sexta-feira, 17 de junho de 2016

São Luís - Batalhão de Choque entra em confronto com grevistas em Pedinhas.

Foto - Whats app.

Segundo informações repassadas ao blog, parentes de presos, servidores e a população que reside nas imediações da Penitenciária de Pedrinhas, passaram por momentos de tensão no inicio desta manhã, quando o Batalhão de Choque da Polícia Militar, cumprindo determinação superior, se deslocou a Penitenciária para fazer a escolta de detentos que deveriam ser conduzidos ao Tribunal de Justiça para prestarem depoimentos nos seus respectivos processos criminais.

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Ocorre que vários Agentes Penitenciários em greve, fizeram uma barricada em frente a Penitenciária para impedir o acesso do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que ali se encontrava para cumprir a determinação recebida. Após diversas tentativas de negociação entre a Polícia Militar e os grevistas, ocorreu o enfrentamento, sendo o Batalhão de Choque obrigado a usar balas de borracha e bombas de  gás, obrigando os grevistas a recuarem.

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O confronto deixou como saldo dois agentes penitenciários feridos superficialmente, e um grevista desmaiado que foi conduzido para o Socorrão 2, a situação segue tensa no local. Dentro de mais alguns instantes traremos novas informações.

Texto de Francisco Barros.


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Tropas britânicas entram na Síria e na Líbia para garantir que a guerra sobreviva ao Daesh.

© Radu Sigheti

Traduzido por Vila Vudu.
Ao longo das últimas três semanas, soube-se que forças especiais da Grã-Bretanha estão engajadas atualmente em combate direto na Líbia e na Síria. Ostensivamente, lá estariam para combater contra o Daesh [também chamado “Estado Islâmico”, ISIS, ISIL]. Na verdade, o objetivo da ‘ação’ é impedir que os exércitos sírio e líbio derrotem, eles mesmos, os terroristas do Daesh.

Com os desembarques na Normandia, há 72 anos completados semana passada, EUA e Grã-Bretanha afinal abriram um segundo front contra os nazistas na Europa, depois de anos de procrastinação. 

Apesar de a União Soviética ter assinado um acordo de ‘ajuda mútua’ com a Grã-Bretanha em 1941, e da aliança anglo-soviética em 1942, EUA e Grã-Bretanha, na verdade, fizeram praticamente nada, em termos de combate real, na luta contra a ameaça nazista. 

Até que concordaram, por comunicado conjunto distribuído em 1942, com abrir um segundo front na Europa, naquele mesmo ano. Mas imediatamente EUA e Grã-Bretanha logo descumpriram o acordo e puseram-se a adiar e adiar. Assim aconteceu que os soviéticos tiveram de combater sozinhos contra a maior potência industrial da Europa Ocidental durante três anos – resistência que custaria aos soviéticos 27 milhões de vidas.

Parece que EUA e Grã-Bretanha seguiam o que John Mearsheimer, especialista em Relações Internacionais chamou de política de “fisgar e deixar sangrar” – pela qual Alemanha e União Soviética foram deixadas lá, fisgadas, para sangrarem uma a outra até a morte; enquanto EUA e Grã-Bretanha esperavam nas coxias. “Se virmos que a Alemanha está vencendo, temos de ajudar a Rússia” – declarou o senador (e adiante presidente) Harry Truman dos EUA em junho de 1941 –, “e se a Rússia estiver vencendo, temos de ajudar a Alemanha, e assim eles que se matem entre si, e quanto mais se matarem, melhor.”

O ministro britânico da Produção de Aeronaves, coronel Moore-Brabazon ecoou a mesma visão no mês seguinte, ao dizer, num almoço de altos funcionários do governo, que o melhor resultado no front oriental seria que Alemanha e Rússia se exaurissem mutuamente, para que a Grã-Bretanha pudesse chegar e dominar a Europa. Acabou por ser forçado a renunciar, ante os protestos de uma população decidida a obrigar o próprio governo a fazer mais para ajudar os soviéticos então gravemente depauperados.

Afinal, só depois que o destino dos nazistas foi decisivamente revertido, quando já estavam derrotados em Stalingrado, é que se materializou o tal ‘segundo front’, há tanto tempo prometido e anunciado. Verdade é que, naquele momento, o resultado final da guerra já estava traçado. 

O “Dia D”, portanto, foi encenado não para derrotar os nazistas, mas para garantir que a União Soviética – a quem coubera todo o sacrifício – não colhesse as honras e os frutos da vitória. “Alguns círculos, nos EUA e na Grã-Bretanha, temiam que se o Exército Vermelho derrotasse sozinho a Alemanha, a União Soviética passaria a ter enorme influência no desenvolvimento do pós-guerra e no progresso social nos países europeus. Os Aliados não poderiam permitir que acontecesse. Por isso afinal resolveram abrir um segundo front na Europa, menos como ação militar do que como medida política, para impedir que forças políticas progressistas chegassem ao poder em países europeus” – escreveu o almirante Kharlamov, comandante da Missão Militar Soviética na Grã-Bretanha, durante a Segunda Guerra Mundial.

Documentos que em 1998 caíram em domínio público, revelaram que Churchill até já ordenara que se construísse um plano para que tropas britânicas e norte-americana avançassem para além de Berlin, acompanhando um exército alemão rearmado, numa guerra nuclear contra os soviéticos.

Hoje a história se repete, dessa vez como farsa. De 2014 até setembro de 2015, o Daech parecia estar varrendo tudo que encontrava pela frente, obtendo enormes vitórias simbólicas em Mosul e Fallujah, no Iraque; em Raqqa e Palmyra na Síria; em Derna e Sirte, na Líbia. Ao mesmo tempo tutelados por turcos e sauditas, a ‘Frente Al-Nusra’, da Al-Qaeda, avançava na Síria; e a facção Ansar Sharia, na Líbia, tomou Benghazi, preparando o caminho para que o Daech se infiltrasse.

O ocidente pouco fez para ajudar. Na Síria, o Exército Árabe Sírio (EAS) foi deixado para enfrentar aqueles grupos terroristas, e não apenas sem qualquer apoio do ocidente, mas, também, contra um ocidente que só aparentava lutar contra os terroristas. 

Assim também o Exército Nacional Líbio – representante do Parlamento líbio eleito – foi paralisado por um embargo de armas escrupulosamente observado no que tivesse a ver com armas para os líbios, mas regularmente violado pelos aliados do ocidente no Golfo, no que tivesse a ver com milícias sectárias do ‘Despertar Líbio’ [ing. ‘Libya Dawn’] contra as quais os soldados líbios combatiam. E até os supostos mais próximos aliados dos EUA no exército do Iraque, a divisão de elite ‘Divisão Dourada’ [ing.‘Golden Division’], enfrentou graves dificuldades para conseguir apoio efetivo dos EUA, quando precisou dele.

Apesar disso, a partir da intervenção dos russos nas Síria, em setembro passado, a maré começou a virar contra o Daech e a Al-Qaeda, pavimentando o caminho para uma sequência de vitórias, especialmente do Exército Árabe Sírio e do Exército Nacional Líbio, e apontando, potencialmente, na direção da plena restauração da autoridade governamental nos dois países.

Na Líbia, o momento chave foi em fevereiro de 2016, quando o Exército Nacional Líbio finalmente reconquistou – depois de 18 meses de combates intensos – o controle em Benghazi, até ali ocupada pelo Daech e pela milícia Ansar Sharia. 

Os dois eventos, a presença do Daech em Benghazi e a libertação da cidade foram, como se poderia prever que seriam, praticamente apagados do noticiário ocidental, apesar de o destino da cidade ter sido aparentemente tão importante para líderes britânicos e norte-americanos, nos idos de 2011. Dia 3 de maio, o Exército Nacional Líbio começou sua marcha para o oeste, de Benghazi rumo à última fortaleza do Daech na Líbia, em Sirte.

Em fevereiro, também, uma ofensiva massiva pelo Exército Árabe Sírio contra Aleppo começou a realmente obter avanços significativos, recapturando território da Al-Qaeda, do Daech e de Ahrar Al-Sham. 

Dia 3 de fevereiro, a rota de suprimentos para Aleppo foi fechada, o que interrompeu o sítio que os rebeldes faziam contra duas cidades controladas pelo governo sírio ao sul de Azaz. Na sequência, começaram as rendições em massa, ao Exército Árabe Sírio. 

Depois, exatamente um mês adiante, a cidade histórica  milenar, de Palmyra, foi libertada do Daech, por forças do governo sírio e apoio aéreo de forças russas. No que foi, parece, uma tentativa para fazerem-se de importantes e necessários, os EUA também lançaram alguns ataques aéreos contra a cidade, para ‘mostrar’ que os EUA “querem muito destruir o Daech – mas não é, assim, tanto-tanto” – disse o jornalista Robert Fisk.

Hoje, a fortaleza original do Daesh e dita ‘capital’ de seu autodeclarado ‘califato’ está sob ataque. Times noticiou no início da semana em curso, que um Exército Árabe Sírio novamente com a moral em alta, está “avançando rapidamente na direção da fortaleza do Daesh de Raqqa” e que “a unidade Falcões do Deserto, unidade de elite do governo sírio, apoiados pelos aviões da Força Aérea Russa, cruzaram a fronteira sul da província de Raqqa no fim-de-semana – primeira vez que as forças do presidente Assad põem os pés ali, desde que a cidade foi tomada pelo Daesh há quase dois anos.” E estão avançando rapidamente.

Ao longo de 2016, portanto, as forças armadas nacionais legais dos dois estado, Líbia e Síria, representantes de governos eleitos nos dois casos, nunca pararam de avançar, e os dias do Daech e de seus sectários parceiros e apoiadores podem, sim, estar já contados. É pois sumamente interessante que precisamente agora, nesse momento – nunca antes, quando o Daech estava conseguindo avanços, mas agora, quando estão pressionados e perdendo terreno –, tropas britânicas tenham-se dado o trabalho de, sim, pular na frigideira.

A mesma edição do Times que noticiou que o Exército Árabe Sírio “avança rapidamente (…) rumo a Raqqa” também noticiava, como matéria de primeira página, que “forças especiais britânicas estão na linha de frente na Síria defendendo uma unidade rebelde“, observando que “a operação marca a primeira evidência de envolvimento direto de soldados britânicos nos combates naquele país destroçado pela guerra, já não exclusivamente para dar treinamento a rebeldes na Jordânia.”

E o mesmo jornal noticiara na semana anterior que forças especiais da Grã-Bretanha haviam cumprido sua primeira missão de combate na Líbia, dia 12 de maio, em apoio ao grupo ‘Libya Dawn’ da guerra civil na Líbia. 

Libya Dawn é um grupo guarda-chuva composto principalmente de milícias que têm base em Misrata e que surgiram depois das eleições de junho de 2014, com patrocínio do Qatar, para combater contra o Parlamento secular recém eleito e as forças armadas líbias legais, o Exército Nacional Líbio.

Times tacitamente reconhece que, até agora, o Exército Nacional Líbio lutava sozinho contra o Daech: “Misrata em grande medida ignorou a metástase do Daech em Sirte, a cerca de 270 km de distância, desde que as primeiras células terroristas se implantaram ali em 2013″. Mas agora, os “coturnos em solo” que Cameron jurou que jamais pisariam terra líbia veem-se repentinamente como “a força de escol“, selecionada para a missão de libertar o país.

Como em 1945, depois de esperar sem se levantar da cadeira enquanto um grupo genocida matava milhares sobre milhares de soldados obrigados a lutar sozinhos contra eles, o regime Cameron quer negar aos exércitos realmente vitoriosos, os frutos de seu sacrifício. Cameron prefere ver Raqqa e Sirte ocupadas por milicianos e terroristas sem unidade e sem outro projeto que não seja o próprio sectarismo, do que ver restaurada ali a autoridade de governos eleitos.

Agora, com soldados britânicos lutando ao lado de terroristas na Síria, aumentam as possibilidades de confronto direto com forças russas. Exatamente como Churchill em 1945, Cameron também parece interessado em expor os ingleses a esse tipo de risco insano. Daquela vez, prevaleceram as cabeças mais sãs. A questão é: e hoje? Onde estão as cabeças mais sãs?

Henrique Eduardo Alves é o terceiro ministro de Temer a pedir demissão.

Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, é alvo da Operação Catilinárias. A PF cumpre mandados no Distrito Federal e em sete estados (José Cruz/Agência Brasil)
Depois de um mês no cargo, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pede demissão. Ele foi citado nos depoimentos de Sérgio Machado, dados em acordo de delação premiada à força-tarefa da Lava JatoJosé Cruz/Agência Brasil















Após ser citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu hoje (16) demissão do cargo. A informação foi confirmada pela Assessoria de Imprensa da Presidência da República.
O ex-presidente da Câmara Henrique Alves teria recebido, segundo Machado, R$ 1,55 milhão em doações eleitorais com recursos ilícitos.
Ele é o terceiro ministro, após pouco mais de um mês do governo interino de Michel Temer, depois de denúncias relacionadas à Operação Lava Jato. Romero Jucá, que foi ministro do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência, Fiscalização e Controle, saíram dos cargos após divulgação de trechos da delação de Machado, em áudio, em que eles criticavam a operação.
Alves enviou uma carta com o pedido de demissão a Temer, mas o teor não foi divulgado. Na noite de ontem (15), o ministro esteve no Palácio do Planalto reunido com o presidente interino.
O sigilo dos depoimentos de Sérgio Machado à força-tarefa da Operação Lava Jato foi retirado pelo ministro do Supremo Tribunal Federall (STF) Teori Zavascki, relator dos inquéritos da operação na Corte. 
Machado citou o presidente interino Michel Temer e mais de 20 políticos, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR), além do ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT) e do ex-presidente José Sarney (PDMB-AP). 
Os políticos negaram as acusações.

Edição: Lana Cristina

Bahia - Assassinato de professores gays leva moradores da cidade de Santa Luz às ruas contra a homofobia.


Os professores da rede estadual de ensino da Bahia, Edivaldo Silva de Oliveira e Jeovan Bandeira, eram muito queridos na cidade de Santa Luz, a 260 quilômetros de Salvador.

Na última sexta-feira (10), eles foram mortos às margens da rodovia BA-120. Os corpos foram encontrados carbonizados no porta-malas do carro de Edivaldo e só foram reconhecidos pela arcada dentária.

O crime aconteceu no mesmo fim de semana do massacre em uma boate gay de Orlando (EUA) que deixou 49 mortos e 53 feridos. Edivaldo e Jeovan eram assumidamente homossexuais.

De acordo com o delegado que apura o caso do assassinato dos professores baianos, uma das hipóteses é que o crime tenha sido motivado por homofobia. “Eles eram muito amigos e muito queridos na cidade. Também não teriam inimigos. Já ouvimos várias pessoas e por enquanto não descartamos nenhuma hipótese”, disse o delegado em entrevista à BBC Brasil.

Amigos das vítimas relatam que eles eram extremamente ligados. “Quando Nino comprou o carro, o que foi usado no crime, Jeovan quem o ensinou a dirigir”, contou uma amiga dos professores.

professores gays bahia

Edivaldo tinha 31 anos e era conhecido como Nino. Formado pela Universidade do Estado da Bahia, ele era diretor da Escola Municipal Pedro Juvelino, em Limeira, zona rural de Santa Luz. Ele ensinava Química e Biologia no Colégio Estadual José Leitão, também em Santa Luz.

Jeovan, que também era formado pela Uneb, era professor de Física no Colégio Ação e vice- diretor no Colégio Estadual José Leitão, o mesmo em que Nino lecionava.

Ninguém foi preso até o momento. Dois adolescentes chegaram a ser ouvidos pela polícia, mas foram liberados.

Na última segunda-feira (13), milhares de moradores da pequena cidade foram às ruas lamentar o crime bárbaro, pedir agilidade nas investigações e exigir mais segurança.

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“Longe dos parques temáticos, do turismo cosmopolita e sem gozar do mesmo prestígio internacional de Orlando, Santa Luz encurtou a distância geográfica da metrópole americana”, escreveu o jornalista baiano André Uzêda, do portal Aratu Online, em texto sobre o episódio.

professores gays bahia carbonizados
(Imagem: Edivaldo Silva de Oliveira e Jeovan Bandeira)
com informações de BBC Brasil e mídia local.

Abin monitora grupo em português criado pelo Estado Islâmico no Telegram.

Foto - http://noticias.uol.com.br
Márcio Neves. Do UOL, em São Paulo.
A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) está monitorando um grupo no aplicativo Telegram que troca informações, em português, sobre o Estado Islâmico. 
A instituição confirmou a existência do grupo, chamado Nashir Português, que é uma referência à agência de notícias utilizada pelo Estado Islâmico para publicar seus manifestos, a Nashir News Agency. 
A movimentação preocupou a agência brasileira, que tenta evitar possíveis recrutamentos de cidadãos do país dois meses antes da Olimpíada no Rio de Janeiro, evento que atrai delegações de todo o mundo.
"Essa nova frente de difusão de informações voltadas à doutrinação extremista, direcionada ao público de língua portuguesa, amplia a complexidade do trabalho de enfrentamento ao terrorismo e representa facilidade adicional à radicalização de cidadãos brasileiros", informou a Abin por meio de nota.
Segundo a Abin, "as organizações terroristas têm empregado ferramentas modernas de comunicação para ampliar o alcance de suas mensagens de radicalização direcionada, em especial, ao público jovem".
As primeiras mensagens publicadas neste grupo recém-criado incluem um discurso com mais de 14 páginas, já traduzido para o português, de Abu Muhammad al-Adnani, porta-voz do Estado Islâmico. O conteúdo contém basicamente propaganda jihadista, já difundido em outras línguas.

Cuiabá - Ataque a Ônibus pode ter sido uma grande armação.

Foto - Imagem de Arquivo.

Terror à sociedade pode ter sido uma ''grande armação''.  Dúvidas    sobre os mandantes; presos sorteados para morrer? 
Apesar das dúvidas, delegado diz que todas as denúncias estão sendo investigadas. Delegado Stringueta desconhece SORTEIO DE MORTES.

O terror espalhado em Cuiabá e Várzea Grande neste final de semana pode não ter passado de uma “grande armação”. Um preso teria confessado que foi forçado a gravar as mensagens que causaram pânico na sociedade. 

Em depoimento à Polícia Civil, ele acusou membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), o que também pode não ser verdade. Um policial teria falado para um grupos de pessoas para que não se assustasse, pois tudo não passava de mera encenação para pressionar o Governo do Estado a pagar a Revisão Geral Anual – RGA -, de 11,28%, que motivou a greve geral no funcionalismo público estadual. A Polícia também investiga os boatos de uma matança nas cadeias públicas e nas penitenciárias do Estado.
O presidiário Evandro Luz de Santana, o "Fumaça", de 32 anos, que cumpria pena na Mata Grande, em Rondonópolis (Sul, a 220 quilômetros de Cuiabá) e foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE para cumprimento de pena por crime de tráfico de drogas, teria sido o preso escolhido para gravar as mensagens de “terror”.
“Fumaça” foi descoberto no Raio 5 da PCE nesta terça-feira, 14, pelo delegado titular Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO),como autor das gravações das mensagens. No celular do presidiário, localizado na em sua cela, segundo o delegado, continha mensagens no aplicativo WhatsApp, com membros da facção Comando Vermelho.
Só que, nas investigações, o delegado titular Flávio Stringueta, descobriu que “Fumaça” pode ter sido o escolhido e obrigado a ler as mensagens que foram repassadas, incentivando os ataques que viriam a causar pânico e terror, não apenas nas autoridades, mas principalmente na sociedade de Cuiabá, Várzea Grande e do interior do Estado.
O delegado foi bem claro ao afirmar “que sempre o mais fraco é coagido pelo mais forte. Informou ainda que a participação dele não gera dúvida, porque ele (o Fumaça) confessou que leu as mensagens, mas que foi obrigado, e teme pela vida", pondera o delegado.
Mesmo assim, “Fumaça” foi interrogado na GCCO, onde foi autuado em crimes de incêndio, organização criminosa e tentativas de homicídios. O temor agora, segundo a reportagem do Portal de Notícias 24 Horas News apurou, é que o preso seja alvo de “queima de arquivo” dentro da penitenciária, para onde voltou logo após ser autuado.
A Polícia também está apurando, se é realmente verdade, ou se não passa de boatos, as supostas ordens impostas pelo Comando Vermelho (CV), para “colocar fogo na cidade”, ou se existem outras pessoas envolvidas.
Ordens que geraram uma série de incêndios a ônibus, a viaturas da Polícia e a colocação de bombas em bases da Polícia Militar, uma delas no bairro Pedra 90.
SIMPLIFICANDO - Segundo ainda a reportagem apurou, existem dúvidas sobre as acusações impostas ao CM. Dúvidas, inclusive se as ordens se originaram de outras fontes, até mesmo ligadas a outras organizações criminosas, dentro e fora do Estado.
BOMBA - A reportagem conversou com uma fonte ligada ao Sistema Penitenciário, que garantiu que um policial teria falado na frente de várias pessoas, entre elas um paramédico, que “todos ficassem tranquilos por que tudo não passava de encenação”. A conversa aconteceu durante os ataques em frente a uma unidade prisional.
EXCLUSIVA – O delegado Flávio Stringueta, conversou agora a pouco com a reportagem, quando foi questionado sobre essa suposta encenação para pressionar o Governo. “Não acredito, mas posso garantir que tudo está sendo investigado. Estamos realizando perícias que podem nos ajudar nas investigações”, prossegue.
Sobre a conversa de um policial pedindo “calma que de que tudo não passava de encenação” em frente de uma unidade prisional no dia dos ataques, o delegado Stringueta foi taxativo: “Já disse que nada está descartado, mas eu acredito que o policial deva ter falado isso sobre as encenações dos presos, e não numa armação. Séria uma coisa absurda”.
Também questionado sobre uma notícia bombástica sobre uma possível matança dentro das cadeias públicas (locais de presos provisórios) e nas penitenciárias do Estado (locais de presos condenados). Notícia, inclusive de que alguns presos já teriam sido sorteados para morrer caso as visitas não voltassem ao normal, o delegado titular do GCCO também foi muito claro:
- “Desconheço. Ainda não tive essa informação. Aliás, nem todas as informações que nos chegam através de mensagens, principalmente via celular são confiáveis. Agora é claro, todas, como eu já disse, são investigada”, concluiu.
AÇÃO RÁPIDA – Mesmo assim, com o sem armação, as Polícias Civil e Militar agiram muito rápido em suas investigações, identificando quase todos os envolvidos nos atentados, principalmente os acusados como líderes dos incêndios a veículos neste final de semana na Grande Cuiabá.
Quatro homens apontados como líderes dos ataques já foram transferidos da PCE para outras unidades prisionais federais: cada um foi para um Estado diferente. São eles: João Luiz Baranosk, Reginaldo Silva Rios, Carlos Alberto Vieira Teixeira e Reginaldo Aparecido Moreira.

Os meios russos de defesa hipersônica - Valentin Vasilescu.

O Estado-maior russo identificou o calcanhar de Aquiles dos planos de ataque norte-americano: Os misseis anti-balísticos dos Estados idos não podem interceptar nenhum míssil hipersônico na mesosfera. A Rússia, portanto, desenvolveu novas armas hipersônicas, em torno das quais elaborou a sua nova doutrina de defesa.


Na Europa e na Ásia, o exército dos Estados Unidos tem presente apenas um limitado contingente de soldados, o qual não pode desencadear sozinho, nem sequer em conjunto com os exércitos aliados, a invasão da Rússia. 
Os Estados Unidos, que incluiu o controle dos mares em 1941 como um dos objetivos de guerra [1], brilham há sete décadas graças à sua força naval, três vezes mais forte que a da Rússia, capaz de intervir em qualquer parte do mundo. 
Segundo o Pentágono, são precisos doze super porta-aviões para controlar o conjunto dos oceanos, possuindo a Marinha (Navy) atualmente dez e estando a construir mais três. 
O Pentágono dispõe igualmente de um gigantesco comando composto de centenas de navios, especializados em operações de colocação de divisões de fuzileiros (“marines”-ndT), de blindados, de veículos, de forças de operações especiais, para participar numa eventual invasão da Rússia. 
Por conseguinte, os grupos navais expedicionárias dos Estados Unidos, organizados em torno de porta-aviões, navios de desembarque anfíbios e comboios navais de tropas e de material militar, são considerados o maior risco para a segurança da Rússia.
Os grupos navais, e os navios de desembarque de tropas dos Estados Unidos a partir de navios de transporte, são protegidos por vários tipos de escudos anti-balísticos. 
Trata-se do sistema naval AEGIS, armado de mísseis SM-3 block 1B que neutraliza os mísseis balísticos em vôo de cruzeiro a altitudes compreendidas entre 100 e 150 km. 
Este sistema está montado em contra-torpedeiros (destróieres-br) e cruzadores AEGIS, somando-se aos escudos anti-mísseis balísticos instalado na Polônia e na Romênia. 
Por outro lado, o sistema móvel THAAD das forças terrestres está encarregado de defender os navios de desembarque. Estes sistemas são destinados a atingir os mísseis balísticos no início da fase de entrada na atmosfera, a altitudes situadas entre os 80 e 120 km. 
Acrescente-se a isso as baterias de mísseis móveis AA de longo alcance, de tipo Patriot, que tem capacidades anti-balísticas contra os mísseis na fase final da sua trajetória, a uma altitude de 35.000 metros [2].
A classificação das aeronaves em vôo na atmosfera da Terra é feita segundo a gama de velocidades. Distingue-se assim : 
- aparelhos voando a uma velocidade sub-sônica (até 1. 220 km / h, ou seja Mach 1), 
- aparelhos supersônicos, cuja velocidade se situa entre Mach 1 e Mach 5 (até 6. 000 km/h ), 
- e aparelhos hipersônicos, voando a velocidades entre Mach 5 e Mach 10 (quer dizer, até 12. 000 km/h).
Os russos descobriram que os mísseis anti-balísticos dos EU não podem interceptar nenhum míssil hipersônico na mesosfera (entre 35.000 e 80.000 m). A nova doutrina de defesa da Rússia estabeleceu, pois, que o antídoto russo para os grupos expedicionários e comboios navais dos EU, é representado pelos meios militares hipersônicos evoluindo a altitudes que vão de 35.000 a 80.000 metros.
O Ministério russo da Defesa alocou US$ 2 a US$ 5 Bilhões à Fundação de Pesquisa Avançada (ARF) –- o equivalente russo da DARPA do Pentágono --- para conceber uma variedade de meios hipersônicos derivados do aparelho espacial Yu-71 (Projeto 4202). De 2011 a 2013, o Yu-71 foi testado em túneis aerodinâmicos, e a partir de 2013, até Abril de 2016, os testes foram efetuados na atmosfera, com lançamentos por mísseis estratégicos ligeiros UR-100 e R-29RMU2. O Yu-71 é um pouco semelhante ao projeto HTV-2, que foi abandonado pelos Estados Unidos em 2014.
O aparelho espacial Yu-71 provou que era capaz de voar a velocidades de 6.000 a 11.200 km/h, a uma distância de 5.500 km, a uma altitude de cruzeiro abaixo de 80.000m. Ele foi chamado de “planador espacial” porque, contrariamente aos mísseis balísticos, tem um desempenho aerodinâmico soberbo de quase 5: 1 (relação elevação/sustentação) o que lhe permite adaptar-se a impulsos repetidos a partir de um motor de foguete, efetuando assim manobras de elevação de trajetória.
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Para além do motor de foguete que permite arranques e paragens repetidas, o “planador espacial” Yu-71 está armado com ogivas independentes, com sistemas autônomos de orientação similares aos mísseis terra-ar Kh-29 L/T e Kh-25 T. 
A doutrina militar russa prevê que o ataque contra a frota de invasão dos Estados Unidos será executado em três etapas, em três alinhamentos, impedindo assim os grupos navais expedicionários de se posicionar perto da costa russa do mar Báltico.
- A primeira leva de armas hipersônicas derivadas do “planador espacial” Yu-71, estão dispostas nos submarinos russos de propulsão nuclear em imersão no meio do Atlântico, podem travar a batalha com os porta-aviões, com os porta-helicópteros, com os submarinos de ataque, com os navios cargueiros ou de proteção de grupos navais expedicionários, assim que estes empreendam a sua travessia do Atlântico para a Europa. 
- A segunda série de armas hipersônicas seria lançada sobre os grupos navais dos EU quando eles se encontrarem a 1. 000 km da costa Leste do Oceano Atlântico. O ataque seria lançado a partir dos submarinos russos instalados no Mar de Barents ou da base de mísseis estratégicos de Plesetsk, situada perto do Círculo Polar Ártico e do Mar Branco. 
- A terceira linha de armas hipersônicas seria lançada sobre os grupos navais inimigos quando eles atingissem o estreito de Skagerrak (passagem do Mar do Norte para o Mar Báltico). O ataque será executado com mísseis hipersônicos 3M22 Zirkon, propulsionados por motores Scramjet, lançados a partir de aviões russos. O Zirkon voa a uma velocidade de Mach 6. 2 (6. 500 km/h), a uma altitude de cruzeiro de 30.000 metros, e com uma energia cinética de impacto com o alvo 50 vezes maior que a dos mísseis navais e aeronavais(ar-mar) existentes.
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A Rússia desenvolve também uma variante de arma hipersônica derivada do Yu-71 capaz de ser lançada a partir do avião militar russo de transporte pesado Il-76MD-90A(II-476). Este avião tem um alcance máximo de vôo de 6. 300 km e pode ser reabastecido em vôo. 
Enquanto leva aos grupos navais norte-americanas cinco a seis dias para alcançar o Mar Báltico, o avião Il-76MD-90A pode chegar em poucas horas a todos os três alinhamentos calculados para o lançamento de armas hipersônicas. Muito embora este seja um segredo bem guardado, parece que a arma hipersônica será lançada pela porta do avião Il-76MD-90A, a uma altitude de 10.000m, e, ela está equipada com um pára-quedas de estabilização que a mantêm em posição vertical até ao arranque do motor do foguetão. 
Sendo sabido que 50% do combustível de um míssil é consumido só para o levantar do solo e o fazer subir às camadas extremamente densas da atmosfera, até aos 10.000m, o peso do lançador e do “planador espacial” fica pela metade do de um míssil balístico ligeiro R-29RMU2, o qual pesa 40 toneladas.
Suspensos em 1992, os vôos de bombardeiros estratégicos Tu-160 e Tu-95, assim como dos aviões Il-76 (transformados em aviões-cisterna para reabastecimento em vôo IL-78), retomaram, desde 2012, o longo curso das costas do Atlântico e do Pacífico. Um dos seus objetivos é de formar as equipes para as futuras missões de lançamento de armas hipersônicas.
Tradução - Alva.      


[1] « Charte de l’Atlantique », Réseau Voltaire, 14 août 1941.

[2] “Iskander, o pesadelo do Escudo anti-mísseis balísticos dos E.U.”, Valentin Vasilescu, Tradução Alva, Rede Voltaire, 26 de Maio de 2016.