sexta-feira, 26 de julho de 2013

Povos tradicionais têm papel crucial na conservação da biodiversidade

Por Elton Alisson.

Agência FAPESP – Na região do alto e do médio Rio Negro, no Amazonas, existem mais de 100 variedades de mandioca, cultivadas há gerações por mulheres das comunidades indígenas, que costumam fazer e compartilhar experiências de plantio, chegando a experimentar dezenas de variedades em seus pequenos roçados ao mesmo tempo.


Exemplo de conservação da agrobiodiversidade por populações tradicionais, o sistema agrícola do Rio Negro foi registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2010 como patrimônio imaterial do Brasil.

A partir da constatação de que essas práticas culturais geram uma diversidade de grande importância para a segurança alimentar, elaborou-se um projeto-piloto de colaboração entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e as organizações indígenas do médio e alto Rio Negro.

O projeto integrará uma iniciativa criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o objetivo de chegar a um programa que estimule a colaboração entre cientistas e detentores de conhecimentos tradicionais e locais.

A iniciativa foi anunciada por Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha, professora emérita do Departamento de Antropologia da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e professora aposentada da Universidade de São Paulo (USP), na abertura da Reunião Regional da América Latina e Caribe da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES, na sigla em inglês), ocorrida no dia 11 de julho na sede da FAPESP, em São Paulo.

“O projeto-piloto será um bom exemplo de como é possível a colaboração entre a ciência e os conhecimentos tradicionais e locais, capazes de dar grandes contribuições para a conservação da diversidade genética de plantas – um problema extremamente importante”, disse Carneiro da Cunha, coordenadora do projeto.

“A conservação in situ de variedades de plantas, por excelência, pode e deve ser feita pelas populações tradicionais. O Brasil, ao promulgar o tratado da FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura] sobre recursos fitogenéticos, se obrigou a estimular essa opção”, afirmou.

Carneiro da Cunha ressalvou que, diferentemente do que costuma se entender, os conhecimentos tradicionais não são um “tesouro”. Não são apenas dados que devem ser armazenados e disponibilizados para uso quando se desejar, como foi feito com a medicina ayurvédica, na Índia. De acordo com a antropóloga, a sabedoria tradicional é um processo vivo e em andamento, composto por formas de conhecer a natureza, além de métodos, modelos e “protocolos de pesquisa” que continuamente geram novos conhecimentos.

IPCC da biodiversidade - Criado oficialmente em abril de 2012, após quase dez anos de negociações internacionais, o IPBES tem por objetivo organizar o conhecimento sobre a biodiversidade no planeta para subsidiar decisões políticas em âmbito mundial, a exemplo do trabalho realizado nos últimos 25 anos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) em relação ao clima do planeta.

Para isso, o organismo intergovernamental independente realizará uma série de reuniões com pesquisadores da América Latina e Caribe, África, Ásia e Europa nos próximos dois meses, produzindo diagnósticos regionais que comporão um relatório sobre a biodiversidade do planeta.

Os documentos conterão as particularidades dos países de cada região e deverão levar em conta, além do conhecimento científico, a contribuição do conhecimento acumulado durante séculos pelas populações tradicionais e povos indígenas dessas regiões para auxiliar nas ações de conservação de biodiversidade.

“Uma das ações mais importantes do IPBES deverá ser o envolvimento de populações locais e indígenas desde o início do programa, chamando-as para participar do planejamento dos estudos, da identificação de temas de interesse comuns a serem estudados e do compartilhamento dos resultados”, disse Carneiro da Cunha.

“O IPCC, que iniciou suas atividades em 1988, só começou a pedir a contribuição do conhecimento dos povos tradicionais e indígenas para o desenvolvimento de ações para diminuir os impactos das mudanças climáticas globais depois da publicação de seu quarto relatório, em 2007”, contou.

Importância do conhecimento tradicional - De acordo com Carneiro da Cunha, os povos tradicionais e indígenas são muito bem informados sobre o clima e a diversidade biológica locais – e, por isso, podem ajudar os cientistas a compreender melhor as mudanças climáticas e o problema da perda da biodiversidade.

Esses povos costumam habitar áreas mais vulneráveis a mudanças climáticas e ambientais e são muito dependentes dos recursos naturais encontrados nessas regiões. Acompanham com minúcia cada detalhe que constitui e afeta diretamente sua vida e são capazes de perceber com maior acurácia mudanças no clima, na produtividade agrícola ou na diminuição de número de espécies de plantas e animais, por exemplo, apontou a antropóloga.

“Esse conhecimento minucioso é de fundamental importância. Até porque uma das limitações que esses painéis como o IPCC e, agora, o IPBES enfrentam é identificar problemas e soluções para lidar com as mudanças climáticas globais em nível local. Isso é algo que só quem mora há muitas gerações nessas regiões é capaz de perceber”, disse.

Segundo dados apresentados por Carneiro da Cunha e por Zakri Abdul Hamid, presidente do IBPES na abertura da reunião na FAPESP, há aproximadamente 30 mil espécies de plantas cultivadas no mundo, mas apenas 30 culturas são responsáveis por fornecer 95% dos alimentos consumidos pelos seres humanos; arroz, trigo, milho, milheto e sorgo respondem por 60%.

Isso porque, com a chamada “Revolução Verde”, ocorrida logo depois da Segunda Guerra Mundial, houve uma seleção das variedades mais produtivas e geneticamente uniformes, em detrimento de plantas mais adaptadas às especificidades de diferentes regiões do mundo. Diferenças de solo e clima foram corrigidas por insumos e defensivos agrícolas. Com isso, se espalhou uma grande homogeneidade de cultivares no mundo – levando à perda de muitas variedades locais.

“Houve um processo de erosão da diversidade genética das plantas cultivadas no mundo. Isso representa um enorme risco para a segurança alimentar porque as plantas são vulneráveis a ataques de pragas agrícolas, por exemplo, e cada uma das variedades locais de cultivares perdidas tinha desenvolvido defesas especiais para o tipo de ambiente em que eram cultivadas”, contou Carneiro da Cunha.

Um dos exemplos mais célebres dos impactos causados pela perda de diversidade agrícola, segundo a pesquisadora, foi a fome na Irlanda, que matou 1 milhão de pessoas no século XIX e causou o êxodo de milhares de irlandeses para os Estados Unidos.

Apenas duas das mais de mil variedades de batatas existentes na América do Sul haviam sido levadas para a Irlanda, no século XVI. Uma praga agrícola acabou com as plantações, levando à fome, uma vez que a batata já era o alimento básico na Irlanda e em outros países da Europa.

A partir daí, para evitar a ocorrência de problemas do mesmo tipo, vários países criaram bancos de germoplasma (unidades de conservação de material genético de plantas de uso imediato ou com potencial uso futuro). A medida por si só, no entanto, não basta, uma vez que as plantas coevoluem com os ambientes, que também mudam ao longo dos anos. Assim, é necessário complementar os bancos de germoplasma com ações de conservação in situ, ressaltou Carneiro da Cunha.

“É importante que se entenda que o conhecimento tradicional não é algo que simplesmente se transmitiu de geração para geração. Ele é vivo e os povos tradicionais e indígenas continuam a produzir novos conhecimentos”, ressaltou.

Entraves para aproximação - De acordo com a pesquisadora, apesar da importância da aproximação da ciência dos conhecimentos tradicionais e locais, o assunto só começou a ganhar relevância a partir da Convenção da Biodiversidade Biológica (CDB), estabelecida em 1992, durante a ECO-92.

A regulamentação do acesso ao conhecimento tradicional, previsto no artigo 8j da CDB, no entanto, ainda é um problema praticamente universal, afirmou a pesquisadora. “Peru e Filipinas já têm suas legislações. Mas ainda são poucos os países que editaram suas leis”, disse.

O Brasil ainda regula o acesso a recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais associados por meio de uma medida provisória e não se chegou ainda a um consenso para uma legislação nacional. “Não se pode ficar somente nessa atitude defensiva e acusar todo mundo de biopirataria, nessa ‘bioparanoia’ no país, que é um grande impedimento que teremos de superar”, avaliou.

É preciso estabelecer relações de confiança, afirmou a antropóloga, algo que só se consegue ao longo dos anos. Uma das formas ideais de se fazer isso, segundo ela, é quando a própria comunidade tradicional tem um problema para o qual está buscando solução e que também interessa aos cientistas.

Um exemplo disso ocorreu recentemente no âmbito do Conselho Ártico – organização intergovernamental que toma decisões estratégicas sobre o Polo Norte, reunindo oito países e 16 populações tradicionais, em sua maioria, pastores de renas.

Em parceria com as comunidades tradicionais transumantes (que deslocam periodicamente seus rebanhos de renas para regiões no Ártico, onde encontram melhores condições durante partes do ano), um grupo de pesquisadores dos países nórdicos, além da Rússia, Canadá e Estados Unidos, estudou os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas, na economia e na sociedade da região.

Feito em colaboração com a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa, na sigla em inglês) e com diversas universidades e instituições de pesquisas, o estudo resultou em um relatório decisivo, intitulado Informe de Resiliência do Ártico (ARR, na sigla em inglês), divulgado em 2004.

“Essa talvez tenha sido a experiência mais bem-sucedida até agora de colaboração da ciência e dos conhecimentos tradicionais e locais”, avaliou Carneiro da Cunha. “É importante que os cientistas conheçam o que se faz nas comunidades tradicionais e, por sua vez, os povos tradicionais também conheçam o que se faz nos laboratórios científicos”, disse.


 
Avaliação é da antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, que participará de desenvolvimento de programa com o objetivo de estimular a aproximação entre a ciência e os conhecimentos tradicionais e locais (foto:Edu Cesar)           Link desta  mataria: http://agencia.fapesp.br/17584   

Bahia. Quadrilha formada por Maranhenses, especializada em furtos é desarticulada em Feira de Santana.

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Uma quadrilha especializada em furtar estabelecimentos comerciais foi desarticulada no fim da manhã desta quarta-feira (25) no município de Feira de Santana, a 107 km de Salvador. 

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Por volta das 10h30, enquanto assaltavam uma unidade da rede de supermercados G Barbosa, as quatro mulheres e um homem foram percebidos e acabaram sendo presos pela Polícia Militar. 

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Dentre os produtos roubados estão diversos objetos, como uma televisão de LCD de 32 polegadas, leite em pó e até chiclete. De acordo com a Polícia Civil, um dos funcionários do supermercado percebeu que as mulheres estavam agindo de modo suspeito, entrando no estabelecimento com bolsas vazias e saindo com produtos supostamente comprados. 

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Ele então questionou os trabalhadores dos caixas, que informaram não ter atendido às quatro mulheres. Ao constatar isso, o funcionário diz que acionou o sistema de segurança do supermercado e assistiu às mulheres furtando produtos: enquanto uma conversava com o segurança do local, as demais tomavam diversos itens. 

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Todo o material era encaminhado para uma caminhonete S10 placa NWX- 0274, de São Luís - Maranhão, onde estava Paulo Ricardo Furtado Lima, 37 anos, apontado como líder do grupo. 

O funcionário então alertou os seguranças, que conseguiram render os cinco integrantes da quadrilha e chamar a Polícia Militar.

A QUADRILHA ERA COMPOSTA POR: Cláudia da Silva Marques, 35, Samara Soares de Oliveira, 25, Natania da Silva Ribeiro, 19, e Célia Jesus Pinto, 38, foram encaminhadas para o Complexo Policial Investigador Bandeira, juntamente com Paulo Ricardo, todos os presos tem residência em São Luís - MA. 

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Lá, a polícia constatou que os integrantes da quadrilha são do Maranhão e decidiu enviar os documentos de identificação de todos eles para a perícia, acreditando se tratar de RGs falsificados. Todos foram autuados em flagrante por furto pela delegada Tatiane Brito Teixeira Leal, responsável pela investigação do caso.

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Maranhão - Três mortes em acidente com ônibus de turismo que seguia Imperatriz á Goiânia.

Três pessoas morreram no acidente com ônibus da Empresa Rosimar Turismo que seguia de Imperatriz para Goiânia, o ônibus que saiu de Imperatriz por volta de meio dia se envolveu no acidente quando tentava fazer uma ultrapassagem e teria perdido o controle e capotado numa ribanceira na altura do KM 158 da BR 010 entre Campestres e Porto Franco dois km antes do Posto da PRF de Porto Franco, no ônibus estavam 48 passageiros que seguiam para Goiania. 

FOTO NARDELE OLIVEIRA
O Corpo de Bombeiros se deslocou ate Porto Franco para retirarem pessoas que ficaram presas nas ferragens, as três pessoas que morreram no acidente foram Cleanderson Araújo Silva, 20 anos, Selma Paulo de Oliveira, sobrinha da proprietária da Empresa Rosimar Turismo, a terceira vitima fatal não teria sido identificada ainda, os corpos encontram no IML de Imperatriz.

Espanha - Acidente ferroviário deixou 80 pessoas mortas e 94 ficaram feridas. Condutor do trem que descarrilou está sob custódia policial.


Renata Giraldi* - Repórter da Agência Brasil.
Brasília – O condutor do trem que descarrilou no ultimo dia (24) em Santiago de Compostela, no Noroeste da Espanha, estava a mais de 190 quilômetros por hora (km/h) em uma área cuja velocidade máxima é 80 km/h. A constatação ocorreu após a transcrição das conversas nas caixas-pretas, entre funcionários da composição e a sala de comando.

O maquinista permanece internado no Hospital Clínico sob custódia policial. As autoridades aguardam a melhora do seu estado de saúde para tomar o depoimento dele. Por ordem judicial, os policiais devem tomar o depoimento do condutor na condição de suspeito.

Pelo último balanço oficial, 80 pessoas morreram e 94 ficaram feridas no descarrilamento, considerado o pior acidente ferroviário da história recente da Espanha. O acidente ocorreu às vésperas do principal feriado do país – o de Santiago de Compostela.

O vice-presidente (espécie de vice-prefeito) de Xunta, Alfonso Rueda, disse que 73 pessoas morreram no local do acidente. Sete foram levadas com vida para o hospital, mas não resistiram aos ferimentos. 

Os trabalhos de resgate ainda continuam quase 24 horas depois do descarrilamento. Nos hospitais, há 94 pessoas internadas, das quais 35 em estado crítico, inclusive quatro crianças.

A bordo do trem havia 218 passageiros, que faziam o trajeto entre Madri e Ferrol. O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, foi ao local do acidente e decretou luto oficial de três dias no país. 

Santiago de Compostela é um dos locais turísticos mais visitados da Espanha devido à peregrinação religiosa, pois um dos apóstolos de Cristo – Santiago Maior (em português  Tiago, filho de Zebedeu) está enterrado no local.

*Com informações da emissora estatal de televisão da Espanha, RTVE, e da agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latina // Edição: Juliana Andrade

Link desta matéria: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-25/condutor-do-trem-que-descarrilou-na-espanha-esta-sob-custodia-policial

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Mulher de 72 anos teve os olhos arrancados. Ela foi encontrada em cárcere privado em Ilhéus, e pode ter sido usada em ritual de magia negra.


Foto -  http://www.correio24horas.com.br
A Polícia está investigando os crimes cometidos contra uma idosa encontrada desnutrida e com sinais de confusão mental em Ilhéus, no sul do Estado da Bahia.

Ela era mantida em cárcere privado e não podia tomar banho. A polícia investiga se ela era usada em rituais de magia negra. 

A idosa foi levada ao Centro de Referência e Assistência Social da cidade por uma dona de casa. Maria José de Jesus era mantida sem as mínimas condições de higiene e para comer só recebia pão. Ela ficava o dia inteiro sem sair de casa, no distrito de Banco do Pedro, zona rural da cidade. 

"Ela fazia as necessidades fisiológicas em cima da cama, não tinha atendimento médico, aparentemente os olhos dela foram arrancados, alguns dedos dos pés foram também amputados. Ela se mostrou bastante agressiva com a equipe porque a princípio ela imaginava que a equipe ia arrancar os dedos das mãos dela", contou à TV Bahia a coordenadora do Centro de Referência, Margareth Santana. 

As lesões gravíssimas reforçam a suspeita ela estivesse sendo vítima de ritual de magia negra, mas a polícia ainda investiga se foram causadas por terceiros ou produto de alguma doença. 

A dona de casa Márcia Santos, que levou a polícia ao local onde a idosa vivia, diz que ela está muito desorientada. "Tudo que você quer fazer o bem, ela não aceita, ela acha que todo mundo vai fazer o mal", conta. A idosa está desde ontem a noite no Hospital Geral de Ilhéus. 

O casal que mantinha a idosa foi ouvido e liberado. Eles negaram as acusações e contam que acolheram a idosa depois de encontrá-la sozinha e embrigada na rua. 

Eles podem ser indiciados por maus tratos ou lesão corporal. "Instauramos um inquérito policial para apurar responsabilidades e vamos a partir de hoje ouvir testemunhas para que a gente possa identificar exatamente quando ocorreu e quem praticou esse crime bárbaro", diz a delegada Andrea Oliveira. Uma filha da idosa está vindo de São Paulo acompanhar a mãe.                                      http://www.correio24horas.com.br

Rio de Janeiro - Policial Militar mentiu ao dizer que rapaz foi preso portando coquetéis molotov.

Ao contrário do que a Polícia Militar divulgou, o estudante Bruno Ferreira Teles não portava uma mochila com coquitéis molotov quando foi preso na segunda-feira, durante protesto no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio. 

A informação foi divulgada pelo Jornal Nacional, que teve acesso com exclusividade ao depoimento do policial que efetuou a prisão de Bruno.

Policiais arrastam o corpo do manifestante Bruno Teles Foto: Fabiano Rocha / Extra

Segundo o PM, nenhum artefato explosivo foi encontrado com o rapaz. Tanto a Polícia Militar como a Polícia Civil haviam divulgado justamente o contrário. O Ministério Público está analisando o caso e deve se pronunciar a respeito até a próxima segunda-feira, dia 29. As polícias também não chegaram a um consenso quanto à quantidade de coquetéis molotv apreendidos. 

Segundo a PM foram 20 os artefatos encontrados numa mochila, a cerca de 700m do local onde Bruno foi preso. Já a Polícia Civil divulgou em nota que o número era de 11 coquetéis molotov. 

Bruno passou a noite preso e, no dia seguinte, foi levado para Bangu II. No mesmo dia, o presidente da comissão criada pelo governo do Rio para investigar o vandalismo em manifestações disse que o MP ia denunciar o manifestante por tentativa de homicídio. 

Mas na manhã de terça os advogados do manifestante conseguiram um habeas corpus, concedido pelo desembargador Paulo de Oliveira Lanzelloti Baldez, que argumentou que nenhum artefato explosivo havia sido apreendido com Bruno, e que a prisão em flagrante não tinha fundamento "idôneo e concreto".

Link desta matéria: http://jornalsportnews.blogspot.com.br/2013/07/pm-mentiu-ao-dizer-que-rapaz-foi-preso.html

Programa Mais Médicos vai ajudar a coordenar e qualificar os níveis de atendimento da Atenção Básica à Saúde.



O Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, falou no programa Brasil em Pauta desta quarta-feira (24) que o programa Mais Médicos vai ajudar a coordenar e a qualificar os níveis de atendimento da Atenção Básica à Saúde.  



Ele destacou a importância do programa, que atenderá aos municípios que possuem postos de saúde e unidades de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde disponíveis, mas que enfrentam déficit de profissionais médicos. Os principais beneficiados, de acordo com o secretário, serão os municípios do interior e periferias das grandes cidades.

“Não podemos prescindir da necessidade nessas regiões onde já existe capacidade instalada, onde tem população para ser atendida (…) Nesse sentido vem o programa Mais Médicos. 

É um programa que é voltado para a especialização em atenção básica, para o provimento de regiões carentes, de difícil acesso, na periferia das grandes cidades e no interior do Brasil”, afirmou Mozart Sales.

Ao comparar a quantidade de médicos no Brasil com a dos países vizinhos, o secretário demonstrou que também são necessárias estratégias de médio e longo prazo para melhorar a saúde básica no país:

“Nós temos aqui hoje no Brasil 1,8 médicos por mil habitantes, quando nós temos aqui a Argentina e o Uruguai, vizinhos, com 3,2 e 3,7, sem falar de países da Europa, como a Espanha, Portugal, França que têm números muito mais expressivos que o Brasil. 

Temos estratégia a médio e longo prazo que é a abertura de novas vagas de graduação em medicina. O Brasil tem hoje 17 mil vagas por ano, precisamos ampliar as vagas de graduação, são 700 mil brasileiros que fazem vestibular para medicina todos os anos, esse é um número que não tem similar no mundo inteiro.”

Inscrição no programa Mais Médicos - O prazo para inscrição no programa termina nesta quinta-feira (25). A equipe técnica do Ministério da Saúde fez um giro por diversos estados do país para mobilizar os municípios prioritários a participarem do programa. 

A respeito da inscrição pelos profissionais médicos, o secretário reafirmou que a prioridade são os brasileiros e posteriormente os brasileiros formados no exterior. Segundo ele, se houver vagas remanescentes, serão ocupadas por estrangeiros.

“Nós queremos que os brasileiros selecionados no programa iniciem suas atividades no começo de setembro. E os possíveis estrangeiros das vagas que sobrarão após a escolha inicial dos brasileiros, iniciarão por volta do dias 15, 16 de setembro. Essa é a nossa meta”, afirmou Mozart Sales.

(Blog do Planalto)

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