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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
Atos organizados por centrais
sindicais e Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, junto com o Movimento
Estudantil, se mobilizaram ontem sexta (11) contra retrocessos do governo
Temer.
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As centrais sindicais Central
Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil e a Intersindical, juntamente com a Frente Brasil Popular e a Frente
Povo Sem Medo e o Movimento Estudantil, convocaram ontem sexta-feira (12), o
Dia Nacional de Greve e Paralisações. Atos aconteceram nesta sexta-feira em
pelo menos 18 estados e no Distrito Federal.
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Por todo o País, trabalhadoras,
trabalhadores e estudantes protestaram contra a PEC 55 e retrocessos do governo
usurpador de Michel Temer, promovendo
ocupações de universidades, trancaços em rodovias, garagens de ônibus foram
fechadas, prédios de estatais também foram tomados e diversas categorias
paralisaram.
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Na opinião dos organizadores, os
atos serviram para colocar pressão no
governo golpista e demonstram que os trabalhadores não estão de acordo com o
pacote de retrocessos promovido pelos golpistas. “Temer deveria ver esse dia
como um alerta de que essas propostas de retirada de direitos são extremamente
impopulares e os trabalhadores vão se manifestar contra elas,” afirmou o
presidente nacional da CUT, Vagner Freitas. “A inflação continua aumentando, o
emprego diminuindo e não há ilusão de que vai melhorar”.
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[No Maranhão – A concentração
foi na Praça Deodoro, onde um trio elétrico ficou a disposição dos presentes,
democraticamente cada orador podia fazer uso da palavra no microfone por três
minutos, inúmeros foram os oradores, tanto trabalhadores como lideranças
estudantis do ensino médio e universitário.
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Este blog destaca a fala de
Juscelina militante histórica da CUT e do PT “atravessamos um momento sem
precedentes na história do país, começou a repressão aos movimentos sociais,
são pedidos de CPI’s contra os movimentos sindicais. Defesa escancarada da
privatização do setor publico, terceirização dos trabalhadores visando
desmontar as categorias organizadas, intimidação com risco de extinção da
Justiça do Trabalho”, finalizou.
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Já o sindicalista Cleinaldo
Bill, citou “Hoje é o primeiro passo visando a construção de uma greve geral
unificada e nacional. Buscamos criar um movimento amplo e único contra a PEC 55
que prejudica o Serviço público, principalmente o serviço público, a saúde.”
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Raimundo Monteiro, Presidente
Estadual do PT, enfatizou que esta é uma luta nacional, contra a PEC55, contra
o golpe parlamentar e midiático que tomou conta do Brasil, pelo
restabelecimento da democracia, pela defesa dos direitos dos trabalhadores,
pela manutenção dos avanços das conquistas sociais e contra os retrocessos na
CLT é que se faz estas manifestação.
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Falando em nome dos ocupantes do
CCSoc, à discente do curso de Serviço Social da UFMA, Valéria convida demais
acadêmicos de outros cursos a reforçarem o movimento do curso de Serviço Social,
pois o avanço do conservadorismo na UFMA é muito grande, por acreditar que é
nocivo para o movimento estudantil a PEC 241/55, resolveu se posicionar contra
a PEC.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
Os universitários de serviço
social estão inclusive dormindo na ocupação do CCSoc e convidam demais
universitários simpatizantes ao movimento a ampliarem a ocupação e dormirem
também na ocupação.]
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Em São Paulo (SP), ocorreram
pelo menos três mobilizações que se encontraram na Praça da Sé, local histórico
para os movimentos sociais no centro da cidade. Um dos atos começou na Avenida
Paulista, com participação de algumas centrais sindicais e movimentos de
moradia, seguindo em marcha até a Sé. O outro partiu da Praça da República,
onde a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo) realizou uma manifestação em frente à Secretaria de Educação do Estado,
seguindo depois em direção aos outros grupos.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
“Toda vez que tem crise, o
remédio é o mesmo: diminuir os investimentos, privatização do estado, perda de
direitos trabalhistas e previdenciários”, afirmou Raimundo Bonfim, coordenador
da Central de Movimentos Populares. “A literatura dessa linha sempre fala em 3
ou 4 anos, mas no Brasil eles querem fazer por 20 anos, congelar os
investimentos subordinados à inflação do ano anterior. É um ataque total a
classe trabalhadora”, avaliou.
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Adicionar legenda |
“Você terá uma retração
econômica, vai aumentar o desemprego, terá menos investimento, menos Estado.
Com isso, menos arrecadação, menos recurso para áreas sociais. Por isso estamos
na rua, os movimentos sociais, a classe trabalhadora, protestando contra a PEC
241, também contra a reforma da previdência, da CLT, e contra essa
criminalização dos movimentos sociais o que tem sido uma constante nos últimos
dias”, finalizou.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
Para Maria Izabel Azevedo
Noronha, presidenta da Apeoesp, “as duas áreas mais importantes vão sofrer um
impacto fortíssimo, que são a saúde e a educação”. Para ela, a PEC 55, antiga
PEC 241, “vai diminuir as verbas da educação, o número de alunos vai aumentar e
lá na frente não terá dinheiro, daí para a privatização. Esse é um dia de luta
contra a PEC 55, a MP da reforma do ensino médio, contra terceirização e
qualquer forma de tirar direitos”.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
Na praça da Sé acontecia o
principal ato da cidade, que recebeu as outras duas manifestações por volta das
17h e continuou mesmo após uma forte chuva.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
Para o presidente da Central
Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, “se o Temer tiver alguma
sensibilidade, ele devia se preocupar muito com o que aconteceu hoje. Nós
estamos dizendo que o povo não vai deixar que ele tire os direitos dos
trabalhadores e das trabalhadoras do Brasil”, afirmou. “Todos os trabalhadores e trabalhadoras estão
contra a PEC 55, contra a retirada de direito da previdência, contra acabar com
a CLT, contra terceirização, contra a violência, contra os ataques aos
estudantes que se organizam nas escolas para ter educação de qualidade e
pública no Brasil”.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
De acordo com Freitas, “o Temer precisa
entender que ele não tem legitimidade porque ele não foi eleito, então ele não
vai retirar os direitos conquistados arduamente pela luta dos trabalhadores.
Isso foi um passo, o próximo é a greve geral para restituir a democracia do
Brasil e não permitir nenhum direito a menos”.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
Atos em todo o Brasil
Durante todo o dia aconteceram
protestos na capital de São Paulo (SP). O Sindicato dos Bancários de São Paulo,
Osasco e região realizaram paralisação em diversas agências; o Sindicato dos
Enfermeiros do Estado de São Paulo e servidores da saúde protestaram em frente
ao Hospital das Clínicas; Hospital do Ipiranga teve paralisação. Trabalhadores
da Sabesp também pararam pela manhã e houve mobilização dos trabalhadores na
Comgás-Figueria-Brás.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
Na Grande São Paulo, a cidade de
Guarulhos amanheceu parada por conta da paralisação dos motoristas, cobradores
e trabalhadores das garagens de ônibus. O principal terminal da cidade parou,
atingindo quase uma centena de linhas e usuários afetados foram informados
sobre as razões do protesto.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
Em Mauá, trabalhadores da Recap e terceirizados
ficaram mobilizados desde às 6h. Também participam do ato aposentados do Daesp
e militantes de movimentos sociais. Em Santo André, categorias se reuniram e
fizeram panfletagem na cidade e nas agências bancárias paradas. Em São
Bernardo, houve paralisação dos químicos na Empresa Nazca Cosmético e ato no
Pavilhão Vera Cruz com movimentos e sindicatos de diferentes categorias do ABC.
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Foto - São Luís - MA. Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241/55 - 2016. |
No Rio de Janeiro (RJ),
servidores públicos protestaram diante da Igreja da Candelária, no Centro do
Rio. Por volta das 19h, o grupo seguiu em direção ao prédio da Assembleia
Legislativa (Alerj), também no Centro.
Nota: inserido trecho com notícias
do movimento no Maranhão [].
Da redação da Agência PT de notícias, com informações da CUT e Mídia
Ninja.