segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Brasil - Minerais. Terras Raras.

Minérios sob uma lupa em Minaçu (GO), onde um projeto da Mineração -  Serra Verde pretende gerar até 3 mil empregos (Foto: ML&A Comunicações)


Geólogo Fred Cruz - 
DNPM/AM.
 
Uma das atividades imprescindíveis à sobrevivência do ser humano é a mineração. Até hoje este segmento econômico na Amazônia é constantemente bombardeado e ganha publicidade daqueles que insistem a dizer não para a prática de extração mineral, motivados por informações sem justificativas e muitas das vezes dosadas por pessoas e organismos não governamentais internacionais que não desejam que sejamos competidores na produção e comercialização neste mercado mineral globalizado.
 
Países como Canadá, Austrália, EUA, África do Sul, etc., têm como politicas de governo, inclusive com medidas protecionais constitucionais, elencarem a atividade de mineração como prioridade em seus programas, pois sabem muito bem da importância soberana, sócio econômica e principalmente ambiental deste segmento, tendo em vista que como resultado da prática da extração mineral racional são gerados vultosos recursos financeiros capazes de serem supereficientes no estabelecimento de medidas de proteção dos recursos ambientais e da própria natureza, muito mais grandioso do que a manutenção de atividades como agricultura, pecuária, extração de madeira, etc.
 
O condicionamento geológico do Estado do Amazonas permite estabelecer diversas matrizes de substâncias minerais, incluindo minerais de ferro, manganês, ouro, nióbio, tântalo, titânio, estanho, etc., além de derivar para a segunda maior bacia evaporítica química mundial de sais minerais onde se destaca a Silvinita(sais de potássio e de sódio), numa dimensão que inicia em Novo Airão, pelo Rio Negro, passando por Caapiranga no Solimões, declinando a novo Aripuanã no Rio Madeira e remontando toda a bacia dos afluentes do baixo Amazonas até atingir os limites fronteiriços com o Estado do Pará.
 
Procuramos isolar e destacar talvez aquilo de importância singular em termo de ocorrências minerais que estão presentes no substrato rochoso do Amazonas que são os ditos minerais Terras Raras. Estes compostos minerais são formados a partir dos elementos conhecidos como Lantanídeos, incluindo o ítrio e o escândio que são: Lantânio, Cério, Praseodímio, Neodímio, Promécio, Samário, Európio, Gadolínio, Térbio, Disprósio, Hólmio, Érbio, Túlio, Itérbio e Lutécio.

Podem ter nomes difíceis, inclusive de serem pronunciados, mas respondem em serem elementos que compõem substancias minerais extremamente caros, e somente para ter uma base o quilo do Gadolínio custa U$ 134 e o Neodímiocusta mais de U$ 150.
 
Os minerais ditos Terras Raras estão na linha de tecnologia de ponta, constituindo a mais moderna do segmento eletroeletrônico, siderúrgico e químico. E normalmente estes minerais estão intimamente associados a óxidos de tântalo, nióbio e titânio.

O Estado do Amazonas possui diversas ocorrências destas substâncias minerais e que certamente o mundo todo tem a maior cobiça por este tesouro que nós detemos em nosso subsolo.Os minerais Terras Raras são bons condutores de eletricidade (até em ambientes com temperaturas acima de 400? C), de calor, além de serem altamente magnetizáveis; são chamados de ultra magnéticos.
 
Os óxidos de Terras Raras são os high tech dos minerais consumidos pelo mundo atual já que são usadas em superimãs, telas de tablets, computadores e celulares, no processo de produção da gasolina, mísseis, telefones celulares, veículos elétricos, usinas eólicas e em painéis solares.

Mas, as aplicações não param por ai e são diversas, a saber: Aços especiais, "pedras de isqueiro" e varias ligas, refino de Petroleo tubos de raios catódico, telas de raios X, lampadas fluorescentes e laser, lâmpadas LEDs, telas de TV Plasma, Tela LED, Tablets, etc
 
O Terra Rara neodímio está presente nos superimãs. Estes, por sua vez, são cada vez mais usados em motores que precisam ter dimensões pequenas, como os que regulam bancos e espelhos em automóveis mais luxuosos. O gerador de energia eólica (para a construção de uma turbina eólica são necessários 2 toneladas de neodímio) pode ser feito com os superimãs.

Nos LEDs brancos, que estão substituindo lâmpadas fluorescentes porque consomem menos energia, também se usa óxidos de Terras Raras. Se o mercado de LEDs for crescer como indicam as projeções, será necessário muito consumo de minerais Terras Raras.
 
A China é responsável por 95% da produção e dona de 36% das reservas conhecidas. O valor do mercado mundial dos óxidos de Terras Raras é da ordem de US$ 5 bilhões anuais. O consumo mundial atual é da ordem de 150 mil toneladas e devido o alto consumo interno chinês e a manutenção dos elevados preços, o governo de Pequim mantém para este ano a cota total de 30 mil toneladas exportações para todos os países consumidores de Terras Raras.

O fato acima promoveu uma inquietação muito grande fazendo que os EUA, o Japão e a União Européia entrarem com uma ação conjunta na Organização Mundial do Comércio – OMC para denunciar estas restrições de fornecimento de Terras Raras que podiam colocar riscos nas suas indústrias, para manter estáveis suas linhas de produção de TVs Leds, Tablets, Lampadas Leds e outros equipamentos eletrônicos por conta da limitação na oferta de minerais Terras Raras.

A partir de 2005, a China praticamente vem comandando o mercado internacional, tendo em vista que a disponibilidade dos elementos presentes nos Terras Raras tornou-se crítica e somente agora vários países, inclusive o Brasil, estão investindo em pesquisa e produção dos elementos presentes nos terras raras.

Eles são os minerais do futuro, formando as bases da economia verde e da internet móvel.

O grande desafio para exploração de Terras Raras está relacionado ao domínio pleno de todas as etapas e rotas tecnológicas para a cadeia produtiva desde as pesquisas geológicas exploratórias até a produção de óxidos de terras-raras e confecção de materiais acabados.

Atualmente, em muitos casos, com exceção do minério principal, objetos da Concessão de Lavra, diversas substâncias associadas, incluindo os minerais Terras Raras, acabam em pilhas de rejeitos e passivos, seja pela falta de tecnologia, interesse exploratório ou mercadológico.

Os minerais Terras Raras em geral ocorrem em complexas associações com outros minerais, bem como associações com minerais radioativos (tório e urânio), onde o reaproveitamento não é simples.

Os minerais estratégicos e terras-raras são os minerais do futuro(high tech), porém é necessário investimentos em tecnologias.

Os minerais Terras Raras normalmente estão associados com a tantalita (Fe, Mn)Ta2O6 e a columbita (Fe, Mn) Nb2O6,tendo em vista que estes minerais não ocorrem em estado livre na natureza, mas formando uma série isomorfa de sais ferrosos, além disso é comum encontraremjuntos com várias terras raras – monazita e itriotantalita.

A tantalita tem ponto de fusão de 2.996 ºC e densidade 16,69, sendo resistente ao ataque químico, não sendo atacado por ácidos e nem por soluções alcalinas; além disso, é anticorrosiva, excelente condutor de eletricidade; tem superfície extremamente dura, sendo utilizado em larga escala para a fabricação de bateria de telefone celular.

O nióbio tem ponto de fusão de 2.415 ºC e densidade 8,57; é resistente ao ataque químico, sendo atacado apenas por HCl e HN03 e hidróxidos em fusão; é anticorrosivo(metais inoxidáveis); excelente condutor de eletricidade;os melhores ácidos inoxidáveis são fabricados a partir do nióbio, estando presente em ligas,sendo comumente utilizado para fabricação de equipamentos bélicos que suportam altas temperaturas e reações nucleares.

O grande problema deriva de que o Estado do Amazonas detém grandes depósitos de tantalita e columbita, destacando as bacias(Aracá e Demeni) que circundam a Serra do Aracá(Barcelos), Mina do Pitinga (Presidente Figueiredo), Sul do Estado do Amazonas(Manicoré/STº Antônio do Matupi), e principalmente em várias bacias de cursos d’água no alto rio Negro(São Gabriel da Cachoeira), que chegam a possuir ocorrências com mais de 32% de óxido de tântalo.

Estando apenas a Mina do Pitinga com a legalização junto ao DNPM/AM da origem da tantalita e do nióbio, diversos compradores clandestinos adquirem a tantalita(mais apetitosa no mercado) e levam sem pagar nada pelo nióbio e Terras Raras, e talvez até minerais radioativos(como por exemplo o tório).

O Brasil é responsável por apenas 0,28% da extração dos minerais Terras Raras que ocorrem em Araxá(MG) e Poço de Caldas a Catalão(GO).

O Governo Brasileiro já acordou para o momento que vive o mercado de Terras Raras e vem impulsionando a pesquisa, o desenvolvimento e o detalhamento do potencial mineral de Terras Raras.

Em média, os preços das Terras Raras no mercado internacional praticamente triplicaram nos últimos anos. Só para se ter uma idéia, o óxido de neodímio, que em janeiro de 2009 custava US$ 15 o quilograma, em janeiro de 2011 atingiu o valor de US$ 150 o quilograma. A partir de 2011, os preços dos elementos que compõem os Terras Raras tiveram queda de preço, mas continuam elevados em relação a diversos metais.

No Estado do Amazonas, junto aos óxidos de nióbio, tântato, estanho,etc é que estão as nossas maiores esperanças no Brasil deter grandes volumes destes elementos de minerais Terras Raras: Destacam-se ás áreas da Mina do Pitinga/Presidente Figueiredo ( Y – Ítrio, Ho - Hólmio, Er – Érbio, La- Lantânio e Yb - Itérbio);Morro dos Seis Lagos/São Gabriel da Cachoeira (Ce – Cério, La – Lantânio e Y - Ítrio); Serra do Aracá (Y – Ítrio) – Barcelos. Somente no Morro de Seis Lagos(AM), acredita-se que exista mais de 40 milhões de toneladas de óxido de Terras Raras.

Um mercado hoje inteiramente dominado pela China, responsável por 95% da produção e dona de 36% das reservas conhecidas. O valor do mercado mundial dos óxidos de Terras Raras é da ordem de US$ 5 bilhões anuais.

O Brasil pode ser dono de uma das maiores reservas de Terras Raras do planeta, hoje, praticamente não separa esses recursos minerais dos minerais associados.

No que tange aos minerais de tântalo, nióbio e Terras Raras, deveria ser adotada uma legislação mineral específica para Ta, Nb e Terras Raras e, obrigatoriamente a extração deveria pasar pelo conhecimento da Defesa Nacional por constituirem minerais estratégicos para qualquer nação.

Além disso, como forma de proteger o aproveitamento sustentável destes recursos minerais, o Governo Brasileiro deveria aplicar o príncípio da SOBERANIA E INTERESSE NACIONAL, criando nas áreas de ocorrências destas substâncias e/ou com potencial para minerais de tântalo, nióbio e terras raras ÁREAS OU RESERVAS DE INTERESSE MINERAL, independentemente se forem Unidades de Conservação ou Terras Indígenas.

Dada a magnitude das ocorrências de tantalita, nióbio e Terras Raras no Estado, o Governo do Amazonas, diante do clamor de economistas e estudiosos de que o Polo Industrial do Manaus - PIM deveria criar novas matrizes tecnológicas, vale a pena planejar a formatação de indústrias engajadas na geração de produtos e subprodutos destes minerais de grande aceitação e de geração de volumosos recursos financeiros no mercado internacional, ou pelo menos iniciando com o refino de tântalo, nióbio e terras raras com a adoção de um CENTRO TECNOLÓGICO MINERAL.

Imprensa europeia repercute vitória de Dilma Rousseff.





Eleições 2014.
A vitória de Dilma Rousseff repercutiu na imprensa europeia nesta segunda-feira (27). O jornal britânico The Guardian estampa uma foto de militantes petistas comemorando os resultados da eleição presidencial e diz que a década de dominação de partidos políticos de esquerda na América do Sul se mantém com a vitória do PT no Brasil.

O espanhol El País relembra a trajetória de Dilma Rousseff e sua luta contra um câncer em 2009, e chama a petista de “a presidenta com caráter”. O diário enfatiza a pequena margem de diferença entre ela e o candidato adversário, Aécio Neves (PSDB), e diz que “um país dividido será mais difícil de governar”.

Le Monde, da França, traz uma foto de Dilma Rousseff durante seu primeiro discurso após a divulgação dos resultados e observa que a presidenta reeleita defendeu o diálogo e a união. O jornal enfatiza a divisão do país entre esquerda e direita, diz que o PT teve sucesso na redução das desigualdades sociais existentes no Brasil, mas que, com as mudanças no cenário internacional, não conseguiu sustentar o crescimento econômico.

No exterior, quase 142 mil brasileiros votaram para presidente da República no segundo turno das eleições. A abstenção, assim como no primeiro turno, continuou alta: 59%. O candidato Aécio Neves teve 77% dos votos dos brasileiros que vivem fora do país, enquanto Dilma Rousseff teve 23%.

Giselle Garcia - Correspondente da Agência Brasil/EBC.
Edição: Graça Adjuto.























terça-feira, 21 de outubro de 2014

Eleições 2014 - A força simbólica no ato com Dilma e Lula na PUC de São Paulo.


por Rodrigo Vianna.
Desde a campanha de 89 que não se via um ato político com tamanha carga de emoção em São Paulo. Os paulistas que votam no PT (e também aqueles que, apesar de não gostarem tanto do PT, resolveram reagir à onda de ódio e conservadorismo que tomou conta das ruas) foram nesta segunda-feira/20 de outubro para o TUCA – histórico teatro da PUC-SP, no bairro de Perdizes.
O TUCA tem um caráter simbólico. E o PT, há tempos, se descuidara das batalhas simbólicas. O TUCA foi palco de manifestações contra a ditadura, foi palco de atos em defesa dos Direitos Humanos. Portanto, se há um lugar onde os paulistas podem se reunir pra dizer “Basta” à onda conservadora, este lugar é o teatro da PUC.
O PT previa um ato pra 500 ou 800 pessoas, em que Dilma receberia apoio de intelectuais e artistas. Aconteceu algo incrível: apareceu tanta gente, que o auditório ficou lotado e se improvisou um comício do lado de fora – que fechou a rua Monte Alegre.
Em frente ao belo prédio, com suas arcadas históricas, misturavam-se duas ou três gerações: antigos militantes com bandeiras vermelhas,  jovens indignados com o tom autoritário e cheio de ódio da campanha tucana, e também o pessoal de 40 ou 50 anos – que lembra bem o que foi a campanha de 89.
No telão, a turma que estava do lado de fora conseguiu acompanhar o ato que rolava lá dentro. Um ato amplo, com gente do PT, do PSOL, PCdoB, PSB, além de intelectuais e artistas que estão acima de filiações partidárias (como o escritor Raduan Nassar), e até ex-tucanos (Bresser Pereira).
Bresser, aliás, fez um discurso firme, deixando claro que o centro da disputa não é (nunca foi!) corrupção, mas o embate entre ricos e pobres. “Precisou do Bresser, um ex-tucano, pra trazer a luta de classes de volta à campanha petista” – brincou um amigo jornalista.
Gilberto Maringoni, que foi candidato a governador pelo PSOL em São Paulo, mostrou que o partido amadurece e tende a ganhar cada vez mais espaço com uma postura crítica – mas não suicida. Maringoni ironizou o discurso da “alternância de poder” feito pelo PSDB e pela elite conservadora: “Somos favoráveis à alternância de poder. Eles governaram quinhentos anos. Nos próximos quinhentos, portanto, governaremos nós”.
O “nós” a que se refere Maringoni não é o PSOL, nem o PT. Mas o povo – organizado em partidos de esquerda, em sindicatos, e também em novos coletivos que trazem a juventude da periferia para a disputa.
Logo, chegaram Dilma e Lula (que vinham de outro ato emocionante e carregado de apelo simbólico – na periferia da zona leste paulistana). Brinquei com um amigo: “bem que a Dilma agora podia aparecer nesse balcão do TUCA, virado pro lado de fora onde está o povo…”. O amigo respondeu: “seria bonito, ia parecer  Dom Pedro no dia do Fico”. Muita gente pensou a mesma coisa, e começaram os gritos: “Dilma na janela!”
Mas a essa altura, 10 horas da noite, só havia o telão. As falas lá dentro, no palco do Teatro, foram incendiando a militância que seguia firme do lado de fora – apesar da chuva fina que (finalmente!) caía sobre São Paulo. Vieram os discursos do prefeito Fernando Haddad, de Roberto Amaral (o presidente do PSB que foi alijado da direção partidária porque se negou a alugar, para o tucanato, a histórica legenda socialista), e Marta Suplicy…
Vieram os manifestos de artistas e professores – lidos por Sergio Mamberti. E surgiram também depoimentos gravados em vídeo: Dalmo Dallari (o antigo jurista que defende os Direitos Humanos) e Chico Buarque.
Quando este último falou, a multidão veio abaixo. A entrada de Chico na campanha teve um papel que talvez nem ele compreenda. Uma sensação de que – apesar dos erros e concessões em 12 anos de poder – algo se mantem vivo no fio da história que liga esse PT da Dilma às velhas lutas em defesa da Democracia nos anos 60 e 70.
Nesse sentido, Chico Buarque é um símbolo só comparável a Lula na esquerda brasileira.
Aí chegou a hora das últimas falas. Lula pediu que se enfrente o preconceito. Incendiou a militância. E Dilma fez um de seus melhores discursos nessa campanha. Firme, feliz.
O interessante é que os dois parecem se completar. Se Lula simboliza que os pobres e deserdados podem governar (e que o Estado brasileiro não deve ser um clube de defesa dos interesses da velha elite), Dilma coloca em pauta um tema que o PT jamais tratou com a devida importância: a defesa do interesse nacional.
Dilma mostrou – de forma tranquila, sem ódio – que o PSDB tem um projeto de apequenar o Brasil. Lembrou os ataques ao Brasil nas manifestações contra a Copa (sim, ali o que se pretendia era rebaixar a auto-estima do povo brasileiro, procurando convencê-lo de que seríamos um povo incapaz de receber evento tão grandioso), lembrou a incapacidade dos adversários de pensarem no Brasil como uma potência autônoma.
Dilma mostrou clareza, grandeza e calma. Muita calma.
Quando o ato terminou, já passava de 11 da noite. E aí veio a surpresa: Dilma foi – sim – pra janela, para o balcão do Teatro voltado pra rua.
dilma-no-tuca
No improviso, sem microfone, travou um diálogo com a multidão, usando gestos e sorrisos. Parecia sentir a energia que vinha da rua. Dilma, uma senhora já perto dos 70 anos (xingada na abertura da Copa, atacada de forma arrogante nos debates e na imprensa), exibiu alegria e altivez.


Foram dez minutos, sem microfone, sem marqueteiro. O povo cantava, e Dilma respondia – sem palavras. Agarrada às grades do pequeno balcão, pulava e erguia o punho cerrado para o alto. Não era o punho do ódio. Mas o punho de quem sabe bem o lado que representa.
Dilma não é uma oradora nata, não tem o apelo popular de um Lula. Mas nessa campanha ela virou líder. O ato no TUCA pode ter sido o momento a marcar essa passagem. Dilma passa a ser menos a “gerente” e muito mais a “liderança política” que comanda um projeto de mudança iniciado há 12 anos.
Dilma traz ao PT uma pitada de Vargas e Brizola, de trabalhismo e de defesa do interesse nacional. E o PT (com apoio da  militância popular, não necessariamente petista) finalmente parece ter incorporado Dilma não como a “continuadora da obra de Lula”, mas como uma liderança que se afirma por si. Na luta concreta.
Uma liderança que – na reta final, nessa segunda-feira de garoa fina em São Paulo – pulava feito menina no ritmo da rua, pendurada no histórico balcão da PUC de São Paulo. Dilma ficou maior.

Internet - Banco J. P. Morgan: a maior fuga de informações na história dos EUA.

Em junho de 2014, os piratas informáticos tiraram informações secretas sobre 80 milhões clientes do banco norte-americano JPMorgan Chase. Os criminosos obtiveram acesso a 90 servidores digitais desta entidade bancária.


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© REUTERS/Eduardo Munoz

Os seus dirigentes se apressaram a acalmar a opinião pública: os malfeitores haviam logrado conhecer somente os endereços dos clientes e não os demais dados importantes ou o dinheiro. 

Mas para que era necessário esconder o fato da fuga de informações?

Apesar de o caso tão grave ter ocorrido em junho, o banco reconheceu isso só depois de um artigo publicado pelo periódico The New York Times.
O “pé de Aquiles” da Banca são os riscos relativos à sua reputação, tanto mais quando se trata de um gigante financeiro com o J.P. Morgan. Por isso, a sua direção tinha motivos sérios para camuflar a informação sobre o arrombamento informático, constata o perito na área de segurança informática, Nikolai Dimlevich:
“Cada banco possui um sistema de proteção cibernética especial da base de dados. Se os piratas conseguem penetrar nele e abrir a base, tal fato pode causar um dano à reputação do banco. E não só: podem ser causados danos diretos, já que antes disso a informação havia sido segurada nos termos de um contrato entre o banco e o cliente. Por isso, a informação sobre aquele ataque informático não foi tornada pública, o que constitui um ato de violação do contrato vigente. Assim, o banco sofre enormes prejuízos em forma de recompensas e perda de clientes reais e eventuais”.
Tais roubos vão se tornando cada vez mais frequentes. Um brusco aumento de crimes virtuais se deve ao impetuoso desenvolvimento de tecnologias informativas que, por vezes, carecem de mecanismos de proteção adequados, mesmo nas entidades bancárias como o J.P. Morgan.
Os piratas informáticos se aproveitam de códigos vulneráveis, desleixo de funcionários que, por vezes, se esquecem de guardar em segredo os dados, utilizando as senhas simples. Não se descarta a possibilidade de conluios com o pessoal.
Nos últimos tempos, os hackers parecem ter tido menos problemas no seu trabalho. Ao passo que se desenvolvem os bancos on-line, os sistemas de compras digitais e pagamentos eletrônicos, também vai crescendo o volume de dados pessoais roubados. Frequentemente os clientes “expõem” na internet seus dados pessoais e informações financeiras, salienta o analista da empresa Investkafe, Timur Nigmatullin:
“Tais fenômenos se relacionam mais com a ingenuidade, a falta de experiência e de cuidado. Mais um fator importante: os cartões de crédito tinham sido criados como análogos de dinheiro. O seu nível de proteção é tal que não permita complicar o seu uso em relação ao dinheiro de contado em notas e moedas. Por exemplo, você não pode deixar uma bolsa com dinheiro num local público e não estar de olho.
Mas por é que você deixa dados de cartões e depois se estranha com o desaparecimento do dinheiro de sua conta bancária? Você tem de estar mais atento e prudente mediante recomendações prestadas por bancos. Se pode limitar ou proibir pagamentos online através do seu cartão de crédito e depois ativar este tipo de serviço quando for necessário fazer o pagamento”.
Além disso, na Internet se pode criar um cartão virtual e, depois de um ato de compra, eliminá-lo. É um sistema de pagamento seguro que se oferece por muitos bancos, incluindo os russos. Utilizando tais instrumentos de proteção, você vai poupar tempo, nervos e seu dinheiro.


Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_10_21/Banco-Jp-Morgan-a-maior-fuga-de-informa-es-na-hist-ria-dos-EUA-0986/

domingo, 12 de outubro de 2014

Wikileaks: PSDB prometeu entregar o pré-sal aos norte-americanos. Notícias de ontem.


Telegrama enviado da embaixada americana para o Departamento de Estado dos Estados Unidos, vazado pelo Wikileaks, denuncia que Serra prometeu entregar o pré-sal às petroleiras do exterior.
“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria afirmado Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil, sobre a lei proposta pelo governo. Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras se fosse eleito presidente.
Wikileaks: Estados Unidos influenciaram golpe no Paraguai
“Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, teria dito o pré-candidato.
Nos bastidores, o lobby pelo pré-sal, por Natalia Viana.

“A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?”. Este é o título de um extenso telegrama enviado pelo consulado americano no Rio de Janeiro a Washington em 2 de dezembro do ano passado.

Como ele, outros cinco telegramas a serem publicados hoje pelo WikiLeaks mostram como a missão americana no Brasil tem acompanhado desde os primeiros rumores até a elaboração das regras para a exploração do pré-sal – e como fazem lobby pelos interesses das petroleiras.
Os documento revelam a insatisfação das pretroleiras com a lei de exploração aprovada pelo Congresso – em especial, com o fato de que a Petrobras será a única operadora – e como elas atuaram fortemente no Senado para mudar a lei.
“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria afirmado Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil, sobre a lei proposta pelo governo . Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras se fosse eleito presidente.
Partilha
Pouco depois das primeiras propostas para a regulação do pré-sal, o consulado do Rio de Janeiro enviou um telegrama confidencial reunindo as impressões de executivos das petroleiras.
O telegrama de 27 de agosto de 2009 mostra que a exclusividade da Petrobras na exploração é vista como um “anátema” pela indústria.
É que, para o pré-sal, o governo brasileiro mudou o sistema de exploração. As exploradoras não terão, como em outros locais, a concessão dos campos de petróleo, sendo “donas” do petróleo por um deteminado tempo. No pré-sal elas terão que seguir um modelo de partilha, entregando pelo menos 30% à União. Além disso, a Petrobras será a operadora exclusiva.
Para a diretora de relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda, a Petrobras terá todo controle sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos.
A diretora de relações governamentais da Chevron, Patrícia Padral, vai mais longe, acusando o governo de fazer uso “político” do modelo.
Outra decisão bastante criticada é a criação da estatal PetroSal para administrar as novas reservas.
Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e Eurásia, chega a dizer ao representante econômico do consulado que a nova empresa iria acabar minando recursos da Petrobrás. O único fim, para ele, seria político: “O PMDB precisa da sua própria empresa”.
Mesmo com tanta reclamação, o telegrama deixa claro que as empresas americanas querem ficar no Brasil para explorar o pré-sal.
Para a Exxon Mobile, o mercado brasileiro é atraente em especial considerando o acesso cada vez mais limitado às reservas no mundo todo.
“As regras sempre podem mudar depois”, teria afirmado Patrícia Padral, da Chevron.
Combatendo a lei
Essa mesma a postura teria sido transmitida pelo pré-candidtao do PSDB a presidência José Serra, segundo outro telegrama enviado a Washington em 2 de dezembro de 2009.
O telegrama intitulado “A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?” detalha a estratégia de lobby adotada pela indústria no Congresso.
Uma das maiores preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China, poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro.
Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: “O PSDB não apareceu neste debate”.
Segundo ela, José Serra se opunha à lei, mas não demonstrava “senso de urgência”. “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, teria dito o pré-candidato.
O jeito, segundo Padral, era se resignar. “Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria dito sobre o assessor da presidência Marco Aurelio Garcia e o secretário de comunicação Franklin Martins, grandes articuladores da legislação.
“Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”, conclui o telegrama do consulado.
Entre os parceiros, o OGX, do empresário Eike Batista, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Confederação Naiconal das Indústrias (CNI).
“Lacerda, da Exxon, disse que a indústria planeja fazer um ‘marcação cerrada’ no Senado, mas, em todos os casos, a Exxon também iria trabalhar por conta própria para fazer lobby”.
Já a Chevron afirmou que o futuro embaixador, Thomas Shannon, poderia ter grande influência nesse debate – e pressionou pela confirmação do seu nome no Congresso americano.
“As empresas vão ter que ser cuidadosas”, conclui o documento. “Diversos contatos no Congresso (brasileiro) avaliam que, ao falar mais abertamente sobre o assunto, as empresas de petróleo estrangeiras correm o risco de galvanizar o sentimento nacionalista sobre o tema e prejudicar a sua causa”.
Fonte: Wikileaks

São Paulo: Onde os tucanos não têm vez: em Hortolândia, política na rua muda a eleição.

Único município onde Alckmin não venceu, chamada de 'cidade-dormitório' no passado, Hortolândia melhora índices sem depender do governo do estado.
por Redação RBA publicado 10/10/2014 14:29, última modificação 10/10/2014 18:49
São Paulo – Em ato com a militância paulista do PT na noite de ontem (9), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva listou os nomes das cidades que já foram ou são governadas pelo partido no estado para enfatizar que, apesar da reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno, com 57% dos votos, em São Paulo "tem muito petista, sim". Hortolândia é a prova: a cidade, a 110 quilômetros da capital, foi a única a dar vitória ao petista Alexandre Padilha, que ficou à frente de Paulo Skaf (PMDB) e Alckmin. O fato deu ao prefeito Antonio Meira lugar de destaque nos palanques, desde que saíram os resultados do primeiro turno das eleições, realizado no último domingo (5).
Enquanto cientistas políticos tentam decifrar como Alckmin mantém-se firme como primeira opção do eleitorado paulista apesar dos problemas graves de gestão, a explicação para o sucesso petista em Hortolândia é simples para as lideranças locais. "É rua, rua e rua", resume a deputada estadual Ana Perugini (PT), eleita deputada federal com a preferência de 50 mil dos 140 mil eleitores da cidade. "Faço reuniões todos os dias. Não gosto de cavalete, de campanha no meio da rua, carro de som. Prefiro campanha nas casas, com muitas reuniões, com um período maior de diálogo com as pessoas", afirma.
Segundo Ana Perugini, a tradição de montar rodas de diálogo com a população remonta à história da própria cidade, construída paralelamente ao PT e a movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) – que, em 1985, fundou ali um dos primeiros assentamentos, o Assentamento 2.
Hortolândia é um município jovem, que surgiu como distrito da cidade vizinha Sumaré, onde, a partir dos anos 1970, diversas famílias de operários, muitos vindos de outros estados ou de outras cidades paulistas, chegaram com o objetivo de buscar emprego nas indústrias da região de Campinas. A emancipação veio em 1991, quando a cidade ainda era vista como "dormitório" e a estrutura para os moradores era pouca. "Naquele período, tínhamos muita 'fartura': 'fartava' tudo. Faltava água, luz, transporte público, escola, e, por isso, nos organizamos em torno das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) para mudar isso", conta Ana.
Formada quase inteiramente por trabalhadores, sem uma classe média tradicional, e uma elite local pequena, a cidade foi construída coletivamente, uma conquista por vez. "Foi uma trajetória de lutas da cidade em que nunca nada foi dado de presente. Eu acredito que isso seja muito importante nesse processo de construção, porque, de lá para cá, não mudamos nossa prática", avalia a deputada, para quem o "grande crime" da mídia tradicional é criar ojeriza à política.
"As transformações acontecem pela política e não pela negação da política. Existe uma campanha permanente contra a política, e, durante a campanha, nós tivemos um período muito curto para defender os processos democráticos. Deveríamos ter mais tempo de campanha para poder fazer o diálogo", reclama a deputada.
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Deputada Ana Perugini durante reunião com comunidade de Hortolândia

Educação política

O diálogo político permanente com a população é uma das diretrizes elencadas pelo prefeito Antonio Meira como diferencial da gestão municipal de Hortolândia: quando o PT assumiu o governo pela primeira vez, em 2004, com Ângelo Perugini, deu início à aplicação do Orçamento Participativo, programa de consulta popular que colhe sugestões da população para a definição do orçamento anual da prefeitura. A partir da eleição de Meira, a administração municipal buscou um novo modelo e substituiu o OP pelo Prefeitura na Comunidade, caravana do primeiro escalão do governo municipal que vai aos bairros da cidade quinzenalmente coletar sugestões e reclamações. Eventualmente, ajuda a explicar o funcionamento do poder público.
"Duas vezes por mês, toda a equipe de secretariado vai aos bairros para atender às demandas da população. Preferimos esse modelo porque o Orçamento Participativo tradicional é apenas anual, envolvia menos as pessoas", conta Meira. "E então, enquanto você discute os serviços da prefeitura, explica também o que é responsabilidade do governo federal e do governo estadual. Mães vêm reclamar quando seus filhos chegam ao ensino médio e eu tenho de dizer que, apesar do apoio que a prefeitura dá, esse serviço é do governo estadual", avalia Meira, sobre os motivos pelos quais a população de Hortolândia é mais inclinada a reprovar o governo do PSDB.
"O governo do estado tem sido inerte em nossa cidade. Na questão da segurança pública, por exemplo. Se o município parar de pagar o aluguel das delegacias, vamos perder quatro postos, entre civis e militares. A prefeitura paga aluguel, água, luz, telefone e fornece funcionários. Tenho de fazer, inclusive, uma homenagem a esses homens que se expõem e arriscam suas vidas para salvar as nossas, com uma estrutura totalmente inadequada, uma viatura sem condições", lamenta o prefeito.
Contam a favor da administração na cidade, ainda, os resultados da última década: redução do desemprego de 17% para 2% com atração de empresas de alta tecnologia, elevação da coleta de esgoto de zero para 85%, além de parcerias importantes com o governo federal, como a construção de 3 mil moradias populares pelo Minha Casa, Minha Vida, obras visíveis na entrada da cidade. "Se a população sabe as responsabilidades dos governos, pode comparar gestões", pontua o prefeito.
O investimento mais visível do governo do PSDB na cidade, embora este seja parceiro do projeto do Minha Casa, Minha Vida, é o complexo que soma uma penitenciária e três Centros de Detenção Provisória (CDPs), com capacidade para 5,3 mil detentos. A cadeia foi inaugurada em 1986, quando a cidade ainda era distrito de Sumaré, mas os três CDPs foram entregues em 2003, já na gestão de Alckmin.

Investimento em cultura

O atendimento gradual às demandas mais concretas dos moradores de Hortolândia abriu espaço para outro fronte, normalmente negligenciado pelos governos: a cultura. O município é um dos mais ativos em parcerias com o Ministério da Cultura e um dos poucos no estado a contar com um Plano Municipal de Cultura. "A Secretaria de Cultura foi criada em 2011, desmembrada da antiga Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer. Essa secretaria havia sido criada em 2008. Antes disso, havia apenas uma diretoria de cultura na Secretaria de Educação", conta Patrícia Banhara, diretora municipal de Cultura.
A partir de consultas populares ao longo de 2012, o município firmou metas para os próximos dez anos na área cultural em lei aprovada na Câmara Municipal, com garantia de orçamento mínimo de 1% destinado à pasta. "São diretrizes que não estão em uma planilha de Excel, mas em lei. Mesmo que houvesse mudança de governo, estaria garantido o investimento. Nós sabemos como a área da cultura é a primeira a receber cortes quando muda uma administração", analisa Patrícia.
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Jovens de Hortolândia fazem grafiti em biblioteca como parte de oficina cultural




















O orçamento total da Secretaria de Cultura, incluídos salários de funcionários, é de R$ 7,8 milhões anuais, de um total de R$ 68 milhões anuais – pouco mais de 10%. A principal ação municipal são os editais de credenciamento para artistas locais, que apresentam projetos para ministrar oficinas públicas.

Assim, a prefeitura busca remunerar a produção local e multiplicar as oportunidades para novos artistas. O próximo objetivo é conquistar reconhecimento de nível técnico aos diplomas de música oferecidos pela prefeitura.
"Cultura não é pílula contra violência, para o jovem ficar longe das drogas. Você pode capacitar para a produção, gerar renda, estabelecer como profissão. E assim você incentiva a circulação cultural no município", diz Patrícia. Com Pontos de Cultura ativos há três anos, a prefeitura aguarda o redesenho do programa Mais Cultura para apresentar projetos a novas unidades no município.
Com esse portfólio, Meira se diz "indignado" com as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sobre os "mais desqualificados" que votam no PT. "Vimos uma reação nas redes sociais lamentável. Naquele momento da apuração dos votos, quando só aqui venceu o PT, chamaram Hortolândia de Nordeste de São Paulo, com viés preconceituoso. Fiquei indignado. Nós somos uma cidade de todos e todas, formada, sim, por pessoas de todos os lugares. Esse é nosso maior valor", afirmou.