que era a ortodoxia dos meios científicos, e profissionais, durante os anos 2000: a produção mundial aproximava-se do seu pico, o mundo ia conhecer um período de penúria, no decurso do qual alguns Estados iriam afundar-se em guerras por recursos naturais iam estourar. Desde o seu regresso à Casa Branca, em janeiro de 2001, o Vice-presidente Dick Cheney havia formado um grupo de trabalho sobre o desenvolvimento da política nacional de Energia (National Energy Policy Development — NEPD), qualificado de «sociedade secreta» peloWashington Post [1]. Num ambiente de alta-segurança, os conselheiros da Presidência auscultaram os patrões das grandes empresas do sector, os cientistas mais reconhecidos, e os chefes dos serviços Secretos. Chegaram à conclusão que o tempo urgia e que o Pentágono devia garantir a sobrevivência da economia norte-americana apoderando-se para tal, sem esperar, dos recursos do «Médio-Oriente Alargado». Ignora-se exactamente quem participou neste grupo de trabalho, sobre que dados trabalhou, e quais as etapas da sua reflexão. Todos os documentos internos foram destruídos, para que ninguém conhecesse as estatísticas às quais ele teve acesso.

Foi este grupo que aconselhou lançar as guerras contra o Afeganistão, o Irão, o Iraque, a Síria, o Líbano, a Líbia, a Somália e o Sudão; um programa que foi, oficialmente, adoptado pelo Presidente George W. Bush aquando de uma reunião, a 15 de Setembro de 2001, em Camp David.

Eu lembro-me de ter encontrado em Lisboa, aquando de um congresso da APFOA (associação entretanto extinta- ndA), o secretário-geral do grupo de trabalho da Casa Branca. Ele tinha uma apresentado uma exposição sobre o estudo de reservas anunciadas, a iminência do «Pico de Hubbert» e as medidas a tomar para limitar o consumo de energia nos EUA. Eu tinha, então, ficado convencido —erradamente— pela sua lógica e pelas suas certezas.
Constatamos com o tempo que esta análise é completamente falsa, e que as cinco primeiras guerras (contra o Afeganistão, o Iraque, o Líbano, a Líbia e a Síria) foram, deste ponto de vista, inúteis, mesmo se este programa prossegue até hoje. Este enorme erro de prospectivação não deve surpreender-nos. É a consequência do «pensamento de grupo». Progressivamente uma ideia impõe-se no seio de um grupo, a qual ninguém ousa colocar em questão pelo risco de se ver excluído do «círculo da verdade». É o «pensamento único». Neste caso, os conselheiros da Casa Branca começaram e desembocaram na teoria malthusiana, a qual dominou a cultura anglicana do século XIX. Segundo ela, a população aumenta a um ritmo exponencial enquanto os recursos apenas a um ritmo aritmético. A prazo, não haverá recursos disponíveis para toda a gente.
Thomas Malthus entendia opôr-se à teoria de Adam Smith, segundo a qual, quando livre de qualquer regulamentação, o mercado se regula a si mesmo. Na realidade, o pastor Malthus encontrava na sua teoria —não demonstrada— a justificação para a sua recusa em atender às necessidades de inumeráveis pobres da sua paróquia. De que serviria alimentar esta gente se, no futuro, os seus muitos filhos morreriam de fome? O governo de George W. Bush era, então, amplamente formado por WASP.s e incluía muitas gente oriunda da indústria petrolífera, a começar pelo Vice-presidente Cheney, antigo patrão da empresa fornecedora Halliburton.
Se o petróleo é um recurso não renovável e que terá, portanto, um fim, nada permite pensar que este está próximo. Em 2001, raciocinava-se em função do petróleo de tipo Saudita, que se sabia refinar. Não se considerava exploráveis as reservas da Venezuela, por exemplo, sobre as quais se admite, hoje em dia, que são suficientes para prover o conjunto das necessidades mundiais, pelo menos por um século.
Tomemos em atenção que a teoria do «aquecimento global provocado pelo homem» não é, provavelmente, mais séria que a do pico petrolífero. Ela procede da mesma origem malthusiana, e tem, por outro lado, a vantagem de enriquecer os seus promotores através da Bolsa dos direitos de emissão de Chicago [2]. Ela foi popularizada com o objectivo de ensinar os Ocidentais a diminuir o seu consumo de energia de origem fóssil, portanto, para se preparem para um mundo onde o petróleo se teria tornado escasso e caro.

O fim dos preços artificiais

A subida do preços do barril a 110 dólares pareceu reforçar a teoria da equipe de Dick Cheney, mas a sua queda brutal a 35 dólares mostra que não se tratava de nada disso. Tal como em 2008, esta queda começou com as sanções Europeias contra a Rússia, que desorganizaram as trocas mundiais, deslocaram os capitais e, finalmente, rebentaram a bolha especulativa do petróleo. Desta vez, os preços baixos foram incentivados pelos Estados Unidos, que viram nisso um meio suplementar de afundar a economia russa.
A queda agravou-se quando a Arábia Saudita viu nela a sua oportunidade. Ao inundar o mercado com a sua produção, Riade manteve o preço do barril Arabian Light entre 20 e 30 dólares. Desta forma, destruía a rentabilidade dos investimentos em fontes alternativas de energia, e, garantia o seu poder e as suas receitas a longo prazo. Ela conseguiu convencer os seus parceiros da OPEP a apoiar esta política. Os membros do cartel tomaram a decisão de salvar o seu poder, a longo prazo, mesmo às custas de de ganhar muito menos dinheiro durante alguns anos.
Por conseguinte, a baixa dos preços incentivada por Washington contra Moscovo, acabou por atingi-la também. Se mais de 250. 000 postos de trabalho foram destruídos nas indústrias de energia, em dois anos, no mundo inteiro, cerca de metade foram-no nos Estados Unidos. Foram fechadas 78% das plataformas de petróleo dos EUA. Mesmo que o recuo da produção não seja tão espectacular, não é de somenos que os Estados Unidos não sejam mais, provavelmente, energeticamente independentes ou, então, não irão tardar a ser, em breve, novamente dependentes.
E, não são apenas os Estados Unidos : todo o sistema capitalista ocidental foi atingido. Em 2015, a Total perdeu 2,3 mil milhões (bilhões-br) de dólares, a ConocoPhillips 4,4 mil milhões, a BP 5,2 mil milhões, a Shell 13 mil milhões, a Exxon 16,2 mil milhões, a Chevron perto de 23 mil milhões.
Esta situação leva-nos de volta à «Doutrina Carter», de 1980. À época, Washington tinha-se atribuído o direito de intervir militarmente no Próximo-Oriente para garantir o seu acesso ao petróleo. Em seguida, o Presidente Reagan tinha criado o CentCom para aplicar esta doutrina. Hoje em dia, extrai-se petróleo um pouco por todo o lado, no mundo, e sob formas assaz diferentes. O fantasma do «Pico de Hubbert» dissipou-se. De tal modo que o Presidente Obama pôde ordenar a deslocação das tropas do CentCom para o PaCom (teoria de «bascular para a Ásia»). Pode observar-se que este plano foi modificado com a acumulação de forças na Europa do Leste (EuCom), no entanto, ele poderá ser ainda retomado se os preços estagnarem entre 20 e 30 dólares por barril. Neste caso, deixará de se explorar certos tipos de petróleo e irá regressar-se ao Arabian Light. A questão do reposicionamento de forças no Próximo-Oriente coloca-se, portanto, desde já.
Se Washington se empenha nesta via, deverá provavelmente, também, modificar os métodos do Pentágono. Se a teoria Straussiana do «caos construtivo» permite governar territórios imensos, com muito poucos homens no terreno, exige muito tempo para permitir a exploração de vastos recursos, como se vê no Afeganistão, no Iraque e na Líbia. Talvez seja preciso regressar a uma política mais sábia, parar de organizar o terrorismo, admitir a paz para poder comerciar com os Estados ou com o que deles resta.
Tradução  - Alva.
[1] “Energy Task Force Works in Secret” («Força Tarefa da Energia Trabalha em Segredo»- ndT), Dana Milbank & Eric Pianin, Washington Post, April 16th, 2001.
[2] « 1997-2010 : L’écologie financière » («1997-2010 : A ecologia financeira»- ndT), par Thierry Meyssan, Оdnako(Russie) , Réseau Voltaire, 26 avril 2010.

“A Desordem Mundial”, novo livro de Moniz Bandeira.


“A Desordem Mundial é baseada em formidável documentação, pesquisas de arquivos, trabalho de formiga de um autêntico cientista social”.  
“A Desordem Mundial é baseada em formidável documentação, pesquisas de arquivos, trabalho de formiga de um autêntico cientista social”.
Aqui, os povos também haviam iniciado, em 1999, como os do Oriente Médio, um processo de emancipação e conquistas sociais, a partir dos governos populares de Lula, Chávez, o casal Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa e Daniel Ortega.
No afã de destruir tudo e muito rápido, largando no caminho milhões de mortos e mutilados, este operativo de grandes proporções, acabou, igualmente, produzindo uma situação caótica generalizada, de que é exemplo mais significativo o Estado Islâmico (ISIS), hoje incontrolável pelas próprias potências ocidentais, que o conceberam, mas que insiste em cevá-los com armas, estratégia e dinheiro a rodo.
Daí “A Desordem Mundial”, título, muito a propósito, do novo livro do politólogo brasileiro Luiz Alberto Moniz Bandeira, que se projetou como um dos mais argutos analistas internacionais, desde que lançou, em 1973, “Presença dos Estados Unidos no Brasil”, obra seguida de outras 20 obras sobre golpes de Estado na América Latina e outras atrocidades institucionais no resto do mundo.
Ativista, inclusive, nas redes sociais, Moniz Bandeira alia sua erudição e poderosa pesquisa acadêmica, de que muito lhe serviu a militância política, com várias prisões e exílio depois do golpe militar de 1964, para alertar o mundo, desde sua residência na Alemanha, onde vive há vinte anos. Ou, como diz o professor Michael Löwy, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas, de Paris, Moniz “nos dá preciosas armas intelectuais para entender e enfrentar e enfrentar esse poderoso adversário”.
Löwy, que assina a orelha de “A Desordem Mundial”, editada pela Civilização Brasileira, e que, em julho, promete estar nas livrarias, considera o livro “um excelente diagnóstico da lógica destrutiva e do desejo total de dominação dos Estados Unidos”.
Lembra o cientista social parisiense, velho companheiro acadêmico do autor, que “A Desordem Mundial”, acompanhada dos subtítulos “O espectro da total dominação – guerras por procuração, terror, caos, catástrofes humanitárias”, é “baseada em formidável documentação, pesquisas de arquivos, trabalho de formiga de um autêntico cientista social”.
“É, ao mesmo tempo, literatura de combate contra um adversário tenaz e poderoso”, conclui Michael Löwy. Enfim, um livro que promete explicar muito do que está por trás do golpe contra a Dilma e as arremetidas contra a Argentina, Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua, nossos vizinhos e parceiros indispensáveis no processo de emancipação política e econômica, que mal havíamos começado.
*É jornalista, analista político e blogueiro do Café na Política

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Ferramenta do MPF permitirá identificar caixa dois nas eleições de 2016.

Foto: João Américo SECOM/PGR/MPF
O lançamento foi feito durante evento que reuniu procuradores regionais eleitorais de todo o país.


Na semana passada, nos dias 9 e 10 de junho, os membros do Ministério Público Federal que atuam na área eleitoral estiveram reunidos em Brasília para traçar estratégias para as eleições 2016. Um dos destaques foi o lançamento da ferramenta que vai permitir a identificação da prática de Caixa 2 nas eleições. A  reunião foi organizada pela Procuradoria-Geral Eleitoral e pelo Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe).

O encerramento realizado na ultima sexta-feira contou com a participação do procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot. Em seu discurso, ele explicou que, durante o encontro, os procuradores eleitorais estavam "inspirados pelo propósito de encontrar a melhor e mais eficiente forma de garantir a legitimidade e a liberdade do voto dos eleitores, defendendo, em última análise, a democracia como a expressão lídima da vontade do povo". Veja mais detalhes sobre o discurso.

O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, destacou a importância do cumprimento das regras do processo eleitoral. Para ele, o papel do Ministério Público é garantir parâmetros de igualdade, legitimidade e lisura ao processo eleitoral.  Segundo ele, um dos principais pontos de preocupação do Ministério Público é o combate ao abuso de poder econômico, ao abuso de poder político e ao uso indevido da máquina administrativa.

“Dentro desse contexto, temos um desafio: será a primeira eleição em que não será admitida a doação de pessoas jurídicas”, explicou, reforçando que a atuação do Ministério Público deve se pautar na verificação da regularidade das doações eleitorais. Para cumprir essa tarefa, Nicolao Dino destacou o compartilhamento de informações com diversas instituições e órgãos para obter dados e cruzá-los no sentido de verificar em que medida as doações são fruto de atividade lícita. 

A coordenadora nacional do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe), Ana Paula Mantovani Siqueira, falou sobre a importância da Reunião Preparatória para a coordenação e uniformização do trabalho durante as eleições. “Este ano, não temos aquela atuação proativa como nas eleições gerais porque as ações são de atribuição do promotor de Justiça, mas o trabalho de coordenação e o envio de informações relevantes para auxiliar é feito pelo procurador regional eleitoral", disse.

Ana Paula Mantovani ainda comentou que o Genafe busca subsidiar o trabalho dos procuradores eleitorais, prestando informações e sanando dúvidas. Ela destacou a apresentação do Manual do Procurador Regional Eleitoral, que tem o objetivo de fornecer esclarecimentos iniciais aos procuradores recém-nomeados sobre atuação nas eleições. Ela explicou que a publicação contempla uma breve apresentação do Genafe, aspectos relativos à categorização das Procuradorias Regionais Eleitorais, além de sugestões de atuação relacionadas ao exercício da função eleitoral.  

Conta-suja - O novo recurso de fiscalização foi batizado de módulo conta-suja e vai realizar o cruzamento de dados de candidatos com outros de órgãos como Banco Central, Receita Federal e Conselho de Controle de Atividades Financeiras, para identificar possíveis indicativos de irregularidades na arrecadação de recursos de campanha. As informações poderão ser consultadas depois do registro dos candidatos e as possíveis irregularidades nas doações recebidas ou prestações de contas dos candidatos poderão dar origem a ações eleitorais.

O módulo Conta-suja faz parte do Sisconta Eleitoral, ferramenta eletrônica já usada nas eleições de 2014 para reunir informações sobre candidatos potencialmente inelegíveis com base em critérios da Lei da Ficha Limpa (módulo ficha-suja). O sistema foi idealizado pelo Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe) e desenvolvido em 2012 pela Secretaria de Pesquisa e Análise da Procuradoria-Geral da República, com a finalidade de coletar informações de inelegibilidade de mais de 5 mil fontes em todo país.

Estatísticas  A coordenadora nacional do Genafe apresentou ainda a produtividade judicial na área eleitoral do MPF. De janeiro a maio de 2016, foram 20.819 movimentos no período, sendo 10.425 de ciência, 8.751 manifestações, 1.095 recursos, 33 de denúncias e petições iniciais. As unidades que tiveram o maior número de movimentos foram a Procuradoria-Geral Eleitoral, com 16,12% do total, e a Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, que teve 12,64% do total. Ela também explicou que o Genafe divulga, mensalmente, boletins oficiais de estatísticas.

Campanha  Durante a reunião, também foi apresentado o material da Campanha do MPF para as Eleições 2016. A campanha é composta de um folder destinado aos cidadãos, adesivos para carro e para roupa, banners de lona para eventos e sinalização e a cartilha Por dentro das Eleições. De acordo com a coordenadora nacional do Genafe, Ana Paula Mantovani, as peças publicitárias da campanha de 2014 foram adaptadas e atualizadas de acordo com a nova legislação eleitoral. 

A coordenadora nacional do Genafe destacou que a Cartilha 2016 terá apenas a versão digital e ficará disponível no site da Procuradoria-Geral Eleitoral para download. Segundo ela, o texto apresenta de forma clara, objetiva e transparente a legislação eleitoral, as irregularidades mais frequentes, o funcionamento da Justiça Eleitoral e a forma de atuação do MPF.

Secretaria de Comunicação Social - Procuradoria-Geral da República.
(61) 3105-6404/6408 - Twitter: MPF_PGR - facebook.com/MPFederal.

domingo, 12 de junho de 2016

São divulgadas as primeiras fotos do atirador do massacre de Orlando.

Foto do Atirador Omar Mateen - Myspace.
Por 
Uma série de selfies do atirador do massacre que deixou 50 pessoas mortas e 53 feridas na boate gay Pulse, em Orlando (EUA), foram divulgadas na tarde deste domingo (12) pela imprensa internacional. 

Foto do Atirador Omar Mateen - Myspace.
criminoso Omar Mateen, que usou um fuzil AR-15 no ataque e foi morto pela polícia, ele tinha 29 anos e era filho de imigrantes afegãos. A ex-mulher falou anonimamente que ele batia nela durante o curto casamento, de 2009 a 2011.

Foto do Atirador Omar Mateen - Myspace.

Ela confirmou que os selfies são da conta dele no Myspace. Ele trabalhava como segurança em Fort Pierce, na Flórida, e a polícia acredita que ele alugou um carro para ir até Orlando.
Foto do Atirador Omar Mateen - Myspace.
O FBI disse que o massacre está sendo investigado por possíveis ligações com o islamismo radical, mas o pai de Mateen disse em entrevista à NBC que a motivação foi homofobia.
LEIA MAIS:
1 - Tiroteio deixou 50 mortos e 53 feridos em uma boate gay em Orlando na Flórida (EUA), diz a Policia. http://maranauta.blogspot.com.br/2016/06/estados-unidos-tiroteio-em-boate-gay.html
2 - Atirador de Orlando é suspeito de aliança ao Daesh (estado Islâmico). http:// maranauta.blogspot.com.br/2016/06/atirador-de-orlando-e-suspeito-de.html

Atirador de Orlando é suspeito de aliança ao Daesh (estado Islâmico).

Foto - Sputnik

À medida em que as primeiras investigações avançam, novos detalhes vão aparecendo sobre o responsável pelo ataque a uma boate gay, em Orlando, na madrugada deste domingo, que resultou em 50 mortes e deixou 53 pessoas feridas.

O massacre começou às 2h e terminou às 5h locais, com a morte de Omar S. Mateen, o atirador. Natural da cidade de Porto St. Lucie, na Flórida, e filho de paquistaneses, Mateen tinha 29 anos, trabalhava como guarda de segurança e era cidadão americano, segundo informou a Agência Brasil. Segundo a rede americana NBC News, Mateen teria jurado aliança ao Daesh pouco antes de começar a atirar.
O governador da Flórida, Rick Scott, disse, em entrevista, que as investigações "ainda estão nos estágios iniciais" e que, portanto, ainda não é possível determinar com certeza a causa do ataque. "Vamos determinar oficialmente se é um crime de ódio ou um incidente de terrorismo ou mesmo se se trata de um crime violento, quando tivermos com todos os fatos levantados", disse.
Autoridades policiais, no entanto, mantêm a versão de que Mateen era um fanático que agiu inspirado na ideologia islâmica radical. Segundo os policiais, o atirador morava com sua irmã e o cunhado. Um banco de dados do estado da Flórida informou que Mateen tinha duas licenças de armas de fogo e uma licença de agente de segurança. Ambas iriam expirar em setembro de 2017.
Armado com um rifle e uma pistola, Matten atirou contra os frequentadores do clube noturno, localizado na área central da cidade. Depois de um período em que tentou negociar com o atirador, a polícia decidiu entrar no local e atirou no homem. Após o episódio na boate, foi declarado estado de emergência no estado americano da Flórida e na cidade de Orlando.