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Milhares de estudantes exigem a Iván Duque o reforço da dotação orçamentaria para o ensino superior público na Colômbia/ @guarneto
Desde o ultimo dia 16 de novembro, numa luta contra o estrangulamento financeiro do ensino, milhares de estudantes mobilizaram-se esta quinta-feira nas principais cidades da Colômbia.
Em Bogotá, a polícia
de intervenção reprimiu os mda de mobilização em
defesa de maior investimento público para a educação, nomeadamente no sector do
ensino superior público. De acordo com os promotores da mobilização, as
universidades públicas são alvo da crónica política de desinvestimento por
parte do Estado, que conduziu a um profundo défice orçamental nas instituições
de ensino.
Para ver concretizada essa exigência,
há mais de um mês que os estudantes de cerca de 60 instituições, incluindo 32
universidades, realizam uma paralisação, decretada pelas principais
organizações estudantis colombianas, que reivindicam também uma educação
pública, gratuita e de qualidade, entendida como um direito fundamental e que
não exclua os jovens com menos recursos.
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Em declarações à TeleSur, Diógenes
Orjuela, presidente da Central Unitária de Trabalhadores (CUT), sublinhou que
essas eram precisamente as principais exigências da jornada de mobilização de
ontem: «A retirada do projeto de reforma tributária, que contempla a aplicação
de IVA ao cabaz familiar […], e que o governo defina, por via do diálogo com os
estudantes, professores e trabalhadores do ensino universitário, uma estratégia
para retirar as universidades colombianas da crise em que se encontram.»
Em
Bogotá, POlícia e gás
Agentes (policiais) do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad)
usaram granadas de atordoamento e gás lacrimogêneo contra estudantes que
participavam na manifestação de ontem na capital colombiana, apesar de esta
decorrer de forma pacífica, segundo referiram membros do Congresso e
professores que nela seguiam.
De acordo com a Prensa Latina, o
próprio Ministério colombiano da Defesa reconheceu que a mobilização decorreu
«com toda a tranquilidade». Ainda assim, a Esmad – corpo policial de
intervenção conhecido pela violência com que intervém e cuja presença nas
diversas manifestações de ontem mereceu o «veementemente repúdio» da União
Nacional de Estudantes pela Educação Superior da Colômbia – violência contra os
estudantes em Bogotá.
Estudantes, congressistas e professores denunciaram
a situação. María José Pizarro, deputada da Câmara de Representantes, solicitou
a intervenção da Procuradoria de Justiça [Defensoría del Pueblo],
de modo a garantir o direito dos estudantes ao protesto, refere a Prensa Latina.
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A taxa de desocupação no Brasil caiu para 11,9% no terceiro trimestre de 2018, mas chega a 14,4% na Região Nordeste, a 13,8% para a população parda e a 14,6% para a preta - grupos raciais definidos na pesquisa conforme a declaração dos entrevistados. Quando analisado o gênero, as mulheres, com 13,6%, têm uma taxa de desemprego maior que a dos homens, de 10,5%.
Os dados foram divulgados hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa consta na Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua Tri). É considerada desocupada a pessoa com mais de 14 anos que procurou emprego e não encontrou.
Quatro estados do Nordeste estão entre os cinco com maior desemprego: Sergipe (17,5%), Alagoas (17,1%), Pernambuco (16,7%) e Bahia (16,2%). Apesar disso, a maior desocupação verificada no terceiro trimestre de 2018 foi no Amapá, onde o percentual chegou a 18,3%.
A Região Sul tem a menor taxa de desocupação do país, com 7,9%, e Santa Catarina é o estado com o menor percentual, de 6,2%. No trimestre anterior, a Região Sul tinha taxa de desocupação de 8,2% e o Nordeste, 14,8%.
Do contingente de 12,5 milhões de pessoas que procuraram emprego e não encontraram, 52,2% eram pardos, 34,7% eram brancos e 12% eram pretos. Tais percentuais diferem da participação de cada um desses grupos na força de trabalho total: pardos (47,9%), brancos (42,5%) e pretos (8,4%).
O IBGE informou ainda que, no terceiro trimestre de 2018, o número de desalentados somou 4,78 milhões de pessoas. O contingente ainda está próximo dos 4,83 milhões contabilizados no segundo trimestre, o maior percentual da série histórica. O IBGE considera desalentado quem está desempregado e desistiu de procurar emprego.
O percentual de pessoas desalentadas chegou a 4,3% e tem sua maior taxa no Maranhão e em Alagoas onde chega a 16,6% e 16%. O Maranhão também tem o menor percentual de trabalhadores com carteira assinada (51,1%).
No terceiro trimestre deste ano, 74,1% dos empregados do setor privado tinham carteira assinada, percentual que ficou estável em relação ao trimestre anterior.
Além de ter a menor taxa de desemprego do país, de 6,2%, Santa Catarina também tem o menor percentual de desalentados, de 0,8%, e o maior percentual de trabalhadores com carteira assinada, de 88,4%.
A taxa de subutilização da força de trabalho no Brasil foi de 24,2%, o que representa 27,3 milhões. Esse número soma quem procurou emprego e não encontrou, quem não procurou, quem procurou e não estava mais disponível para trabalhar e quem trabalha menos de 40 horas por semana e que gostaria de trabalhar mais.
A população ocupada somou 92,6 milhões de pessoas. Esse total tem 67,5% de empregados, 4,8% de empregadores, 25,4% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares.
Edição: Lílian Beraldo