quinta-feira, 31 de março de 2016

Forças ocultas agem e Procon aborta fiscalização nas garagens de ônibus...


A ação do Procon visava evitar situações como esta.
Matéria publicada originalmente no site do Marco Deça. Uma ação organizada pela Superintendência de Proteção ao Consumidor (Procon), nesta quinta-feira, 31, deveria ter forte repercussão no setor de transportes de São Luís.
Deveria, por que foi abortada pelo órgão.
http://imirante.com/sao-luis/noticias/2016/03/31/porta-de-onibus-cai-e-poe-a-seguranca-dos-passageiros-em-risco.shtml
O objetivo era fiscalizar as garagens das empresas que atuam no serviço de transporte coletivo e apreender ônibus irregulares, para forçar a renovação da frota, sobretudo como resposta ao aumento das passagens.
http://imirante.com/sao-luis/noticias/2016/03/31/porta-de-onibus-cai-e-poe-a-seguranca-dos-passageiros-em-risco.shtml
Na tarde de quarta-feira, 30, porém, assessores do Procon informaram aos jornalistas que a ação havia sido cancelada, sem qualquer justificativa.
Será por que?!?

São Luís. Governo prende estudantes durante protestos contra aumento das passagens.

Foto - Estudantes presos.
Cinco estudantes, entre secundaristas e universitários, foram presos no início da noite de hoje (30) durante um protesto contra o reajuste das passagens de ônibus da capital.
A condução foi feita por homens da Polícia Militar sob a alegação de que os manifestantes promovia algazarra dentro do Terminal de Integração da Praia Grande.
Na imagem acima aparecem apenas três dos detidos porque os outros dois são menores de idade.
Ao blog do Diego Emir, "Henrique Carneiro, que é dirigente DCE da UFMA, e faz parte do movimento contra o aumento da passagem de ônibus em São Luís" (SIC), disse que foi preso de forma arbitrária e sem justificativa. E afirmou lamentar receber esse tipo de tratamento por parte da polícia de um governo que se diz democrático e socialista.

“O que praticaram foi um sequestro de estado. Prenderam dois menores sem necessidade e outros dois membros do movimento pelo simples fato que não aceitamos o aumento de 30 centavos na passagem de ônibus”, argumentou o dirigente do DCE, Henrique Carneiro, que também é vice-presidente da União Estadual dos Estudantes do Maranhão.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Supremo Tribunal Federal decide que Estado é responsável pela morte de presos.

André Richter - Repórter da Agência Brasil.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (30) que o Estado pode ser responsabilizado pela morte de detentos por não oferecer tratamento digno nas penitenciárias. De acordo com a tese firmada, caberá aos governos federal ou estadual provar que não foram responsáveis pelas mortes.

A decisão foi tomada em um recurso do estado do Rio Grande do Sul, que contestava uma decisão da Justiça local determinando o pagamento de indenização para a família de um preso que cometeu suicídio.

Por unanimidade, a Corte seguiu o voto do ministro Luiz Fux, favorável à proteção dos presos. Acompanharam o relator os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello e o presidente, Ricardo Lewandowski.


De acordo com Fux, o Estado tem o dever de garantir a integridade física dos detentos sob sua custódia. “O Estado Democrático de Direito, onde todos são iguais perante a lei, não pode admitir que alguns indivíduos sejam privados dos seus direitos fundamentais, mesmo que tenham eles atentado contra os bens jurídicos mais relevantes para a sociedade, que o direito penal busca tutelar”, argumentou Fux.

Edição: Armando Cardoso.

São Luís - Polo do Coroadinho. Quatro mortes violentas em trés dias, aumento da violência deixa população apavorada a pedir Socorro pelo Facebook.

Foto - Bruno Rodrigues
De Sábado de Aleluia até esta terça-feira, 29, quatro mortes por violência foram registradas na região; Bruno Rodrigues, de 30 anos, foi cruelmente assassinado, ontem.


A população do Coroadinho voltou a se ver refém da violência nas últimas horas. Desde o último sábado, dia 25, até a manhã desta terça-feira, 29, quatro pessoas morreram vítimas de violência na região; três por homicídio.

O comerciante Bruno Rodrigues Martins, de 30 anos, morador da Vila dos Frades, foi executado a tiros, no Alto São Sebastião, por volta das 13 horas desta terça-feira (29). A vítima estava em seu estabelecimento, uma venda de galeto assado, quando foi surpreendido, sendo atingido várias vezes.

Ele ainda foi socorrido e levado para a Unidade Mista do Bairro, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia esteve no local fazendo os primeiros levantamentos, mas ninguém foi preso.

No último domingo (27), um crime bárbaro teve como vítima o rapaz identificado como Edson Luan Souza Nascimento, de 20 anos, morador do Coroadinho, morto dentro de casa, na Vila Conceição. A Polícia investiga se há relação entre os casos.

((( outros casos ))) - Na madrugada desta terça-feira, 29, outro homicídio foi registrado na área do Polo Coroadinho. Um homem identificado apenas pelo apelido "Kekê" foi vítima de arma branca, provavelmente golpes de faca, na área do Bom Jesus.

Já, no sábado, dia 25, um jovem identificado como Antônio Galvão morreu vítima de choque elétrico, na Vila Conceição. Ele era morador da Vila São Sebastião, no Coroadinho.

Link: Coroadinho on line.

Fraude em contratação de merenda escolar em São Paulo chega a R$ 7 milhões.


Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil


As sete pessoas presas na 2ª Fase da Operação Alba Branca, que investiga irregularidades nas compras da merenda escolar da rede estadual de São Paulo, estão sendo ouvidas pela força-tarefa da Polícia Civil e Ministério Público. 

Os mandados de prisão foram cumpridos ontem (29). Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto, as fraudes nas contratações, feitas entre 2013 e 2015, somam R$ 7 milhões, sendo R$ 700 mil destinados ao pagamento de propina e comissões ilícitas.

De acordo com o Gaeco, os crimes envolvem 20 municípios: Americana, Araras, Assis, Bauru, Caieiras, Campinas, Colômbia, Cotia, Mairinque, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Novaes, Paraíso, Paulínia, Pitangueiras, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo, Santa Rosa de Viterbo, Santos e Valinhos. Os acusados serão ouvidos em um prazo de cinco dias.

Entre os detidos, que podem ter a prisão preventiva decretada após esse período, estão o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na década de 70, Leonel Júlio e Sebastião Misiara, atual presidente da União dos Vereadores de São Paulo. O filho de Leonel, Marcel Ferreira Júlio, é considerado foragido.

Foram presos também Aluizio Girardi Cardoso, suposto lobista com atuação em órgãos públicos; Carlos Eduardo da Silva, sócio-diretor da cooperativa agrícola e funcionário público da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, e Joaquim Geraldo Pereira da Silva, suposto lobista que intermediava contatos da cooperativa com agentes públicos.

Outros dois presos, Emerson Girardi e Luiz Carlos da Silva Santos, são vendedores da Cooperativa Agrícola e Familiar (Coaf), em Bebedouro, que mantinha contratos para fornecimento de alimentos com diversas prefeituras. A empresa é acusada de fraudar a modalidade de compra “chamada pública”, que pressupõe a aquisição de produtos de pequenos produtores agrícolas. A Coaf cadastrou cerca de mil pequenos produtores, mas comprava de apenas 30 ou 40 deles, e adquiria também de grandes produtores e na central de abastecimento do estado.

O presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez, do PSDB, e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil, na gestão de Geraldo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita, estão entre os investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. Em fevereiro, o desembargador Sérgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Capez.

Os mandados judiciais foram expedidos pela 3ª Vara Judicial de Bebedouro e incluíram busca e apreensão nas casas e empresas dos envolvidos. Os presos podem responder pelos crimes de organização criminosa, fraudes em procedimentos públicos, falsidade ideológica e de documentos, corrupção ativa e passiva e prevaricação, crime praticado por funcionário público contra a administração pública.

Edição: Maria Claudia

Brasileiros aderem a documento que guia tratamentos no final da vida.

fevereiro 15, 2016 em Notícias por Mary Peixoto
O testamento vital tem atraído mais atenção daqueles preocupados com autonomia no final da vida. O documento tem o objetivo de registrar vontades relativas a tratamentos médicos em caso de doenças fora de perspectivas de cura.
Ele não é apenas destinado a garantir a suspensão de procedimentos, como a não reanimação ou não ser submetido a certas cirurgias. Também pode ser usado justamente para garantir essas intervenções, contanto que seja a vontade expressa do paciente.
Faz parte das Diretivas Antecipadas de Vontade, assim como o mandato duradouro – a nomeação pelo paciente de um procurador para tomar decisões em seu nome, e pode ser feito por qualquer pessoa acima de 18 anos que não tenha sido interditada, apesar de só ter efeitos na eventualidade de uma doença terminal.
O portal testamentovital.com.br oferece um banco de dados para cadastro desse tipo de documento. Ele é on-line, gratuito e gera um código de acesso que pode ser compartilhado com uma pessoa de confiança do solicitante.
Criado em 2013, teve seus registros triplicados em um ano, de 20 para 60. Sua administradora, a advogada e doutora em ciências da saúde, Luciana Dadalto, estuda o tema desde 2008, com quatro livros publicados. Ela comenta que, no Brasil, estamos muito atrasados no que diz respeito a liberdades individuais. “A principal importância do testamento vital é transferir para o paciente um direito que é dele, que é a decisão sobre como viver seus últimos dias de vida”, diz.
Segundo dados do Colégio Notarial do Brasil, até novembro desse ano, o cadastro de testamentos vitais em cartório no país cresceu 21% em relação ao ano passado. Em 2010, apenas 50 documentos foram registrados. Em 2015, esse número passou de 600 no ano. Um fator determinante para esse aumento foi a regulamentação 1.995 do Conselho Federal de Medicina, de 2012, que constata a obrigação dos médicos em aceitar o documento como legítimo.
Para Dadalto, ela é insuficiente, por se referir apenas às responsabilidades dos médicos, excluindo qualquer outro profissional de saúde, e não garantir uma validade legal ao documento. “Sempre vai cair no arbítrio do poder judiciário, por não haver uma legislação específica. Um juiz poderá falar que é válido e outro que não é”, diz.
Algumas dificuldades para sua popularização seria a dificuldade de se falar a respeito. Para a advogada de família Renata Guimarães, alguns brasileiros demonstram um entrave cultural para lidar com questões terminais que podem anteceder o falecimento, ao sentir que pensar sobre a morte representa um mau agouro. Ela também cita a real dificuldade de cogitar e lidar objetivamente com doenças agudas e irreversíveis. Algo menos latente em seus clientes estrangeiros, inclusive porque há países que possuem lei específica sobre o testamento vital.
A advogada diz perceber um aumento significativo nos últimos três anos de documentos nesse sentido – escrituras públicas ou escritos particulares.
“Tais documentos têm por foco a situação de incapacidade civil de uma pessoa, e costumam abordar a gestão do patrimônio, cuidados pessoais e de saúde e diretrizes de não manutenção artificial de vida em casos terminais e irreversíveis. Já a forma de enterro, velório ou cremação costumam ser descritas em outro documento, denominado codicilo”, define Guimarães.
Dadalto considera a inserção de doação de órgãos no testamento vital uma questão polêmica, porque a lei de doação no Brasil o reconhece como uma decisão da família e não do paciente.
Alerta no RG
Neuza Guerreiro de Carvalho anda com seu testamento vital na bolsa. No RG há um recado: “na pasta cor-de-rosa da bolsa está meu testamento vital”. Aos 85 anos, ela prefere definir o que seja feito com seu corpo, caso esteja inconsciente. Quer seguir de acordo com suas próprias escolhas, tanto na vida quanto na morte. Professora de biologia por 30 anos, ateia, evolucionista, diz que já está na reta de chegada. “Bonita ou não, é a reta de chegada. Não tenho mais do que 10 anos de vida útil”, diz.
Decidiu pela doação do corpo para estudos acadêmicos e já tem os papéis preenchidos no Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Doou o cérebro de sua mãe para a faculdade de medicina da USP e diz ver nessas ações uma forma de cidadania. Não quer em ser enterrada, nem velada. “Tudo o que fica está assimilado na gente”, comenta.
Vovó Neuza, como gosta de ser chamada, tem seu testamento vital assinado pelos dois filhos, com firma reconhecida. Além de sempre o carregar na bolsa, o documento foi incluído em seu prontuário no Hospital das Clínicas, porque ela considera que será atendida lá em alguma emergência.
Não abre mão de sua decisão. “Eu sou muito fria nisso e minha própria formação ajuda nesse sentido. Eu sei, por exemplo, que num acidente qualquer, numa emergência, vão perguntar para quem estiver comigo: entuba ou não entuba? Eu estou dizendo nesse documento: não entuba. Porque depois de dois anos, seja lá quantos anos for, ninguém vai ter coragem de desentubar (o termo médico utilizado é extubar) e aí fica aquela confusão”.
Vovó Neuza trabalha com oficinas de resgate de memória no projeto “Amigo do Idoso” do Hospital Universitário (HU-USP). A ação foca em objetos que marcaram a vida da pessoa. Para ela, o sofá de sua casa, todo florido, é um objeto de memória precioso, com seus mais de 60 anos de história ao lado (ou embaixo) de Neusa . “É um objeto biográfico meu. Eu posso ir morar em outro lugar, mas se não couber o sofá, não tem conversa. Esse vai me acompanhar para o resto da vida”.
A professora se aposentou aos 50 anos, porque quis sair do trabalho ainda quando estava no auge. Ela diz querer o mesmo da vida: “Eu quero sair bem da vida”.
Atualização em 23 de dezembro
O Colégio Notarial do Brasil enviou o complemento abaixo sobre o assunto abordado na matéria, salientando diferenças entre o registro do documento em cartório do registro em um banco de dados virtual.
“Entendemos importante ressaltar que qualquer documento pode ser contestado na Justiça, tanto a escritura pública quanto o instrumento particular.
É relevante salientar também que os juízes vêm acatando frequentemente a vontade expressa nas escrituras públicas. Além disso, gostaríamos de expor outros pontos do porquê as escrituras possuem mais segurança jurídica comparadas ao banco de dados privados citado na reportagem e ao instrumento particular.
  • A perpetuidade alcançada pela forma pública, na medida em que fica para sempre no livro de notas.
  • A comunicação à central notarial, que pode facilitar o encontro de eventual testamento vital lavrado.
  • A força da central notarial como forma de gerar estatísticas públicas.
  • A capilaridade dos cartórios, podendo atender o cidadão em qualquer cidade do país.
  • A segurança do médico em saber numa questão duvidosa qual caminho pode ser adotado.
É importante ressaltar ainda a fé pública do tabelião, que além de segurança jurídica, tem como parte inerente ao seu trabalho a imparcialidade, por exemplo, podendo relatar as condições de saúde do solicitante ao testamento vital. Note que uma pessoa pode se cadastrar nesse banco virtual sem o gozo de suas capacidades mentais adequadas. No cartório isso não aconteceria”.

terça-feira, 29 de março de 2016

Fraude da Merenda. Polícia prende ex-presidente da Assembleia de São Paulo e mais 6 acusados


São Paulo - A Operação Alba Branca prendeu na manhã desta terça-feira o ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo Leonel Julio e mais seis investigados por fraude na merenda escolar. 

Também foi decretada a prisão do presidente da União dos Vereadores do Estado, Sebastião Miziara. A decisão é da Justiça de Bebedouro, no interior paulista, onde ficava a base da organização.



Alba Branca aponta para o suposto envolvimento do atual presidente da Assembleia de São Paulo, deputado Fernando Capez (PSDB) e de outros parlamentares. A investigação sobre Capez está em curso no Tribunal de Justiça do Estado.




Leonel Julio, do antigo MDB, presidiu a Assembleia de São Paulo e foi cassado em 1976 pelo regime militar. Alba Branca afirma que seu filho, Marcel Julio, é um dos mentores da organização. Marcel está foragido.



Os mandados de prisão contra Leonel Julio e outros seis alvos da Alba Branca foram expedidos pela Comarca de Bebedouro, porque eles não têm foro privilegiado, como Capez. 


Além de Leonel Julio e Sebastião Miziara, a Justiça mandou prender também Carlos Eduardo da Silva, Aluísio Girardia, Emerson Girardi, Luiz Carlos da Silva Santos e Joaquim Geraldo Pereira da Silva.


A Justiça também decretou buscas e apreensões que estão sendo cumpridas pela Polícia Civil do Estado.

A Operação Alba Branca envolve ainda Luiz Roberto dos Santos, o Moita, ex-chefe de gabinete da Casa Civil do Governo Geraldo Alckmin.