sexta-feira, 30 de março de 2012

TERROR EM CAROLINA: Bandidos assaltam agência do Banco do Brasil - Veja imagens do local do assalto

http://boscoascenso.blogspot.com.br/
Pelo menos sete bandidos fortemente armados, assaltaram na manhã de hoje a agência do Banco do Brasil de Carolina.

A agência estava cheia de clientes. A população entrou em pânico por causa da quantidade de tiros. Seis reféns foram levados. 

Os assaltantes fugiram pela BR-230, rumo à cidade de Riachão. Entre os reféns o gerente da agência José de Ribamar e os funcionários Tércio Medeiros e Neto estavam entre os reféns – que já foram liberados na saída da cidade.
 
Não a informações sobre os valores levados pelos bandidos.
 
A Polícia Militar de Carolina, totalmente despreparada para este tipo de ocorrência nada pode fazer.
 
Segundo informações de testemunhas, os assaltantes usavam apenas escopetas e uma submetralhadora.
 
Essa é a quarta vez que o Banco do Brasil de Carolina é assaltado. Os marginais agem sempre da mesma forma – usam armamento pesado e atiram para todos os lados para assustar a população.
 
Os assaltantes usavam dois veículos - uma S10 e uma EcoSport (todos da cor prata) - a S10 foi incendiada na entrada da cidade de Goiatins, na BR-230 - há oito quilômetros do centro da cidade.
 
O assalto na agência do Banco do Brasil em Carolina-MA alertou a polícia na região do Bico do Papagaio, pois segundo informações da polícia maranhense os ladrões, que fizeram reféns, possivelmente adotaram o Tocantins como rota de fuga.
 
 As cidades de Filadélfia e Goiatins estão em alerta.
De acordo com o delegado Emerson Francisco, de Filadélfia/TO, como a cidade faz divisa com o Estado do Maranhão, uma equipe está sendo enviada para Goiatins e outra deve permanecer em Filadélfia para evitar que os bandidos façam das duas cidades tocantinenses sua rota de fuga e novos assaltos.

 
A equipe disponibilizada para esta operação é composta por seis agentes e o delegado. Os policiais farão fronteira nas ruas adjacentes que dão acesso ao Tocantins, a equipe já está se deslocando.  

Segundo o delegado Emerson, as primeiras informações dão conta que os bandidos usaram duas caminhonetes S-10 e Cross Fox.

Ainda não se sabe se o reféns foram liberados.

Suspeita de assalto em Vitorino Freire/MA.  

Ontem policiais militares do 15º Batalhão , sediado em Bacabal, fizeram uma ofensiva na cidade de Vitorino Freire. De acordo com informações repassadas pelo serviço de inteligência das Polícias Militar e Civil, havia a possibilidade de um assalto ao Banco do Brasil daquela cidade.O Grupo Tático Aéreo – GTA – chegou a deslocar para a região em um helicóptero. Até o momento não foi divulgada prisão de nenhum bandido.
 
Fontes:
http://www.louremar.com.br/
http://boscoascenso.blogspot.com.br/ 
http://surgiu.com.br/noticia/29299/assaltantes-atacam-agencia-do-bb-em-carolina-fazem-refens-e-fogem-rumo-ao-tocantins.html

http://www.maranhaonews.com

DEVERES DO JORNALISTA Os quatro pilares da imprensa livre Por Albert Camus em 27/03/2012.

Por. Albert Camus em 27/03/2012 na edição 687. Reproduzido do suplemento “Ilustríssima” da Folha de S.Paulo, 25/3/2012; tradução de Paulo Werneck.

É difícil, hoje em dia, evocar a liberdade de imprensa sem ser tachado de extravagante, acusado de ser Mata Hari, sem se ver convencido de ser sobrinho de Stalin. No entanto, essa liberdade, entre outras, é só um dos rostos da liberdade pura e simples, e nossa obstinação em defendê-la será compreendida se houver boa vontade para admitir que não há outra maneira de vencer de fato a guerra.

É certo que toda liberdade tem seus limites. É preciso, ainda, que eles sejam reconhecidos. Sobre os obstáculos que hoje são postos à liberdade de pensamento, aliás, já dissemos tudo o que foi possível dizer e diremos novamente, à saciedade, tudo o que nos será possível dizer.

Em particular, uma vez imposto o princípio da censura, jamais nos espantará o bastante ver que a reprodução de textos publicados na França e examinados pelos censores da metrópole seja proibida no Soir Républicain [jornal publicado em Argel, do qual Albert Camus era redator-chefe], por exemplo.

O fato de que, a esse respeito, um jornal dependa do humor ou da competência de um homem demonstra melhor do que qualquer outra coisa o grau de inconsciência a que chegamos. Um dos bons preceitos de uma filosofia digna desse nome é o de jamais se derramar em lamentações inúteis diante de um estado de fato, que não pode mais ser evitado.

A questão na França não é mais a de saber como preservar as liberdades da imprensa. É a de procurar saber como, diante da supressão dessas liberdades, um jornalista pode permanecer livre. O problema não interessa mais à coletividade. Ele diz respeito ao indivíduo.

Meios
E justamente o que nos agradaria definir aqui são as condições e os meios pelos quais, no próprio seio da guerra e de suas servidões, a liberdade pode ser não somente preservada, mas também manifestada. Esses meios são quatro: a lucidez, a recusa, a ironia e a obstinação.

A lucidez pressupõe a resistência aos movimentos do ódio e ao culto da fatalidade. No mundo de nossa experiência, é certo que tudo pode ser evitado. A própria guerra, que é um fenômeno humano, pode ser a todo momento evitada ou interrompida por meios humanos. Basta conhecer a história dos últimos anos da política europeia para nos convencermos de que a guerra, seja ela qual for, tem causas óbvias. Essa visão clara das coisas exclui o ódio cego e o desespero que deixa estar.

Um jornalista livre, em 1939, não se desespera e luta pelo que acredita ser verdadeiro como se a sua ação pudesse influenciar o curso dos acontecimentos. Não publica nada que possa incitar ao ódio ou provocar o desespero. Tudo isso está em seu poder.

Em face da maré de besteiras, é preciso igualmente opor algumas recusas. Nenhuma das limitações do mundo leva um espírito um pouco limpo a aceitar ser desonesto. Ora, por menos que conheçamos o mecanismo das informações, é fácil nos assegurarmos da autenticidade de uma notícia.

É a isso que um jornalista livre deve dedicar a sua atenção. Pois, se ele não pode dizer o que pensa, pode não dizer o que não pensa ou o que acredita ser falso. E é assim que se mede um jornal livre: tanto pelo que diz como pelo que não diz. Essa liberdade bem negativa será, de longe, a mais importante de todas, se soubermos mantê-la.

Pois ela prepara o advento da verdadeira liberdade. Em consequência disso, um jornal independente dá a fonte de suas informações, ajuda o público a avaliá-las, repudia as cascatas, suprime as injúrias, compensa, em comentários, a uniformização das informações e, em resumo, serve à verdade na medida humana de suas forças. Essa medida, por mais relativa que seja, lhe permite ao menos recusar aquilo que nenhuma força no mundo pode fazê-lo aceitar: servir à mentira.

Chegamos, assim, à ironia. Podemos estabelecer que, em princípio, um espírito que tem gosto e os meios para impor limitações é impermeável à ironia. Não vemos Hitler, para tomar apenas um exemplo entre outros, utilizar a ironia socrática.

Conclui-se que a ironia permanece como uma arma sem precedentes contra os poderosos demais. Ela completa a recusa na medida em que permite não rejeitar o que é falso, mas muitas vezes dizer o que é verdadeiro. Um jornalista livre, em 1939, não tem muitas ilusões sobre a inteligência daqueles que o oprimem. Ele é pessimista no que diz respeito ao homem. A cada dez verdades ditas em tom dogmático, nove são censuradas. Essa disposição ilustra com bastante exatidão as possibilidades da inteligência humana.

Ela explica também que jornais franceses como Le Merle ou Le Canard Enchaîné [jornais satíricos parisienses] possam publicar regularmente os corajosos artigos que conhecemos. Um jornalista livre, em 1939, é portanto necessariamente irônico, ainda que, volta e meia, a contragosto. Mas a verdade e a liberdade são amantes exigentes, pois têm poucos apreciadores.

Obstinação
Com essa atitude de espírito brevemente definida, é claro que ela não se poderia sustentar de modo eficaz sem um mínimo de obstinação. Não são poucos os obstáculos à liberdade de expressão. Não são os mais graves deles que poderão desencorajar um espírito. Pois as ameaças, os empastelamentos, as perseguições geralmente obtêm na França o efeito oposto ao que propõem.

É preciso reconhecer, porém, que há obstáculos desencorajadores: a constância na tolice, a covardia organizada, a ininteligência agressiva – e por aí vai. Eis o grande obstáculo sobre o qual é preciso triunfar. A obstinação é aqui uma virtude cardeal. Por um paradoxo curioso, porém óbvio, ela se põe a serviço da objetividade e da tolerância.

Eis, portanto, um conjunto de regras para preservar a liberdade até mesmo dentro da servidão. E depois?, diremos. Depois? Não sejamos tão apressados.

Se cada francês quiser apenas manter em sua esfera tudo o que acredita ser verdadeiro e justo, se quiser ajudar de sua frágil parte a manutenção da liberdade, resistir ao abandono e divulgar sua vontade, então, e somente então, essa guerra estará ganha, no sentido profundo da palavra.

Sim, é muitas vezes a contragosto que um espírito livre deste século faz sentir a sua ironia. O que encontrar de agradável neste mundo inflamado? A virtude do homem, porém, é a de se manter diante de tudo o que o nega.

Ninguém quer recomeçar em 25 anos a dupla experiência de 1914 e de 1939. É preciso, portanto, testar um método ainda novo em folha, que seria a justiça e a generosidade. Mas estas só se exprimem nos corações já livres e nos espíritos ainda clarividentes.

Formar esses corações e esses espíritos, ou melhor, despertá-los, é a tarefa ao mesmo tempo modesta e ambiciosa que se apresenta ao homem independente. É preciso se aferrar a isso sem olhar para mais à frente. A história vai levar em conta ou não esses esforços. Mas eles terão sido feitos.
***
A história do manifesto
Publicado pela primeira vez no domingo (18/3) pelo jornal Le Monde, o manifesto de Camus deveria ter aparecido na edição de 25 de novembro de 1939 do jornal Le Soir Républicain.

Coeditado por Albert Camus em Argel, o jornal se resumia a uma página frente e verso. Teve só 117 edições: em janeiro de 1940, foi proibido pelo governador de Argel.

Ao mesmo tempo que, em Paris, a imprensa denunciava a manipulação da informação feita por Hitler, os jornalistas da maior colônia francesa (que conquistaria sua independência em 1962) eram submetidos à censura oficial.

A contradição não escapou ao jovem Camus, então com 26 anos, que a denunciava em seus textos no jornal Le Soir Républicain.

Francês nascido na Argélia, pacifista engajado na luta pela liberdade em sua terra natal, o Nobel de Literatura de 1957 fez das contradições do colonialismo um dos pilares de sua ficção, em romances como O Estrangeiro.

A repórter Macha Séry, de Le Monde, localizou o texto nos Archives Nationales d'Outre-Mer, em Aix-en-Provence. Embora não esteja assinado, o texto teve sua autenticidade comprovada, afirmaram à Folha os herdeiros de Camus.

***
[Albert Camus (1913-1960), escritor franco-argelino, foi também ensaísta e dramaturgo. Autor de A Peste e O Estrangeiro, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1957]

FONTE:http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed687_os_quatro_pilares_da_imprensa_livre

Exército israelense abriu fogo contra manifestantes palestinos.

Exército israelense abriu fogo contra manifestantes palestinos
foto: EPA


As forças israelenses de segurança usaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dissolver grupos de palestinos que atiravam pedras durante uma manifestação.

Os confrontos ocorreram no posto de controle na Cisjordânia, ao norte e oeste de Jerusalém. 

Os protestos começaram também em outros postos de controlo nos territórios palestinos, bem como nas cidades de Belém e Ramallah. 

Os manifestantes exortam a organizar uma “marcha para Jerusalém” no Dia Mundial da Terra.

FONTE:http://portuguese.ruvr.ru/2012_03_30/70140585/

O enigma Eike Baptista

Coluna Econômica - 30/03/2012.

Há numa enorme confusão envolvendo os negócios do empresário Eike Baptista. Em parte por ter se convertido em um dos homens mais ricos do mundo. Em parte por um exibicionismo incontrolável – impensável em uma cultura mais calvinista, como a norte-americana. Mas, em parte, devido às características de seu próprio negócio.

Há dúvidas consistentes mas, também, incompreensões sobre as características do seu negócio.

O que a imprensa tem chamado de “prejuízo”, na verdade, são investimentos pré-operacionais. Isto é, aqueles investimentos feitos para colocar o negócio de pé.

Se o sujeito tem uma jazida de petróleo, por exemplo, e monta uma empresa, o valor da empresa será X. Aí ele investe durante dois anos para adquirir equipamentos, iniciar a prospecção até que o negócio comece a gerar receitas. É esse o investimento pré-operacional, que a mídia tem chamado de “prejuízo”.

A OGX, por exemplo, apenas esta semana entregou sua primeira carga de óleo. No ano passado, o que chamam de prejuízo ascendeu a R$ 482,2 milhões – mais que natural.

O empresário anunciar investimentos da ordem de US$ 15,5 bilhões nos próximos dois anos. É um dos maiores investimentos de qualquer empresa global.

Não significa que tudo seja claro na aventura de Eike. Revelou-se um craque na arte de farejar oportunidades e montar alianças estratégicas. Adquiriu uma mina de ferro, revendeu no auge do boom do metal, teve senso de oportunidade para participar dos poucos leilões do pré-sal. E continua montando parcerias, associações e atraindo investidores de todas as partes do mundo.

Além disso, tem no pai, Eliezer Baptista, o melhor consultor que alguém capitalizado poderia pretender. Eliezer sabe como poucos os gargalos da infraestrutura, as possibilidades estratégicas seja na área de transporte marítimo, portos, mineração, siderurgia.

Juntou um capital quase infinito com a quase infinita capacidade de Eliezer de pensar projetos grandiosos.

Acontece que no mundo das empresas o capital é apenas um dos insumos. Os demais são capacidade de gestão, montagem de equipe, definição de padrões de eficiência, montagem de sistemas, uma parafernália infernal, que não se coloca de pé da noite para o dia – ainda mais abrindo a quantidade de frentes que o empresário se dispôs a abrir.

E até agora – com exceção de quem trabalha diretamente com Eike – ninguém pode assegurar qual o seu potencial na montagem da parte operacional do seu império.

É verdade que, nas estatais do Rio de Janeiro, Eike tem um estoque enorme de executivos de alto padrão. E tem o conhecimento acumulado de Eliezer, homem que construiu a Vale, que pensou o projeto Eldorado dos Carajás.

Mesmo assim, é uma quantidade de frentes abertas inédita para um empresário só. Mesmo grandes organizações, já estabelecidas, teriam dificuldades em caminhar em tantas frentes simultâneas. Ainda mais sabendo-se que, antes dessa última corrida campeã, Eike não se notabilizara por ser um construtor de empresas.

No fundo, Eike ainda é um enigma a ser decifrado. E apenas o tempo dará a resposta. Poderá ser reconhecido como um dos grandes empreendedores do século 21. Ou apenas um sujeito com extraordinário senso de oportunidade, que foi engolfado por um ataque irrefreável de megalomania.

FONTE:http://advivo.com.br/blog/luisnassif/o-enigma-eike-baptista

Relembrando. Jornal goiano teve acesso a parte do Inquérito da "Operação Monte Carlo"

Jornal goiano teve acesso a parte do Inquérito da "Operação Monte Carlo".


13/3/2012 - Ed. 7796O Anápolis teve acesso ao Inquérito da Operação Monte CarloDesenvolvido pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.

Veja todo o diálogo entre os membros do que se denominou como operação criminosa sob o comando de Carlos Cachoeira.

 
FONTE:http://advivo.com.br/blog/luisnassif/os-relatorios-da-operacao-monte-carlo

Empresário declarou ao MP que o Senador José Agripino Maia (Líder do DEM no Senado) e Carlos Augusto Rosado receberam 1 milhão de reais no sótão do Apartamento do Senador.

depoimento Gilmar
Senador José Agripino Maia (Líder do DEM) e Carlos Augusto Rosado.

Leia na íntegra o depoimento que chegou ao conhecimento do Blog através de fonte anônima.
O blog não está fazendo juízo de valor sobre o depoimento do empresário José Gilmar Carvalho Lopes, o “Gilmar da Montana“, apenas faz as seguintes perguntas ao Ministério Público:
 
Este depoimento é verdadeiro e consta nos autos do processo? E sendo verdadeiro, porque o Ministério Público não denunciou o Senador José Agripino Maia e o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini?
 
FONTE:http://blogdoprimo.com.br/noticias/empresario-declarou-ao-mp-que-jose-agripino-e-carlos-augusto-rosado-receberam-1-milhao-de-reais-no-sotao-do-ap-do-senador/

Presidente do STJ diz que decisão sobre estupro de vulnerável pode ser revista.

Luciana Lima - Repórter da Agência Brasil.
 
Brasília – O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, disse hoje (29) que o tribunal poderá revisar a decisão tomada pela Terceira Seção da Corte, segundo a qual nem sempre, o ato sexual com menores de 14 anos pode ser considerado estupro. "É um tema complexo que foi decidido por uma turma do tribunal.

É a palavra do tribunal, mas, evidentemente, cada caso é um caso, e o tribunal sempre está aberto para a revisão de seus julgamentos. Talvez isso possa ocorrer."

O pedido de revisão deverá partir do governo, informou a secretária de Direitos Humanos, ministra Maria do Rosário. Ela informou que vai entrar em contato com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para tratar do caso.

O tribunal entendeu que não se pode considerar crime o ato que não viola o bem jurídico tutelado, no caso, a liberdade sexual. No processo analisado pela seção do STJ, o réu é acusado de ter estuprado três menores, todos de 12 anos. Tanto o juiz que analisou o processo quanto o tribunal local o inocentaram com o argumento de que as crianças “já se dedicavam à prática de atividades sexuais desde longa data”.

Pargendler disse ainda que a decisão deve ser entendida como uma questão técnica, que precisa acompanhar as leis vigentes no Brasil. "As decisões judiciais são pautadas pela técnica e, às vezes, esses aspectos não são bem compreendidos pela população. No direito penal, vige o princípio da tipicidade, que é o princípio da legalidade estrita. Então, é bom que a sociedade reflita sobre as decisões dos juízes, mas a sociedade precisa entender que os juízes não criam o direito, eles aplicam a lei. Então, com esse temperamento, eu espero que a posição dessa turma, nesse caso concreto, seja compreendida", explicou o ministro.

Ele evitou julgar a decisão tomada ontem. "Eu, como presidente do STJ, não posso julgar uma turma do tribunal. Não posso dizer se ela foi conservadora ou inovadora. Talvez tenha sido até inovadora, porque realmente a prática anterior parece que não foi observada no caso”, ressaltou.

O entendimento do STJ é o mesmo do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão. Em 1996, o ministro Marco Aurélio Mello, relator do habeas corpus de um acusado de estupro de vulnerável, disse, no processo, que a presunção de violência em estupro de menores de 14 anos é relativa. A decisão diz respeito ao Artigo 224 do Código Penal, revogado em 2009, segundo o qual a violência no crime de estupro de vulnerável é presumida. 

Edição: Nádia Franco

FONTE:http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-29/presidente-do-stj-diz-que-decisao-sobre-estupro-de-vulneravel-pode-ser-revista