terça-feira, 4 de junho de 2013

Programa Mais Cultura financia 5 mil projetos culturais nas escolas.

FELIPE L. GONCALVES.
DA REDAÇÃO - 03.06.13: Mais de 5 mil escolas fazem parte do programa Mais Cultura. O programa vai financiar 5 mil projetos culturais que serão desenvolvidos no segundo semestre deste ano. 

As escolas contempladas receberão dinheiro para investir em atividades de teatro, música, artes visuais, além de atividades externas como visitas a museus. 

A proposta do programa é fazer com que o ambiente escolar seja vivenciado como espaço de diversidade e produção cultural. 

A Redação da TV NBR preparou uma reportagem sobre o assunto.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fotos sensuais causam polêmica no Exército de Israel

Uma foto de um grupo de quatro mulheres recrutas do Exército de Israel quase causou uma crise nas Forças Armadas do país. Na imagem, as soldados aparecem vestindo apenas parte do fardamento, com as calcinhas aparecendo.

Fotos: Reprodução/Facebook

Em uma outra foto, cinco recrutas vestem um capacete de combate e cobrem uma pequena parte do corpo com o uniforme militar.


As fotos foram postadas na conta de Facebook de uma das jovens e divulgadas no site de notícias Walla.



Fotos: Reprodução/Facebook
O comando militar de Israel condenou o comportamento das recrutas e anunciou que as mulheres já foram punidas.


Segundo fontes ligadas ao Exército, as soldados passavam pelo ciclo básico de treinamento no sul de Israel.
Fotos: Reprodução/Facebook

Este não é o primeiro episódio embaraçoso para as Forças Armadas do país envolvendo soldados e as redes sociais. 

Em 2010, um vídeo postado no YouTube mostrou uma soldado dançando ao lado de uma mulher palestina vendada.
Fotos: Reprodução/Facebook

Em outro incidente, um soldado postou uma foto no Instagram apontando uma arma na direção da cabeça de um menino palestino.

DO UOL, COM EDIÇÃO DO GI PORTAL

Link da Matéria: http://www.gazetadailha.com.br/2013/06/03/fotos-sensuais-causam-polemica-no-exercito-de-israel/

Exoesqueleto para paraplégicos começa a ser testado em humanos em junho

O projeto que pretende fazer um paraplégico dar o pontapé inicial da Copa de 2014, no Brasil, deve entrar na fase de testes com humanos no mês que vem. O esqueleto biônico, chamado de exoesqueleto, será controlado pelo pensamento. A iniciativa é de um grupo de cientistas comandado pelo paulistano Miguel Nicolelis.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a revelação foi feita por Nicolelis durante palestra ontem na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), a agência pública brasileira que financia o projeto, chamado Andar de Novo e orçado em R$ 33 milhões.

"As primeiras simulações do exoesqueleto já foram feitas e, para minha satisfação, ele funciona como planejado", disse Nicolelis, que está à frente do IINN (Instituto Internacional de Neurociências de Natal) e é professor da Universidade Duke (EUA).

Até o momento, já houve uma simulação com macacos usando um protótipo. 

"Conseguimos realizar padrões de marcha usando simuladores e, daqui a alguns meses, a gente espera que esse macaco ande com o exoesqueleto tanto lá na Duke quanto no nosso laboratório aqui em Natal."

Para os testes com humanos, os voluntários serão selecionados pela AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) , em São Paulo, segundo Neiva Paraschiva, diretora-executiva da associação que gerencia o IINN. Ela afirmou também que os primeiros testes "não serão invasivos", ou seja, não haverá a conexão de eletrodos ao cérebro do paciente para que eles possam emitir os comandos que controlarão o exoesqueleto. O equipamento deve incluir ainda um revestimento que dará um feedback tátil ao cérebro do usuário, permitindo que ele "sinta" o chão onde pisa.

Ainda segundo informações da Folha de S.Paulo, serão selecionados para o teste dez pacientes com lesão medular incompleta, isto é, ainda com algum grau de movimento. O superintendente-geral da instituição, João Octaviano Machado Neto, diz que a aprovação do estudo pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) deve sair ainda neste mês.

A parceria da AACD com os cientistas, financiada pela Finep, ampliará o laboratório da entidade, criando "o mais avançado laboratório de reabilitação neurorrobótica do planeta", segundo Nicolelis.

O cientista disse também que o primeiro simulador de locomoção completo do mundo será testado na AACD "nas próximas semanas".

"O paciente vai olhar para um avatar de si mesmo andando e vai treinar o cérebro, usando a informação visual, para gerar os sinais que precisamos pegar para controlar o exoesqueleto no futuro."

Nicolelis se emocionou ao citar a meta de demonstrar o projeto na abertura da Copa. "Se tudo der certo, um brasileiro ou uma brasileira, jovem adulto, de até 1,70 m, com até 70 kg, vai levantar de uma cadeira de rodas, realizar 25 passos da linha lateral até o centro do gramado e abrir a Copa com um chute da ciência brasileira para toda a humanidade", disse o cientista, indo às lágrimas.

Para Machado Neto, da AACD, o prazo curto, de um ano, até a abertura da Copa não é um problema. "É um desafio, mas os desafios produzem grandes resultados."

Jornalista Maria Inês Nassif, noticia que o Ministro Joaquim Barbosa ocultou inquérito que poderia ajudar os réus da Ação Penal 470 (Mensalão).

JB ocultou inquérito que poderia ajudar os réus

:

Inquérito sigiloso 2454 foi relatado em segredo por Joaquim Barbosa desde 2006, a pedido do então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza; laudo 2828, do Instituto de Criminalística da Polícia Federal, poderia inocentar o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato; mas advogados tiveram acesso negado à peça jurídica; ministro Marco Aurélio Mello insistiu em plenário para que o presidente do STF esclarecesse o segredo ao tribunal, mas foi em vão.

3 de Junho de 2013 às 19:54.


247 – A jornalista Maria Inês Nassif, do GGN e da Carta Maior, acaba de publicar uma reportagem de conteúdo inédito sobre os bastidores da Ação Penal 470, o chamado processo do Mensalão. Ela apurou que desde 2006, a pedido do então procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza e relatado pelo atual presidente do STF, Joaquim Barbosa, corre sob sigilo no tribunal o inquérito 2454. Trata-se de uma investigação completa sobre a maioria dos réus da AP 470, mas que juntou algumas provas diferentes das que constam no chamado processo do Mensalão. Uma delas, um laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Federal, de número 2828, poderia ser suficiente para inocentar do crime de desvio de dinheiro público o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato.

O inquérito secreto 2454, no entanto, nunca havia tido sua existência revelada aos advogados dos réus. O magistrado Marco Aurélio Mello debateu com Barbosa, em sessão plenária, a necessidade de revelar o conteúdo do inquérito paralelo, adiantando que provas colhidas poderiam ser usadas em embargos declaratórios, mas foi em vão.

Descoberta é da jornalista Maria Inês Nassif, do GGN e Carta Maior. Acompanhe:


Inquérito paralelo, ao qual os réus nunca tiveram acesso, foi montado em 2006 pelo ministro do STF em estratégia que envolveu o então procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza

por Maria Inês Nassif, do GGN e da Carta Maior publicado 03/06/2013 18:04, última modificação 03/06/2013 18:15

São Paulo – O então procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criaram em 2006 e mantiveram sob segredo de Justiça dois procedimentos judiciais paralelos à Ação Penal 470. Por esses dois outros procedimentos passaram parte das investigações do chamado caso do "Mensalão". O inquérito sigiloso de número 2454 correu paralelamente ao processo do chamado Mensalão, que levou à condenação, pelo STF, de 38 dos 40 denunciados por envolvimento no caso, no final do ano passado, e continua em aberto. E desde 2006 corre na 12ª Vara de Justiça Federal, em Brasília, um processo contra o ex-gerente executivo do Banco do Brasil, Cláudio de Castro Vasconcelos, pelo exato mesmo crime pelo qual foi condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato.

Esses dois inquéritos receberam provas colhidas posteriormente ao oferecimento da denúncia ao STF contra os réus do mensalão pelo procurador Antônio Fernando, em 30 de março de 2006. Pelo menos uma delas, o Laudo de número 2828, do Instituto de Criminalística da Polícia Federal, teria o poder de inocentar Pizzolato.

O advogado do ex-diretor do BB, Marthius Sávio Cavalcante Lobato, todavia, apenas teve acesso ao inquérito que corre em primeira instância contra Vasconcelos no dia 29 de abril deste ano, isto é, há um mês e quase meio ano depois da condenação de seu cliente. E não mais tempo do que isso descobriu que existe o tal inquérito secreto, de número 2474, em andamento no STF, também relatado por Joaquim Barbosa, que ninguém sabe do que se trata – apenas que é um desmembramento da Ação Penal 470 –, mas que serviu para dar encaminhamento às provas que foram colhidas pela Polícia Federal depois da formalização da denúncia de Souza ao Supremo. Essas provas não puderam ser usadas a favor de nenhum dos condenados do mensalão.

Essa inusitada fórmula jurídica, segundo a qual foram selecionados 40 réus entre 126 apontados por uma Comissão Parlamentar de Inquérito e decidido a dedo para qual dos dois procedimentos judiciais (uma Ação Penal em curso, pública, e uma investigação sob sigilo) réus acusados do mesmo crime deveriam constar, foi definida por Barbosa, em entendimento com o procurador-geral da República da época, Antonio Fernando, conforme documento obtido pelo advogado. Roberto Gurgel assumiu em julho de 2009, quando o procedimento secreto já existia.

A história do processo que ninguém viu

Em março de 2006, a CPMI dos Correios divulgou um relatório preliminar pedindo o indiciamento de 126 pessoas. Dez dias depois, em 30 de março de 2006, o procurador-geral da República, rápido no gatilho, já tinha se convencido da culpa de 40, número escolhido para relacionar o episódio à estória de Ali Baba. A base das duas acusações era desvio de dinheiro público (que era da bandeira Visa Internacional, mas foi considerado público, por uma licença jurídica não muito clara) do Fundo de Incentivo Visanet para o Partido dos Trabalhadores, que teria corrompido a sua base aliada com esse dinheiro. Era vital para essa tese, que transformava o dinheiro da Visa Internacional, aplicado em publicidade do BB e de mais 24 bancos entre 2001 e 2005, em dinheiro público, ter um petista no meio. Pizzolato era do PT e foi diretor de Marketing de 2003 a 2005.

Pizzolato assinou três notas técnicas com outro diretor e dois gerentes-executivos recomendando campanhas de publicidade e patrocínio (e deixou de assinar uma) e foi sozinho para a lista dos 40. Os outros três, que estavam no Banco do Brasil desde o governo anterior, não foram mencionados. A Procuradoria-Geral da República, todavia, encaminhou em agosto para a primeira instância de Brasília o caso do gerente-executivo de Publicidade, Cláudio de Castro Vasconcelos, que vinha do governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso. 

O caso era o mesmo: supostas irregularidades no uso do Fundo de Incentivo Visanet pelo BB, no período de 2001 a 2005, que poderia ter favorecido a agência DNA, do empresário Marcos Valério. Um, Pizzolato, que era petista de carteirinha, respondeu no Supremo por uma decisão conjunta. Outro, Cláudio Gonçalves, responde na primeira instância porque o procurador considerou que ele não tinha foro privilegiado. Tratamento diferente para casos absolutamente iguais.

Barbosa decretou segredo de Justiça para o processo da primeira instância, que ficou lá, desconhecido de todos, até 31 de outubro do ano passado, quando a Folha de S. Paulo publicou uma matéria se referindo a isso ("Mensalão provoca a quebra de sigilo de ex-executivos do BB"). Faltavam poucos dias para a definição da pena dos condenados, entre eles Pizzolato, e seu advogado dependia de Barbosa para que o juiz da 12ª Vara desse acesso aos autos do processo, já que foi o ministro do STF que decretou o sigilo.

O relator da AP 470 interrompera o julgamento para ir à Alemanha, para tratamento de saúde. Na sua ausência, o requerimento do advogado teria que ser analisado pelo revisor da ação, Ricardo Lewandowiski. Barbosa não deixou. Por telefone, deu ordens à sua assessoria que analisaria o pedido quando voltasse.

Quando voltou, Barbosa não respondeu ao pedido. Continuou o julgamento. No dia 21 de novembro, Pizzolato recebeu a pena, sem que seu advogado conseguisse ter acesso ao processo que, pelo simples fato de existir, provava que o ex-diretor do BB não tomou decisões sozinho – e essa, afinal, foi a base da argumentação de todo o processo de mensalão (um petista dentro de um banco público desvia dinheiro para suprir um esquema de compra de votos no Congresso feito pelo seu partido).

No dia 17 de dezembro, quando o STF fazia as últimas reuniões do julgamento para decidir a pena dos condenados, Barbosa foi obrigado a dar ciência ao plenário de um agravo regimental do advogado de Pizzolato. No meio da sessão, anunciou "pequenos problemas a resolver" e mencionou um "agravo regimental do réu Henrique Pizzolato que já resolvemos". No final da sessão, voltou ao assunto, informando que decidira sozinho indeferir o pedido, já que "ele (Pizzolato) pediu vistas a um processo que não tramita no Supremo".

O único ministro que parece ter entendido que o assunto não era tão banal quanto falava Barbosa foi Marco Aurélio Mello.

Mello: "O incidente [que motivou o agravo] diz respeito a que processo? Ao revelador da Ação Penal nº 470?"

Barbosa: "Não".

Mello: "É um processo que ainda está em curso, é isso?"

Barbosa: "São desdobramentos desta Ação Penal. Há inúmeros procedimentos em curso."

Mello: "Pois é, mas teríamos que apregoar esse outro processo que ainda está em curso, porque o julgamento da Ação Penal nº 470 está praticamente encerrado, não é?"

Barbosa: "É, eu acredito que isso deve ser tido como motivação..."

Mello: "Receio que a inserção dessa decisão no julgamento da Ação Penal nº 470 acabe motivando a interposição de embargos declaratórios."

Barbosa: "Pois é. Mas enfim, eu estou indeferindo."

Segue-se uma tentativa de Marco Aurélio de obter mais informações sobre o processo, e de prevenir o ministro Barbosa que ele abria brechas para embargos futuros, se o tema fosse relacionado. Barbosa reitera sempre com um "indeferi", "neguei". Veja sessão:



O agravo foi negado monocraticamente por Barbosa, sob o argumento de que quem deveria abrir o sigilo de justiça era o juiz da 12ª Vara. O advogado apenas consegui vistas ao processo no DF no dia 29 de abril do mês passado.

Um inquérito que ninguém viu

O processo da 12ª Vara, no entanto, não é um mero desdobramento da Ação Penal 470, nem o único. O procurador-geral Antonio Fernando fez a denúncia do caso do Mensalão ao STF em 30 de março de 2006. Em 9 de outubro daquele ano, em uma petição ao relator do caso, solicitou a Barbosa a abertura de outro procedimento, além do inquérito original (o 2245, que virou a AP 470), para dar vazão aos documentos que ainda estavam sendo produzidos por uma investigação que não havia terminado (Souza fez as denúncias, portanto, sem que as investigações de todo o caso tivessem sido concluídas; a Polícia Federal e outros órgãos do governo continuavam a produzir provas).

O ofício é uma prova da existência do inquérito 2474, o procedimento paralelo criado por Barbosa que foi criado em outubro de 2006, imediatamente ganhou sigilo de justiça e ficou sob a responsabilidade do mesmo relator Joaquim Barbosa.

Diz o procurador na petição: "Por ter conseguido formar juízo sobre a autoria e materialidade de diversos fatos penalmente ilícitos, objeto do inquérito 2245, já oferecia a denúncia contra os respectivos autores", mas, informa Souza, como a investigação continuar, os documentos que elas geram têm sido anexados ao processo já em andamento, o que poderia dar margens à invalidação dos "atos investigatórios posteriores". E aí sugere: "Assim requeiro, com a maior brevidade, que novos documentos sejam autuados em separado, como inquérito (...) ".

Barbosa defere o pedido nos seguintes termos: "em relação aos fatos não constantes da denúncia oferecida, defiro o pedido para que os documentos sejam autuados em separado, como inquérito. Por razões de ordem prática, gerar confusão."

No inquérito paralelo, o de número 2474, foram desovados todos os resultados da investigação conduzida depois disso. Nenhum condenado no processo chamado Mensalão teve acesso a provas produzidas pela Polícia Federal ou por outros órgãos do governo depois da criação desse inquérito porque todas todos esses documentos foram enviados para um inquérito mantido todo o tempo em segredo pelo Supremo Tribunal Federal.



Parricídio - Jovem de 19 anos mata próprio pai: 'Se levantar, mato de novo'.

Um jovem de 19 anos foi preso após confessar haver matado o próprio pai, um comerciante de 42 anos, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. O crime aconteceu na madrugada deste sábado (1º), na rua Cocada, no Bairro Sorriso. Alair dos Santos Caixeta foi encontrado morto dentro de casa, no quarto dos filhos. 

Um dos filhos, um adolescente de 14 anos, contou aos policiais que acordou com os gritos do pai e que quando acendeu a luz, ele já estava caído no chão. Ele disse que viu o vulto de um homem que saiu correndo da casa. Para a Polícia Civil da cidade o garoto inventou a informação para tentar proteger o irmão mais velho que praticou o crime. A mãe do adolescente disse aos policiais que não viu nada. A falta de comoção por parte da família após o assassinato chamou a atenção da polícia. 

 Parrecido. O Acusado do Wesley dos Santos.
Uma marca de pegada do chinelo do garoto sob o corpo aumentou a desconfiança da perícia técnica que esteve no local. A marca descartava a versão do jovem de que ele já havia encontrado o pai caído. Uma faca e um pedaço de madeira foram utilizados para matar a vítima segundo a polícia. Manchas de sangue também foram constatadas no bar do comerciante, localizado na rua Caetés, no Bairro Alvorada. 

Pela manhã os peritos retornaram o bairro e depois de verificarem alguns lotes vizinhos encontraram uma roupa e um boné, ambos sujos com sangue. Vizinhos ao serem questionados pelos policiais disseram que a roupa e o boné pertenciam ao filho mais velho do casal. Wesley dos Santos, o Caixeta, que foi questionado e após algumas contradições no depoimento, acabou confessando o crime. O jovem disse que matou o pai porque ele chegava embriagado em casa e agredia os filhos e a esposa. 

Ontem o motivo da discussão foi o volume alto do aparelho de tv. Detalhes do crime: Wesley dos Santos contou ao delegado que antes de matar o pai tentou atear fogo na cama do comerciante para que ele morresse asfixiado com a fumaça. Como o primeiro plano não deu certo e o pai começou a agredir o irmão dele de 14 anos, o jovem deu um golpe de madeira na cabeça da vítima. 

Em seguida ele pegou uma machadinha e deu vários golpes na cabeça do pai. Por último, cravou uma faca no peito do comerciante. "Se ele levantar, o mato de novo", disse o jovem à reportagem do Grupo Paranaíba. 

Quanto pior, melhor: os riscos de uma estratégia editorial;

Por Carlos Castilho em 02/06/2013. 
Os três principais jornais do país, aqueles que em grande medida estabelecem a agenda nacional, estão sintonizados no uso da estratégia de alimentar o fantasma da inflação e da estagnação do crescimento econômico, temas que ocupam um lugar destacado no discurso político do presidenciável oposicionista Aécio Neves.

Não há nada de anormal no fato do possível candidato do PSDB situar o país a beira do caos porque essa é uma tradicional contrapartida ao fato de o Palácio do Planalto invariavelmente carregar no otimismo em matéria de economia. 

O que preocupa, como muito bem mostrou o colega Luciano Martins Costa, é o fato de os três jornais adotarem a linha do “quanto pior melhor”, porque isso implica dois possíveis desenlaces: ou o pior acontece e voltamos ao passado, ou o pessimismo se dilui e o descrédito na imprensa aumenta mais ainda.

A grande imprensa brasileira está fazendo uma aposta muito perigosa tanto para o país como para ela própria. Os indicadores econômicos são preocupantes, não tanto pela situação interna, mas pela conjuntura internacional que, gostando ou não, determina muito do que acontece aqui dentro. Por mais que o governo diga, o Brasil não é uma ilha na economia mundial e obviamente sofre os efeitos da recessão mundial.

Os grandes jornais estão cansados de saber disso, mas por razões que ainda não estão claras preferem ampliar a percepção de disparada inflacionária e de estagnação do PIB. O comportamento dos consumidores está sujeito a fatores emocionais que por sua vez determinam condicionamentos econômicos com óbvios reflexos políticos. Não é fortuito o fato de quase todas as grandes manobras de desestabilização política de governos começarem invariavelmente pela desestabilização econômica.

Estamos entrando numa conjuntura pré-eleitoral e como sempre acontece nessas circunstâncias os partidos adotam a tradicional estratégia do fim justificando os meios. Também aqui não há nada de novo porque essa mesma situação se repete monotonamente a cada eleição. O que preocupa é que a imprensa prefira deixar de lado os conhecimentos e a experiência que adquiriu ao longo dos anos em coberturas eleitorais para envolver-se num jogo perigoso e de consequências imprevisíveis.

Num quadro internacional incerto e sujeito a mudanças bruscas, apostar na inflação significa alimentar a dúvida e insegurança entre os consumidores e produtores. Na dúvida, os primeiros tenderão a estocar para prevenir-se contra o pior enquanto os comerciantes, prestadores de serviços, indústrias e agricultura aumentarão os preços para evitar prejuízos futuros irrecuperáveis. Todos os brasileiros com 30 anos ou mais sabem no que isso vai dar.

A coincidência, intencional ou não, na ênfase dada ao fantasma da inflação e da estagnação econômica coloca a imprensa sob suspeita de participação num esquema politico-eleitoral, num momento em que os principais jornais do país precisam é se preocupar com a crise do seu modelo de negócios. A solução desse problema não virá com benesses estatais, seja lá qual for o governo de turno, e sim da recomposição da relação com os seus leitores.

Não é necessário ter bola de cristal ou de pesquisas de opinião para saber que os brasileiros estão razoavelmente satisfeitos com a situação econômica do país, mas ao mesmo tempo temem uma disparada de preços porque isso significará uma redução do seu poder de compra. Seguindo essa lógica, a estratégia mais adequada a uma aproximação com os leitores seria destacar as formas de evitar fatores emocionais que podem acelerar os aumentos de preço, em vez envolver-se numa obscura estratégia eleitoral.

A reconquista da confiança dos leitores passa inevitavelmente pela preocupação jornalística com a serenidade e equilíbrio numa conjuntura de incertezas alimentadas por ambições eleitoreiras. Significa não inflar o fantasma da inflação e nem fenômenos como corrida aos caixas eletrônicos por causa do boato do fim do programa Bolsa Família. Os principais executivos e editores das indústrias da comunicação jornalística no Brasil sabem disso melhor do que todos nós. O que nos preocupa é por que não agem conforme o conhecimento adquirido no exercício da profissão?

domingo, 2 de junho de 2013

Professor da UFMS pede demissão, após postagem contra homossexuais


Crédito : Reprodução Facebook
Após a má repercussão de uma postagem do professor substituto Kleber Kruger da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em seu perfil do facebook, com conteúdo ofensivo a estudantes homossexuais, ele se desculpou, disse que se expressou de forma “equivocada” e “não quis ofender” e pediu demissão nesta segunda (27). No fim de semana ele demonstrou irritação com pichações que defendiam o amor entre pessoas do mesmo sexo e pregou o fim dos “cursos de gente colorida”. 

Segundo a assessoria da instituição, a solicitação de Kruger foi atendida pela direção do campus de Ponta Porã. Mesmo com a demissão, ele é aluno do mestrado e por isto será aberto um procedimento administrativo para apurar o caso. As publicações deverão ser analisadas pela administração da universidade e o caso, encaminhado ao Conselho de Ética da instituição. No caso da demissão, nesta terça (29) já deverá ter outro docente nas salas de aula, porque Kruger era substituto e o contrato desse tipo de cargo é rescindido assim que o pedido de demissão é aceito. 

Postagem – A postagem de Kruger foi feita no fim de semana. Ele reclama sobre pichações em defesa da homossexualidade feitas nos corredores dos cursos de Ciências Exatas. Segundo ele, nos “cursos formadores de bichonas está tudo limpo”. Em seguida prega o fim “daqueles cursos de gente colorida” e fala que é rotulado de preconceituoso por conta de suas opiniões. 

Os comentários feitos pelo professor geraram má repercussão na rede social e, após ser alvo de críticas dos internautas, ele removeu a postagem e excluiu sua conta do Facebook. Leonardo Bastos, presidente do Centro de Referência em Direitos Humanos, Prevenção e Combate à Homofobia (Centrho), informou que denunciou o caso para o Ministério Público Estadual pedindo que seja apurado. Já a assessoria da Polícia Civil informou que não há boletins de ocorrência registrados contra o professor por conta das publicações. 

Veja na íntegra a nota da UFMS sobre o caso: 

A Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) esclarece que já tomou conhecimento das declarações do professor substituto da Instituição. A direção do campus de Ponta Porã, onde o professor é lotado, encaminhou o material divulgado para a Administração Superior. A partir da análise do conteúdo, a Instituição vai definir quais providências serão tomadas. 

Com informações do G1-MS.

Link da Matéria: http://brasiliaempauta.com.br/artigo/ver/id/2094/nome/Professor_da_UFMS_pede_demissao __apos_postagem_contra_homossexuais