quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Oi é condenada por não colaborar com justiça a pagar R$ 10 milhões de indenização.


Por Marcos RTI
Do site do MPF/MG


A operadora recusou-se a fornecer identificação de um funcionário que cometeu crime de racismo pela internet


O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) obteve a condenação da Telemar Norte Leste S/A (nome de fantasia Oi) ao pagamento de indenização no valor de R$ 10 milhões por danos morais difusos. É uma das maiores indenizações por dano moral já aplicada pelo Poder Judiciário. A sentença foi proferida na Ação Civil Pública nº 2009.38.09.001720-7 ajuizada perante a Justiça Federal de Varginha, sul de Minas Gerais.

Nela, o MPF relata que a Telemar/Oi recusou-se, sistematicamente, a cumprir ordens judiciais para identificação de funcionário da empresa que, durante o horário de serviço, utilizara equipamento do local de trabalho para cometer racismo pela internet. O crime foi praticado por meio de mensagens de apologia ao nazismo publicadas em uma comunidade virtual sediada no site de relacionamentos Orkut. Além de divulgar mensagens de apologia ao regime liderado por Hitler, a página propagava xingamentos e ofensas a pessoas negras, incitando ao ódio e à discriminação racial.

No início das investigações, a Telemar/Oi identificou, com base no número de IP, que a comunidade tinha sido criada por um morador da cidade de Varginha/MG. No entanto, ao verificar as datas e horários de acessos do usuário ao site, o MPF constatou que o computador estaria instalado em endereço diverso daquele apontado pela empresa. Intimada a prestar esclarecimentos, a Telemar informou então que os acessos partiram de terminais instalados em seu próprio prédio.

A Justiça requereu que a empresa prestasse novas informações para identificação e qualificação do usuário, de modo que ele pudesse ser investigado e denunciado pelo crime. A Telemar/Oi ignorou a ordem judicial e não enviou nenhuma resposta. O pedido judicial foi reiterado por mais duas vezes, sem resposta.

Após quase um ano de protelação, e advertida quanto à adoção das medidas judiciais cabíveis no caso de não-atendimento, a empresa finalmente respondeu, alegando ser impossível a identificação do funcionário, em virtude do "grande lapso temporal" transcorrido e de "questões técnicas operacionais de estilo".

"Essa resposta foi, no mínimo, uma afronta ao Poder Judiciário, e, em consequência, a toda a coletividade", afirma o procurador da República Marcelo Ferreira. "O alegado lapso temporal foi causado pela própria empresa, que não se desincumbiu de prestar as informações necessárias à apuração do autor do crime."

O MPF ajuizou então ação civil pública pedindo que a Telemar/Oi fosse condenada ao pagamento de indenização por dano moral coletivo. "Ao deixar de cumprir as requisições judiciais, a empresa foi responsável por causar a impossibilidade de punição do crime. 

Esses atos, e suas consequências, geram na coletividade a sensação de impunidade, de descrédito nas instituições que promovem a Justiça", diz o procurador da República.

O juiz federal da Subseção de Varginha concordou com o MPF. Para ele, a atitude da empresa "não apenas pôs em descrédito a atuação do Poder Judiciário, mas também a do Ministério Público como titular da ação penal, e da própria Anatel como órgão fiscalizador dos serviços de telefonia e multimídia".

Contradições - O magistrado chama atenção para as várias contradições em que incorreu a empresa ao longo do processo.

De início, no próprio momento em que identificou que os acessos haviam ocorrido em seus próprios computadores, a Telemar já se adianta, e sem falar da impossibilidade de identificação do usuário, menciona apenas a existência de "fatores de risco" que poderiam comprometer a confiabilidade das informações.

Posteriormente, ao ser intimada a prestar essas informações, ela alega ser impossível a identificação do usuário em virtude não só do "lapso temporal", que teria ocasionado a perda dos dados, como também da suposta falta de condições técnicas.

Recentemente, no entanto, ao contestar a ação, a Telemar/Oi afirma que o decurso de tempo teria ocasionado melhorias técnicas que lhe possibilitaram identificar o terminal de onde as mensagens teriam partido e que esse computador ficava disponível, em suas dependências, para utilização do público em geral. Assim, segundo ela, qualquer pessoa poderia ter cometido o crime, sem a participação da empresa e de seus funcionários.

Para o juiz, se o decurso de tempo propiciou melhorias técnicas que permitiram a identificação do terminal identificação que anteriormente não teria sido possível exatamente pela alegada falta de condições técnicas, então o lapso temporal, ao invés de impedir, ajudaria no cumprimento da ordem judicial.

Do mesmo modo, foi comprovado que o prédio da Telemar em Varginha/MG nunca ofereceu serviços de lan house, sequer venda de celulares. Além disso, os acessos teriam ocorrido fora do horário de expediente, provavelmente por pessoa que tinha acesso ao prédio após o encerramento das atividades de atendimento ao público.

"O que causou estranheza foi o fato da requerida não atender às diversas determinações judiciais e deixar de empreender os procedimentos necessários à identificação do agente, resumindo-se em defender veementemente que não se tratava de funcionário de seus quadros", observa o juiz.

Ele afirma ainda que, como única detentora das informações, "entendo que a empresa concessionária de um serviço público que se recusa a fornecer os dados necessários à persecução penal deve ser duramente punida civil e penalmente (através de seus dirigentes), sobretudo por exercer função estatal delegada, a fim de inibir outras condutas no mesmo sentido, ainda mais ao se considerar que a Telemar já responde a um sem-números de processos pelas mais diversas condutas de variadas naturezas, o que demonstra que as medidas que vêm sendo aplicadas não têm inibido a reiterada prática de atos danosos".

Por isso, declara que "a condenação ao pagamento de indenização por dano moral é a única medida passível de ser aplicada como forma de inibir novas práticas desse jaez", e fixa o valor de R$ 10 milhões com base também nas graves consequências da ação/omissão da empresa e em sua capacidade econômica.

Anatel - Durante o trâmite da ação, o juiz oficiou à Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) para adoção de providências quanto aos fatos. A Anatel chegou a instaurar procedimento administrativo para apuração de descumprimento de obrigações, que terminou arquivado.

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em Minas Gerais
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No twitter: mpf_mg

Argentina - Mais Marx e menos Neoliberalismo em Faculdades de Economia

Ministério da Economia quer mais sintonia com 'modelo de acumulação com inclusão social' em escolas superiores.
 Marcia Carmo 
De Buenos Aires para a BBC Brasil
O ministro da Economia da Argentina, Amado Boudou, e seu vice, Roberto Feletti, defendem que as faculdades federais de economia do país modifiquem a atual grade escolar para dar "mais espaço" para as teorias do alemão Karl Marx, do inglês John Keynes e do argentino Raul Prebisch (fundador da Cepal), segundo confirmou à BBC Brasil o subsecretário de Coordenação Econômica do Ministério da Economia, Alejandro Robba.

"As faculdades argentinas hoje apresentam grades mais ortodoxas e nós apoiamos que elas sejam mais heterodoxas", disse.

"Além de Karl Marx, de Keynes e de Prebisch, o ministro apoia a maior presença de textos do professor (brasileiro) Franklin Serrano e do (polaco Michal) Kalecki, entre outros", disse.

Neoliberalismo

O Ministério da Economia quer reduzir a presença de textos de economistas identificados com a década de 90 e associados, como afirmam, ao "neoliberalismo".

O ministro tem dito que "os planos de estudos de Ciências Econômicas fazem parte de um domínio neoliberal e é preciso modificá-los".

De acordo com o jornal de economia El Cronista, de Buenos Aires, com uma grade "heterodoxa", as autoridades esperam que as faculdades estejam em sintonia com o "modelo de acumulação com inclusão social", lançado pelo ex-presidente Nestor Kirchner (2003-2007), antecessor de sua viúva, a atual presidente.

O jornal afirma que economistas identificados com os anos 90, como os americanos Milton Friedman e Paul Samuelson, ou afinados com as receitas do FMI (Fundo Monetário Internacional) seriam "eliminados" da grade escolar, como teria indicado o ministro numa recente palestra na Universidade de La Plata, na província de Buenos Aires.

Marx e Keynes

Alejandro Robba disse que hoje Marx e Keynes são "autores marginais" na grade escolar "e isso não está certo".

Para ele, é preciso "dar maior espaço" para estes economistas que, na sua opinião, estão associados a "economia de desenvolvimento, consumo interno e maior papel do estado na condução da economia do país".

Na sua visão, menos teóricos ligados ao mercado financeiro, por exemplo, e mais vinculados a "economia interna".

Segundo Robba, a ideia de modificar a grade escolar foi apresentada inicialmente por um grupo autodenominado La Gran Makro, que reúne economistas e estudantes de economia que apoiam o perfil econômico do governo da presidente Cristina Kirchner.

"Eles defendem o maior espaço para as ideias heterodoxas nas faculdades de economia e o ministro Boudou e o vice Feletti apoiam a iniciativa", disse.

Boudou é o candidato a vice na chapa eleitoral da presidente Cristina, que disputa a reeleição no pleito do dia 23 de outubro próximo.

 http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/3152/Argentina---Mais-Marx-e-menos-Neoliberalismo-em-Faculdades-de-Economia

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Nota de Pesar: Faleceu Albino Neto da SEMA.

Albino Neto e sua mãe D. Nesia.
 
 
Lamentamos informar que no inicio da tarde desta terça-feira, ocorreu o falecimento de Oswaldo Marcos Albino Neto, que foi Assessor Especial da SEMA na Gestão do ex-Secretário de Estado de Meio Ambiente, Professor Washington Rio Branco,  Albino era um técnico ambiental competente e militante aguerrido do Partido Verde no Maranhão. 


Albino Neto deixa uma filha, quatro irmãs dentre elas Teresa Canto conhecida artista maranhense.

O corpo de Albino está sendo velado na Pax União do Centro durante a noite e o sepultamento ocorrerá no inicio da manha desta quarta-feira.

UFMA. Washington Luiz participa da recondução de Natalino Salgado ao cargo de reitor.

 
O vice-governador Washington Luiz Oliveira prestigiou a solenidade de recondução do professor Natalino Salgado Filho para o segundo mandato como reitor da Universidade Federal do Maranhão (Ufma). A solenidade aconteceu, na tarde desta sexta-feira (14), no auditório Central da Ufma, no Bacanga. Ele ocupa o cargo desde 2007 e cumprirá mandato por mais quatro anos.



A proposta de recondução ao cargo de reitor é fruto da consulta prévia realizada na comunidade universitária, no mês de maio, e que garantiu ao atual reitor 76,9% dos votos, um recorde na história da universidade, em se tratando da diferença alcançada.

Para Washington Luiz, a recondução do reitor Natalino Salgado demonstra a confiabilidade da classe acadêmica e competência no gerenciamento público da Ufma. “Ficamos felizes pela recondução do professor, porque sabemos que a universidade passará por uma expansão, pois no estado teremos grande necessidade pelo momento de grandes investimentos e na capacidade dos jovens”.

O reitor Natalino Salgado disse do seu entusiasmo em ser aprovado pela comunidade universitária para esta segunda gestão que, segundo ele, consolidará os avanços em termos de infraestrutura, laboratório, no ingresso de novos alunos, na extensão e na qualidade de ensino.

“Consolidar, sobretudo, a interiorização da universidade para que o jovem possa ao ingressar, trabalhar a auto-estima, a ética, a construção do saber e também lhe estimular a cidadania social com o nosso estado”, afirmou o reitor Natalino Salgado.

Participaram ainda da solenidade, entre outras autoridades, o membro-titular do Conselho Diretor da Ufma, José Maria Marins Ramos; a secretária de Ciência e Tecnologia, Olgão Simão; o reitor da Universidade Federal Fluminense, Roberto Sales; o vice-reitor da Ufma, Antônio José Oliveira; e o secretário de Educação de São Luís, Othon Bastos.

Natalino Salgado é graduado em Medicina pela Ufma, especialista em Administração Pública, Imunologia, Didática de nível superior e Hipertensão arterial e doutor em Nefrologia, pela Universidade Federal de São Paulo. Foi presidente da comissão de implantação do Hospital Universitário da Ufma e seu diretor-geral.

Atualmente, exerce também o cargo de presidente da Comissão dos Hospitais Universitários da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e é membro da Academia de Medicina, da Academia Maranhense de Ciências e do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

Fonte:Secom