sábado, 21 de dezembro de 2013

O Brasil e as fontes da Dívida Pública, por Adriano Benayon.

sab, 21/12/2013 - 15:59- Sugestão de Assis Ribeiro.

art.  26 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da CF de 1988: efetuar a auditoria da dívida pública.

do Correio da Cidadania


Por ADRIANO BENAYON

1. Este artigo desenvolve pontos que abordei no Seminário Internacional O Sistema da Dívida na Conjuntura Nacional Internacional, realizado em Brasília, de 11 a 13.11.2013.

2. Esse evento focou questões fundamentais, como as absurdas taxas de juros que a União impõe a estados e municípios como credora deles, exações semelhantes às que ela  paga ao sistema financeiro, liderado pela oligarquia financeira anglo-americana.

3. Também revelou provas existentes no Brasil e em auditorias levadas a efeito no Equador, na Argentina e na Islândia, reveladoras de que o grosso das dívidas originais não está documentado, e de que elas se multiplicaram através da  capitalização de juros, taxas e comissões injustificados.

4. Não obstante, até hoje, o Congresso Nacional não cumpriu a determinação do  art.  26 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da CF de 1988: efetuar a auditoria da dívida pública.

5.  Apresentei no telão documentos do Arquivo da Constituinte que comprovam ter sido introduzido, por meio de fraude, no art. 166, § 3º, inciso II, da Constituição de 1988, o dispositivo que privilegia as despesas de juros e amortizações da dívida no Orçamento da União.

6. Dito dispositivo não foi jamais discutido nos trabalhos da Constituinte, mas entrou, de contrabando, depois de o texto constitucional ter sido aprovado, sem ele, pelo Plenário, no 1º  Turno. Isso permitiu que as despesas com o serviço da dívida somassem – de 1988 ao presente — a colossal quantia de R$ 10 trilhões em preços atualizados.

7. Essa causa da ruína da União, estados e municípios resulta, por sua vez, de duas  outras fontes de sugação dos recursos do país: 

1) a entrega do mercado brasileiro às transnacionais; 

2) a dependência financeira e tecnológica nos  investimentos na infraestrutura e nas indústrias básicas.

8. Essas duas fontes primordiais começaram a implantar-se com o golpe de Estado de agosto de 1954, regido pelos serviços secretos anglo-americanos. Elas causam os déficits nas transações correntes com o exterior e acarretam a desindustrialização e o empobrecimento do país, juntamente com o serviço da dívida pública delas derivado.

9.  A entrega do  mercado às transnacionais  causou danos irreversíveis ao país, e o teria feito mesmo que tivesse havido contrapartidas. Mas foi ainda pior: o governo, além do mercado, outorgou-lhes subsídios e vantagens de tal monta que os prejuízos foram ainda mais profundos e avassaladores.

10. As benesses ao capital estrangeiro deram-se a partir da Instrução 113 da SUMOC (janeiro de 1955), que autorizou a CACEX (Carteira de Comércio Exterior) a emitir licenças de importação para equipamentos usados,  sem cobertura cambial, permitindo, também,  que o valor a eles atribuído pelas transnacionais fosse registrado como investimento estrangeiro em moeda.

11. Isso implicou suprimir a promissora indústria brasileira, que progredira desde o início do século XX, porquanto deu às empresas estrangeiras vantagem competitiva insuperável, proporcionando-lhes produzir no Brasil com custo zero de capital e de tecnologia.

12. De fato, as transnacionais puderam trazer máquinas e  equipamentos usados, amortizados com as vendas nos países de origem e em outros mercados de grandes dimensões, enquanto as indústrias nacionais teriam de pagar pela importação de bens de capital e por tecnologia, ou investir por longos anos  para produzir seus próprios bens de capital.

13.  Além de doar o mercado brasileiro às transnacionais, através da licença para trazer seus bens de capital usados, de valor real zero, e contabilizá-lo por centenas de milhões dólares —  base para transferir capital e lucros para o exterior –, o governo militar-udenista (1954-55)  agraciou as transnacionais com a diferença entre a taxa de câmbio livre e a taxa preferencial.

14. A livre era mais que o dobro da preferencial. 1)  as transnacionais declaravam o valor que quisessem, em moeda estrangeira, dos bens de capital importados; 2) convertiam-no à taxa livre; 3) ao transferir capital, “despesas” e lucros para o exterior, a conversão era à taxa preferencial.

15.  Esse triplo favorecimento e mais os ganhos comerciais das transnacionais com suas importações, mediante sobrepreços – também altíssimos após o início da produção local –,  permitiu às transnacionais transferir fabulosos ganhos para suas matrizes no exterior.

16. Absurdamente, o Brasil entregou o que não deveria entregar por preço algum e, além disso, em vez de cobrar, pagou para entregar.

17.  JK foi entreguista tão radical, que não só manteve os indecentes favorecimentos ao capital estrangeiro, mas reforçou-os a ponto de ser aberta linha de crédito oficial para financiar as montadoras estrangeiras. Esse benefício foi negado à empresa brasileira Romi, de Santa Bárbara do Oeste (SP), que produziu 3.000 unidades da Romisetta, automóvel de um só banco, de 1956 a 1959.

18. Além disso, JK criou grupos executivos setoriais, como o GEIA, da indústria automobilística, para facilitar os procedimentos de entrada em funcionamento das montadoras estrangeiras, e baixou a lei 3.244, de 14.08.1957, e o Decreto 42.820, de 16.12.1957, proporcionando mais vantagens cambiais aos “investidores” estrangeiros.

19. Não admira que, ao final do quinquênio de JK, o Brasil sofresse  sua primeira crise de contas externas desde o início dos anos 30. Vargas havia, em 1943, reduzido a dívida externa do país a quase nada.

20. As transferências das transnacionais são o principal fator dos elevados déficits nas transações correntes com o exterior (US$ 80 bilhões nos últimos doze meses), que colocam o Brasil no limiar de mais uma crise.

21. Sobre os escandalosos sobrepreços, escreveu o senador Vasconcelos Torres (1920/1982), p. 94 do  livro Automóveis de Ouro para um Povo Descalço (1977): “No exercício de 1962 foi registrado, no balanço  consolidado das onze empresas produtoras de veículos automóveis e caminhões, lucro de 65% em relação ao capital social, constituído  por máquinas usadas, e aumentado posteriormente, com incorporações de reservas e reavaliação dos ativos”.

22. Na. p. 95 desse livro, há tabela referente aos balanços de 1963, comparativa de preços de venda da fábrica à distribuidora com os preços de venda do distribuidor ao público, para quatro montadoras, entre elas a Volkswagen:  “o preço nas distribuidoras era mais de três vezes o preço na fábrica”, e os donos desta eram os mesmos daquelas ou tinham participação naquelas.

23. Desde o final dos anos 60, as transnacionais foram cumuladas por Delfim Neto com colossais subsídios à exportação, como isenções de IPI e ICM, nas importações de seus bens de capital e insumos, e créditos fiscais.  Daí ao final dos anos 70, a dívida externa do país teve o crescimento mais rápido de toda sua história.

24. No livro “Globalização versus Desenvolvimento”, elenco quinze mecanismos através dos quais as transnacionais transferem recursos para suas matrizes, desde  superfaturamento de importações e subfaturamento de exportações aos pagamentos à matriz por “serviços” superfaturados e fictícios, afora a remessa oficial de lucros.

25. A  entrega do mercado às transnacionais é a principal, mas não a única fonte das transferências de recursos, causa dos déficits de conta corrente com o exterior e, por conseguinte, da dívida externa, a qual deu origem à hoje enorme dívida interna.

26.  Esses déficits e dívidas derivam também da realização, sob dependência tecnológica, dos investimentos públicos na infraestrutura e indústrias básicas, como a siderurgia, em pacotes fechados, caixas pretas, usinas clés-en-main ou turnkey.

27. Em lugar de proporcionar espaço a pequenas e médias empresas de capital nacional, com capacidade de evolução tecnológica (engenharia e bens de capital), os governos pós-1954 privilegiaram grandes projetos, reservando assim o mercado para carteis transnacionais.

28. Ademais, esses governos subordinaram sua política financeira aos bancos privados –  pois  o Tesouro não emite a moeda nem comanda o crédito através de bancos públicos. Assim, o subdesenvolvimento tecnológico  foi agravado devido à carência financeira decorrente da própria política, que levou a buscar financiamento externo, liderado pelos bancos internacionais multilaterais (Banco Mundial e BID).

29.  Confiada a essas instituições –  dominadas pelas potências imperiais — a direção das concorrências para as obras públicas, foram favorecidos os carteis transnacionais produtores dos equipamentos e demais bens de capital. Além disso, participavam do financiamento os bancos oficiais de exportação daquelas potências, bem como seus bancos comerciais privados.

30. Assim, ao contrário dos países que progrediram, a política econômica do Brasil não deu chances às empresas nacionais de desenvolverem tecnologia e de ganhar dimensão.

31. Nos países onde houve desenvolvimento real, as compras governamentais foram fundamentais para o surgimento de empresas  de capital nacional dotadas de tecnologias competitivas.

32. Isso ocorreu no Brasil graças à Petrobras, mas está decaindo com a quebra do monopólio estatal do petróleo. Houve também nas telecomunicações e no setor elétrico, mas acabou com as privatizações. Funcionou também em indústrias ligadas à área militar, a qual foi, depois, enfraquecida por cortes no investimento público e pela desnacionalização.

33. O financiamento dos bancos públicos fortaleceu o capital nacional naqueles países, inclusive os de desenvolvimento recente, como Coreia do Sul, Taiwan e China. Enquanto isso, no Brasil, o BNDES e os demais bancos estatais, há muito, deixaram de priorizar as empresas nacionais e oferecem empréstimos favorecidos a empresas transnacionais.

34.  As instituições brasileiras desmoronaram a partir da crise da dívida de 1982, e esta decorreu: 1) da entrega do mercado  às transnacionais, que se assenhorearam da produção industrial no país, inclusive bens de capital; 2) de os investimentos públicos terem utilizado equipamento importado e/ou produzido localmente por empresas estrangeiras em grau muito maior que o desejável, devido à incapacidade de oferta adequada por empresas de capital nacional.

35. A dependência tecnológica foi agravada em função da entrega do mercado às transnacionais. Além disso: a) as empresas nacionais foram asfixiadas pelas políticas restritivas aos investimentos públicos e ao crédito —  tornado proibitivo sob o governo de 1964 a 1966; b) o governo recorreu, em grau crescente, aos empréstimos e financiamentos estrangeiros, em face do crescimento da própria dívida. Esse recurso era, de início, desnecessário, pois o Estado poderia emitir moeda e crédito.

36. Apesar de os choques do petróleo terem contribuído para a explosão da dívida externa nos anos 70 – pois o Brasil era importador líquido –, isso não foi fator decisivo. Não o foi tampouco a brutal elevação dos juros nos EUA em agosto de 1979, quando, de resto, a situação das contas externas brasileiras já se mostrava insustentável.

37. Outros países com ainda maior coeficiente de importação de petróleo — como Alemanha, Itália, França, Japão, Coreia —  não caíram, em 1982, na mesma situação de Brasil, Argentina e México, caracterizados pelo modelo dependente e pela ocupação de setores estratégicos de suas economias pelos investimentos estrangeiros diretos.

38. Desde 1982, o governo pôs-se de joelhos diante dos bancos comerciais e dos governos das potências hegemônicas, a pretexto da crise da dívida externa, oficializando a submissão ao FMI e Banco Mundial e aos planos dos banqueiros (Baker e Brady — 1983-1987).

39. Assim, a desnacionalização e a primitivização tecnológica, consequências  das políticas adotadas desde o final de 1954, tornaram-se ainda mais intensas. A condição colonial ficou evidente na Constituição de 1988, não só através do dispositivo fraudulentamente inserido no art. 166 (Vide § 5 acima) para privilegiar as despesas com o serviço da dívida, mas também de outras normas, como o art. 164.

40. Esse determina que a competência da União para emitir moeda seja exercida exclusivamente pelo Banco Central (BACEN),  e o  proíbe de conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. Dispõe, ademais, que os saldos de caixa da União serão depositados no BACEN.

41. Ora, o Tesouro, que deveria ser o emissor da moeda e financiar parte dos investimentos públicos desse modo, não pode fazê-lo. Portanto, a Constituição força o Tesouro a endividar-se, emitindo títulos públicos. Com isso, assegura lucros absurdos aos bancos privados, os quais recebem recursos do BACEN, a baixo custo, e os aplicam em títulos do Tesouro, que pagam juros elevadíssimos.

42.  Esses juros são fixados pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), controlado pelo BACEN, um feudo dos bancos privados.  Essa é mais uma fonte de enriquecimento sem causa, como a decorrente do privilégio de criar dinheiro do nada, fazendo empréstimos em múltiplo dos depósitos.

43. Banco é uma concessão que o Estado só deveria dar à mãe dele, a sociedade: é uma concessão que só tem sentido se for estatal e exercer suas funções em prol da sociedade. No Brasil esta não poderia estar sendo mais traída, pois aqui são praticadas taxas de juros altíssimas sem qualquer razão, afora a mistificação.

44. Chegou-se a taxas básicas para títulos públicos acima de 40%, inclusive após o Plano Real, falsamente apresentado como saneador da inflação. E, de resto, para reduzir a inflação, faz mais sentido baixar que elevar as taxas de juros.

45. A taxa de 2% aa. capitalizada mensalmente por 30 anos não faz dobrar um saldo devedor. A de 15% faz que o saldo seja multiplicado por 66,3.

46. O Brasil já estava subjugado em 1988 e depois o opróbrio intensificou-se a cada eleição. Veio a liquidação de estatais estratégicas; a lei da desestatização; os planos “anti-inflacionários”, repressores da economia produtiva; dezenas de emendas constitucionais contrárias ao país, como a que acabou com qualquer possibilidade de distinção entre empresa de capital nacional e empresa de capital estrangeiro.

47. Mais: as infinitamente danosas privatizações; abertura das importações, sem contrapartida; isenção de impostos e contribuições à exportação de produtos primários; adoção do estatuto da OMC e da lei de propriedade industrial, que afunda o país no apartheid tecnológico;  lei 9.478/1997: entrega do petróleo às transnacionais; lei de “responsabilidade” fiscal: prioridade absoluta aos gastos com a dívida pública;  demissão do Estado com a criação das agências e as concessões; parcerias público-privadas: o Estado dá dinheiro, financia e garante lucro sem risco aos concentradores privados;  intensificação dos subsídios e privilégios aos “investimentos” diretos estrangeiros.

48. Em resumo, aumenta-se a dose das políticas de desnacionalização da economia, causadoras originárias da dívida pública. A desnacionalização gera mais dívida, e esta aprofunda o rombo.

49. Fixam-se taxas de juros altíssimas sobre o montante enorme dessa dívida. Desse modo, mesmo sugando  os contribuintes, com tributos, o Estado não consegue receitas suficientes para pagar a conta dos juros.

50. Isso demonstra que essas taxas não têm outro sentido senão acarretar o crescimento sustentado da dívida, por meio da capitalização de juros.  Desnecessário reiterar o quanto tais políticas são destrutivas.

51. Além de escorchada pela carga tributária, a  sociedade o é adicionalmente pelos preços dos produtos fornecidos por oligopólios e carteis transnacionais.

52. Ela sofre, pois, de múltiplos ataques que corroem a renda disponível dos cidadãos: 
1) os preços abusivos dos produtos que se usa ou consome; 
2) impostos e contribuições fiscais acima da capacidade contributiva; 
3) crescente insuficiência dos investimentos públicos, decorrente de quase metade das despesas serem torradas com o improdutivo serviço da dívida; 
4) bem como de desonerações fiscais e subsídios em favor do sistema financeiro e dos concentradores em geral.

53. Desgastam ainda mais a renda social e a  qualidade de vida das pessoas: 
1) a lastimável condição das infraestruturas, especialmente a de transportes e a de energia; 2) a baixa e decadente qualidade da educação e da saúde, inclusive saneamento e prevenção; 
3) a carência de empregos, inclusive dos de produtividade elevada e bem remunerados.


Adriano Benayon é doutor em Economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

Morte de Reginaldo Rossi: Prefeito e Governador decretam luto oficial.

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O garçom se despede de R. Rossi, homenagem de Latuffi. http://www.brasil247.com.

20/12/2013 - Marcelo Brandão -Repórter da Agência Brasil.
Brasília O corpo do cantor Reginaldo Rossi será velado no início da noite desta sexta-feira (20), na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Rossi, de 69 anos, estava em tratamento de câncer de pulmão desde 27 de novembro e morreu na manhã de hoje, no Hospital Memorial São José, no Recife. 

Geraldo Júlio, prefeito do Recife, cidade natal de Rossi, e Eduardo Campos,  governador do estado, decretaram luto oficial de três dias. O enterro será amanhã (21), às 20h, no Cemitério Morada da Paz.


Com cabeleira farta e camisa aberta ao peito, Reginaldo Rossi ganhou o título de “Rei do Brega”e construiu uma carreira de sucesso durante décadas. O primeiro disco, O Pão, foi lançado em 1966. 

A partir daí, Rossi gravou uma série de sucessos e deixou sua marca na música brasileira. Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme e A Raposa e as Uvas” estão entre os maiores sucessos, mas a marca registrada é a canção Garçom, considerada um dos hinos do estilo brega.


Rossi apostava em canções que falavam da dor de ser traído, desprezado por alguém que amava. Foram 31 álbuns ao longo da carreira, entre músicas inéditas, gravações de shows e coletâneas. 

No final dos anos 90 do século passado, lançou um álbum ao vivo, que o colocou definitivamente nas rádios e emissoras de televisão de todo o país, conferindo-lhe projeção nacional.
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Reginaldo Rossi, Foto Brasil 247.

Reginaldo Rossi conquistou:
- 14 discos de ouro, 
- dois de platina, 
- um de platina duplo e 
- um de diamante.


Edição: Nádia Franco.

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Brasil - Caças suecos representam um avanço na defesa nacional.

Caças suecos representam um salto na indústria de defesa. Enquanto franceses da Dassault e os norte-americanos da Boeing movimentavam-se no campo político e diplomático, os suecos montaram uma operação técnica invejável.

caças gripen brasil suécia
Os caças Gripen representam um salto na indústria de defesa (divulgação)
A decisão da presidente Dilma Rousseff de optar pelo sueco Gripen, da SAAB-Scania, na licitação FX para os novos caças da FAB, pode ter surpreendido a muitos.

Mas trata-se do passo mais relevante dos últimos anos, no sentido de consolidação de uma política industrial de defesa – área que avançou com o Inova Defesa, de financiamento de pesquisas para empresas do setor.

Pelo menos desde 2011, alguns comentaristas do meu Blog (www.luisnassif.com.br) traziam informações relevantes sobre a proposta sueca.

Enquanto os franceses da Dassault e os norte-americanos da Boeing movimentavam-se no campo político e diplomático, os suecos montaram uma operação técnica invejável.

Desde o início, a Aeronáutica pendia para o Gripen. Em parte por suas características tecnológicas – com menor alcance e maior mobilidade -, muito mais pela possibilidade das parcerias tecnológicas.

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Pela proposta, 80% da estrutura das aeronaves poderão ser fabricadas no país. Partes relevantes do processo, como ensaios, testes, homologação. Desenvolvimento, produção e comercialização terão participação de empresas nacionais. Acenava-se, inclusive, até com uma exportação inicial de 30 células Girpen NG para a própria Suécia.

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Os suecos dispõem-se também a incluir “o fornecimento e a integração de todos os armamentos pedidos pela FAB com os respectivos custos incluídos na oferta, as armas brasileiras assim como as que já contam no arsenal da força, integradas e requalificadas seu custos adicionais, com a participação da Embraer e da Mectron”.

Ao se aproximar da Embraer, aliás, os suecos tiraram um dos pontos centrais de vantagem da Dassault – que tem participação acionária na empresa.

Recentemente, a Embraer associou-se à Telebrás em uma nova empresa para trabalhar a área aeroespacial. E recentemente, o Ministério da Defesa classificou várias empresas fornecedoras na condição de empresas de segurança nacional, com vantagens fiscais.

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Pela proposta da Gripen, o programa de ensaio de voos será realizado pela Embraer e outras empresas nacionais, possibilitando ao país a participação direta no desenvolvimento, qualificação e homologação da aeronave.

Haverá participação nacional também na integração do radar das aeronaves, mantida a proposta de uma aviônica 100% nacional.

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No início, a divisão de trabalho será de 40% no Brasil e 60% na Suécia, com aumento gradativo a partir da segunda aeronave.

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Não se ficou nisso. Nesse período, além da Embraer e da Mectron, os suecos montaram o consórcio T1, liderado pela AKAER de São José dos Campos, para fabricação de partes do avião. O pacote negociado inclui desenhos e modelos 3D. Mais de 50 técnicos e engenheiros brasileiros foram enviados à Suécia para treinamento.

Ponto importante, os radares oferecidos são os Raven ES-05 fabricado pela holding europeia Selex-Galileo. E ficou garantia a transferência de tecnologia para a paulista Atmos Sistemas Ltda.

Enfim, estão na mesa todos os ingredientes para uma política industrial de defesa.

Luis Nassif, CGN

Contra Campos, Lula vai morar em Pernambuco.


Edição/247 Fotos: Folhapress:
Foto - Brasil 247.
Pernambuco deverá ter a primazia da atenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o pleito de 2014; de acordo com o Blog do Camarotti, Lula teria afirmado que deverá “viver” em Pernambuco nos próximos meses; “No próximo ano, vou morar em Pernambuco, e só vou sair depois que ganhar a eleição”, teria dito o petista; Pernambuco é considerado como o reduto eleitoral do governador Pernambucano Eduardo Campos (PSB), que deverá se candidatar à Presidência nas próximas eleições enfrentando a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.

Pernambuco 247 - Pernambuco deverá ter a primazia da atenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o pleito de 2014. De acordo com o Blog do Camarotti, em conversa com o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula teria afirmado que deve “viver” em Pernambuco no próximo ano. 

“No próximo ano, vou morar em Pernambuco e só vou sair depois que ganhar a eleição”, teria dito o petista, durante a viagem realizada pelos últimos presidentes do Brasil por ocasião do enterro do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela. Pernambuco é considerado como o reduto eleitoral do governador Pernambucano Eduardo Campos (PSB), que deverá se candidatar à Presidência nas próximas eleições.

Em conversa privada com membros do Partido dos Trabalhadores, Lula também teria afirmado que pretende contra-atacar a campanha de Campos no Estado onde o socialista é mais forte. “Se eu for para o enfrentamento pesado em Pernambuco, vou obrigar Eduardo a perder mais tempo do que ele pensava para fazer campanha no Estado”, teria declarado o ex-presidente. 

De acordo com Lula, a melhor maneira de minar a campanha nacional realizada por Campos é fortalecer ao máximo a presença do PT em Pernambuco e tentar dificultar a atuação do PSB no Estado.

Para Lula, a candidatura de Campos à presidência ainda é um mistério. “Pode não dar em muita coisa, mas pode ser também o principal adversário de Dilma [presidente Dilma Rousseff (PT), que deverá se candidatar à reeleição]”, afirmou o petista. Além da presença de Lula, que promete se tornar uma constante em Pernambuco, o PT também deverá investir em um palanque estadual forte – ou com uma candidatura própria, através do nome do deputado federal João Paulo (PT-PE) – ou com apoio à candidatura do senador Armando Monteiro (PTB). De qualquer maneira, as diretrizes do PT são claras: minar, ao máximo, a candidatura nacional de Campos.

Link desta matéria: 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Brasil - Governo Federal seleciona novos caças para a FAB.


18 de dezembro de 2013.

Um dia histórico para a Força Aérea Brasileira. 

Por meio do Programa F-X2, o Governo brasileiro confirmou a aquisição do avião militar supersônico GRIPEN-NG, caça de última geração que atenderá às necessidades operacionais da FAB para os próximos 30 anos e que faz parte do Programa de Articulação e Equipamento da Defesa, da Estratégia Nacional de Defesa, com vistas à defesa da Pátria.

Como caça multimissão de última geração, o Gripen NG incorpora o alcance operacional, a capacidade de carga útil e o recurso de guerra centrada em rede (NCW) para desempenhar todas as missões designadas pela Força Aérea Brasileira, tanto em operações militares nacionais como regionais. Foto - SAAB.
Durante todo o processo de seleção, cujos estudos preliminares remontam ao ano de 1992, o Comando da Aeronáutica (COMAER) sempre se pautou pela busca do melhor conhecimento dos aspectos técnicos, operacionais e logísticos atinentes às aeronaves participantes da escolha.

A nova aeronave multimissão foi projetada para controle do ar, defesa aérea, reconhecimento aéreo, ataques ar-solo e ar-mar. Dentre os requisitos apontados pela FAB, destaca-se a tecnologia de ponta, com avançado sistema de sensores e fusão de dados, características que proporcionam ao piloto um quadro completo e preciso do cenário de emprego.

Para se ter uma ideia do poder de combate desse novo caça, basta dizer que ele permitirá à FAB enfrentar ameaças em qualquer ponto do território nacional com carga plena de armas e combustível. A aquisição do GRIPEN-NG proporcionará ao País exponencial poder dissuasório, que resultará na garantia da soberania do Brasil.

A notícia se reveste de relevância porque o conjunto de conhecimentos e capacitação tecnológicos contemplados nessa aquisição contribuirá para que a indústria de defesa nacional se capacite para produzir caças de quinta geração em um projeto de médio e longo prazos.

Conheça o histórico dessa aquisição
A necessidade de reequipar a Força Aérea com uma aeronave de defesa e superioridade aérea compatível com a destinação e importância geopolítica do País configurou-se, definitivamente, no ano 2000, com a denominação Projeto F-X, fruto dos estudos iniciados em 1992, quando a FAB delineou os primeiros requisitos das aeronaves que deveriam substituir os F-103 MIRAGE III, operados, na Base Aérea de Anápolis, em Goiás, desde o início da década de 70.

Em agosto de 2001, o Comando da Aeronáutica iniciou a seleção das empresas ofertantes de equipamentos compatíveis com os requisitos então definidos. No final do mesmo ano foram selecionadas as seguintes aeronaves, apresentadas por ordem alfabética: GRIPEN, F-16, MIG-29, MIRAGE 2000 e SUKHOI 30.

No início do ano de 2003, o processo foi suspenso pelo Governo Federal, tendo sido retomado em 1º de outubro do mesmo ano. À época, os participantes reexaminaram suas propostas com a finalidade de apresentar as atualizações julgadas pertinentes.

Em 31 de dezembro de 2004, com o término dos prazos válidos das propostas, sem ter ocorrido a escolha de uma aeronave, o Governo decidiu preencher a lacuna decorrente da desativação dos F-103 MIRAGE III, que ocorreria em 2005, com a compra de 12 Mirage 2000-C usados, fabricados na década de 80 e oriundos da Força Aérea Francesa. Na FAB, recebeu a designação de F-2000. É operado desde 2006 pelo Primeiro Grupo de Defesa Aérea, na Base Aérea de Anápolis, tendo sua desativação prevista para 31 de dezembro deste ano de 2013.

Em 2007, o Estado-Maior da Aeronáutica reiniciou os estudos sobre as necessidades operacionais e características concernentes ao novo avião de caça multiemprego que deveria reequipar a FAB e, em 15 de maio de 2008, instituiu a Comissão Gerencial do Projeto F-X2, com o objetivo de conduzir os processos dessa aquisição, por meio de escolha direta, em consonância com os preceitos da Lei nº. 8.666, visando à seleção da proposta mais vantajosa para o País.

A aeronave escolhida precisaria oferecer condições para atender ao cronograma de desativação de aeronaves de combate da FAB, bem como dotar a Instituição de uma frota padronizada de aviões de caça de multiemprego, porquanto os Mirage 2000-C têm sua desativação prevista para 2013, os F-5EM deixarão de operar a partir de 2025, enquanto que o A-1M deverá ser desativado a partir de 2023.

Assim, inicialmente, seis empresas com seus respectivos produtos foram pré-selecionadas: as norte-americanas BOEING (F-18 E/F SUPERHORNET) e LOCKHEED MARTIN (F-16), a francesa DASSAULT (RAFALE), a russa ROSOBORONEXPORT (SUKHOI SU-35), a sueca SAAB (GRIPEN NG) e o consórcio europeu EUROFIGHTER (TYPHOON).

No final de 2008, considerando os aspectos referentes às áreas operacional, logística, técnica, de compensação comercial (offset) e transferência de tecnologia para a indústria nacional, foram selecionadas três aeronaves para compor uma “short-list” ou lista reduzida para prosseguir no certame, aqui apresentando-se em ordem alfabética: BOEING (F-18 E/F SUPERHORNET), DASSAULT (RAFALE) e SAAB (GRIPEN NG).

Em 2 de outubro de 2009 os três ofertantes encaminharam suas melhores propostas. Em 5 de janeiro de 2010, o Comando da Aeronáutica remeteu ao Ministério da Defesa o Relatório Final do Projeto F-X2, instrumento de assessoria à decisão do Governo Federal.

As análises prosseguiram e, hoje, 18 de dezembro de 2013, a Presidenta da República anunciou a decisão de adquirir as aeronaves GRIPEN-NG, da empresa SAAB-AB, representando investimentos da ordem de US$ 4,5 bilhões, em um cronograma que se estenderá até 2023.

A oferta vencedora engloba o fornecimento de 36 (trinta e seis) aeronaves, logística inicial, treinamento, simuladores de voo e projetos de transferência de tecnologia e cooperação industrial.

A próxima fase do processo consiste nas negociações para a materialização dos contratos de fornecimento de bens, de serviços e os acordos de compensação.

Brasília, 18 de dezembro de 2013.
 
Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A mulher que nem Mandela eclipsou.

A mulher que nem Mandela eclipsou
LAURA GREENHALGH.

Comentaristas sublinharam o silêncio no estádio Soccer City, dias atrás, em Johannesburgo, quando Winnie Mandela, de 77 anos, curvou-se diante de Graça Machel, de 68, para lhe dar condolências pela morte de Nelson Mandela, aos 95. 

O encontro das viúvas titânicas do mesmo homem, o herói sem fronteiras, foi selado por dois beijos na boca, costume africano, e por iniciativa daquela que se curvou.

"Mas estas mulheres não se falam", exclamou uma radialista incrédula, ao vivo. Seria mais uma cena inusitada numa cerimônia com direito a aperto de mão entre Barack Obama e Raúl Castro, autorretrato de governantes pelo celular da primeira-ministra da Dinamarca e um atrapalhado tradutor para surdos-mudos, que jura ter visto anjos no palco.

No entanto, o beijo de Winnie na rival não se explica por ousadia ou deslize de protocolo. Tem-se ali o reconhecimento público de uma grande líder africana: a "mama" Graça, como é chamada não só em Moçambique, onde nasceu, e na África do Sul, onde vive, mas nos países onde sua voz ecoa - Etiópia, Sudão, Índia, entre outros.

Graça Machel casou-se com Mandela em 1998, dois anos depois do turbulento divórcio do líder negro. Uma separação marcada por casos de corrupção, autoritarismo desmedido e infidelidade vindos da parte de Winnie. Já em 2010, quando veio a São Paulo receber o título de doutor honoris causa conferido pela USP a Mandela, Graça anunciaria numa entrevista ao Estado a decisão de fechar sua agenda para compromissos externos, terminar com a ponte aérea semanal entre Maputo e Johannesburgo (fica na capital de Moçambique a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, que ela criou e preside), só para se dedicar a Madiba. "Meu marido está com 92 anos. Tem todo o conforto de que necessita. Nada lhe falta. Mas ele me quer a seu lado", disse.

Discreta quanto à vida privada, não se negou a explicar como e quando o romance começou. Viúva do presidente moçambicano Samora Machel, morto em 1986 num suspeito acidente de avião em espaço aéreo sul-africano, Graça Machel procurou o presidente Mandela para cobrar dele empenho nas investigações. "Era o décimo aniversário da morte de Samora e não se avançava na investigação sobre o envolvimento de elementos ligados ao apartheid. Madiba ouviu, acolheu minha revolta e assim tudo começou", contou. Teria sido amor à primeira vista? "Creio que estávamos, ambos, muito sozinhos naquele momento". A partir daí, o que se viu foi um Mandela feliz, exaltando "a maravilha de estar apaixonado".

Mas a personalidade solar do líder não eclipsou Graça Simbine Machel. Nem a transformou em peça de cerimonial. "Conheci Graça por intermédio de Ruth Cardoso. Eram amigas, Graça queria Ruth como irmã. Em comum, tinham a capacidade de se reinventar, ao mesmo tempo em que reinventavam o papel de primeira-dama", analisa a cientista política Lourdes Sola. E assim foi: mulher de dois presidentes, primeira-dama em dois países, comprometida com o fim do colonialismo, Graça desembarcou na África do Sul dos anos 90 já a bordo de uma sólida biografia pessoal. Nascida em família pobre e numerosa, estudou com apoio de organizações religiosas até doutorar-se em filologia da língua alemã pela Universidade de Lisboa. Fez-se poliglota.

Voltaria à pátria para atuar na Frente de Libertação de Moçambique, a Frelimo, incluindo a fase das armas. Independência conquistada, foi por 14 anos a primeira ministra da Educação de um país livre, mas com índice de analfabetismo de 93%.

O pan-africanismo é marca de seu pensamento e ação. "Depois de décadas lidando com a ruptura do colonialismo, só agora as nações africanas começam a definir seu destino", avalia. Graça saltou do front político para o ativismo social, no campo dos direitos humanos, tendo a sabedoria de atualizar as suas causas. Por exemplo, em Darfur, jogou o peso de sua influência ao denunciar a violência de gênero, em particular o estupro de mulheres e meninas. Em países como Etiópia e Índia, enfrentou tradições culturais arraigadas ao condenar o casamento imposto a crianças, como prática natural e socialmente aceita. "Tira-se a menina da escola, isolam-na grávida em casa, não lhe dão serviços médicos adequados. É devastador".

Outro momento de alta performance de Graça acontece nos anos 90, quando a ONU a convoca para conduzir um amplo levantamento sobre a situação da infância em zonas de conflito. Liderou um batalhão de especialistas ao compor o célebre Relatório Machel, numa época em que havia perto de 30 conflitos armados em curso. Denunciou a morte de 2 milhões de crianças no espaço de uma década. O triplo em termos de portadores de sequelas. Tratou do problema em todos os seus vieses: crianças como alvo preferencial em combates, recrutadas como soldados, aliciadas para a prostituição, amputadas em minas terrestres, órfãs, sem lar nem escola. "É impressionante. Já pude vê-la em fóruns com personalidades incríveis. Assim que Graça começa a falar, vê-se que está num nível superior de inteligência, carisma e clareza", declarou recentemente John Carlin, biógrafo de Mandela.

"Não é a origem social que determina o que és, nem o que virás a ser", costuma repetir a ex-ministra da Educação que sonhava transformar um país numa grande escola. Semanas antes de o marido morrer, extenuada com o lento definhar e com o clima de disputa entre os Mandelas, meteu-se numa videoconferência de Johannesburgo, para dar um puxão de orelhas no presidente de seu país. Cobrou medidas para conter a onda de sequestros de crianças, algo que atemoriza a sociedade moçambicana. "Ela se manteve à frente de tudo nesse período difícil", comentou o advogado George Bizos, companheiro de Mandela na luta contra o apartheid. Assessores de Graça acreditam que, daqui para frente, ela vai se voltar ainda mais para o social. A política não a seduz. O ativismo, sim.

Josina, uma das filhas com Samora Machel, faz outra previsão: Graça deve se recolher, para elaborar a perda do homem que lhe deu toda a beleza de um amor crepuscular: "Hoje o que ela sente é dor".


Fonte: Estadão

Link original desta Matéria:  http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/22411-a-mulher-que-nem-mandela-eclipsou#.Uq5EDtWO9nc.facebook

Continue lendo aqui: O Fracasso socialista de Mandela - http://maranauta.blogspot.com.br/2013/12/slavoj-zizek-o-fracasso-socialista-de.html

Assentados maranhenses assinam contratos para construção de habitações pelo Minha Casa Minha Vida.


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Trabalhadores rurais assentados nos municípios de Bom Jesus das Selvas e Buriticupu assinaram esta semana os contratos para construção de habitações por meio do Programa Minha Casa Minha Vida Rural (MCMVR). Ao todo foram assinados 222 contratos com o Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF).

A solenidade de assinatura dos contratos com Banco do Brasil foi realizada no último dia 10 de dezembro, na sede do assentamento (PA) Faísa, em Buriticupu.

Na ocasião foram assinados 82 contratos, com valor individual de R$ 28,5 mil e valor total de R$ 2,337 milhões.

Participaram da solenidade o superintendente regional do BB de Imperatriz, Glauco Miranda; o gerente do BB de Buriticupu, Benedito Araújo; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Buriticupu, José Luís dos Santos, a chefe da Divisão de desenvolvimento de assentamento do Incra-MA, Verônica Viana, entre outros.

De acordo com chefe da Divisão de desenvolvimento de assentamento do Incra-MA, Verônica Viana, que participou da solenidade representando o superintendente do Incra-MA, José Inácio, “estes foram os primeiros contratos assinados no Maranhão com o Banco do Brasil para construção de habitações por meio do MCMVR”. Verônica também informou que de acordo com o contrato, a entidade que executará a obra tem prazo de até 12 meses para conclusão das casas.

Caixa Econômica
No ato de assinatura realizado com a Caixa Econômica Federal, no dia 7 de dezembro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Buriticupu, foram assinados 140 contratos com as famílias dos projetos de assentamento Verona e Buriticupu, totalizando um investimento de R$ 3,99 milhões.

O PA Verona pertencente à jurisdição do Incra-MA, no município de Bom Jesus das Selvas, teve 46 contratos assinados com a CEF. Já o projeto de assentamento Buriticupu pertencente ao Estado teve 94 contratos assinados durante a solenidade.

Também foram firmados os Termos de Cooperação e Parceria com cada entidade responsável pela construção das casas. No PA Verona a entidade organizadora é a Associação Comunitária de Pequenos Agricultores da Verona.Já no PE Buriticupu foram duas entidades organizadoras: Grupo P1V2 do Povoado Sagrima e a Associação de Agricultores e Moradores da Sagrima.

Dignidade
Na oportunidade, o superintendente regional do Incra-MA, José Inácio Rodrigues destacou que o MCMVR é um grande programa do governo federal que está levando dignidade aos trabalhadores rurais, na medida em que possibilita o acesso a moradia. Ele ainda ressaltou o convênio que o Incra-MA firmou com a Prefeitura de Buriticupu para construção de estrada no PA Cikel e informou que as obras já foram iniciadas.

Participaram da solenidade o prefeito do município de Buriticupu, José Gomes; o superintendente regional do Incra-MA, José Inácio Rodrigues; o gerente da CEF de Buriticupu, Yanes Araújo; o coordenador do Terra Legal no Maranhão, Jowberth Alves; o presidente do STTR de Buriticupu, José Luís dos Santos e presidentes de várias associações.